Antes de iniciar o tratamento com aztreonam, o médico deve solicitar a realização de exames adequados para isolamento dos micro-organismos causadores da infecção para determinação da sensibilidade dos mesmos ao medicamento Azeus (aztreonam).
Como o Azeus funciona?
Azeus (aztreonam) pertence a um grupo de medicamentos denominado antibióticos. Sua substância ativa – aztreonam – é um antibiótico capaz de eliminar micro-organismos/bactérias responsáveis por diversos tipos de infecções.
Contraindicação do Azeus
Azeus (aztreonam) é contraindicado em pacientes com história de hipersensibilidade (alergia) ao aztreonam ou qualquer outro componente da formulação.
Como usar o Azeus
Azeus (aztreonam) pode ser administrado por via intramuscular ou intravenosa.
Preparo de soluções parenterais
Uma vez adicionado o diluente, o conteúdo do frasco deverá ser agitado imediatamente e vigorosamente. As soluções diluídas não devem ser utilizadas para doses múltiplas; caso o conteúdo do frasco não seja totalmente utilizado em uma única dose, o restante da solução não utilizada deverá ser descartada.
Administração intramuscular
Para administração intramuscular, Azeus (aztreonam) deve ser diluído em, no mínimo, 3 mL de diluente por grama de aztreonam. Podem ser usados os seguintes diluentes: água para injetáveis; água bacteriostática para injetáveis (com álcool benzílico* ou com metil e propilparabeno); solução de cloreto de sódio 0,9%; solução cloreto de sódio 0,9% em álcool benzílico.
*Diluentes contendo álcool benzílico não são adequados para uso em recém nascidos.
Azeus (aztreonam) deve ser administrado por injeção intramuscular profunda em grande massa muscular (quadrante superior externo da região glútea ou na parte lateral da coxa). Uma vez que o aztreonam é bem tolerado, não é necessário empregar agente anestésico local.
Administração intravenosa
Para injeção intravenosa direta, a dose desejada de Azeus (aztreonam) deve ser preparada usando-se 6 a 10 mL de água para injetáveis. A solução resultante deverá ser administrada lentamente, diretamente na veia ou no equipo de administração, por um período de 3 a 5 minutos.
Infusão intravenosa
Cada grama de Azeus (aztreonam) deverá ser dissolvido, inicialmente, em 3 mL de água para injetáveis. A concentração final não deverá exceder a 2% p/v e pode ser obtida com uma das seguintes soluções para infusão intravenosa: solução de cloreto de sódio 0,9%; solução de Ringer; solução de Ringer-Lactato; solução de glicose 5% ou 10%; solução de glicose 5% com cloreto de sódio 0,9%; solução de glicose 5% com cloreto de sódio 0,45%; solução de glicose 5% com cloreto de sódio 0,2%; solução de lactato de sódio (M/6); solução de manitol 5% ou 10%; solução de Ringer-Lactato com 5% de glicose.
Alternativamente, o conteúdo de um frasco de 100 mL pode ser reconstituído para uma concentração final que não exceda a 2% p/v com uma solução para infusão apropriada listada acima. Em caso de infusão intermitente de Azeus (aztreonam) e de outro fármaco farmacotecnicamente incompatível, o equipo de administração dos medicamentos deve ser lavado, antes e depois da administração de Azeus (aztreonam), com um diluente compatível com ambos os fármacos. Os medicamentos não devem ser administrados simultaneamente. Toda infusão de Azeus (aztreonam) deve ser administrada por um período de 20 a 60 minutos. Ao se utilizar um tubo de administração em Y, deve-se atentar para o volume calculado de solução de aztreonam, necessário para que toda a dose seja infundida. Podese usar um aparelho para controle de volume de administração para aplicar uma diluição inicial de Azeus (aztreonam) em uma solução para infusão compatível durante a administração; neste caso, a diluição final de aztreonam deve fornecer uma concentração que não exceda a 2% p/v.
