Bula do Alfaepoetina Blau
Também é destinada para o tratamento de anemia associado ao câncer e utilização de quimioterápicos, anemia em portador de AIDS submetido ao AZT, em procedimentos pré e perioperatórios, em doenças crônico-degenerativas (artrite-reumatoide).
Como o Alfaepoetina – Blau funciona?
A alfaepoetina injetável (rHu EPO) é utilizada como estimulante para a formação de glóbulos vermelhos, sendo portanto um produto que combate a anemia.
Contraindicação do Alfaepoetina – Blau
A alfaepoetina é contraindicada nos casos conhecidos de hipersensibilidade à alfaepoetina, a albumina sérica humana ou a produtos derivados de células de mamíferos.
Alfaepoetina é contraindicada na faixa etária inferior a 18 anos.
Como usar o Alfaepoetina – Blau
A injeção deve ser aplicada por via intravenosa ou por via subcutânea. Não se devem repetir injeções no mesmo local.
Siga as instruções abaixo para obter a solução reconstituída:
- Deixar o medicamento fora da geladeira por 15 minutos antes de utilizá-lo. Respeitar as regras de higiene habituais.
- Retirar o lacre de plástico do frasco-ampola do liofilizado (fig. 1).
- Fazer a limpeza da superfície da tampa com algodão umedecido com álcool (fig. 2).
- Abrir a ampola de diluente, cuidado para não tocar na extremidade aberta da ampola (fig. 3).
- Com auxílio de uma seringa retirar a água da ampola do diluente (fig. 4).
- Perfurar a parte central da tampa do frasco-ampola do liofilizado e injetar o diluente vagarosamente (fig. 5).
- Agitando suavemente, aguardar a completa dissolução do liofilizado. O produto reconstituído deve resultar numa solução incolor e transparente (fig. 6).
- Retirar, com o auxílio da seringa, a solução reconstituída e aplicar a injeção (fig. 7).
No caso da solução pronta para o uso, seguir as instruções 1, 2, 3 e 8 acima descritas.
Posologia do Alfaepoetina – Blau
Dose inicial
A dose inicial recomendada é de 25-50 U.I./Kg três vezes por semana, por via intravenosa ou subcutânea, com a recomendação de se iniciar o tratamento com a dose menor desta faixa. A dose e a frequência devem ser ajustadas de acordo com a resposta do paciente. A hemoglobina deve ser analisada, no mínimo, 1-2 vezes por semana até que se atinja um valor estável de 10-12 g/dL e se estabeleça uma dose de manutenção para ‘Tratamento prolongado’. Quando se usa em pacientes sob esquema de diálise, deve-se administrar depois de realizada a sessão de diálise.
Os níveis de ferro devem ser analisados antes e durante o tratamento. Em caso de deficiência de ferro pode-se administrar ferro por via oral ou intravenosa. As reservas de ferro podem abaixar de forma rápida ao iniciar o tratamento e normalmente, o nível de ferro-ferritina deve ser mantido por volta de 100 ng/mL, antes e durante o tratamento.
Se a taxa de hemoglobina do paciente aumentar muito rapidamente (por volta de 2g/dL por semana), o tratamento com alfaepoetina deve ser reduzido ou suspenso e reiniciado com doses menores, quando restabelecidos os níveis desejados.
Antes de iniciar o tratamento, devem ser descartadas outras causas de anemia (deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico, intoxicação com alumínio, deficiência de ferro, infecções, etc), caso contrário, a eficiência da alfaepoetina não pode ser garantida. Para o tratamento inicial, quando for necessário, a dose deverá ser aumentada de 15-25 U.I./Kg, três vezes por semana, depois de duas semanas do início do tratamento, a 40-55 U.I./Kg três vezes por semana, e, se necessário, aumentar a dose chegando a 60-75 U.I. /Kg, três vezes por semana, até atingir um nível ótimo de hemoglobina de 10-12 g/dL (hematócrito 30-35%).
