Bula do Abelcet
Como o Abelcet funciona?
Abelcet, anfotericina B, atua por ligação a esteróides da membrana celular de fungos suscetíveis, resultando em uma alteração da permeabilidade da membrana.
Tempo médio estimado do início da ação farmacológica
O tempo normal do tratamento com Abelcet, dependendo do tipo de infecção, é de cerca de 4 semanas. O seu efeito antifúngico pode ser demonstrado nos primeiros dias de tratamento, porém para a eficácia do tratamento, este deve ser continuado por 2 semanas ou mais, de acordo a necessidade do paciente.
Contraindicação do Abelcet
Abelcet é contraindicado em pacientes que tenham demonstrado hipersensibilidade à anfotericina B ou a qualquer outro componente da formulação.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Abelcet é um medicamento classificado na categoria de risco C na gravidez.
Como usar o Abelcet
Ao iniciar o tratamento pela primeira vez, uma dose teste deve ser administrada imediatamente antes da primeira infusão.
Preparação da mistura para infusão
O medicamento Abelcet é estéril, portanto, sua diluição deverá ser realizada em capela de fluxo laminar, com seringas estéreis de acordo com as técnicas assépticas, visando manter sua esterilidade. Agitar o frasco suavemente até que não haja evidência de qualquer sedimento amarelo no fundo.
Retirar a dose adequada de Abelcet do número necessário de frascos, em uma ou mais seringas estéreis usando uma agulha calibre 18. Remover a agulha de cada seringa preenchida com Abelcet substituindo-a pela agulha-filtro de 5 micra fornecida com cada frasco do produto. Pode-se usar uma única agulha-filtro para filtrar o conteúdo de até quatro frascos de 100 mg. Introduzir a agulha-filtro da seringa em uma bolsa de infusão IV contendo Solução Glicosada a 5% USP, e esvaziar o conteúdo da(s) seringa(s) na bolsa. A concentração final da infusão deve ser de 1 mg/ml.
Em pacientes pediátricos e naqueles com doença cardiovascular a droga pode ser diluída em Solução Glicosada a 5% até uma concentração final da infusão de 2 mg/ml. Antes da infusão, agitar a bolsa até que o conteúdo esteja completamente misturado. Caso o tempo de infusão exceda 2 horas, misturar o conteúdo da bolsa de infusão, agitando-a a cada 2 horas. Não usar a mistura após a diluição com Solução glicosada a 5% se houver qualquer evidência de substância estranha. Os frascos devem ser usados uma única vez. O material não aproveitado deve ser descartado. Deve-se observar rigorosamente a técnica asséptica durante todo o período de manipulação do Abelcet , uma vez que nenhum agente bacteriostático ou conservante foi acrescentado ao produto. Não diluir com soluções salinas, nem misturar com outras drogas ou eletrólitos, uma vez que a compatibilidade de Abelcet com esses produtos não foi estabelecida. O acesso intravenoso existente deve ser lavado com Solução Glicosada a 5% antes da infusão de Abelcet , ou um acesso separado deve ser usado para a infusão. Não usar filto de linha. A suspensão diluída, pronta para o uso, é estável por até 48 horas de 2ºC à 8ºC e por um período adicional de 6 horas à temperatura ambiente.
Não há estudos de Abelcet (anfotericina B) administrado por vias não recomendadas.
Portanto, para segurança e eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via endovenosa.
Posologia do Abelcet
A dose diária recomendada para adultos e crianças (incluindo neonatos prematuros) é de 1,0 a 5,0mg/Kg/dia, em uma única infusão a uma taxa de 2,5 mg/Kg/hr. Para infecções fúngicas do sistema nervoso central (SNC), o tempo de tratamento é de 2 a 6 semanas dependendo da resposta clínica.
A dosagem de Abelcet deve ser ajustada de acordo com as necessidades específicas de cada paciente
Micoses sistêmicas
A terapia usualmente é instituída a uma dose de 1,0mg/kg/dia, podendo ser aumentada até 5,0mg/kg/dia conforme a necessidade.
Leishmaniose visceral
Poderá ser usada a dose de 3mg/kg/dia por 5 a 10 dias.
