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Bula do Acinic

A terapia com Acinic é indicada como um adjunto à dieta, quando a resposta à uma dieta restritiva a gorduras saturadas e colesterol e outras medidas não farmacológicas sozinhas forem inadequadas. Antes de iniciar a terapia com Acinic, as causas secundárias para a hipercolesterolemia (por exemplo: diabetes mellitus não controlada, hipotireoidismo, síndrome nefrótica, disproteinemias, doenças hepáticas obstrutivas, outras terapias medicamentosas, alcoolismo) devem ser descartadas e o perfil lipídico dos níveis de CT, HDL-C e TG deve ser determinado.

Tabela 1 – Classificação de hiperlipoproteinemias:

TC:

Colesterol total.

TG:

Triglicerídios.

LDL:

Lipoproteína de baixa densidade.

VLDL:

Lipoproteína de densidade muito baixa; IDL: Lipoproteína de densidade intermediária.

??:

Aumentado ou sem alteração.

Como o Acinic funciona?


Acinic é um agente redutor do colesterol e de triglicerídios sanguíneos.

Contraindicação do Acinic

Acinic é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida aos componentes da fórmula, pacientes com disfunções hepáticas inexplicadas ou significantes, em caso de úlcera péptica ativa ou sangramento arterial.

Como usar o Acinic

Acinic deve ser administrado à noite, antes de deitar-se, após a ingestão de um alimento com baixo teor de gordura como, por exemplo: Um iogurte desnatado, uma maçã ou uma bolacha água e sal com leite desnatado. As doses devem ser individualizadas de acordo com a resposta do paciente. A terapia com Acinic deve ser iniciada com 500mg, antes de deitar-se, para reduzir a incidência e a gravidade de efeitos colaterais que podem ocorrer no início da terapia.

A tabela abaixo mostra o escalonamento de dose recomendado:

*Após a oitava semana, titular até a resposta e tolerância do paciente. Se a resposta à dose diária de 1000mg for inadequada, aumentar a dose para 1500mg por dia, podendo aumentar a dose subsequentemente para 2000mg por dia. A dose diária não deve ser aumentada mais que 500mg em um período de 4 semanas e doses acima de 2000mg por dia não são recomendadas. Mulheres podem responder a doses mais baixas que os homens.

Dose de manutenção:

A dose diária de Acinic não deve ser aumentada mais que 500mg dentro de um período de 4 semanas. A dose de manutenção recomendada é de 1000mg (2 comprimidos de 500mg) a 2000mg (4 comprimidos de 500mg) uma vez ao dia, antes de deitar-se. Doses maiores que 2000mg por dia não são recomendadas. Mulheres podem responder a doses menores que os homens.

Se a resposta lipídica a Acinic sozinha não for suficiente, ou se doses mais altas de Acinic não forem bem toleradas, alguns pacientes podem ser beneficiados pela terapia combinada com resinas ligantes de ácidos biliares ou inibidores da HMG-CoA redutase.

O efeito de rubor na pele pode ser reduzido em freqüência ou gravidade pelo tratamento prévio com ácido acetilsalicílico (administrado 30 minutos antes da dose de Acinic) ou outro antiinflamatório não esteróide. A tolerância ao rubor desenvolve-se rapidamente ao longo de várias semanas. Rubor, prurido e distúrbios gastrintestinais também são bastante reduzidos pelo aumento lento da dose de ácido nicotínico e evitando-se a ingestão com o estômago vazio.

Acinic não deve ser substituído por doses equivalentes de formas de liberação prolongada (liberação modificada, liberação controlada) ou imediata (cristalina) de ácido nicotínico. Pacientes previamente tratados com outros produtos à base de ácido nicotínico devem iniciar o tratamento conforme o esquema de titulação inicial de dose recomendado. A dose deve ser individualizada de acordo com a resposta do paciente.

Se a terapia com Acinic for interrompida por um longo período, a reinstituição da terapia deve incluir a fase de titulação.

Os comprimidos de Acinic devem ser ingeridos inteiros e não devem ser quebrados, triturados ou mastigados antes de engolir.

Precauções do Acinic

Antes de iniciar a terapia com Acinic, deve-se dar atenção para o controle da hiperlipidemia com uma dieta apropriada, exercícios e redução de peso em pacientes obesos e para tratar outros problemas médicos subjacentes.

Pacientes com histórico de icterícia, doenças hepatobiliares ou úlcera péptica devem ser observados com atenção durante a terapia com Acinic. Monitorização freqüente dos testes de função hepática e glicose sangüínea deve ser realizada para assegurar que a droga não está produzindo efeitos adversos nesses órgãos. Pacientes diabéticos podem experimentar um aumento de intolerância à glicose relacionado à dose.