O limite máximo da dose deste medicamento, de 225 U.I./Kg por semana, não deve nunca ser ultrapassado sem serem analisados previamente outros fatores que possam contribuir para a falta de resposta da eritropoiese. Os pacientes com medula óssea funcional, reservas de ferro e isentos de infecções, normalmente respondem ao tratamento com 50 U.I./Kg (ou menos), três vezes por semana, e chegam aos níveis esperados em 3-6 semanas.
Tratamento prolongado
Recomenda-se uma dose média de manutenção de 60-100 U.I./Kg por semana, dividida em 2 a 3 doses.
Uma vez que a dose para o tratamento for estabelecida, o hematócrito/hemoglobina deve ser analisado semanalmente. Se a resposta hematológica indica a necessidade de uma dose de tratamento que exceda a 100-125 U.I./Kg por semana, deve-se analisar detalhadamente o nível de ferro, perda de sangue, condições inflamatórias, infecções, excesso de alumínio e outras causas de diminuição / destruição das células (hipoplasia) da medula óssea e então somente assim a dose de alfaepoetina poderá ser aumentada em níveis gradativos de 15-25 U.I./Kg por dose, durante um período de 3-4 semanas, sob a supervisão de um médico. Não se recomenda exceder 200 U.I./Kg, três vezes por semana. Em pacientes com estoque reduzido de ferro, ou com infecções, ou com intoxicação por alumínio, o efeito da alfaepoetina pode ser retardado ou reduzido.
Pacientes que foram tratados com outras EPOs
Os pacientes que tenham recebido tratamento com outras alfaepoetinas recombinantes deverão iniciar o tratamento com este produto seguindo o protocolo de ‘Tratamento prolongado’. Deve ser estabelecida a dose-resposta do paciente controlando a hemoglobina 1-2 vezes por semana. Deve-se ter o cuidado de não administrar este medicamento com doses mais altas que as utilizadas para outras rHu EPOs, já que este produto pode ter uma maior potência ou dose-resposta. Iniciar o tratamento com doses de 50-75 U.I./Kg por semana, divididas em 2 ou 3 doses. Estas doses não devem ser aumentadas durante as primeiras semanas. Logo, deve-se seguir as recomendações do ‘Tratamento prolongado’. Em pacientes intoxicados com alumínio, com infecções ou com reservas baixas de ferro, o efeito da alfaepoetina pode ser retardado ou decrescer.
Com a suspensão do tratamento, pode-se esperar que a hemoglobina diminua aproximadamente 0,5g/dL por semana.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Alfaepoetina – Blau?
Nunca tome duas doses ao mesmo tempo. Caso você esqueça de administrar uma dose, esta deverá ser administrada assim que possível, respeitando e seguindo, o intervalo determinado pelo seu médico.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Alfaepoetina – Blau
Em pacientes com pressão alta incontrolável, com problemas de anemia local devido a alguma obstrução mecânica (isquemia) e/ou antecedentes de convulsões e perda da memória, este medicamento deverá ser administrado com extremo cuidado, e somente com monitoração clínica rigorosa, incluindo evidência de aumento da pressão arterial.
Durante o tratamento com alfaepoetina, deve ser controlada a pressão arterial, os eletrólitos do sangue, as plaquetas e a hemoglobina. O número de plaquetas no sangue pode aumentar moderadamente durante o tratamento inicial. Se a pressão arterial começar a aumentar, eventualmente acompanhada de dor de cabeça, deve-se realizar um tratamento agressivo para combater a pressão alta.
Os pacientes com dificuldade para controlar a pressão arterial devem ser tratados clinicamente até que adquira um adequado controle da pressão sanguínea.