Profilaxia para infecções fúngicas invasivas em pacientes transplantados
Abelcet pode ser administrado em doses diárias de 1,0 a 1,5mg/kg/dia durante 5 dias consecutivos após o transplante.
Profilaxia em pacientes com Leucemia
Doses diárias de 2,5mg/kg/dia 3 vezes por semana ou 1,25mg/kg/dia em pacientes com nefrotoxicidade ou hepatotoxicidade.
Profilaxia para Leishmaniose
Abelcet na dosagem de 1,0mg/kg/dia por 21 dias nos pacientes com Síndrome da Imunodeficiência adquirida.
Infecção fúngica sistêmica em pacientes pediátricos
É recomendada a dose de 2,0 a 5,0mg/kg/dia.
Nas infecções do SNC
Abelcet pode ser administrado por via intratecal ou intracisternal associado com a administração sistêmica da droga. Pode ser administrado juntamente com hidrocortisona. A dose para a administração por estas vias é de 0,01mg a 1,5 mg/dia/semana.
Pacientes idosos
Pacientes idosos têm sido tratados comparando as doses recomendadas e o peso corporal.
Pacientes Diabéticos
Abelcet pode ser administrado em pacientes diabéticos se for comparada as doses recomendadas e o peso corporal.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Abelcet?
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Abelcet
Reações Gerais
Assim como com qualquer produto que contenha anfotericina B, a administração inicial de Abelcet deve ser realizada sob observação clínica estreita por profissionais com treinamento adequado.
A infusão raramente tem sido associada a hipotensão (pressão arterial baixa), broncoespasmo (constrição reversível das vias aéreas pequenas do trato respiratório), arritmias cardíacas (alterações do ritmo cardíaco normal) e choque.
Reação de Hipersensibilidade
após Infusão Reações relacionadas à infusão (como calafrios e febre) foram registradas durante a administração de Abelcet , na forma aguda, ocorrendo de 1 a 2 horas após o início da infusão intravenosa e na forma leve a moderada e principalmente nos primeiros 2 dias de administração. Estas reações, normalmente, diminuem após poucos dias de tratamento e devem ser consideradas medidas cautelares de prevenção ou tratamento destas reações, para pacientes que recebem a terapia do Abelcet. Tratamentos com doses diárias de ácido acetilsalicílico, antipiréticos, anti-histamínicos e antieméticos têm sido relatados como bem sucedidos na prevenção ou tratamento destas reações.
Têm sido informados casos de anafilaxia com desoxicolato de anfotericina B e outros produtos que contém anfotericina B. Com Abelcet , a taxa de incidência de anafilaxia informada é lt; 1%. Caso ocorra dificuldade respiratória grave, a infusão deve ser suspensa imediatamente; o paciente não deve receber outras infusões de Abelcet.
Exames Laboratoriais
Os valores da creatinina sérica devem ser monitorados a intervalos frequentes durante a terapia com Abelcet. É também recomendável o monitoramento regular da função hepática, eletrólitos séricos (particularmente magnésio e potássio) e hemograma completo.
Carcinogênese, mutagênese e redução da fertilidade
Não foram realizados estudos de longo prazo, em animais, para avaliar o potencial carcinogênico de Abelcet. Para acessar o potencial mutagênico de Abelcet , foram conduzidos os seguintes estudos in vitro (com e sem ativação metabólica) e in vivo: ensaio de mutação reversa bacteriana, ensaio de mutação de progressão do linfoma em camundongo, ensaio de aberração cromossômica em células CHO e ensaio in vivo de micronúcleos em camundongo. Abelcet não apresentou efeitos mutagênicos em quaisquer dos ensaios. Os estudos demonstraram que Abelcet não teve qualquer impacto sobre a fertilidade dos ratos machos e fêmeas, em doses até 0,32 vezes a dose humana recomendada (com base no parâmetro área de superfície corporal).
Amamentação
Não se sabe se Abelcet é excretado no leite materno. Como muitas drogas são excretadas no leite humano e tendo em vista o potencial de reações adversas sérias, devidas a Abelcet , em lactentes alimentados ao seio, deve-se decidir entre a suspensão da amamentação ou o uso da droga, levando em conta a importância da droga para a mãe.
