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Bula do Adiloz

Como o Adiloz funciona?


Adiloz (linezolida) pertence a uma nova classe de antibióticos. Adiloz (linezolida) atua inibindo e interrompendo o processo de multiplicação de alguns tipos de bactérias.

Contraindicação do Adiloz

Adiloz (linezolida) é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade (alergia) a linezolida ou a qualquer componente da fórmula. Adiloz (linezolida) também é contraindicado a pacientes que estejam usando qualquer medicamento que seja um inibidor da enzima monoaminoxidase (proteína que aumenta a velocidade de uma determinada reação química) (ex.: fenelzina, isocarboxazida) ou até duas semanas de uso de qualquer um destes medicamentos. Adiloz (linezolida) é contraindicado a pacientes que apresentam: hipertensão (pressão alta) não controlada, feocromocitoma (tumor, normalmente benigno, que causa aumento da pressão), tireotoxicose (conjunto de sintomas como nervosismo, perda de peso, suor excessivo, entre outros, que ocorrem pelo excesso de hormônios da tireoide), síndrome carcinoide (conjunto de sintomas causados por um tipo especifico de câncer) e/ou pacientes utilizando algum dos seguintes tipos de medicamentos: agentes simpatomiméticos de ação direta ou indireta (ex.: pseudoefedrina, fenilpropanolamina), agentes vasoconstritores (ex.: epinefrina, norepinefrina), agentes dopaminérgicos (ex.: dopamina, dobutamina), inibidores de recaptação de serotonina, antidepressivos tricíclicos, agonistas do receptor de serotonina 5-HT1 (triptanos), meperidina ou buspirona.

Como usar o Adiloz

Adiloz (linezolida) comprimidos revestidos pode ser utilizado tanto como tratamento inicial quanto para a substituição ou continuidade de outros tratamentos em infecções bacterianas. Os comprimidos revestidos de Adiloz (linezolida) podem ser administrados com ou sem alimentos. A dose recomendada de Adiloz (linezolida) deve ser administrada por via oral, duas vezes ao dia para pacientes adultos e três vezes ao dia para pacientes na faixa etária pediátrica.

Duração e dosagens recomendadas

Pacientes Idosos e Pacientes do Sexo Feminino

Não é necessário ajuste de dose.

Pacientes com Insuficiência Renal

Não é necessário ajuste posológico.

Não há dados sobre a experiência de linezolida administrado a pacientes submetidos à diálise peritoneal ambulatorial continua ou tratamentos alternativos para falência renal (outros que a hemodiálise).

Pacientes com Insuficiência Hepática

Não é necessário ajuste de dose. No entanto, recomenda-se que linezolida seja administrado em tais pacientes somente quando o benefício previsto supere o risco teórico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Adiloz?


Caso você esqueça de tomar Adiloz (linezolida) no horário estabelecido pelo seu médico, tome-o assim que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, pule a dose esquecida e tome à próxima, continuando normalmente o esquema de doses recomendado pelo seu médico. Neste caso, não tome o medicamento em dobro para compensar doses esquecidas. Adiloz (linezolida) deve ser sempre utilizado perante a supervisão de um médico. A posologia, frequência da utilização e possíveis doses omitidas serão avaliadas pelos médicos responsáveis. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Adiloz

Caso surjam sintomas de insuficiência visual, como alterações na acuidade visual (visão embaçada, perda de foco), visão de cores, visão embaçada ou defeito no campo visual, é recomendada uma avaliação oftálmica imediata. A função visual deve ser monitorada em todos os pacientes recebendo Adiloz (linezolida) por períodos prolongados (3 meses ou mais) e em todos os pacientes que relatarem novos sintomas visuais. Pacientes com insuficiência renal grave (disfunção grave dos rins): não é necessário ajuste de dose. Porém, Adiloz (linezolida) deve ser administrado com cautela nestes pacientes e somente quando os benefícios esperados superarem os riscos teóricos. Adiloz (linezolida) não está aprovada para o tratamento de pacientes com infecções da corrente sanguínea relacionadas ao cateter.

Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia de Adiloz (linezolida) quando administrado por períodos superiores a 28 dias. O efeito de Adiloz (linezolida) sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi sistematicamente avaliado. O significado clínico da interação entre Adiloz (linezolida) e rifampicina é desconhecido. A Adiloz (linezolida) não tem atividade clínica contra patógenos Gram-negativos e não é indicado para o tratamento de infecções Gram-negativas. Adiloz (linezolida) deve ser usado com cuidado especial em pacientes com alto risco de morte por infecções sistêmicas, tais como aquelas infecções relacionadas aos cateteres venosos centrais nas unidades de terapia intensiva. Adiloz (linezolida) não está aprovado para o tratamento de pacientes com infecções da corrente sanguínea relacionadas ao cateter.