A significância clínica deste dado não foi elucidada. Pacientes diabéticos ou potencialmente diabéticos devem ser observados atentamente. O ajuste da dieta e/ou terapia pode ser necessária.

Deve ser usado com cautela em pacientes com angina instável ou na fase aguda do infarto do miocárdio, particularmente quando esses pacientes também recebem drogas vasoativas como nitratos, bloqueadores de canais de cálcio ou agentes bloqueadores adrenérgicos.

Disfunção hepática

Casos graves de toxicidade hepática, incluindo necrose hepática fulminante, têm ocorrido em pacientes que substituíram ácido nicotínico na forma de liberação controlada (liberação modificada, tempo de liberação) pelas formas de liberação imediata (cristalina) em doses equivalentes.

Acinic deve ser usado com cautela em pacientes que consomem quantidades substanciais de álcool e/ou com histórico de doença hepática.

Doenças hepáticas ativas ou elevações de transaminases inexplicadas são contra-indicações para o uso de Acinic.

Preparações de ácido nicotínico, assim como outras terapias de redução de lipídios, foram associadas a alterações de testes hepáticos como elevações nos níveis de transaminases. Em estudos clínicos controlados por placebo e estudos de longa duração, as elevações nas transaminases não mostraram estar associadas à duração do tratamento. Elevações dos níveis de transaminases séricas (AST) não pareceram estar relacionadas à dose. Elevações nas transaminases foram reversíveis com a descontinuação do medicamento.

Testes hepáticos devem ser realizados em todos os pacientes durante a terapia com Acinic. Os níveis de transaminases séricas, incluindo TGO e TGP, devem ser monitorizados antes do início do tratamento, a cada 6 a 12 semanas no primeiro ano e periodicamente posteriormente (por exemplo: Em intervalos de cerca de 6 meses). Atenção especial deve ser dada a pacientes que apresentarem níveis elevados de transaminases séricas. Nesses pacientes, a determinação deve ser feita prontamente e freqüentemente. Se os níveis de transaminases mostrarem evidências de progressão, particularmente se houver aumento de 3 vezes acima do limite normal, que seja persistente, ou se estes sinais estiverem associados a sintomas de náusea, febre e/ou mal-estar, o medicamento deve ser descontinuado.

Músculo esquelético

Casos raros de rabdomiólise foram associados à administração concomitante de ácido nicotínico em doses reguladoras de lipídios (gt;1g/dia) e inibidores da HMG-CoA redutase. Em caso deterapia combinada deAcinic com inibidores da HMG-CoA redutase, o médico deverá avaliar cuidadosamente a relação risco/benefício e monitorizar os pacientes, observando os sinais e sintomas de dor muscular ou fraqueza, particularmente durante os meses iniciais de terapia e durante qualquer período de titulação para aumento de dose de ambos os medicamentos. Determinações periódicas de creatina fosfoquinase sérica (CPK) e potássio devem ser consideradas nessas situações, mas não é possível garantir que essa monitorização previna a ocorrência de miopatias graves.

Insuficiência renal / hepática

O uso de Acinic em pacientes com insuficiência renal ou hepática não foi estudado. O ácido nicotínico é rapidamente metabolizado pelo fígado e excretado pelos rins. Acinic é contra-indicado para pacientes com disfunções hepáticas inexplicadas ou significantes e deve ser usado com cautela em pacientes com insuficiência renal.

Reações Adversas do Acinic

O ácido nicotínico é bem tolerado geralmente.

As reações adversas relatadas foram leves e transitórias. Em estudos clínicos controlados com placebo, episódios de rubor (por exemplo: Calor, vermelhidão, prurido e/ou formigamento) foram os eventos adversos mais comuns emergentes no tratamento com ácido nicotínico de liberação prolongada (relatado em cerca de 88% dos pacientes). Relatos expontâneos sugerem que rubor pode ser acompanhado de sintomas como vertigem, taquicardia, palpitações, encurtamento da respiração, sudorese, calafrio e/ou edema, que em raros casos leva à síncope. Em comparações de formas de liberação imediata de ácido nicotínico com o produto de liberação prolongada, embora a proporção de pacientes que apresentaram rubor tenha sido semelhante, foram relatados menos episódios de rubor por pacientes que receberam ácido nicotínico de liberação prolongada.

Os seguintes eventos adversos foram relatados para produtos à base de ácido nicotínico durante estudos clínicos ou na prática clínica:

Corpo:

Edema, astenia, calafrio.