Reações Adversas do Abelcet
O Abelcet é geralmente bem tolerado. Geralmente os efeitos adversos mais comumente reportados com Abelcet foram calafrios e/ou febre transitórios durante a infusão. Os eventos colaterais mencionados a seguir foram também reportados em pacientes que usaram Abelcet em estudos clínicos abertos não controlados. A associação causal entre estes eventos adversos e Abelcet é incerta.
Corpo como um todo
Mal-estar, perda ponderal, surdez, reação no local da injeção incluindo inflamação.
Alérgicos
Broncoespasmo, sibilos, asma, reações anafilactóides e outras reações alérgicas.
Cardiopulmonares
Insuficiência cardíaca, edema pulmonar, choque, infarto do miocárdio, hemoptise, taquipnéia, tromboflebite, embolia pulmonar, miocardiopatia, derrame pleural, arritmias incluindo fibrilação ventricular.
Dermatológicos
Exantema maculopapular, prurido, dermatite esfoliativa, eritema polimorfo.
Gastrointestinais
Insuficiência hepática aguda, hepatite, icterícia, melena, anorexia, dispepsia, cólica, dor epigástrica, doença hepática veno-oclusiva, diarréia, hepatomegalia, colongite, colecistite.
Hematológicos
Defeitos de coagulação, leucocitose, discrasias sanguíneas incluindo eosinofilia.
Músculo-esqueléticos
Miastenia e dores ósseas, musculares e articulares.
Neurológicos
Convulsões, zumbido, deficiência visual, deficiência auditiva, neuropatia periférica, vertigem transitória, diplopia, encefalopatia, acidente vascular cerebral, síndrome extrapiramidal e outros sintomas neurológicos.
Urogenitais
Oligúria, diminuição da função renal, anúria, acidose tubular renal, impotência, disúria, anormalidades dos eletrólitos séricos, hipomagnesemia, hipercalemia, hipocalcemia, hipercalcemia.
Anormalidades das provas de função hepática
Elevações da AST, ALT, fosfatase alcalina, LDH.
Anormalidades das provas de função renal
Elevação da uréia sérica. Outras anormalidades Acidose, hiperamilasemia, hipoglicemia, hiperglicemia, hiperuricemia, hipofosfatemia.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Abelcet
Gravidez
Como não foram realizados estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas, Abelcet somente deve ser utilizado durante a gravidez após conclusão de que a droga é realmente importante para a paciente.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Abelcet é um medicamento classificado na categoria de risco C na gravidez.
Crianças
Cento e onze crianças (2 foram recrutadas duas vezes e contadas como pacientes separados), com idades de 16 anos ou menos, onze das quais tinham menos de 1 ano, foram tratadas com Abelcet , na dose de 5 mg/Kg/dia, em dois estudos abertos e em um pequeno estudo prospectivo de ramo único. Em um estudo monocêntrico, 5 crianças com candidíase hepatoesplênica foram tratadas eficazmente com 2,5 mg/Kg/dia de Abelcet.
Não foram reportados efeitos adversos sérios inesperados.
Abelcet foi estudado em neonatos e foi constatado que o medicamento é seguro e eficaz no tratamento nesta faixa etária com candidíase invasiva na dosagem de 2,5mg/kg/dia à 5 mg/kg/dia. Os resultados deste estudo indicaram que não há diferença na disposição de Abelcet em neonatos e grupos de outras idades.
Idosos
Quarenta e nove pacientes idosos, com idade acima de 65 anos, foram tratados com Abelcet na dose de 5 mg/Kg/dia, em dois estudos abertos e em um estudo de grupo único, prospectivo e menor. Nenhum evento adverso grave inesperado foi relatado.
Pacientes com doença renal
Sendo Abelcet uma droga potencialmente nefrotóxica, deve ser feito um monitoramento da função renal antes de iniciar o tratamento em pacientes com doença renal pré-existente ou que já tiveram insuficiência renal e, regularmente, durante a terapia, Abelcet pode ser administrado em pacientes durante a diálise renal ou hemofiltração.