Alguns pacientes recebendo Adiloz (linezolida) podem apresentar aumento leve e reversível da pressão sanguínea induzida pelas medicações pseudoefedrina ou fenilpropanolamina. As doses iniciais de fármacos adrenérgicos, como a dopamina ou agonistas da dopamina, devem ser reduzidas e ajustadas pelo seu médico para se alcançar a resposta desejada. Relatos espontâneos muito raros de Síndrome serotoninérgica (pressão alta, rigidez muscular, tremores, aumento da temperatura, aumento dos batimentos cardíacos) foram relatados com a coadministração de linezolida e agentes serotoninérgicos.

Reações Adversas do Adiloz

Tabela de Reações Adversas 

Classe de Sistema de Órgãos

Reações Adversas

Infecções e infestações

Monilíase+

Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático

Pancitopenia*^ (diminuição de todas as células do sangue), leucopenia*^ (redução de células de defesa no sangue), trombocitopenia* (diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas), anemia (diminuição do número de hemoglobina)*^, anemia sideroblástica*‡

Distúrbios do sistema imunológico

Anafilaxia* (reação alérgica grave)

Distúrbios do metabolismo e nutricionais

Acidose lática*^ (acúmulo de ácido láctico no corpo)

Distúrbios do sistema nervoso

Convulsões*^, neuropatia periférica*^ (disfunção dos neurônios que pode levar a perda sensorial, atrofia e fraqueza muscular, e decréscimos nos reflexos profundos), cefaleia+, alteração do paladar+

Distúrbios oculares

Neuropatia (doença que afeta um ou vários nervos) óptica*^a (dos olhos)

Distúrbios gastrintestinais

Vômito+, diarreia+, náusea+, dor abdominal+, cólicas abdominais (na barriga)+, distensão abdominal+, descoloração da língua*, descoloração superficial dos dentes*b

Distúrbios da pele e do tecido

Distúrbios da pele bolhosa incluindo reações adversas cutâneas (da pele) graves (tais como necrólise epidérmica tóxica* e síndrome de Stevens-Johnson* – reação alérgica grave com bolhas na pele e mucosas), angioedema* (inchaço das partes mais profundas da pele ou da mucosa, geralmente de origem alérgica), rash* (vermelhidão da pele)

Laboratoriais

Testes hematológicos (do sangue) anormais+, testes de função do fígado anormais+

+ Reações consideradas relacionadas ao medicamento em testes clínicos controlados com uma incidência de pelo menos 1%. 
* Reações adversas identificadas pós-comercialização. 
Primariamente reportadas em pacientes tratados com linezolida por mais tempo que a duração recomendada máxima de 28 dias.
a Algumas vezes progredindo para perda de visão foram reportados em pacientes tratados com linezolida. Estes relatos foram principalmente em pacientes tratados por períodos mais longos do que a duração máxima recomendada de 28 dias.
b A descoloração era removível com limpeza dental profissional (descamação manual) nos casos com desfecho conhecido.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.

População Especial do Adiloz

Gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Composição do Adiloz

Cada comprimido revestido contém:

600 mg de linezolida.

Excipientes q.s.p:

amidoglicolato de sódio, amido, celulose microcristalina, hiprolose, dióxido de silício, estearilfumarato de sódio, hipromelose + macrogol + dióxido de titânio.

Apresentação do Adiloz


Adiloz comprimido revestido de 600 mg em embalagens contendo 10, 50, 100* e 200* comprimidos revestidos.

*Embalagem hospitalar.

Via de administração: uso oral.

Uso adulto e pediátrico.

Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.

Superdosagem do Adiloz

Não foram relatados casos de superdose. Entretanto, as seguintes informações podem ser úteis; recomenda-se tratamento de suporte, juntamente com a manutenção da filtração glomerular (função do rim). Aproximadamente 30% de uma dose de linezolida é removida pela hemodiálise.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Adiloz

Antibióticos

Não foram observadas interações nos estudos de farmacocinética com o aztreonam ou a gentamicina. O mecanismo da interação entre rifampicina e Adiloz (linezolida) e seu significado clínico são desconhecidos.

Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação nova.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Adiloz

Resultados de eficácia

Adultos

Infecções enterocócicas resistentes à vancomicina

Pacientes adultos com infecção enterocócica resistente à vancomicina documentada ou suspeita foram inscritos em um estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego comparando uma dose alta de Linezolida (substância ativa) (600 mg) com uma dose baixa de Linezolida (substância ativa) (200 mg) dadas a cada 12 horas (q12h) por via intravenosa (IV) ou oral durante 7 a 28 dias.

As taxas de cura para a população ITT com infecção enterocócica resistente à vancomicina documentada no baseline são apresentadas na Tabela 1 por origem de infecção.

A taxa de cura foi maior no braço de dose alta do que no braço de dose baixa, embora a diferença não tenha sido estatisticamente significativa.

Tabela 1. Taxas de cura na visita do teste de cura para pacientes adultos ITT com infecções enterocócicas resistentes à vancomicina documentadas no baseline

Origem da infecção

Curado

Linezolida (substância ativa) 600 mg
q12h n/N (%)

Linezolida (substância ativa) 200 mg
q12h n/N (%)

Qualquer local39/58 (67)24/46 (52)
Qualquer local com bacteremia associada10/17 (59)4/14 (29)
Bacteremia de origem desconhecida5/10 (50)2/7 (29)
Pele e estrutura dérmica9/13 (69)5/5 (100)
Trato urinário12/19 (63)12/20 (60)
Pneumonia2/3 (67)0/1 (0)
Outro*11/13 (85)5/13 (39)

* Inclui origens de infecção, tais como, abscesso hepático, sepsia biliar, vesícula biliar necrótica, abscesso pericolônico, pancreatite e infecção relacionada ao cateter.

Pneumonia nosocomial

Pacientes adultos com pneumonia nosocomial clínica e radiologicamente documentada foram inscritos em um estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego.

Os pacientes foram tratados durante 7 a 21 dias.

Um grupo recebeu 600 mg q12h em injeção intravenosa de Linezolida (substância ativa), e o outro grupo recebeu 1 g q12h de vancomicina intravenosa. Ambos os grupos receberam aztreonam concomitante (1 a 2 g intravenosa a cada 8 horas), que poderia ser continuado se clinicamente indicado.

As taxas de cura em pacientes clinicamente avaliáveis foram de 57% para os pacientes tratados com Linezolida (substância ativa) e 60% para os tratados com vancomicina. As taxas de cura em pacientes clinicamente avaliáveis com pneumonia associada à ventilação foram de 47% para pacientes tratados com Linezolida (substância ativa) e de 40% para os tratados com vancomicina.

Uma análise com intenção de tratar modificada (MITT) de 94 pacientes tratados com Linezolida (substância ativa) e de 83 tratados com vancomicina incluía indivíduos que tiveram um agente patológico isolado antes do tratamento.

As taxas de cura na análise MITT foram de 57% em pacientes tratados com Linezolida (substância ativa) e de 46% em pacientes tratados com vancomicina.

As taxas de cura por patógeno para pacientes avaliáveis microbiologicamente são apresentadas na Tabela 2.

Tabela 2. Taxas de cura na visita de teste de cura para pacientes adultos microbiologicamente avaliáveis com pneumonia nosocomial

Patógeno

Curado

Linezolida (substância ativa)
n/N (%)

Vancomicina
n/N (%)

Staphylococcus aureus23/38 (61)14/23 (61)
S. aureus resistente à meticilina13/22 (59)7/10 (70)
Streptococcus pneumoniae9/9 (100)9/10 (90)

Infecções complicadas na pele e na estrutura dérmica

Pacientes adultos com infecções complicadas na pele e na estrutura dérmica documentadas foram inscritos em um estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego, de uso duplo de tratamento inativo, comparando medicações em estudo administradas por via intravenosa seguidas de medicações dadas oralmente durante um total de 10 a 21 dias de tratamento.

Um grupo de pacientes recebeu injeção com 600 mg q12h IV de Linezolida (substância ativa) seguida de comprimidos com 600 mg q12h de Linezolida (substância ativa); o outro grupo recebeu 2 g de oxacilina a cada 6 horas (q6h) IV seguido de 500 mg q6h de dicloxacilina oralmente.

As taxas de cura em pacientes clinicamente avaliáveis foram de 90% em pacientes tratados com Linezolida (substância ativa) e de 85% em pacientes tratados com oxacilina.

Uma análise com intenção de tratar modificada (MITT) de 316 pacientes tratados com Linezolida (substância ativa) e de 313 pacientes tratados com oxacilina incluía pacientes que preenchiam todos os critérios para a entrada no estudo.