Associação com outros antibióticos
Soluções de Azeus (aztreonam) para infusão intravenosa que não excedam a 2% p/v reconstituídas/diluídas com solução de cloreto de sódio 0,9% ou solução de glicose a 5%, com adição de fosfato de clindamicina, sulfato de gentamicina, sulfato de tobramicina ou cefazolina sódica, nas concentrações normalmente empregadas clinicamente, são estáveis físico-quimicamente por até 24 horas à temperatura ambiente ou 3 dias sob refrigeração. Soluções de ampicilina sódica e aztreonam em solução de cloreto de sódio 0,9% são estáveis físico-quimicamente por 24 horas à temperatura ambiente e por 48 horas, sob refrigeração. A estabilidade em solução de glicose 5% é de 2 horas à temperatura ambiente e 8 horas sob refrigeração.
Soluções de aztreonam/cloxacilina sódica e aztreonam/cloridrato de vancomicina são estáveis em Dinea IR 137 (solução de diálise peritoneal) com glicose a 4,25% por até 24 horas à temperatura ambiente.
Outras misturas de fármacos ou as associações já mencionadas, em concentrações fora daquelas especificadas, não são recomendadas uma vez que não se dispõe de dados de compatibilidade.
Aztreonam é incompatível com nafcilina sódica, cefradina e metronidazol.
Posologia do Azeus
Adultos
Tipo de Infecção | Doses (*) (em g) | Frequência (em horas) |
Infecções das vias urinárias | 1 | 8 ou 12 |
Infecções generalizadas moderadamente graves | 1 ou 2 | 8 ou 12 |
Infecções generalizadas ou potencialmente letais | 2 | 6 ou 8 |
(*) A dose máxima recomendada é de 8g ao dia.
Recomenda-se a via intravenosa para a administração de doses únicas maiores que 1g ou para pacientes com septicemia bacteriana (infecção generalizada), abscessos parenquimatosos localizadas (acúmulo de pus em um a cavidade específico, por exemplo, abscessos intra-abdominais), peritonites (inflamação do peritônio) ou em outras infecções generalizadas graves ou potencialmente letais. Devido à gravidade das infecções causadas por Pseudomonas aeruginosa, recomenda-se uma dose de 2g a cada 6 ou 8 horas, pelo menos como tratamento inicial de infecções sistêmicas produzidas por este micro-organismo.
Crianças e adolescentes
A dose habitual para pacientes com mais de uma semana de vida é de 30 mg/kg a intervalos de 6 a 8 horas. A dose recomendada para o tratamento de infecções graves, em pacientes com 2 anos de idade ou mais, é de 50 mg/kg em intervalos de 6 a 8 horas para todos os pacientes, inclusive no tratamento de infecções devido a Pseudomonas aeruginosa.
A dose pediátrica máxima não deve exceder a dose máxima recomendada para adultos.
Insuficiência renal
Níveis séricos prolongados de aztreonam podem ocorrer em pacientes com insuficiência renal persistente ou transitória. Portanto, após uma dose usual inicial, a dosagem de Azeus (aztreonam) deve ser dividida pela metade em pacientes com clearance (taxa pela qual um fármaco é eliminado) de creatinina estimado entre 10 e 30 mL/min/1,73m2. Quando se dispõe somente do valor da concentração sérica de creatinina, pode-se utilizar a fórmula a seguir (segundo o sexo, peso e idade do paciente) para o cálculo aproximado da depuração de creatinina. A creatinina sérica deve representar um estado de equilíbrio da função renal.
Homens
Mulheres
0,85 x valor obtido acima.
Para pacientes com insuficiência renal grave, com clearance de creatinina menor que 10 mL/min/1,73m2, como aqueles que necessitam de hemodiálise, deverão receber inicialmente as doses usuais. A dose de manutenção deverá ser 1/4 da dose inicial usual, administrados a intervalos fixos de 6, 8 ou 12 horas. Em infecções graves ou potencialmente letais, além das doses de manutenção assinaladas, deverá ser administrado 1/8 da dose inicial após cada sessão de hemodiálise.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Azeus?
O plano de tratamento é definido conforme orientação médica. Na eventualidade de perder uma dose, procure tomar o medicamento o mais brevemente possível. Não duplique a dose seguinte para compensar uma dose perdida. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Azeus
Os antibióticos, assim como outros medicamentos, devem ser administrados com cuidado a qualquer paciente com histórico de reação alérgica. Caso ocorram reações alérgicas com o uso de Azeus (aztreonam), o médico deverá suspender o medicamento.