Cardiovascular:

Fibrilação atrial e outras arritmias cardíacas, taquicardia, palpitações, ortostasia, síncope, hipotensão.

Olhos:

Ambliopia tóxica, edema macular cistóide.

Gastrintestinal:

Ativação de úlcera péptica e ulceração péptica, icterícia.

Metabólico:

Diminuição de tolerância à glicose, gota.

Músculo-esquelético:

Mialgia.

Nervoso:

Vertigem, insônia.

Pele:

Hiperpigmentação, exantema maculopapular, ceratose nigricante, urticária, ressecamento da pele e sudorese.

Outros:

Enxaqueca.

População Especial do Acinic

Gravidez

Não há estudos de reprodução em animais com o ácido nicotínico. Em caso de gravidez durante o tratamento de hipercolesterolemia primária (tipo IIa ou IIb), o uso de ácido nicotínico deve ser descontinuado. Em caso de tratamento de mulheres com hipertrigliceridemia (tipo IV ou V), deve-se avaliar individualmente a relação risco/benefício para a continuação do tratamento.

Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe ao médico se está amamentando. O risco/ benefício do uso de Acinic durante a gravidez ou amamentação deve ser avaliado pelo seu médico.

Lactação

Embora não existam estudos de Acinic em lactantes, sabe-se que o ácido nicotínico é excretado no leite materno. Devido ao potencial risco do ácido nicotínico, em doses reguladoras de lipídios, causar reações adversas sérias em lactentes, deve-se avaliar a descontinuação da amamentação ou da droga, levando em consideração a importância do tratamento para a mãe.

Pediatria

A segurança e eficácia da terapia com ácido nicotínico não foi estabelecida em crianças menores de 16 anos.

Geriatria (idosos)

Não há restrições específicas para pacientes idosos.

Composição do Acinic

Apresentações

Comprimido de liberação prolongada 500 mg. Caixa com 30 comprimidos.

Comprimido de liberação prolongada 750 mg. Caixa com 30 comprimidos.

Uso adulto.

Composição

Cada comprimido de 500mg contém:

Ácido nicotínico 500mg.

Excipientes:

hipromelose e estearato de magnésio.

Cada comprimido de 750mg contém:

Ácido nicotínico 750mg.

Excipientes:

hipromelose e estearato de magnésio.

Superdosagem do Acinic

Sintomas

Altas doses de ácido nicotínico podem produzir rubor temporário, prurido e distúrbios gastrintestinais.

Tratamento

Procedimentos como lavagem gástrica e tratamento geral de suporte devem ser utilizados para controlar a sintomatologia.

Interação Medicamentosa do Acinic

Níveis elevados de ácido úrico têm ocorrido em terapia com ácido nicotínico, embora seja usado com cautela em pacientes predispostos à gota.

O ácido nicotínico tem sido associado a reduções pequenas relacionadas à dose, mas estatisticamente significantes, da contagem de plaquetas (média de 11% com 2000mg). Além disso, o ácido nicotínico tem sido associado a aumentos pequenos, mas estatisticamente significantes, do tempo de protrombina (média de aproximadamente + 4%); conseqüentemente, pacientes submetidos à cirurgia devem ser cuidadosamente avaliados. Recomenda-se cautela na administração concomitante de Aciniccom anticoagulantes; o tempo de protrombina e a contagem de plaquetas deve ser monitorizado nesses pacientes.

Em estudos controlados com placebo, o ácido nicotínico foi associado a reduções pequenas, mas estatisticamente significantes, dos níveis de fósforo relacionados à dose (média de 13% com 2000mg). Embora essas reduções tenham sido transitórias, os níveis de fósforo devem ser monitorizados periodicamente em pacientes com risco de hipofosfatemia.

Acinic não deve ser substituído por doses equivalentes de formas de liberação imediata (cristalina) de ácido nicotínico. Pacientes que estejam substituindo o ácido nicotínico de liberação imediata por Acinicdevem iniciar a terapia com baixas doses (por exemplo: 500mg à noite, antes de deitar), a dose de Acinic deve ser titulada até atingir a resposta terapêutica desejada.

Interação Alimentícia do Acinic

Deve ser evitada a ingestão de bebidas quentes pela possibilidade de potencialização dos efeitos adversos do ácido nicotínico.