Níveis de Potássio e Magnésio séricos devem ser monitorados regularmente.
Hemodiálise ou diálise peritoneal não aumentam visivelmente a taxa de eliminação da Anfotericina B.
Composição do Abelcet
Cada ml da suspensão contém
5mg de Anfotericina B.
Veículo:
L-?-dimiristoilfosfatidilcolina (DMPC), L-?-dimiristoilfosfatidilglicerol (DMPG), cloreto de sódio e água para injeção.
Apresentação do Abelcet
Abelcet (Complexo Lipídico de anfotericina B 5 mg/ml), suspensão opaca, estéril, apirogênica, para infusão endovenosa.
Embalagens unitárias com frascos de vidro com 10 ou 20 ml de suspensão, para uso único, acompanhados de agulhas com filtro de 5µ.
Uso endovenoso.
Uso adulto e pediátrico.
Superdosagem do Abelcet
Em caso de overdose, o estado do paciente (em particular as funções cardio-pulmonar, renal e hepática bem como a contagem de eletrólitos séricos no sangue) deve ser monitorado e medidas de apoio devem ser iniciadas. Não há antídoto específico para Anfotericina B.
Tem sido reportado que a superdosagem com desoxicolato de anfotericina B pode causar parada cardiorrespiratória. Existe informe sobre 15 (quinze) pacientes que receberam uma ou mais doses de Abelcet entre 7-13 mg/Kg; nenhum desses pacientes apresentou uma reação aguda séria ao medicamento. Caso se suspeite de superdosagem, descontinuar o tratamento, monitorar o estado clínico do paciente e instituir as medidas de apoio necessárias. Abelcet não é hemodialisável.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Abelcet
Não foram conduzidos estudos formais de interação de Abelcet com outras drogas. Entretanto, quando administradas concomitantemente, as drogas mencionadas em seguida são conhecidas por interagir com a anfotericina B, podendo assim, interagir com Abelcet.
Interações medicamento-medicamento
Agentes antineoplásicos
O uso simultâneo de agentes antineoplásicos e anfotericina B pode aumentar o potencial para toxicidade renal, broncoespasmo e hipotensão. Deve-se ter muito cuidado quando da administração concomitante de agentes antineoplásicos e Abelcet.
Corticoesteróides e corticotropina (ACTH)
O uso concomitante de corticoesteróides ou corticotropina com anfotericina B pode potencializar a hipocalemia, que pode predispor o paciente à disfunção cardíaca; se usados concomitantemente com Abelcet , os eletrólitos séricos e a função cardíaca devem ser estreitamente monitorados.
Ciclosporina A
Dados de um estudo prospectivo do uso profilático de Abelcet em 22 pacientes submetidos a transplante de medula óssea sugeriram que a instituição simultânea de Ciclosporina A e Abelcet , nos dias posteriores à cirurgia, pode estar associada com nefrotoxicidade aumentada.
Glicosídeos digitálicos
O uso concomitante de anfotericina B pode induzir hipocalemia e potencializar a toxicidade digitálica. Quando administrados concomitantemente com Abelcet , os níveis séricos de potássio devem ser estreitamente monitorados.
Flucitosina
O uso concomitante de flucitosina com preparações contendo anfotericina B pode aumentar a toxicidade da flucitosina por uma possível elevação da sua captação celular e/ou comprometimento da sua excreção renal. Deve-se ter cautela na administração concomitante da flucitosina com Abelcet.
Imidazóis (cetoconazol, miconazol, clotrimazol, fluconazol, etc)
Antagonismo entre anfotericina B e derivados imidazólicos tais como miconazol e cetoconazol, que inibem a síntese de ergosterol, foi reportado tanto em estudos in vitro quanto em animais in vivo. A importância clínica destes achados não foi determinada.
Outros medicamentos nefrotóxicos
O uso simultâneo de anfotericina B e agentes tais como aminoglicosídeos e pentamidina podem aumentar o potencial de toxicidade renal droga-induzida. O uso simultâneo de Abelcet e aminoglicosídeos ou pentamidina requer muito cuidado. Recomenda-se monitoração intensiva da função renal em pacientes que requeiram qualquer combinação de medicamentos nefrotóxicos.