A ocorrência de colite pseudomembranosa (infecção do intestino por bactéria da espécie Clostridium difficile) é relatada com quase todos os agentes antibacterianos, inclusive com aztreonam, podendo variar quanto ao grau de gravidade, desde leve à potencialmente letal (mortal).
O uso de antibióticos pode promover o crescimento de organismos resistentes.
De acordo com os estudos, não existe histórico de registro de sensibilidade cruzada entre o aztreonam e outros antibióticos ?-lactâmicos do tipo penicilinas e cefalosporinas.
Carcinogênese, mutagênese e danos à fertilidade
Não foram realizados estudos de carcinogenicidade (que produz câncer) em animais. Estudos de toxicologia genética não revelaram evidências de potencial mutagênico (que promove mutação). Estudos de reprodução não revelaram evidências de comprometimento da fertilidade.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Não há dados que indiquem qualquer tipo de eventos adversos que possam levar ao comprometimento da capacidade de dirigir ou operar máquinas.
Até o momento não há informações de que aztreonam possa causar doping. Em caso de dúvidas, consulte seu médico.
Reações Adversas do Azeus
O medicamento geralmente é bem tolerado. Durante o seu uso foram observados eventos adversos, os quais podem desaparecer espontaneamente ou com a descontinuação do uso.
Os efeitos adversos observados com o uso de aztreonam são similares aos apresentados pelos demais antibióticos ?-lactâmicos. Têm sido registrados os seguintes efeitos colaterais: dor ou inchaço e flebite (inflamação de uma veia) ou tromboflebite (inflamação de uma veia, associada a coágulo de sangue) no local de injeção intravenosa; exantemas (erupções na pele), reações de hipersensibilidade incluindo erupções cutâneas (lesão da pele com vermelhidão e saliência), urticária (placas avermelhadas e coceira na pele) e, raramente, anafilaxia (reação alérgica grave), eosinofilia (quantidade anormalmente alta de eosinófilos, um tipo de glóbulo branco no sangue) podem ser observadas nos pacientes que administraram o aztreonam embora venha sendo reportado como um fraco imunogênico. Também foram observados efeitos gastrintestinais incluindo diarreias, náuseas, vômito e perda da sensibilidade do paladar. Alguns outros efeitos adversos vêm sendo reportados entre eles estão icterícia (coloração amarelada na pele e mucosas), hepatites (inflamação do fígado), aumento das enzimas hepáticas, prolongamento do tempo de protrombina (capacidade de coagulação do sangue) e tromboplastina (substância constituinte de muitos tecidos que participa da coagulação sanguínea).
Efeitos secundários do sistema nervoso central são relatados raramente, e estes tendem a ser mínimos. Superinfecção bacteriana com monoterapia de aztreonam é incomum, mas quando presente é geralmente por causa de microorganismos gram-positivos e fungos.
Até o momento não se registraram nefrotoxicidade (efeitos tóxicos sobre os rins), neurotoxicidade (efeitos tóxicos no sistema nervoso) nem coagulopatias (distúrbios da coagulação sanguínea) decorrentes do seu uso.
Parece não existir sensibilidade cruzada entre o aztreonam e outros antibióticos ?-lactâmicos do tipo penicilinas e cefalosporinas.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Azeus
Uso em idosos
O estado renal é o fator de maior importância na determinação da dosagem para pacientes idosos. Deve-se avaliar cuidadosamente a função renal do paciente e ajustar a dose apropriadamente, se necessário.
Uso em crianças
Aztreonam é considerado um agente alternativo apropriado para o tratamento de infecções bacterianas graves em recém-nascidos e crianças.
Gravidez e amamentação
Aztreonam mostrou-se um fármaco altamente seguro e eficaz, segundo estudos farmacocinéticos e clínicos no período perinatal (período que decorre entre 22 semanas completas e 7 dias após o nascimento), além de não apresentar efeitos colaterais e nenhum registro laboratorial anormal.