Ação da Substância Acinic

Resultados de eficácia

Goldberg et al. (2000) conduziram estudo multicêntrico, duplo-cego, randomizado, no total de 25 semanas para avaliar a segurança e eficácia de doses crescentes de niacina LP (liberação prolongada) em relação ao placebo (uma vez ao dia ao deitar) em pacientes com dislipidemia primária, para avaliar a modificação percentual dos níveis de colesterol, das LDL-C e da apolipoproteína B. Os pacientes (n=131) foram randomizados para placebo (n = 44) ou niacina LP (n = 87) com doses iniciais de 375 mg/d, aumentadas para 500 mg/d e, subsequentemente, em incrementos de 500 mg a intervalos de quatro semanas, até o máximo de 3.000 mg/d. O estudo foi precedido por uma fase de seis semanas de dieta, descontinuação de medicamentos e de estabilização da LDL-C basal de duas semanas. Uma diminuição significativa nos níveis de LDL-C e apolipoproteína B, em comparação com os valores iniciais, tornou-se evidente já com a dose de 500 mg/d, que foi consistente em todas as doses subsequentes (p ? 0,05), alcançando 21% e 20%, respectivamente, na dose de 3.000 mg/d.

Em comparação com os valores basais, aumento significativo nos níveis de colesterol de HDL-C tornou-se evidente com a dose de 500 mg/d, que também foi consistente em todas as doses subsequentes (p ? 0,05), alcançando 30% na dose de 3.000 mg/d. Em comparação com os valores basais, ocorreu diminuição significativa nos níveis de TG e da lipoproteína a (LPa) na dose de 1.000 mg/d, tendo sido evidente em todas as doses subsequentes (p ? 0,05) e alcançando 44% e 26%, respectivamente, na dose de 3.000 mg/d. Os efeitos adversos mais comuns foram flushing e distúrbios gastrintestinais. Elevações das transaminases foram relativamente pequenas, e a porcentagem de pacientes que apresentaram disfunção hepática com niacina LP não foi significativamente diferente do grupo placebo. Desse modo, concluiu-se que a niacina LP foi bem tolerada, tendo demonstrado capacidade dose-proporcional de modificar favoravelmente os componentes do perfil lipídico.

Em estudo fase IIIb multicêntrico, aberto, não controlado (Estudo Nautilus) durante 15 semanas para avaliar a segurança e a tolerabilidade do ácido nicotínico de liberação prolongada no tratamento das dislipidemias conduzido por Vogt et al. (2006), também foram avaliados os efeitos da niacina LP sobre os parâmetros lipídicos como parâmetros secundários. Os pacientes selecionados tinham diagnóstico de dislipidemia com nível lipídico inadequadamente controlado após quatro semanas de tratamento dietético. Adicionalmente, os pacientes tinham baixa HDL colesterol (lt; 40 mg/dL em homens e lt; 50 mg/dL em mulheres) e TG lt; 800 mg/dL. Os critérios de exclusão foram diabetes não controlada (HbAIC gt; 9%), doença hepática, vascular (definida como derrame dentro das seis semanas anteriores, doença arterial periférica, angina instável, histórico de IM ou arritmia não controlada) ou insuficiência renal significativa.

Todos os pacientes receberam doses iniciais de 375 mg durante a semana 1. A dose foi aumentada conforme esquema de titulação predefinido, em função da tolerabilidade, com a administração de 500 mg/d na semana 2, 750 mg/d na semana 3, 1.000 mg/d nas semanas de 4 a 7, 1.500 mg/d nas semanas de 8 a 11 e 2.000 mg/d nas semanas de 12 a 15. Os pacientes que tiveram problemas de tolerabilidade com a dose titulada de 1.000 mg/d tiveram permissão para redução de dose até 750 mg/d. Doses abaixo de 750 mg/d não foram permitidas. No total de 566 pacientes selecionados, a grande maioria apresentava síndrome metabólica (39,4%), hipercolesterolemia mista (31,6%), baixo HDL colesterol isolado e risco cardiovascular marcadamente elevado por outras causas (10,8%) e hipercolesterolemia primária (8,8%), conforme as diretrizes do NCEP/ATP III. A dose-alvo foi atingida por 65% dos pacientes.

O flushing foi a reação adversa mais comum (42%), conforme esperado, sendo que 9,7% interromperam o medicação devido ao flushing. Outros eventos adversos relacionados ocorreram em baixa frequência (18,6%) e 8,7% interromperam o tratamento por outros eventos que não o flushing. A maioria dos eventos adversos foi de intensidade leve a moderada. Eventos adversos sérios possivelmente relacionados ao tratamento ocorreram em três pacientes (0,5%); todos se resolveram após a descontinuação do tratamento. Não houve evento adverso muscular sério ou hepatotoxicidade.