Durante o tratamento com este medicamento, a hemoglobina deve ser controlada, ao menos 1-2 vezes por semana, até que atinja um nível estável de 10-12 g/dL. Uma vez que a hemoglobina se estabilize a um valor desejado, deve ser controlada semanalmente. Durante o tratamento da anemia, pode ocorrer aumento do apetite associado a um aumento do potássio. Se durante a diálise se observar um aumento anormal de potássio circulante no sangue, deve-se ajustar a dieta e o regime de diálise. Se houver aumento da viscosidade sanguínea devido a um aumento da massa circulante de glóbulos vermelhos, pode ser requerido um acréscimo na demanda de heparina, durante as sessões de diálise.
Este medicamento pode causar doping.
Advertências do Alfaepoetina – Blau
Se houver desenvolvimento de pressão alta o seu médico deverá realizar o tratamento adequado, incluindo receitar drogas anti-hipertensivas. Se ocorrer problemas no cérebro devido à pressão alta (com ou sem convulsões), deve ser realizado um tratamento adequado agressivo e o tratamento com a alfaepoetina deverá ser interrompido. Logo após controlada a pressão alta, se recomendado o tratamento com alfaepoetina, a sua administração somente deverá ser restabelecida com baixas doses (15-20 U.I./Kg, três vezes por semana) e sob controle médico e monitoração rigorosa da hemoglobina e da pressão sanguínea. Se a pressão alta permanecer sob controle, o tratamento poderá continuar até que a hemoglobina atinja valores de 10-12 g/dL.
Não foram observados efeitos sobre a capacidade de condução de veículos e utilização de máquinas.
Reações Adversas do Alfaepoetina – Blau
As frequências das reações adversas foram definidas como:
- Reação muito comum (?1/10);
- Reação comum (?1/100, lt;1/10);
- Reação incomum (?1/1 000, lt;1/100);
- Reação rara (?1/10 000, lt;1/1 000);
- Reação muito rara (lt;1/10 000).
Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência, conforme tabela abaixo:
Classe de sistema de órgão | Frequência | Reação adversa |
Doenças do sangue e sistema linfático | Reação incomum | Trombocitemia (pacientes oncológicos) |
Frequência desconhecida | Aplasia eritroide pura (AEP) mediada por anticorpos1, trombocitemia (pacientes com insuficiência renal crônica) | |
Doenças do sistema imune | Frequência desconhecida | Reações anafiláticas, hipersensibilidade |
Doenças do sistema nervoso | Reação muito comum | Cefaleia (pacientes oncologicos) |
Reação comum | Convulsões, cefaleia (pacientes com insuficiência renal crônica) | |
Reação incomum | Hemorragia cerebral2, convulsões (pacientes oncológicos) | |
Frequência desconhecida | Acidentes vasculares cerebrais, encefalopatia hipertensiva, acidentes isquêmicos transitórios | |
Alterações oculares | Frequência desconhecida | Tromboses da retina |
Vasculopatias | Reação comum | Trombose venosa profunda2 (pacientes oncologicos), hipertensão arterial |
Frequência desconhecida | Trombose venosa profunda2 (pacientes com insuficiência renal crônica), tromboses arteriais, crises hipertensivas | |
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino | Reação comum | Embolia pulmonar2 (pacientes |
Frequência desconhecida | Embolia pulmonar2 (pacientes com insuficiência renal crônica) | |
Doenças gastrintestinais | Reação muito comum | Náuseas |
Reação comum | Diarreia (pacientes oncológicos), vômito | |
Reação incomum | Diarreia (pacientes com insuficiência renal crônica) | |
Alterações dos tecidos cutâneo e subcutâneo | Reação comum | Frequência desconhecida |
Frequência desconhecida | Edema angioneurótico, urticária | |
Alterações musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos e alterações nos ossos | Reação muito comum | Artralgia (pacientes com insuficiência renal crônica) |
Reação comum | Artralgia (pacientes oncológicos) | |
Reação incomum | Mialgia (pacientes oncológicos) | |
Frequência desconhecida | Mialgia (pacientes com insuficiência renal crônica) | |
Alterações congênitas, familiares e genéticas | Frequência desconhecida | Porfiria |
Perturbações gerais e alterações no local de administração | Reação muito comum | Febre (pacientes oncológicos), |
Reação comum | Sintomas de tipo gripal (doentes oncológicos) | |
Frequência desconhecida | Medicamento sem eficácia, edema periférico, febre (pacientes com insuficiência renal crônica), reação no local da injeção | |
Exames complementares de diagnóstico | Frequência desconhecida | Aplasia eritroide pura (AEP) mediada por anticorpos positiva |
Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações | Reação comum | Trombose do “shunt”, incluindo equipamento de diálise (pacientes com insuficiência renal crônica) |