Categoria de risco na gravidez: A.
Este medicamento pode ser utilizado durante a gravidez desde que sob prescrição médica ou do cirurgião-dentista.
Uso em pacientes com insuficiência hepática e renal
Em pacientes com insuficiência renal (incapacidade de funcionamento normal dos rins), as concentrações séricas (no sangue) de aztreonam são mais elevadas.
Composição do Azeus
Cada frasco-ampola contém
1 g de aztreonam, com aproximadamente 780 mg de arginina.
Apresentação do Azeus
Pó para solução injetável
Azeus (aztreonam) 1 g
Cartucho com 1 frasco-ampola de vidro transparente
Via de administração: intramuscular/intravenosa.
Uso adulto e pediátrico.
Superdosagem do Azeus
Em caso de superdosagem, procurar imediatamente atendimento médico de emergência.
Em caso de uso de uma grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.
Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Azeus
A administração concomitante (junto, ao mesmo tempo) de Azeus (aztreonam) e probenecida ou furosemida pode produzir aumentos dos níveis séricos de aztreonam, sem significado clínico. Por causa da nefrotoxicidade (efeitos tóxicos sobre os rins) e ototoxicidade (efeitos tóxicos na audição) potencial é necessário monitorar a função renal do paciente quando administrar simultaneamente (ao mesmo tempo) aminoglicosídeos.
?-lactâmicos (por exemplo, cefoxitina, imipenem) não devem ser utilizados concomitantemente com aztreonam.
Estudos farmacocinéticos de dose única não demonstraram nenhuma interação significativa entre o aztreonam e a gentamicina, nafcilina sódica, cefradina, clindamicina ou metronidazol. Não foram relatadas reações com a ingestão de álcool.
Interações com exames laboratoriais
Não há alteração de testes laboratoriais de bioquímica (processos químicos vitais) e hematologia (formação do sangue). Os métodos não enzimáticos para a determinação de glicose na urina podem fornecer resultados falsopositivos. Por esse motivo a determinação de glicose na urina deve ser feita por métodos enzimáticos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Ação da Substância Azeus
Resultados de eficácia
O Aztreonam (substância ativa) demonstrou ser um agente efetivo, seguro e valioso para o tratamento de infecções agudas dos tecidos moles causadas por bacilos aeróbicos Gram-negativos susceptíveis. A atividade in vitro, a farmacocinética, a atividade bactericida e penetração nos tecidos de Aztreonam (substância ativa) sugerem que ele pode desempenhar um papel na terapia de infecções bacterianas Gram-negativas graves em crianças. As taxas de cura variaram de 92% a 100%, com recaídas, visto principalmente em crianças com lesões renais obstrutivas e aquelas com infecções causadas por Salmonella.
Um estudo comparativo de Aztreonam (substância ativa) para o tratamento da sepse neonatal mostrou que ele é tão eficaz quanto à amicacina para esta infecção. Aztreonam (substância ativa) rendeu resultados clínicos comparáveis às da terapia combinada convencional para infecção pulmonar em pacientes com fibrose cística. Alterações laboratoriais reversíveis foram ocasionalmente observadas. Com base nesses dados, Aztreonam (substância ativa) é considerado um agente alternativo apropriado para o tratamento de infecções bacterianas Gram-negativas graves em recém-nascidos e crianças.
Em relação às infecções que abrangem a área ginecológica e obstetrícia, o Aztreonam (substância ativa) mostrou-se um fármaco altamente seguro e eficaz, segundo estudos farmacocinéticos e clínicos no período perinatal. Em um estudo realizado com homens saudáveis, foram administrados 1g de Aztreonam (substância ativa) por administração parenteral, onde Aztreonam (substância ativa) foi considerado potente e estável contra betalactamases apresentando uma meia-vida mais longa se comparada com demais antibióticos betalactâmico.
