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Bula do Ácido Tranexâmico Legrand

Como o Ácido Tranexâmico Legrand funciona?


Ácido Tranexâmico destina-se ao controle e prevenção de sangramento provocados por cirurgias, reumatismos e doenças com tendência a sangramentos.

Contraindicação do Ácido Tranexâmico – Legrand

O ácido tranexâmico é contraindicado em portadores de coagulação intravascular ativa, vasculopatia oclusiva aguda e em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Como usar o Ácido Tranexâmico – Legrand

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Posologia do Ácido Tranexâmico Legrand


A dose de ácido tranexâmico deve ser ajustada individualmente por paciente. As doses recomendadas devem ser interpretadas como uma diretriz inicial.

Adultos:

Fibrinólise local:

Comprimidos:

A dose recomendada é de 15 a 25 mg/kg, isto é, 2 a 3 comprimidos, duas a três vezes ao dia.

Crianças:

A dose deve ser administrada de acordo com o peso corporal:

10 mg/kg, duas a três vezes ao dia.

O ácido tranexâmico pode ainda ser administrado durante a heparinoterapia.

Pacientes com insuficiência renal:

Para evitar o risco de acúmulo, a dose deve ser corrigida de acordo com a seguinte tabela:

Creatinina sérica

Dose oral

Frequência

120 a 150 micromol/L

25 mg/kg

2 vezes ao dia

250 a 500 micromol/L

25 mg/kg

1 vez ao dia

gt; 500 micromol/L

12,5 mg/kg

1 vez ao dia

Posologia especial:

Prostatectomia:

Em pacientes de alto risco, a profilaxia e o tratamento da hemorragia devem começar durante o período préoperatório, com ácido tranexâmico injetável, seguido de 2 comprimidos de 250 mg, três a quatro vezes ao dia, até que a hematúria macroscópica desapareça.

Menorragia:

2 a 3 comprimidos de 250 mg, três a quatro vezes ao dia, por um período de 3 a 4 dias. A terapia com ácido tranexâmico deve ser instituída logo após o início do sangramento intenso. Nos casos em que o aumento do fluxo já é previsto, deve-se iniciar o tratamento no 1º dia do ciclo.

Se o fluxo for reduzido a um nível aceitável, sem efeitos colaterais, o tratamento pode ser repetido indefinidamente. Caso não se obtenha redução do sangramento, seu uso deve ficar restrito a não mais que três ciclos menstruais.

Epistaxe:

2 comprimidos de 250 mg, três vezes ao dia, durante 7 dias.

Hemofilia:

No preparo de extrações dentárias, 2 a 3 comprimidos de 250 mg, a cada 8 horas, ou 25 mg/kg/dia.

Angioedema hereditário:

Alguns pacientes reconhecem o início da doença. O tratamento consiste na administração intermitente de 2 a 3 comprimidos de 250 mg, duas a três vezes ao dia, por alguns dias.

Outros pacientes podem precisar de tratamento contínuo com esta dose.

Precauções do Ácido Tranexâmico – Legrand

Em portadores de insuficiência renal, a dose deve ser reduzida para evitar o acúmulo.

Pacientes com tendência conhecida para trombose devem usar o ácido tranexâmico com cautela.

Interações medicamentosas:

Por via oral, até o momento, não foram descritos casos de interação com outros medicamentos.

Reações Adversas do Ácido Tranexâmico – Legrand

O ácido tranexâmico é geralmente bem tolerado. Raramente, podem ocorrer reações gastrintestinais como náuseas, vômitos e diarreias, que regridem com a diminuição da dose.

Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis.

População Especial do Ácido Tranexâmico – Legrand

Gravidez e lactação:

O ácido tranexâmico, assim como qualquer outro medicamento, não deve ser utilizado durante a gravidez e amamentação, a não ser sob estrita orientação médica.

O ácido tranexâmico é eliminado no leite materno, na proporção de, aproximadamente, 1% em relação à concentração plasmática. Apresenta, portanto, pouca probabilidade de efeito sobre o lactente. Mesmo assim, durante a amamentação, o produto deve ser utilizado sob estrita orientação médica. Como qualquer outro medicamento, não se recomenda sua utilização no primeiro trimestre de gravidez.

Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.

Informar ao médico se está amamentando.