As taxas de cura na análise MITT foram de 86% em pacientes tratados com Linezolida (substância ativa) e de 82% em pacientes tratados com oxacilina.

As taxas de cura por patógeno para pacientes microbiologicamente avaliáveis são apresentadas na Tabela 3.

Tabela 3.

Taxas de cura na visita de teste de cura para pacientes adultos microbiologicamente avaliáveis com infecções complicadas na pele e na estrutura dérmica

Patógeno

Curado

Linezolida (substância ativa)
n/N (%)

Oxacilina/dicloxacilina
n/N (%)

Staphylococcus aureus73/83 (88)72/84 (86)
S. aureus resistente à meticilina2/3 (67)0/0 (-)
Streptococcus agalactiae6/6 (100)3/6 (50)
Streptococcus pyogenes18/26 (69)21/28 (75)

Um estudo separado forneceu conhecimento adicional com o uso de Linezolida (substância ativa) no tratamento de infecções devido ao Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA).

Este foi um estudo randomizado, aberto, em pacientes adultos hospitalizados com infecção devido a MRSA documentada ou suspeita.

Um grupo de pacientes recebeu injeção com 600 mg q12h de Linezolida (substância ativa) IV seguida por comprimidos com 600 mg q12h de Linezolida (substância ativa). O outro grupo de pacientes recebeu 1 g q12h de vancomicina IV.

Ambos os grupos foram tratados durante 7 a 28 dias e puderam receber aztreonam ou gentamicina concomitante se clinicamente indicado.

As taxas de cura em pacientes microbiologicamente avaliáveis com infecção devido ao MRSA na pele ou na estrutura dérmica foram de 26/33 (79%) para pacientes tratados com Linezolida (substância ativa) e de 24/33 (73%) para pacientes tratados com vancomicina.

Pacientes pediátricos

Infecções devido a organismos gram-positivos: um estudo sobre segurança e eficácia forneceu conhecimento sobre o uso de Linezolida (substância ativa) em pacientes pediátricos para o tratamento de pneumonia nosocomial, infecções complicadas na pele e na estrutura dérmica, bacteremia relacionada ao cateter, bacteremia de origem não identificada e outras infecções devido patógenos bacterianos Gram-positivos, incluindo Staphylococcus aureus resistente e suscetível à meticilina e Enterococcus faecium resistente à vancomicina.

Os pacientes pediátricos recém-nascidos a 11 anos de idade com infecções causadas por organismos Gram-positivos documentadas ou suspeitas foram inscritos em um estudo randomizado, aberto, comparador-controlado.

Um grupo de pacientes recebeu injeção com 10 mg/kg de Linezolida (substância ativa) IV a cada 8 horas (q8h) seguida por Linezolida (substância ativa) para 10 mg/kg q8h de Suspensão Oral.

Um segundo grupo recebeu 10 a 15 mg/Kg de vancomicina IV a cada 6 a 24 horas, dependendo da idade e do clearance renal.

Pacientes que tinham infecções VRE confirmadas foram colocados em um terceiro braço do estudo e receberam 10 mg/Kg q8h de Linezolida (substância ativa) IV e/ou oralmente.

Todos os pacientes foram tratados durante um total de 10 a 28 dias e puderam receber antibióticos.

Na população com intenção de tratar (ITT), havia 206 pacientes randomizados para Linezolida (substância ativa) e 102 pacientes randomizados para vancomicina. Cento e dezessete (57%) pacientes tratados com Linezolida (substância ativa) e 55 (54%) tratados com vancomicina eram clinicamente avaliáveis.

As taxas de cura em pacientes ITT foram de 81% em pacientes randomizados para Linezolida (substância ativa) e de 83% em pacientes randomizados para vancomicina (Intervalo de Confiança de 95% da diferença do tratamento; -13%, 8%).

As taxas de cura em pacientes clinicamente avaliáveis foram de 91% em pacientes tratados com Linezolida (substância ativa) e de 91% em pacientes tratados com vancomicina (IC de 95%; -11%, 11%).

Os pacientes com intenção de tratar modificada (MITT) incluíam pacientes ITT que, nos valores basais, tiveram um elemento patológico Gram-positivo isolado no local da infecção ou no sangue.

As taxas de cura em pacientes MITT foram de 80% em pacientes randomizados para Linezolida (substância ativa) e de 90% em pacientes randomizados para vancomicina (IC de 95%; -23%, 3%).

As taxas de cura para pacientes ITT, MITT e clinicamente avaliáveis são apresentadas na Tabela 4.