Aztreonam (substância ativa) exibe um alto grau de estabilidade para betalactamases e é especificamente ativo contra bactérias Gram-negativas, incluindo Pseudomonas aeruginosa. Sua atividade contra esses microrganismos foi, em geral, igual ou superior ao observado em cefalosporinas, cefotaxima e ceftazidima. Como as penicilinas e cefalosporinas, Aztreonam (substância ativa) interage com a ligação essencial da penicilina de bactérias Gram-negativas. Aztreonam (substância ativa) protegeu os ratos contra infecções experimentais produzidas por uma variedade de bactérias Gram-negativas, exibindo eficácia comparável à de cefotaxima e ceftazidima.
Em um estudo multicêntrico aberto, 55 pacientes com infecções graves foram tratados com Aztreonam (substância ativa). Tendo sido excluídos pacientes com neutropenia, foram avaliados 16 casos com infecção urinária (13 curas e 3 falhas), 13 com infecção respiratória (7 curas e 6 falhas), 10 com infecção peritoneal em pacientes submetidos à diálise (9 curas e 1 falha), 9 com bacteremia (6 curas e 3 falhas) e 7 com infecções de vários tipos (6 curas e 1 falha). O agente etiológico foi demonstrado no início da infecção em todos os casos (com exceção de dois); todas as 53 bactérias isoladas inicialmente dos pacientes eram sensíveis ao Aztreonam (substância ativa). Ocorreram 14 falhas terapêuticas (25,4%). Nenhum efeito tóxico foi notado.
O Aztreonam (substância ativa) parece ter utilidade semelhante aos aminoglicosídeos em infecções graves Gram-negativas, em associação com antibióticos betalactâmicos, com a vantagem de não ser nefro ou ototóxico3. A eficácia de Aztreonam (substância ativa) em infecções osteoarticulares foi observada através de um espectro de atividade do organismo causador do desenvolvimento da infecção. O espectro da atividade mostrou que o mesmo manteve uma boa atividade em ambiente anaeróbico, em contraste com aminoglicosídeos, boa estabilidade betalactamase, atividade em ambiente anaeróbico e ácido, e boa penetração no fluido sinovial e nos ossos. Tais qualidades são consistentes com relatórios iniciais da eficácia de tratamentos de Gram-negativos e osteomielite.
Aztreonam (substância ativa) não apresenta nenhum efeito sobre a flora intestinal anaeróbia, por isso o risco de colite por Clostridium difficile devido à monoterapia com Aztreonam (substância ativa) é baixa. Aztreonam (substância ativa) também contém 780mg de arginina por grama de antibiótico, a preocupação foi levantada sobre os possíveis efeitos colaterais como hipoglicemia induzida por arginina. Apresentou-se 90% de inibição da Pseudomonas usando uma concentração de 12-32mg/L onde Aztreonam (substância ativa) demonstrou-se eficiente ou mais eficiente do que a cefamandol em tratamento nas vias urinárias e eficácia similar a tobramicina ou gentamicina. A penetração extravascular e atividade bactericida de Aztreonam (substância ativa), cefuroxima e ampicilina contra cepas de Haemophilus influenzae, betalactamases positivas e negativas foram comparados em um modelo de coelho. Aztreonam (substância ativa) teve maior grau de penetração no líquido intersticial de coágulos de fibrina, sendo o agente mais eficaz contra as betalactamases positivas e negativas.
Uma única injeção de Aztreonam (substância ativa) resultou em uma morte muito mais rápida do H. influenzae do que pela injeção de outros fármacos. Aztreonam (substância ativa) e cefuroxima mostraram bioestabilidade in vivo para betalactamase produzida pelo H. influenzae, enquanto ampicilina foi rapidamente hidrolisado in vivo. Em um estudo clínico foi avaliado a administração de doses simples e múltiplas, dessas doses múltiplas administradas, 163 (6,8%) apresentaram 172 efeitos clínicos adversos. Os mais comuns foram reações no local da injeção, erupção cutânea, diarreia, náuseas e/ou vômitos. Entre o grupo que recebeu Aztreonam (substância ativa) e o grupo controle, houve um aumento de três vezes no aspartato aminotransferase (TGO) e na alanina aminotransferase (TGP), ocorreu em valores comparativamente de baixas frequências.