Relaxante músculo-esquelético
A hipocalcemia induzida pela anfotericina B pode aumentar o efeito curarizante dos relaxantes músculos-esqueléticos (tubocurarina, por exemplo). Quando administrados simultaneamente com Abelcet , os níveis de potássio sérico devem ser monitorados a intervalos freqüentes.
Zidovudina
Observaram-se aumentos da mielotoxicidade e da nefrotoxicidade em cães quando Abelcet (em doses 0.16 ou 0.5 vezes a dose humana recomendada) ou desoxicolato de anfotericina B (0.5 vezes a dose humana recomendada) foram administrados simultaneamente com zidovudina durante 30 dias. Ao se usar zidovudina e Abelcet simultaneamente, as funções renais e hematológicas devem ser monitoradas a intervalos freqüentes.
Interações medicamento-exame laboratorial
Transfusões de leucócitos
Foi reportada toxicidade pulmonar aguda em pacientes que receberam anfotericina B intravenosa e transfusões de leucócitos. Não se deve administrar, ao mesmo tempo, transfusões de leucócitos e Abelcet.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Ação da Substância Abelcet
Resultados de Eficácia
A Anfotericina B (substância ativa) apresenta in vitro uma atividade elevada contra numerosas espécies de fungos. Concentrações de Anfotericina B (substância ativa) variando de 0,03 a 1,0 mcg/mL inibem, in vitro, espécies tais como: Histoplasma capsulatum, Coccidioides immitis, espécies de Candida spp, Blastomyces dermatitidis, Rhodotorula, Cryptococcus neoformans, Sporothrix schenckii, Mucor mucedo e Aspergillus fumigatus. Foram relatados outros organismos sensíveis a Anfotericina B (substância ativa) tais como Prototheca ssp, Leishmania e Naegleria. Algumas cepas resistentes de Cândida foram isoladas em pacientes imunocomprometidos recebendo tratamentos longos com Anfotericina B (substância ativa). Técnicas padrões para a determinação da concentração mínima inibitória (CMI) não foram estabelecidas para os agentes antifúngicos, e valores são variáveis dependendo dos métodos empregados. A Anfotericina B (substância ativa) não é eficaz sobre bactérias, inclusive do gênero Rickettsia e vírus.
A Anfotericina B (substância ativa) é considerado o fármaco de escolha para o tratamento da maioria das infecções fúngicas invasivas, incluindo candidíase hematogênica. Trata-se de antifúngico de amplo espectro, fungicida e com bons resultados no tratamento de fungemias.
A Anfotericina B (substância ativa) mostrou ser mais eficaz do que o voriconazol e atualmente é o fármaco de escolha para tratamento de aspergilose invasiva
A Anfotericina B (substância ativa) é o tratamento de escolha para os pacientes com infecções fúngicas progressivas potencialmente graves como: blastomicose, coccidiodomicose; criptococose; meningite criptocócica, endocardite fúngica; endoftalmite candidiásica; infecções intra-abdominais, incluindo peritonites relacionadas e não relacionadas com o processo de diálise; infecções fúngicas das vias urinárias; meningite fúngica de outras origens, paracoccidioidomicose e meningo encefalite amebiana primária.
Um estudo duplo-cego comparou a caspofungina com Anfotericina B (substância ativa) para o tratamento primário de candidíase invasiva. Ambos os fármacos apresentaram-se eficazes para o tratamento de candidíase invasiva, mais especificamente, candidemia.
Um estudo comparou a eficácia e segurança de Anfotericina B (substância ativa) versus fluconazol para a erradicação da candidúria em pacientes gravemente enfermos. Ambos os fármacos apresentaram-se eficazes e seguros para o tratamento e nenhum dos grupos apresentou efeitos colaterais.
Um estudo envolveu doze pacientes com leishmaniose mucocutânea que foram tratados com Anfotericina B (substância ativa). As lesões responderam rapidamente ao tratamento. A dose relativamente baixa total de Anfotericina B (substância ativa) induziu cicatrização das lesões ativas.
Características Farmacológicas
Anfotericina B (substância ativa) é um antibiótico antifúngico poliênico derivado do Streptomyces nodosus.