Pacientes idosos:

Não há advertências ou recomendações especiais sobre o uso do produto em pacientes idosos.

Composição do Ácido Tranexâmico – Legrand

Apresentações:

Comprimidos de 250 mg.

Caixas contendo:

12 ou 24 comprimidos.

Uso adulto e pediátrico.

Uso oral.

Composição:

Cada comprimido contém:

Ácido Tranexâmico

250 mg

Excipiente*

1 comprimido

*Celulose microcristalina, croscarmelose sódica, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, povidona, dióxido de silício, talco, estearato de magnésio, água purificada).

Superdosagem do Ácido Tranexâmico – Legrand

Até o momento, não são conhecidos casos de superdosagem.

Interação Medicamentosa do Ácido Tranexâmico – Legrand

O Ácido Tranexâmico (substância ativa) pode ser utilizado durante a heparinoterpia.

Não foram observadas alterações nos resultados de exames laboratoriais com a utilização do Ácido Tranexâmico (substância ativa).

Exclusivo Comprimido

Por via oral, até o momento, não foram descritos casos de interação com outros medicamentos.

Exclusivo Injetável

Foram observadas turvação e precipitação de soluções de Ácido Tranexâmico (substância ativa), quando associadas a alguns medicamentos. Como não há relatos sobre a interação com todos aqueles utilizados na prática médica, recomenda-se, então, não associar nenhum outro medicamento a Ácido Tranexâmico (substância ativa) injetável, nem o administrar no mesmo equipo em que já esteja sendo administrado outro medicamento.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Transamin.

Interação Alimentícia do Ácido Tranexâmico – Legrand

A farmacocinética do ácido tranexâmico não se modifica na presença de alimentos.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Transamin.

Ação da Substância Ácido Tranexâmico – Legrand

Resultados de Eficácia


Hemorragia digestiva

Metanálise de estudos com o Ácido Tranexâmico (substância ativa) em pacientes com hemorragia digestiva alta demonstrou que ele está associado, quando comparado a placebo, a reduções de 20 a 30% da taxa de recidiva do sangramento; 30 a 40% da necessidade de cirurgias e 40% da taxa de mortalidade.

Exclusivo Comprimidos

Cirurgias/procedimentos odontológicos

Em pacientes hemofílicos, o tratamento com 1g de Ácido Tranexâmico (substância ativa) pela via oral, três vezes ao dia, por cinco dias, a partir de duas horas antes da extração dentária, resultou em uma perda sanguínea média, após o procedimento, de 61,2ml, comparados a 84,1ml com o placebo. E a necessidade de reposição de fatores de coagulação ocorreu em 14,3% dos pacientes que receberam o Ácido Tranexâmico (substância ativa), enquanto que, no grupo placebo, foi necessária em 78,6% dos pacientes.

Urologia

Estudo com 100 pacientes prostatectomizados por ressecção transuretral demonstrou que, em avaliação nas quatro semanas de pós-operatório, a incidência de hemorragia foi de 24% no grupo tratado com 1g de Ácido Tranexâmico (substância ativa) pela via oral, três vezes ao dia, e 56% no grupo placebo.

Ginecologia/obstetrícia

Comparado com placebo, a utilização de 2 a 4,5g/dia de Ácido Tranexâmico (substância ativa) pela via oral, divididos em três doses ao dia, por quatro a sete dias/ciclo, reduziu a perda sanguínea menstrual em 34 a 59%, em mulheres com menorragia. Em pacientes submetidas à conização cervical e que utilizaram 1,5g de Ácido Tranexâmico (substância ativa) pela via oral, três vezes ao dia, por 12 dias, após a cirurgia foi observada uma redução de 71% do sangramento, quando comparadas ao grupo placebo. Em doze gestantes que apresentaram sangramento vaginal na segunda metade da gestação e utilizaram 1g de Ácido Tranexâmico (substância ativa) pela via oral, três vezes ao dia, por sete dias, houve completa remissão do sangramento e gestações a termo, com 8 partos eutócicos e 4 cesáreos.

Oftalmologia

Estudos demonstraram que 1g de Ácido Tranexâmico (substância ativa) pela via oral, três vezes ao dia, por cinco dias, significativamente reduziu o sangramento, no hifema pós-traumático.