Os valores médios de TGO e TGP foram ligeiramente maiores em pacientes que administraram Aztreonam (substância ativa) do que naqueles que administraram cefamandol. O tratamento com Aztreonam (substância ativa) foi interrompido em 51 (2,1%) de 2.388 pacientes devido aos efeitos clínicos adversos ou alterações dos valores laboratoriais. Superinfecções (infecções devido a novos patógenos que ocorrem no local original de infecção durante o tratamento com o fármaco em estudo que foram tratados com outro antibiótico) foram relatadas em 2% – 6% dos pacientes tratados com Aztreonam (substância ativa), uma frequência semelhante à observada nos grupos control.
A administração do Aztreonam (substância ativa) tem resultado num crescimento de organismos não susceptíveis incluindo cocos Gram-positivos elevações reversíveis de transaminases, e ação do Aztreonam (substância ativa) sobre a flora intestinal se dirige principalmente contra bacilos Gram-negativos facultativos, com menos ação sobre anaeróbicos estritos, colite pseudomembranosa também pode ser desenvolvida, foram registradas superinfecções, especialmente com enterecocos.
Até o momento não se registraram nefrotoxicidade, neurotoxicidade nem coagulopatias decorrentes do seu uso. Parece não existir sensibilidade cruzada entre o Aztreonam (substância ativa) e outros antibióticos ?-lactâmicos do tipo de penicilinas e cefalosporinas8. Um estudo recente que aborda a questão de segurança indica que Aztreonam (substância ativa) foi bem tolerado e seguro em pacientes prematuros, quando uma solução de glicose (gt;5mg/kg/minuto) foi infundida concomitantemente com o objetivo de alterar os efeitos secundários, tais como hipoglicemia induzida por arginina.
Características farmacológicas
Farmacologia clínica
O Aztreonam (substância ativa) é um composto betalactâmico monocíclico isolado de Chromobacterium violaceum, interage com proteínas de ligação de penicilina de microrganismos sensíveis e induz a formação de longas estruturas bacterianas filamentosas, cujos membros são caracterizados por ter a 2-oxoazetidine-1-sulfônico molécula de ácido. O Aztreonam (substância ativa) não apresenta núcleo dicíclico, por isso não apresenta reações de pele como as penicilinas em testes de alergias. A atividade antimicrobiana atinge somente bactérias aeróbias Gram-negativas, apresentando pouca ou nenhuma atividade contra as bactérias aeróbicas Gram-positivas e microrganismos anaeróbicos. O Aztreonam (substância ativa) exibe maior semelhança com gentamicina, tobramicina e antibióticos aminoglicosilados, entretanto não apresenta nefrotoxicidade, sendo um imunogênico de ação leve, não sendo associado a desordens de coagulação. Existe semelhança também entre o Aztreonam (substância ativa) e as cefalosporinas de terceira geração contra a maioria das enterobactérias.
Microbiologia
A maior das espécies de Pseudomonas aeruginosa é sensível ao Aztreonam (substância ativa), mesmo as que são resistentes às penicilinas anti-pseudomonas e aos aminoglicosídeos. As bactérias gram-positivas e os micro-organismos anaeróbicos são resistentes, no entanto a sua atividade contra as Enterobacteriaceae é excelente, da mesma maneira que contra P. aeruginosa. É também altamente ativo in vitro contra H. influenzae e gonococos.
Aztreonam (substância ativa) tem excelente atividade contra os principais patógenos gram-negativos como E. coli, Klebsiella, H. influenzae, Serratia spp. e Pseudomonas aeruginosa. Para Pseudomonas, a concentração bactericida mínima (MBC) é geralmente 4 – 16 vezes maior do que o MIC (Mínima Concentração Inibitória). Estabelecidos os pontos críticos de susceptibilidade para Aztreonam (substância ativa) usando ágar e caldo de diluições obteve-se 8?g/mL ou menos (suscetível), 16?g/mL (intermédio) e 32?g/mL ou mais (resistente). A maioria dos Enterobacteriaceae, nomeadamente E. coli, K. pneumoniae e espécies Citrobacter spp. são inibidas por menos de 1?g/mL de Aztreonam (substância ativa). Serratia marcescens e Enterobacter spp. são menos suscetíveis (MIC 90 1-4?g/mL), enquanto que H. influenzae e N. gonorrhoeae são mais suscetíveis (MIC 90 – 0,25?g/mL). Pseudomonas aeruginosa exige que o MIC seja na faixa de 8 a 12?g/mL de Aztreonam (substância ativa).