1 As frequências não puderam ser calculadas a partir de ensaios clínicos.
2 Incluindo casos com resultado fatal.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Alfaepoetina – Blau
Uso para pessoas de mais de 65 anos de idade
Não há experiência clínica suficiente para que se estabeleça a segurança e a eficácia da alfaepoetina em idosos.
Crianças
Não há experiência clínica suficiente para que se estabeleça a segurança e a eficácia da alfaepoetina em crianças.
Gravidez e lactação
Durante a gestação e lactação, este medicamento deverá ser administrado somente em casos de extrema necessidade. Não se tem conhecimento dos efeitos da administração de alfaepoetina, durante este período, sobre o feto ou recém-nascido, ou sobre a capacidade reprodutiva.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Composição do Alfaepoetina – Blau
Pó liófilo
Cada frasco-ampola contém:
Alfaepoetina | 1.000; 2.000; 3.000 ou 4.000 U.I. |
Excipientes* | q.s. |
* Glicina, albumina humana, fosfato de sódio dibásico e fosfato de sódio monobásico.
A solução é preparada no momento de usar pela adição de uma ampola de diluente (1 mL de água destilada para injetável).
Solução injetável
Cada mL do frasco-ampola contém:
Alfaepoetina | 500; 1.500; 1.000; 2.000; 3.000; 4.000 ou 10.000 U.I. |
Excipientes q.s.p.* | 1 mL |
* Albumina humana, cloreto de sódio, citrato de sódio, ácido cítrico e água para injetáveis.
Ampola
Cada ampola de solução injetável contém por mL:
Alfaepoetina | 1.000; 2.000; 3.000; 4.000; 10.000 ou 40.000 U.I. |
Excipientes q.s.p.* | 1 mL |
* Albumina humana, cloreto de sódio, citrato de sódio, ácido cítrico e água para injetáveis.
Seringa preenchida
Cada seringa preenchida contém:
Alfaepoetina | 1000 U.I./0,5 mL; 2.000 U.I./0,5 mL; 4.000 U.I./1 mL; 3.000 U.I./0,3 mL; 4.000 U.I./0,4 mL; 10.000 U.I./ 1 mL |
Excipientes q.s.p.* | 1 mL |
* Albumina humana, cloreto de sódio, citrato de sódio, ácido cítrico e água para injetáveis.
Apresentação do Alfaepoetina – Blau
Embalagens contendo 1, 3, 6, 9 ou 12 seringas preenchidas com solução injetável de alfaepoetina nas apresentações:
1.000 U.I./0,5 mL; 2.000 U.I./0,5 mL; 4.000 U.I./1 mL; 3.000 U.I./0,3 mL; 4.000 U.I./0,4 mL; 10.000 U.I./1 mL; 20.000 U.I./0,5 mL; 30.000 U.I/0,75 mL ou 40.000 U.I./1 mL.
Embalagens contendo 1, 3, 6, 9 ou 12 seringas preenchidas dotadas de dispositivo de segurança com solução injetável de alfaepoetina nas apresentações:
1.000 U.I./0,5 mL; 2.000 U.I./0,5 mL; 4.000 U.I./1 mL; 3.000 U.I./0,3 mL; 4.000 U.I./0,4 mL; 10.000 U.I./1 mL; 20.000 U.I./0,5 mL; 30.000 U.I/0,75 mL ou 40.000 U.I./1 mL.