Após o estudo ter sido completado, 13 pacientes adicionais que variavam de 4 dias a 16 anos de idade foram inscritos em uma extensão aberta do braço VRE do estudo.

A Tabela 5 fornece as taxas de cura clínica por patógeno para pacientes microbiologicamente avaliáveis, incluindo pacientes microbiologicamente avaliáveis com Enterococcus faecium resistente à vancomicina na extensão deste estudo.

Tabela 4.

Taxas de cura na visita de teste de cura para pacientes pediátricos com intenção de tratar, intenção de tratar modificada e clinicamente avaliáveis através de diagnóstico no baseline

*Pacientes MITT = ITT com um elemento patológico Gram-positivo isolado no baseline.

Tabela 5.

Taxas de cura na visita de teste de cura para pacientes pediátricos microbiologicamente avaliáveis com infecções devido a patógenos gram-positivos

Patógeno

Microbiologicamente Avaliável

Linezolida (substância ativa)
n/N (%)

Vancomicina
n/N (%)

Enterococcus faecium resistente à vancomicina6/8 (75)*0/0 (-)
Staphylococcus aureus36/38 (95)23/24 (96)
S. aureus resistente à meticilina16/17 (94)9/9 (100)
Streptococcus pyogenes2/2 (100)1/2 (50)

*Inclui dados de 7 pacientes inscritos na extensão aberta deste estudo.

Estudo clínico de infecções gram-positivas da corrente sanguínea relacionadas ao cateter

Um estudo clínico, aberto, randomizado, foi conduzido em pacientes adultos com infecções sistêmicas relacionadas ao cateter causadas por patógenos Gram-positivos comparando Linezolida (substância ativa) (600 mg a cada 12 horas IV/oral) com vancomicina 1 g IV a cada 12 horas ou oxacilina 2 g IV a cada 6 horas/dicloxacilina 500 mg por via oral, a cada 6 horas com duração do tratamento de 7 a 28 dias.

A taxa de mortalidade neste estudo foi 78/363 (21,5%) e 58/363 (16,0%) para a Linezolida (substância ativa) e o comparador, respectivamente. Com base nesses resultados de regressão logística, a razão estimada é de 1,426 [IC 95% 0,970, 2,098].

Como a causalidade não foi estabelecida, o desequilíbrio observado ocorreu principalmente em pacientes tratados com Linezolida (substância ativa) que apresentavam no pré-tratamento patógenos Gram-negativos, mistura de patógenos Gram-negativos e Gram-positivos, ou nenhum patógeno.

Pacientes randomizados para Linezolida (substância ativa) que tinham somente uma infecção Gram-positiva no pré-tratamento, incluindo o subgrupo de pacientes com bacteremia Gram-positiva apresentaram uma taxa de sobrevida similar ao comparador.

Características farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas

A Linezolida (substância ativa) é um agente antibacteriano sintético pertencente a uma nova classe de antibióticos, as oxazolidinonas, com atividade in vitro contra as bactérias Gram-positivas aeróbicas, algumas bactérias Gram-negativas e microrganismos anaeróbicos.

A Linezolida (substância ativa) inibe seletivamente a síntese proteica bacteriana através de um mecanismo de ação singular.

A Linezolida (substância ativa) liga-se aos sítios do ribossomo bacteriano (23S da subunidade 50S) e impede a formação de um complexo de iniciação 70S funcional, essencial para o processo de transcrição.

Suscetibilidade

Somente microrganismos relevantes às indicações clínicas estão presentes a seguir:

Organismos suscetíveis

(inclusive os resistentes à oxacilina e aos glicopeptídeos)

  1. Microrganismos Gram-positivos aeróbios:

  1. Microrganismos Gram-positivos anaeróbios:

Microrganismos resistentes

* A eficácia clínica foi demonstrada para isolados susceptíveis em indicações clinicas aprovadas.

O efeito pós-antibiótico in vitro (EPA) da Linezolida (substância ativa) para o Staphylococcus aureus foi de aproximadamente 2 horas.