Farmacocinética
O Aztreonam (substância ativa) não é absorvido por via oral. Ele é distribuído na maioria dos fluidos corporais, incluindo osso, fluído da vesícula, a bile, secreção brônquica e intestinal.
Ele atravessa a barreira hematoencefálica e atinge níveis terapêuticos no líquido cefalorraquidiano (1,4?g/mL). O Aztreonam (substância ativa) penetra no líquido cefalorraquidiano (LCR) mais rapidamente em pacientes com inflamação das meninges. Também é ativo em uma ampla gama de valores de pH, tornando-se um complemento útil no tratamento de abscessos. Após a injeção intramuscular, a absorção é quase completa. A absorção após a administração intraperitoneal em pacientes com peritonite é de 92%. Ao longo de um intervalo de dosagem de grande porte, as concentrações plasmáticas aumentam em proporção direta com a dose. Difusão através da placenta é pobre, como é a difusão para o leite materno. A meia-vida sérica é 2,4 – 5,7 horas para prematuros, durante a primeira semana de vida. Em contraste, a meia-vida média é de 1,7 horas para pacientes com mais de um mês, porém, menor de 12 anos de idade. A eliminação de Aztreonam (substância ativa) é principalmente renal. Cerca de 60% a 70% da dose administrada é excretada na urina sob forma inalterada. Em pacientes com insuficiência renal, as concentrações séricas de Aztreonam (substância ativa) são mais elevados, e a meia vida é prolongada.
Sua rota primária de eliminação é a urina, a meia vida sérica do fármaco em pacientes com função renal normal é de aproximadamente 1,5 – 2,1 horas (90 – 126 minutos), o intervalo recomendado para uso em pacientes com função renal normal é de aproximadamente 8 horas.
A farmacocinética de Aztreonam (substância ativa) é alterada pelos resultados de lesão termal, contudo, a depuração de creatinina (CLCR) pode ser usada para avaliar a depuração de Aztreonam (substância ativa) em pacientes queimados. A disposição de Aztreonam (substância ativa) em pacientes queimados é alterada devido a lesão termal, o efeito principal é um aumento do volume de distribuição. Além disso, a depuração total e a depuração renal de Aztreonam (substância ativa) (CLT, CLR) não parecem ser afetados e manteve-se fortemente associada a CLCR. Com base nestes resultados, doses maiores de Aztreonam (substância ativa) podem ser necessários nesta população de pacientes, no entanto, intervalos de administração mais frequentes podem não ser garantidos.
Em estudos farmacocinéticos e clínicos com o Aztreonam (substância ativa) no período perinatal, a dose de 1g via intravenosa apresentou uma rápida distribuição no cordão umbilical, com concentrações superiores a 15?g/mL em 1 hora e 36 minutos após a administração e concentração maior que 10?g/mL em 4 horas e 30 minutos após a administração da injeção. Essas diferenças de concentrações não foram observadas entre a amostra de soro recolhida da artéria e da veia do cordão umbilical. No líquido amniótico a concentração alcançada foi de 10?g/mL em 3 horas e 37 minutos após a administração. A distribuição do Aztreonam (substância ativa) no leite materno, após 6 horas da administração, alcançou uma concentração entre 0,4?g/mL e 1,0?g/mL. Foi administrado 1g de Aztreonam (substância ativa) duas vezes ao dia através de infusão em 4 casos de infecção perinatal por 5 a 9 dias. Em todos os casos o Aztreonam (substância ativa) se mostrou eficaz, além de não apresentar efeitos colaterais e nenhum registro laboratorial anormal. Por tais resultados apresentados o Aztreonam (substância ativa) pode ser considerado altamente efetivo e seguro para usos clínicos, tanto no parto quanto no pós-parto.