Embalagens contendo 1, 3, 6, 9 ou 12 frascos-ampola com solução injetável de alfaepoetina nas apresentações:
1.000 U.I./2 mL; 1.000 U.I./1 mL; 2.000 U.I./2 mL; 2.000 U.I./1 mL; 3.000 U.I./2 mL; 4.000 U.I./2 mL; 3.000 U.I./1 mL 4.000 U.I./1 mL ou 10.000 U.I./1 mL.
Embalagens contendo 1, 3, 6, 9 ou 12 frascos-ampola com alfaepoetina pó liófilo nas dosagens de:
1.000 U.I.; 2.000 U.I.; 3.000 U.I. ou 4.000 U.I.; acompanhados de ampola com diluente de 1 mL.
Embalagens contendo 1, 3, 6, 9 ou 12 ampolas com solução injetável de alfaepoetina na dosagem de:
1.000 U.I./1 mL; 2.000 U.I./1 mL; 3.000 U.I./1 mL; 4.000 U.I./1 mL; 10.000 U.I./1 mL ou 40.000 U.I./1 mL.
Via de administração: intravenosa ou subcutânea.
Uso adulto.
Superdosagem do Alfaepoetina – Blau
Deve-se encaminhar o paciente imediatamente ao hospital para receber tratamento adequado, levando consigo a embalagem do medicamento.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Alfaepoetina – Blau
As interações medicamentosas a seguir foram selecionadas em vista do seu potencial clínico (não ocorrem necessariamente).
Nota:
combinações, contendo algum desses medicamentos, podem interagir com a alfaepoetina.
Agentes que tratam a pressão alta
A alfaepoetina aumenta a pressão sanguínea, possivelmente a níveis de pressão alta, especialmente quando ocorre um aumento rápido do volume de células sanguíneas, sendo aconselhável administração de uma terapia anti-hipertensiva mais intensiva (aumento na dose, administração adicional e/ou medicamentos mais potentes) para um controle da pressão sanguínea.
Androgênios
Uma vez que os androgênios aumentam a sensibilidade dos progenitores de hemácias para a alfaepoetina endógena e possivelmente estimulam a secreção de alfaepoetina residual endógena, estas drogas foram utilizadas como um auxílio para a terapia de alfaepoetina em alguns pacientes para diminuir a quantidade total de alfaepoetina necessária para a melhora da anemia. A administração intramuscular semanal de 100 mg de decanoato de nandrolona, em um número limitado de homens com falência renal crônica, proporcionou uma resposta aumentada com baixas doses de alfaepoetina (isto é, um total de 2.000 U.I. intravenosa, 3 vezes por semana), melhorando a resposta de hematócrito de 27,5%, nos pacientes em terapia de baixa dose isolada para 33%, em pacientes tratados concomitantemente. A terapia androgênica isolada é reconhecidamente associada a efeitos adversos substanciais, e estudos controlados são necessários para estabelecer os riscos e benefícios da terapia combinada de androgênios e alfaepoetina.
Desmopressina
A terapia combinada de alfaepoetina e desmopressina resultou em um efeito cumulativo na redução do tempo de sangramento, induzido pela uremia e epistaxia, em pacientes no estágio final da doença renal. O tempo de sangramento diminuiu de 45 minutos para 22, 19 ou 14 minutos, quando o paciente foi tratado com a alfaepoetina, estrógenos conjugados ou desmopressina, respectivamente. Quando a alfaepoetina e a desmopressina foram usadas simultaneamente, o tempo de sangramento diminuiu para 10 minutos.
Outras drogas
A probenecida mostrou inibir a secreção tubular renal de alfaepoetina endógena em animais. A importância dessa inibição em humanos não é conhecida. Mas a possibilidade de tal interação deve ser considerada quando a alfaepoetina e a probenecida são administradas concomitantemente.