Parâmetros de avaliação: os seguintes valores da MIC separam as cepas isoladas sensíveis das cepas isoladas não sensíveis

S = Suscetível.
I = Suscetibilidade Intermediária.
R = Resistente.
a A ausência de dados atuais sobre cepas resistentes impede a definição de outras categorias que não a categoria “suscetível”. As cepas com resultados sugestivos de uma categoria “não suscetível” devem ser testadas novamente e caso o resultado seja confirmado, devem ser encaminhadas para um laboratório de referência para testes adicionais.
b Os padrões de interpretação para S. pneumoniae e Streptococcus spp. (exceto S. pneumoniae) são aplicáveis apenas para testes realizados por microdiluição utilizando meio Mueller-Hinton cátion- ajustado com 2 a 5% de sangue lisado de cavalo semeado diretamente com uma suspensão de colônia e incubado a 35°C por 20 a 24 horas.
c Os padrões de interpretação dos diâmetros de zona são aplicáveis apenas para testes realizados utilizando Agar Mueller-Hinton enriquecido com 5% de sangue desfibrinado de ovelha semeado diretamente com uma suspensão de colônia e incubado a 5% de CO2 a 35°C por 20 a 24 horas.

Os estudos usados para definir os parâmetros de avaliação acima foram os métodos padronizados de microdiluição e difusão em ágar do NCCLS (Comitê Nacional para Padrões Laboratoriais Clínicos dos Estados Unidos).

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

A Linezolida (substância ativa) é absorvida rápida e extensivamente após a administração oral. As concentrações plasmáticas máximas são atingidas dentro de 2 horas após a administração e a biodisponibilidade oral absoluta (equivalência dos níveis séricos atingidos com as doses oral e intravenosa) é completa (aproximadamente 100%).

A absorção a partir da suspensão oral é semelhante a obtida com os comprimidos revestidos e não é afetada significativamente por alimentos. A Cmáx e Cmín (média e desvio padrão) da Linezolida (substância ativa) plasmática no estado de equilíbrio foram determinadas em 15,1 (2,5) mg/L e 3,68 (2,68) mg/L, respectivamente, após administrações intravenosas de 600 mg, a cada 12 horas.

Em outro estudo com dose oral de 600 mg a cada 12 horas, a Cmáx e Cmín foram determinadas em 21,2 (5,8) mg/L e 6,15 (2,94) mg/L, respectivamente, no estado de equilíbrio. As condições de estado de equilíbrio foram alcançadas no segundo dia de tratamento.

Distribuição

O volume de distribuição no estado de equilíbrio é, em média, de 40 a 50 litros em adultos saudáveis e aproxima-se do volume de água corporal total. A ligação às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 31% e não é dependente da concentração plasmática. As concentrações da Linezolida (substância ativa) foram determinadas em vários fluidos em estudos com número limitado de voluntários após a administração de doses múltiplas.

As razões da Linezolida (substância ativa) na saliva e no suor em relação ao plasma foram 1,2:1,0 e 0,55:1,0, respectivamente. As mesmas razões para a secreção líquida de revestimento epitelial e para as células alveolares do pulmão, quando medidas na concentração máxima em estado de equilíbrio dinâmico, foram 4,5:1,0 e 0,15:1,0, respectivamente.

Informações sobre a farmacocinética em pacientes pediátricos com derivação ventrículo-peritoneal mostraram concentrações variáveis de Linezolida (substância ativa) no fluido cerebrospinal após dose únicas e múltiplas de Linezolida (substância ativa). As concentrações terapêuticas não foram alcançadas ou mantidas no fluido cerebrospinal. Portanto, o uso da Linezolida (substância ativa) para tratamento empírico de pacientes pediátricos com infecções do sistema nervoso não é recomendado.

Metabolismo

A oxidação metabólica do anel de morfolina resulta principalmente em dois derivados inativos do ácido carboxílico de anel aberto. O metabólito de ácido aminoetoxiacético (PNU-142300) é menos abundante.

O metabólito de hidroxietilglicina (PNU-142586) é o metabólito humano predominante e se forma por um processo não enzimático. Foram caracterizados outros metabólitos inativos em menor proporção.

Eliminação

Em pacientes com função renal normal ou insuficiência renal de leve a moderada, a Linezolida (substância ativa) é excretada na urina principalmente como PNU-142586 (40%), como fármaco inalterado (30%) e como PNU-142300 (10%), no estado de equilíbrio.

Nenhuma concentração do fármaco inalterado é encontrada nas fezes, enquanto que aproximadamente 6% e 3% de cada dose são excretados como PNU-142586 e PNU-142300, respectivamente. A meia-vida de eliminação é, em média, de cinco a sete horas.

A depuração não renal responde por cerca de 65% da depuração total da Linezolida (substância ativa). Observa-se um pequeno grau de não linearidade na depuração com o aumento das doses de Linezolida (substância ativa).