Em um estudo realizado com 6 homens saudáveis, com idades entre 24 e 40 anos foram administrados 1g de Aztreonam (substância ativa) por administração parietal. Níveis séricos de sangue foram coletados ao longo de 8 horas e amostras de urina foram coletadas durante 24 horas. Após 0,5 horas da administração do Aztreonam (substância ativa) a concentração encontrada foi de 50?g/mL e caiu para 2 a 3?g/mL em 8 horas. A meia-vida foi de 1,93 horas e o volume de distribuição foi equivalente a 12% do peso corpóreo médio. A depuração foi de 89,0mL/min, e 79,7% da dose foi recolhida na urina dentro de 24 horas. O Aztreonam (substância ativa) possui rápida penetração atingindo o máximo de 25,4?g/mL em 1,8 horas após administração.
As amostras de sangue e urina foram submetidas ao HPLC e nenhum metabólito foi detectado. Em nenhum dos 6 voluntários foram observados efeitos colaterais após a administração do Aztreonam (substância ativa). Realizou-se a repetição dos testes laboratoriais (24 horas após administração) de bioquímica e hematologia e os resultados mantiveram-se normais.
Cada um dos seis indivíduos receberam, por designação aleatória, 0,5g, 1g ou 2g de Aztreonam (substância ativa) no dia 1 do estudo e uma dose alternativa 1 e 2 semanas mais tarde. Amostras de soro foram obtidas a 0, 0. 25, 0.5, 1, 1.5, 2.5, 4.5, 6.5, 8.5, e 12.5 h após o início da infusão do fármaco.
Após uma dose de 1g, níveis de Aztreonam (substância ativa) em soro permanecem bem acima do MIC para H. influenzae, E. coli, Klebsiella spp., Proteus spp., Morganella spp. e Providencia spp. por 12 horas e Citrobacter spp. e Serratia spp. por pelo menos 6 horas.
Cuidados de Armazenamento do Azeus
Azeus (aztreonam), antes de ser preparado por profissional de saúde devidamente autorizado, deve ser mantido em sua embalagem original, protegido da luz e umidade, devendo ser armazenado em temperatura ambiente (entre15ºC e 30ºC). O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após preparo em concentrações que não excedam a 2% p/v (1g de aztreonam por 50 mL), ou quando reconstituídas/diluídas em água para injetáveis ou solução de cloreto de sódio 0,9%, a solução permanece estável em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC) por 24 horas ou sob refrigeração (entre 2ºC e 8ºC) por 3 dias.
Soluções de Azeus (aztreonam) em concentrações que excedem a 2% p/v devem ser usadas imediatamente após preparação.
Características físicas
Azeus (aztreonam) é constituído de pó cristalino branco e inodoro, não possuindo características organolépticas marcantes que permitam sua diferenciação em relação a outros pós e soluções.
Conforme a concentração de aztreonam e o volume de diluente utilizado, a solução se apresentará incolor ou de cor amarelo claro, que, em repouso, pode desenvolver um tom ligeiramente rosado (sem que a potência seja afetada).
Atenção:
Medicamentos parenterais devem ser bem inspecionados visualmente antes da administração, para se detectar alterações de coloração ou presença de partículas sempre que o recipiente e a solução assim o permitirem.
Frequentemente os hospitais reconstituem produtos injetáveis utilizando agulhas 40 x 12 mm. Pequenos fragmentos de rolha podem ser levados para dentro do frasco durante o procedimento. Deve-se, portanto, inspecionar cuidadosamente os produtos antes da administração, descartando-os se contiverem partículas.
Agulhas 25 x 0,8 mm, embora dificultem o processo de reconstituição, têm menor probabilidade de carregarem partículas de rolhas para dentro dos frascos.
A rolha de borracha do frasco-ampola não contém látex.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Azeus
Registro MS 1.1402.0060
Farmacêutico Responsável:
Daniel de castro
CRF-GO: 14205
Novafarma Indústria Farmacêutica Ltda.
Av. Brasil Norte, 1255, Bairro Cidade Jardim
Anápolis – GO
CNPJ: 06.629.745/0001-09
Indústria Brasileira
SAC
0800 7073855
Venda sob prescrição médica.
Uso restrito a hospitais.