Heparina
Um aumento na dose de heparina pode ser requerido em pacientes que recebem hemodiálise, porque a alfaepoetina aumenta o volume celular sanguíneo, que pode levar à coagulação no dialisador e/ou acesso vascular.
Suplementos de ferro
Pode ser prescrita, para alguns pacientes, a suplementação de ferro por via oral ou intravenosa, de acordo com suas condições clínicas.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Ação da Substância Alfaepoetina – Blau
Resultado de Eficácia
Foram realizados dois estudos clínicos para a avaliação do efeito terapêutico e da farmacocinética do uso intravenoso e subcutâneo da Alfaepoetina (substância ativa) no tratamento da anemia associada à insuficiência renal crônica. O primeiro estudo teve como objetivo caracterizar a farmacocinética do medicamento, avaliar seu efeito terapêutico no tratamento da insuficiência renal crônica terminal (IRCT) e determinar a tolerância e surgimento de eventos adversos pela sua administração. Para o cumprimento desses objetivos, realizou-se um ensaio clínico fase I-IIa, prospectivo, aberto, com um único grupo submetido ao tratamento durante 16 semanas. A dose inicial utilizada foi de 50 UI/kg, três vezes por semana, por via intravenosa. Foram selecionados 25 pacientes com IRCT em hemodiálise ou diálise peritoneal, com diagnóstico de anemia com valores de hematócrito ? 28% e de hemoglobina ? 9,5 g/dl e idade entre 18 e 70 anos. Para avaliação da farmacocinética, as variáveis primárias analisadas foram t1/2, AUC, MRT, Vc, CL, Cmáx e, para avaliação de seu efeito terapêutico, os níveis de hematócrito, hemoglobina (semanal) e número de transfusões de sangue durante o tratamento. A avaliação da tolerância dos efeitos adversos foi verificada através de exames laboratoriais, parâmetros bioquímicos e clínicos.
Os resultados encontrados mostraram que 92% dos pacientes tratados com a Alfaepoetina (substância ativa) alcançaram o hematócrito alvo em 12 semanas de tratamento. Obteve-se um aumento global médio de hematócrito de 9,5% e de hemoglobina de 2,7 g/dl nas 16 semanas de tratamento. Não houve necessidade de transfusões por anemia associada a IRCT, a não ser para reposição sangüínea por perda aguda em virtude de cirurgia ou acidente dialítico. Houve reações adversas moderadas, sendo que o aumento da hipertensão arterial preexistente foi controlado em todos os casos com aumento das doses dos fármacos anti-hipertensivos. As características farmacocinéticas deste produto foram similares às reportadas para moléculas comerciais de Alfaepoetina (substância ativa)1.
O segundo estudo teve como objetivo avaliar a segurança e eficácia clínica da administração por via subcutânea do medicamento no tratamento da anemia associada à insuficiência renal crônica. Foi realizado um estudo clínico em 24 pacientes com insuficiência renal crônica terminal em hemodiálise ou diálise peritoneal, com diagnóstico de anemia com valores de hematócrito ? 28% e idade superior a 18 anos. A dose inicial utilizada foi de 20 UI/kg, três vezes por semana, por via subcutânea após sessão de hemodiálise. Para a avaliação do efeito terapêutico, as variáveis analisadas foram hematócrito, hemoglobina e número de transfusões de sangue durante o tratamento. A avaliação da tolerância dos efeitos adversos foi verificada através de registro em banco de dados. Os resultados encontrados mostraram que 88,88% dos pacientes tratados com Alfaepoetina (substância ativa) alcançaram o hematócrito alvo (30 – 36%) durante as 12 semanas de tratamento. As necessidades transfusionais se reduziram de 94% antes do uso do medicamento a 14% depois de 12 semanas. Houve reações adversas moderadas, sendo que o aumento da hipertensão arterial preexistente foi controlado em todos os casos com aumento das doses dos fármacos anti-hipertensivos2 .