Isso parece ser devido à depuração renal e não renal menores na presença de concentrações mais elevadas de Linezolida (substância ativa). Entretanto, a diferença na depuração é pequena e, aparentemente, não se reflete na meia-vida de eliminação.

Populações especiais

A Cmáx e o volume de distribuição (Vss) da Linezolida (substância ativa) são similares independente da idade nos pacientes pediátricos. Porém, a depuração da Linezolida (substância ativa) varia em função da idade.

Com exceção dos neonatos pré-termo menores que uma semana de idade, a depuração é mais rápida em grupos de pacientes mais jovens, entre 1 semana e 11 anos de idade, resultando numa área sob a curva (AUC) e meia- vida menores que em adultos. A depuração da Linezolida (substância ativa) diminui gradativamente com o aumento da idade dos pacientes pediátricos e em pacientes adolescentes o valor médio da depuração se aproxima do observado na população adulta.

Neonatos, crianças e adolescentes

Em neonatos de até 1 semana, a depuração sistêmica da Linezolida (substância ativa) (baseado no peso corporal) aumenta rapidamente na primeira semana de vida. Portanto, neonatos recebendo doses de 10 mg/Kg a cada 8 horas terão maior exposição sistêmica no primeiro dia após o nascimento.

Entretanto, não se espera acúmulo excessivo com esta dosagem durante a primeira semana de vida devido ao aumento da depuração durante este período. Em crianças de 1 semana a 12 anos de idade, a administração de 10 mg/Kg a cada 8 horas resultou em exposição semelhante a obtida em adultos recebendo 600 mg a cada 12 horas.

Crianças e adolescentes (lt; 18 anos de idade)

Em adolescentes (12 a 17 anos), a farmacocinética da Linezolida (substância ativa) foi similar a de adultos após uma dose de 600 mg. Portanto, adolescentes recebendo 600 mg a cada 12 horas apresentam exposição similar à observada em adultos recebendo a mesma dose.

Idosos

A farmacocinética da Linezolida (substância ativa) não é significativamente diferente em pacientes com 65 anos ou mais.

Mulheres

As mulheres apresentam um volume de distribuição um pouco menor que os homens e a depuração média diminui aproximadamente 20%, quando corrigida para o peso corporal.

As concentrações plasmáticas são um pouco mais elevadas em mulheres e isso pode ser atribuído, em parte, às diferenças no peso corporal. Entretanto, como a meiavida média da Linezolida (substância ativa) não é significativamente diferente em homens e mulheres, não se espera que as concentrações plasmáticas em mulheres aumentem substancialmente acima dos valores sabidamente tolerados e, por essa razão, não são necessários ajustes posológicos.

Pacientes com insuficiência renal

Após dose única de 600 mg, houve um aumento de 7 a 8 vezes na exposição aos 2 principais metabólitos da Linezolida (substância ativa) no plasma de pacientes com insuficiência renal grave (p. ex.: depuração de creatinina lt; 30 mL/min). Entretanto, não houve aumento na AUC do fármaco inalterado.

Embora haja remoção dos principais metabólitos da Linezolida (substância ativa) por hemodiálise, os níveis plasmáticos dos metabólitos após dose única de 600 mg foram consideravelmente mais altos após diálise do que aqueles observados em pacientes com função renal normal ou insuficiência renal leve a moderada.

Em 24 pacientes com insuficiência renal grave, 21 destes estavam sob hemodiálise regular, picos de concentrações plasmáticas dos 2 principais metabólitos após vários dias de tratamento foi cerca de 10 vezes as concentrações observadas em pacientes com função renal normal. Nível de pico plasmático da Linezolida (substância ativa) não foi afetado. O significado clínico destes achados não foi estabelecido, assim como o limite de segurança.

Não é necessário ajuste posológico em pacientes com insuficiência renal leve, moderada ou grave, pois a depuração renal é independente da depuração de creatinina. Observou-se, contudo, que aproximadamente 30% do nível sérico é removido durante uma sessão de hemodiálise. Assim, a Linezolida (substância ativa) deve ser administrada preferencialmente após a diálise.

Pacientes com insuficiência hepática

Dados limitados indicam que a farmacocinética da Linezolida (substância ativa) e seus metabólitos (PNU-142300 ou PNU-142586) não se alterou em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada (Child-Pugh classe A ou B).

Por essa razão, não é necessário ajuste posológico nesses pacientes. A farmacocinética da Linezolida (substância ativa) em pacientes com insuficiência hepática grave (Child-Pugh classe C) não foi avaliada.