Características farmacológicas

O ácido nicotínico, também denominado niacina ou vitamina B3, pertence ao grupo de vitaminas do complexo B e é um agente anti-hiperlipidêmico. O ácido nicotínico é um pó branco cristalino, muito solúvel em água. Sua fórmula empírica é C6H5NO2 e seu peso molecular, 123,11.

O ácido nicotínico age no organismo após sua conversão para nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD) no sistema de coenzima NAD. Em dose adequada, reduz o CT, as lipoproteínas de baixa densidade – colesterol (LDL-C) e os TG. Por outro lado, aumenta os níveis de lipoproteínas de alta densidade – colesterol (HDL-C). A magnitude das respostas lipoproteicas e lipídicas individuais pode ser influenciada pela gravidade e tipo de dislipidemia presente. O aumento total de HDL-C está associado ao aumento da apolipoproteína A-I (Apo A-I) e à mudança da distribuição das subfrações de HDL. Essas alterações incluem aumento na relação HDL2:HDL3 e a elevação da lipoproteína A-I. O ácido nicotínico também diminui os níveis séricos da apolipoproteína B-100 (Apo B), o maior componente proteico da lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL) e de frações LDL, e da Lp (a), uma forma variante de LDL independentemente associada ao risco coronário.

Diversos estudos clínicos demonstraram que níveis elevados de CT e LDL-C e Apo B promovem aterosclerose em humanos. A redução dos níveis de HDL-C está associada ao desenvolvimento de aterosclerose. Níveis elevados de TG também contribuem para o desenvolvimento da aterosclerose.

O mecanismo de ação pelo qual o ácido nicotínico altera o perfil lipídico não está bem estabelecido e pode envolver várias ações, como a inibição da liberação de ácidos graxos livres do tecido adiposo, o aumento da atividade da lipase lipoproteica, que pode elevar a taxa de remoção de quilomicrons dos TG do plasma. O ácido nicotínico diminui a síntese hepática das lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) e de baixa densidade (LDL) e parece não afetar a excreção fecal de gorduras, ácidos biliares e esteróis.

Absorção

O ácido nicotínico administrado via oral é absorvido rapidamente (60% a 76% da dose). Sua biodisponibilidade aumenta e o risco de desconforto gastrintestinal diminui quando o medicamento é administrado juntamente com alimentos não gordurosos.

Distribuição

Estudos com ácido nicotínico radiomarcado em ratos demonstraram que o ácido nicotínico e seus metabólitos concentram-se no fígado, nos rins e no tecido adiposo.

Metabolismo

O ácido nicotínico é metabolizado no fígado, onde sofre rápido e intenso metabolismo de primeira passagem, possivelmente por uma rota de simples conjugação com glicina, formando o ácido nicotinúrico (NUA). O ácido nicotinúrico é, então, eliminado pela urina, embora pequenas quantidades possam ser revertidas em ácido nicotínico. Outra possível rota resulta na formação de nicotinamida adenina dinucleotídio (NAD). Não está claro se a nicotinamida é formada como um precursor ou após síntese para NAD.

A nicotinamida é, depois, metabolizada a N-metilnicotinamida (MNA) e óxido N-nicotinamida (NNO). O MNA é, depois, metabolizado a outros dois compostos, N-metil-2-piridona-5-carboxamida (2PY) e N-metil-4-piridona-5-carboxamida (4PY). A formação de 2PY parece predominar sobre a de 4PY. Nas doses usuais de tratamento, essas rotas metabólicas são saturáveis, explicando a relação não linear entre a dose de ácido nicotínico e as concentrações plasmáticas do fármaco após doses múltiplas de Ácido Nicotínico (substância ativa deste medicamento). A nicotinamida não tem atividade hipolipidêmica. A atividade dos outros metabólitos não é conhecida.

Eliminação

O ácido nicotínico e seus metabólitos são rapidamente eliminados através da urina. Após dose única ou múltipla, 60% a 76% do ácido nicotínico administrado podem ser recuperado na urina como ácido nicotínico ou seus metabólitos. A relação dos metabólitos recuperados na urina foi dependente da dose administrada.

Cuidados de Armazenamento do Acinic

Mantenha Acinic em temperatura ambiente (15 a 30oC).

Número do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide cartucho/rótulo.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação. Não utilize medicamentos com a validade vencida.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Acinic

Registro MS – 1.0974.0191

Farm. Resp.:

Dr. Dante Alario Junior
CRF-SP no 5143

Biolab Sanus Farmacêutica Ltda.

Av. Paulo Ayres, 280 – Taboão da Serra – SP
CEP 06767-220
CNPJ 49.475.833/0001-06
Indústria Brasileira

SAC

0800 724 6522

Venda sob prescrição médica.

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