Mecanismo de ação
A Anfotericina B (substância ativa) é fungistática ou fungicida dependendo da concentração obtida nos fluidos corporais e da sensibilidade dos fungos. A Anfotericina B (substância ativa) age ligando-se aos esterois da membrana celular do fungo sensível, alterando a permeabilidade da membrana e provocando extravasamento dos componentes intracelulares. As membranas dos animais superiores também contém esterois e isto sugere que o dano às células humanas e às de fungos podem ter mecanismos comuns.
Farmacocinética
Uma infusão intravenosa inicial de 1 a 5 mg de anfotericin B por dia, aumentando de 0,4 para 0,6 mg/kg diariamente, produz picos médios de concentração plasmática variando de 0,5 a 2 mcg/mL que são encontrados em adultos recebendo doses repetidas de aproximadamente 0,5 mg/kg/dia. Após uma queda inicial rápida, o platô de concentração plasmática é de aproximadamente 0,5 mcg/mL. Uma meia-vida de eliminação de aproximadamente 15 dias segue-se após uma meia-vida plasmática de eliminação inicial de cerca de 24 horas. São poucos os dados farmacocinéticos da Anfotericina B (substância ativa) em crianças.
A Anfotericina B (substância ativa) circulante está altamente ligada (90%) às proteínas plasmáticas e é pouco dialisável. Aproximadamente dois terços da concentração plasmática obtida têm sido detectadas nos fluidos da pleura inflamada, peritôneo, sinóvia e do humor aquoso.
As concentrações no líquido cefalorraquidiano raramente excedem a 2,5% daquelas encontradas no plasma ou não são detectáveis. Pequena quantidade de Anfotericina B (substância ativa) penetra no humor vítreo ou no fluido amniótico normal. Detalhes completos sobre a distribuição tecidual não são conhecidos, entretanto, o fígado parece ser o maior local de armazenagem tecidual.
A Anfotericina B (substância ativa) é excretada de forma lenta pelos rins, sendo que 2 a 5% de uma dose administrada é eliminada sob a forma biologicamente ativa. Após a suspensão do tratamento o fármaco pode ser detectado na urina durante um período de 3 a 4 semanas, devido à sua eliminação lenta. A excreção biliar pode representar uma importante via de eliminação. Detalhes de outras vias metabólicas não são conhecidos. Os níveis sanguíneos não são afetados por problemas renais ou hepáticos.
Cuidados de Armazenamento do Abelcet
Armazenar a uma temperatura entre 2ºC à 8ºC, protegido da luz. Não congelar. Mantê-lo dentro do cartucho até o momento do uso. A suspensão diluída de Abelcet em solução glicosada a 5%, pronta para o uso, é estável por até 48 horas de 2ºC à 8ºC e por um período adicional de 6 horas à temperatura ambiente.
Este medicamento é válido por 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Depois de aberto, este medicamento somente poderá ser consumido em até 48 horas, se a suspensão de Abelcet estiver diluída em solução glicosada a 5%, armazenada de 2ºC à 8ºC e por um período adicional de 6 horas à temperatura ambiente.
Características Físicas
Abelcet é uma suspensão opaca, de cor amarela, estéril, apirogênica, para infusão endovenosa.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Abelcet
Reg. M.S. 1.5626.0016
Farmacêutico Responsável:
Juliana Couto Carvalho de Oliveira.
CRF-RJ nº 19835.
Registrado e Importado por:
Laboratórios Bagó do Brasil S.A.
R. Cônego Felipe, 365
Rio de Janeiro / RJ
CEP: 22.713-010.
CNPJ nº 04.748.181/0001-90.
Indústria Brasileira
Fabricado por:
Sigma Tau Pharmaceuticals
Indianápolis, IN, USA para Cephalon Limited, Albany
Place, Hyde Way, Welwyn Garden City, Hertfordshire, AL7 3BT, UK.
Comercializado por:
Teva Farmacêutica Ltda.
Rua Mota Pais, 471B
São Paulo – SP
CNPJ n° 05.333.542/0001-08
Venda sob prescrição médica.
Uso restrito a hospitais.