Entretanto, como a Linezolida (substância ativa) é metabolizada por um processo não enzimático, não se espera que o comprometimento da função hepática altere significativamente seu metabolismo.

Dados de segurança pré-clínicos

A fertilidade e reprodução de ratos machos em níveis de exposição aproximadamente iguais aos valores esperados em humanos foram reduzidas pela Linezolida (substância ativa), em animais sexualmente maduros, estes efeitos foram reversíveis. Os efeitos reversíveis sobre a fertilidade foram mediados por alterações na espermatogênese.

Os espermatozoides afetados continham mitocôndrias formadas e orientadas de forma anormal e não eram viáveis. A presença de esperma anormal no epidídimo foi acompanhada por hipertrofia epitelial e hiperplasia.

Não foi observado hipertrofia epididimal em cães tratados por 1 mês, embora as alterações de testículos, epidídimo e peso da próstata tenham sido aparentes.

Uma leve diminuição da fertilidade após tratamento oral foi apresentada por ratos adultos sexualmente maduros assim como ratos jovens, que receberam tratamento durante o período de desenvolvimento sexual (50 mg/Kg/dia do dia 7 ao 36 pós-natal e 100 mg/Kg/dia do dia 37 ao 55), com níveis de exposição de até 1,7 vezes a média da AUC em pacientes pediátricos de 3 meses a 11 anos.

A diminuição da fertilidade não foi observada após tratamento in utero de curto prazo durante o início do período neonatal (dia 6 da gestação até dia 5 pós-natal), exposição neonatal (dia 5 a 21 pós-natal), ou exposição juvenil (dia 22 a 35 pós-natal).

Foram observadas reduções reversíveis na motilidade e morfologia dos espermatozoides em ratos após tratamento durante os dias 22 a 35 pós-natal. Os estudos de toxicidade reprodutiva em camundongos e ratos não apresentaram evidências de efeito teratogênico para níveis de exposição até 4 vezes aos utilizados em humanos.

Entretanto, as mesmas concentrações de Linezolida (substância ativa) causaram toxicidade materna em camundongos e foram observados aumento na mortalidade de embriões, incluindo perda total da prole, pesos corporais fetais reduzidos e exacerbação da predisposição genética normal a variações esternais na cepa de camundongo.

Em ratos, foi observada leve toxicidade materna em doses menores do que as exposições clínicas esperadas. Do mesmo modo, também foi determinada toxicidade fetal leve manifestada como pesos corporais fetais reduzidos, ossificação reduzida das esternébras, sobrevida reduzida da prole e retardos leves da maturação.

Quando do acasalamento, esses mesmos filhotes apresentaram evidências de aumento da perda na fase de pré-implantação com correspondente diminuição de fertilidade, e esse achado foi relacionado com a dose e reversível após interrupção.

A Linezolida (substância ativa) e seus metabólitos são excretados no leite de ratas lactantes e as concentrações observadas foram maiores do que no plasma materno.

A Linezolida (substância ativa) não foi teratogênica em coelhos quando administrada a cada 12 horas com dose oral total de até 15 mg/Kg/dia (0,06 vezes a exposição clínica, baseado na AUC).

A toxicidade materna (sinais clínicos, redução do ganho de peso corpóreo e consumo de alimento) ocorreu a 5 e 15 mg/Kg/dia, e redução de peso corpóreo fetal ocorreu a 15 mg/Kg/dia.

A exposição a Linezolida (substância ativa) foi menor devido a sensibilidade característica dos coelhos aos antibióticos.

A Linezolida (substância ativa) produziu mielossupressão reversível em ratos e cães adultos e jovens. Em ratos recebendo 80 mg/Kg/dia de Linezolida (substância ativa) oralmente por 6 meses foi observado degeneração axonal mínima a leve, não reversível, do nervo ciático.

Também foi observada degeneração mínima do nervo ciático em 1 macho nesta mesma dose após 3 meses em necropsia interina. A avaliação morfológica dos tecidos fixados por perfusão foi conduzida para investigar a evidencia de degeneração do nervo óptico.

Foi evidenciado degeneração do nervo óptico (mínima a moderada) em 2 ratos machos que receberam 80 mg/Kg/dia de Linezolida (substância ativa) por 6 meses, mas a relação direta com o medicamento foi equivocada devido a natureza precisa do achado e sua distribuição assimétrica.

A degeneração do nervo foi comparável microscopicamente a relatos espontâneos de degeneração unilateral do nervo óptico em ratos “idosos” e pode ser uma exacerbação de uma alteração de fundo comum.

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