Angioedema hereditário

Estudos demonstraram que a utilização de 1,5g de Ácido Tranexâmico (substância ativa) pela via oral, três vezes ao dia, reduz a freqüência e intensidade dos sintomas e que melhores resultados são observados quando o tratamento é iniciado o mais precocemente possível.

Exclusivo Injetável

Cirurgia ortopédica

Em estudo controlado com placebo, pacientes submetidos à artroplastia total do joelho receberam Ácido Tranexâmico (substância ativa), na dose de 15 mg/kg, por infusão endovenosa, antes da retirada do torniquete e, posteriormente, 10 mg/kg, pela via endovenosa, 3-4 h e 6-7 h após o término da cirurgia. Foi observada uma redução de 65,9% do sangramento pós-operatório, em relação ao observado com placebo.

Ginecologia/obstetrícia

Setenta e três pacientes apresentando descolamento prematuro da placenta foram tratadas com Ácido Tranexâmico (substância ativa) antes da cesariana. Destas, 67 receberam 1 g, pela via endovenosa, imediatamente antes do parto e 6, em fases mais precoces da gestação e com sintomas menos intensos, receberam tratamento oral, com 4 g/dia, até o parto. A taxa de mortalidade perinatal foi de 8% e não foi observado nenhum caso de fibrinólise severa, trombose ou óbito materno.

Urologia

Em estudo placebo-controlado, com 63 pacientes submetidos à prostatectomia, a administração endovenosa de 2 g/dia de Ácido Tranexâmico (substância ativa) reduziu o sangramento pós-operatório em 45%, quando comparado ao placebo.

Transplante hepático

Estudo duplo-cego randomizado foi realizado com 45 pacientes submetidos a transplante hepático primário e ao uso de dipiridamol e heparina nas primeiras 24 h do pós-operatório. A infusão venosa de 40 mg/kg/h de Ácido Tranexâmico (substância ativa), até a dose máxima 20 g, durante a cirurgia reduziu significativamente a perda sanguínea pós-operatória média e a média de unidades de hemoderivados transfundidas, em relação ao placebo – 800 mL vs 1200 mL e 20,5 vs 43,5, respectivamente.

Cirurgia cardíaca

Duzentos e dez pacientes submetidos à cirurgia cardíaca com circulação extra-corpórea foram randomizados, em estudo duplo-cego, para receberem infusão de 10 g de Ácido Tranexâmico (substância ativa), por 20 minutos, após a indução anestésica, ou placebo. A perda sanguínea pós-operatória média foi de 474 ± 24 mL, no grupo tratado (n=104), e 906 ± 51 mL, no grupo placebo (n=106).

Referências Bibliográficas

1.Dunn, C.J. e Goa, K.L.
2.Tranexamic Acid: a review of its use in surgery and other indications. Drugs; 57(6): 1005-1032, 1999. Wellington, K. e Wagstaff, A.J.
3.Tranexamic Acid: A review of its use in the management of menorrhagia. Drugs; 63(13): 1417-1433, 2003. Daiichi Pharmaceutical Co. Ltd.
4.Monograph of Tranexemic Acid. Adis International Ltd. Ed., Osaka, 2001.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Transamin.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

O efeito antifibrinolítico do ácido tanexâmico é devido à formação, reversível, do complexo Ácido Tranexâmico (substância ativa) – plasminogênio. Embora os demais sítios de ligação da lisina, no plasminogênio, tenham baixa afinidade [constante de dissociação (Kd) = 750 ?mol/L], pelo menos um apresenta alta afinidade com o Ácido Tranexâmico (substância ativa) [Kd = 1,1 ?mol/L]. Assim, devido à sua ligação preferencial, o Ácido Tranexâmico (substância ativa) ocupará os sítios de ligação da lisina, antes que ocorra a interação do plasminogênio e da cadeia pesada de plasmina com os monômeros de fibrina. Este processo retarda a fibrinólise, já que, embora a plasmina esteja presente, encontra-se bloqueada pelo Ácido Tranexâmico (substância ativa) e incapaz de promover a lise da fibrina, preservando o coágulo.

Pelo exposto, observa-se que o Ácido Tranexâmico (substância ativa) atua em etapa posterior àquelas envolvidas na cascata de coagulação, não interferindo na mesma ou nos demais parâmetros da coagulação, tais como contagem de plaquetas, tempo de protrombina e tempo parcial de tromboplastina.