Foi realizado um estudo fase IV, multicêntrico, aberto, com o objetivo de avaliar efetividade e segurança do uso da Alfaepoetina (substância ativa), na correção de anemia observada no curso de quimio ou radioterapia, em pacientes oncológicos pediátricos (faixa etária entre 1 e 17 anos). Foram incluídos 157 pacientes, tratados por um período de 8 semanas, com as apresentações de 2.000 UI e 4.000 UI, na posologia semanal de 600 UI/kg, via endovenosa, ou 150 UI/kg, 3 vezes por semana, por via subcutânea. Admitiu-se um incremento até 900 UI/kg semanal, via endovenosa ou 300 UI/kg, 3 vezes por semana, via subcutânea, na quarta semana de tratamento, caso não houvesse aumento nos níveis de hemoglobina (Hb) em pelo menos 1,0 g/dl, com relação ao valor inicial. Valores de Hb e hematócrito (Ht) foram analisados, no momento basal e nas semanas 4 e 8 de tratamento, e a ocorrência de eventos adversos foi mensurada. Dos 157 pacientes incluídos, 12 interromperam o tratamento antes do final do estudo por apresentarem níveis de Hb ? 14,0 g/dl. Estes foram considerados como êxito terapêutico e incluídos na avaliação da resposta terapêutica (desfecho primário), onde o denominador considerado constituiu-se por um total de 125 pacientes. Observou-se um aumento ? 1,5 g/dl nos valores de Hb (com relação aos valores basais) em 68,8% dos pacientes (IC 95%: 60,7 – 76,9%). O desfecho primário de efetividade também foi avaliado de acordo com a via de administração do medicamento. O incremento de 1,5 g/dl no valor de hemoglobina, na 8ª semana de tratamento, comparativamente aos valores iniciais, ocorreu em 61,4% (IC 95%: 50,0 – 72,8 %) dos pacientes que receberam o medicamento por via endovenosa e em 78,2% (IC 95%: 67,3 – 89,1%) dos pacientes que receberam o medicamento por via subcutânea. Com relação à necessidade de transfusão (desfecho secundário), a proporção de pacientes que receberam transfusão, no início do estudo, era igual a 58%. Após 8 semanas de tratamento, este percentual caiu para 42,7%³.
Referências Bibliográficas
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3. Juul SE. Enterally dosed recombinant human erythropoietin does not stimulate erythropoiesis in neonates. J Pediatr 2003; 143: 321-6. (PubMed id: 14517513).
4. McKoy JM, et al. Eoetin-associated pure red cell aplasia: past, present, and future considerations. Transfusion 2008; 48(8): 1754-62 (PubMed id: 18482185).
5. Pollock C, et al. Pure Red Cell Aplasia Indeced by Erythropoiesis-Stimulating Agentes. Clin J Am Soc Nephrol 3: 193-199, 2008. (Pubmed id: 18178785).
6. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Aplasia Pura Adquirida Crônica da Série Vermelha Portaria SAS/MS no 227, de 10 de maio de 2010.
Características Farmacológicas
A Alfaepoetina (substância ativa) é uma glicoproteína produzida pelo rim, mais precisamente pelas células adjacentes aos túbulos proximais renais; sua produção é estimulada por hipóxia. Ela atua como fator hormonal de estimulação mitótica e de diferenciação, aumentando a formação de eritrócitos maduros a partir das células progenitoras eritróides. A Alfaepoetina (substância ativa) contém 165 aminoácidos e é obtida por tecnologia de DNA recombinante. Possui um peso molecular de 34.000 Dalton e é produzida em células CHO (células de ovário de hamster chinês) nas quais o gene da Alfaepoetina (substância ativa) humana foi inserido. O produto contém uma sequência de aminoácidos idêntica à da Alfaepoetina (substância ativa) natural.
T1/2 = 5,21 h.
CL = 0.47 l/h.
AUC = 8967,42 mUI*h/ml.
Vc = 3,24 l.
MRT = 7,58 h.
Co = 1766,12 mUI/ml.
Pacientes com insuficiência renal crônica
A produção endógena de Alfaepoetina (substância ativa) normalmente é regulada pelo nível de oxigenação dos tecidos. A hipóxia e a anemia geralmente incrementam a produção de Alfaepoetina (substância ativa), que, por sua vez, estimula a eritropoiese.
Em pessoas normais, os níveis plasmáticos de Alfaepoetina (substância ativa) oscilam num intervalo entre 10 e 30mUI/mL e podem ser incrementados até 100 vezes durante períodos de hipóxia ou anemia. No entanto, em pacientes com insuficiência renal crônica, a produção de Alfaepoetina (substância ativa) endógena é deficiente e ainda que a patogenia da anemia nestes pacientes seja multifatorial, esta deficiência é a causa primária.
A insuficiência renal crônica é a situação clínica na qual ocorre uma diminuição progressiva e geralmente irreversível da função renal e a anemia se apresenta como sequela desta disfunção. Os pacientes em estágio final de insuficiência renal requerem diálise ou transplante para a sua sobrevida. Foi demonstrado que a Alfaepoetina (substância ativa) estimula a eritropoiese em pacientes anêmicos, tanto os que se submetem à diálise quanto os que não o fazem regularmente.
A primeira evidência de resposta à Alfaepoetina (substância ativa) é o incremento na contagem de reticulócitos nos primeiros 10 dias de tratamento, seguido de um incremento na contagem de eritrócitos, hemoglobina e hematócrito, geralmente nas 2-6 semanas seguintes.
Uma vez alcançada a meta proposta de hematócrito (33%-36%), este nível deve ser mantido, se não existir deficiência de ferro ou outra doença concomitante.
Pacientes com câncer
A Alfaepoetina (substância ativa) é uma glicoproteína responsável pela estimulação da formação de eritrócitos, atuando como fator hormonal de estimulação mitótica e diferenciação e aumentando a formação de eritrócitos a partir dos precursores do compartimento celular de origem.
A anemia é frequentemente um sintoma concomitante em pacientes com câncer. A origem depende de uma combinação de fatores, onde os efeitos tóxicos diretos dos agentes quimioterápicos utilizados desempenham um papel importante. Nestes pacientes, a resposta ao tratamento com Alfaepoetina (substância ativa) também depende do nível endógeno da Alfaepoetina (substância ativa). Pacientes com nível endógeno superior a 200mUI/mL não respondem ao tratamento.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Alfaepoetina – Fiocruz.
Cuidados de Armazenamento do Alfaepoetina – Blau
Conservar sob refrigeração entre 2°C e 8°C. Não congelar.
O prazo de validade está indicado na embalagem do produto, deve ser conservado em geladeira. Não usar a alfaepoetina após a data de vencimento indicada na embalagem. Qualquer solução remanescente deverá ser descartada.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
Pó liófilo
Pó branco injetável liofilizado.
Solução injetável
Solução injetável límpida, incolor e praticamente livre de partículas visíveis.
Tanto a solução reconstituída como a solução injetável pronta para o uso, deverão ser transparentes e não devem ser observadas partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Alfaepoetina – Blau
Reg. MS nº 1.1637.0059
Farm. Resp.:
Eliza Yukie Saito
CRF-SP n° 10.878
Fabricado por:
Blau Farmacêutica S.A.
CNPJ 58.430.828/0005-93
Rodovia Raposo Tavares km 30,5 nº 2833 – Prédio 200
CEP 06705-030 – Cotia – SP
Indústria Brasileira
Registrado por:
Blau Farmacêutica S.A.
CNPJ 58.430.828/0001-60
Rodovia Raposo Tavares
Km 30,5 n° 2833 – Prédio 100
CEP 06705-030 – Cotia – SP
Indústria Brasileira
Venda sob prescrição médica.