Exclusivo Comprimido

O angioedema hereditário, patologia genética autossômica dominante, é caracterizado pela deficiência do inibidor da C1 – esterase. Na ausência do C1-inibidor, a via clássica do Sistema Complemento é prematura ou inapropriadamente ativada. Assim, imunocomplexos ativam, incessantemente, o componente C1, convertendo-o em C1-esterase, que atuará em seus substratos C4 e C2. O novo complexo formado, C2-4, leva à liberação de substâncias anafilactóides e peptídeos vasoativos, determinando alterações da permeabilidade vascular e edema maciço.

Estudos demonstraram que o Ácido Tranexâmico (substância ativa), quando ligado à plasmina, promove uma facilitação para a inativação da plasmina pela ?2-antiplasmina. Embora, ainda, por mecanismo não muito bem elucidado, parece que a ação do Ácido Tranexâmico (substância ativa) depende desta ação antiplasmínica, a qual reduziria a liberação de substâncias vasoativas. Entretanto, o Ácido Tranexâmico (substância ativa) pode, também, agir sobre outras enzimas, exercendo uma ação antiprotease direta.

Farmacocinética

Nas concentrações plasmáticas terapêuticas (5 a 10 mg/L), é amplamente distribuído no organismo e apenas 3% encontram-se ligados a proteínas, sendo em quase totalidade ao plasminogênio.

A principal via de excreção do Ácido Tranexâmico (substância ativa) é renal. Após a administração de 250 ou 500 mg, por via oral, aproximadamente 95% da dose são eliminados, in natura, pela urina, em 24 h. O clearance plasmático é de, aproximadamente, 7 L/h.

O Ácido Tranexâmico (substância ativa) atravessa a barreira hematencefálica e foi localizado, também, no líquido e em membranas sinoviais.

O Ácido Tranexâmico (substância ativa) atravessa a barreira placentária e foi observado em concentração significativa no sangue do cordão umbilical. Entretanto, não há relatos da significância clínica deste achado sobre o feto. A excreção no leite é baixa, representando apenas 1% da concentração plasmática, e sem consequências para o lactente.

O Ácido Tranexâmico (substância ativa) foi encontrado na saliva, após a administração, pela via oral, de 1 g, em dose única. Entretanto, maior concentração na saliva (200 mg/L) foi obtida 30 minutos após bochechos com uma solução a 5%, durante 2 minutos, embora, nestas condições, a concentração plasmática tenha sido de, apenas, 2 mg/L.

Exclusivo Comprimido

Estudos clínicos realizados com o Ácido Tranexâmico (substância ativa), administrado pela via oral, demonstraram que sua rápida absorção não é afetada pela presença de alimentos no trato gastrintestinal. Após a ingestão de 2 g de Ácido Tranexâmico (substância ativa), em dose única, pela via oral, a concentração plasmática máxima (Cmáx ) foi atingida em, aproximadamente, 3 horas e os valores médios variaram de 14,4 mg/L a 14,8 mg/L, na presença e ausência de alimentos, respectivamente.

A biodisponibilidade é de 34%; a meia-vida plasmática é de, aproximadamente, 2 horas e os níveis terapêuticos são mantidos por 6 a 8 horas.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Transamin.

Cuidados de Armazenamento do Ácido Tranexâmico – Legrand

Manter à temperatura ambiente (15ºC a 30ºC). Proteger da luz e manter em lugar seco.

Prazo de validade: O número de lote e as datas de fabricação e validade estão impressos no cartucho do medicamento.

Não use o medicamento com o prazo de validade vencido.

Antes de usar observe o aspecto do medicamento.

Dizeres Legais do Ácido Tranexâmico – Legrand

Reg. MS: nº 1.6773.0151.

Farm.Resp.:

Dra. Maria Betânia Pereira.
CRF-SP nº 37.788.

Registrado por:

Legrand Pharma Indústria Farmacêutica Ltda.
Rod. Jornalista F. A. Proença, km 08.
Bairro Chácara Assay.
CEP 13186-901
Hortolândia/SP.
CNPJ: 05.044.984/0001-26.
Indústria brasileira.

Fabricado por:

EMS S/A.
Hortolândia/SP.

Venda sob prescrição médica.

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