Bula do Beriglobina
- Síndromes de deficiência de anticorpos primária e secundária resultantes da síntese de anticorpos defeituosos;
- Hipogamaglobulinemia transitória prolongada, especialmente em crianças prematuras.
Profilaxia de:
Hepatite A
- Antes da exposição;
- Dentro de 2 semanas após exposição.
Sarampo ou atenuação de sarampo
- Em indivíduos expostos não mais do que 1 semana previamente, se imunoglobulina específica para sempre não estiver disponível;
- Terapia mucosite radiogênica.
*Imunoglobulina humana para aplicação intravenosa também está disponível para terapia de reposição em casos de imunodeficiência.
Como o Beriglobina funciona?
Beriglobina é utilizada para a profilaxia e tratamento em casos de deficiência de anticorpos.
Contraindicação do Beriglobina
Beriglobina não deve ser utilizada em pacientes com trombocitopenia grave ou outros distúrbios de coagulação nos quais a administração istramuscular é contra-indicada e hipersensibilidade a medicamentos contendo imunoglobulinas homólogas particularmente em pacientes com deficiência de IgA e presença concomitante de anticorpos IgA.
Hipersensibilidade a qualquer outro componente da fórmula.
Como usar o Beriglobina
Após abertura da ampola, o conteúdo deve ser usado imediatamente.
Beriglobina é uma solução injetável pronta pra uso e deve ser administrada exclusivamente pela via intramuscular. Doses totais comparativamente elevadas são melhor dividas em doses individuais menores. Isto aplica-se no caso de doses acima de 2 mL em crianças de 20 kg de corporal, e não acima de 5 mL para indivíduos com maior peso corporal.
Não injetar por via intravenosa.
Não utilizar, se a solução estiver turva ou apresentardepósito.
Após a abertura da ampola, o produto deve ser utilizado imediatamente. Não agitar.
Beriglobina deve ser administrado somente por via intramuscular.
Posologia do Beriglobina
A dose a ser utilizada deverá ser orientada pelo seu médico. Não utilize o medicamento se a solução estiver turva ou apresentar depósitos.
Síndromes de deficiência de anticorpo
Beriglobina pode evitar infecções graves em pacientes com deficiências de imunoglobulinas, se o nível plasmático mínimo de 2 g/L de IgG circulante for mantido. A dosagem usual consiste em uma dose de 0,66 mL/kg de peso corporal administrada a cada 3 a 4 semanas, com o dobro da dose administrada no início da terapia. Esta dosagem deverá ser ajustada para manter o nível aproximado de 2 g/L de igG circulante.
Hipogamaglobulinemia transitória prolongada, especialmente em crianças prematuras
5mL em intervalo de 4 semanas até que os valores de IgG atinjam níveis normais para a idade em questão.
Proflaxia de hgepatite A
Em casos de exposição às áreas endêmicas com duração menor que 3 meses, recomenda-se uma dose de 0,02 mL/kg de peso corporal; em casos de exposição por um período mais longo, recomenda-se 0,06 mL/kg de peso corporal e devendo a administração ser repetiuda após 4 e 6 meses.
As seguintes dosagens provaram ser apropiradas:
Individuos té 20kg de peso corporal | Dose total de 2mL |
Indivíduos acima de 20kg de peso corporal | Dose total de 5mL |
Indivíduos em contato com pacientes com hepatite A (contatos domésticos, institucionais) | 0,02 mL/mk de peso coporal |
Profilaxia de sarampo
0,25mL/kg de peso corporal, se o tempo de exposição não foi superior a uma semana.
Crianças imunocomprometidas expostas ao sarampo
0,5mL/kg de peso corporal.
Terapia de mucosite radiogênica
No primeiro dia da terapia, administrar 10 mL; no terceiro e quinto dia, administrar 5mL, respectivamente. O tratamento poderá ser repetido sempre que necessário.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horarios, as doses e a duração do tratamento.
O tratamento só pode ser interrompido a critério médico. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Precauções do Beriglobina
Após a administração, o paciente deve ser observado por pelo menos 20 minutos.
Não administrar por via intravenosa. Observar que há risco aumentado de injeção intravascular acidental em pacientes que receberam injeções instramusculares repetidamente.
Uma administração instravascular pode levar o paciente a desenvolver sintomas semelhantes ao choque, especialmente no caso de uma síndrome de deficiência de anticorpo. Portanto, é recomendado assegurar por aspiração que nenhum vaso tenha sido penetrado.
O uso deste produto é recomendado sob prescrição médica. O tratamento deve ser individual e não adaptável a outra pessoa.
Reações Adversas do Beriglobina
Em casos raros, náusea, vômito, mal-estar, cefaléia e dificuldade respiratória, assim como reações cardiovasculares e reações alergóides/anafilactóides.
Dor ou inchaço poderão ocorrer no local da aplicação. Ocasionalmente, poderá ocorrer elevação da tempratura corporal, reações cutâneas e calafrios.
Em casos raros foram observadoas náusea, vômito, mal-estar, cefaléia e dificuldade respiratória, assim como reações cardiovasculares e reações alergóides/anafilactóides.
Em casos isolados, os sintomas estendendo-se até a insuficiência cardiovascular (choque) poderão ocorrer, especialmente no caso de aplicação intravascular acidental.
Qualquer suspeita de reações alergódes ou anafilactóides requer descontinuação imediata de aplicações. Especialmente em casos de aplicação intravenosa acidental, o paciente deverá ser monitorado por um período mais longo de tempo (cerca de 1 hora).
Medidas imediatas dependem do grau de severidade:
Anti-histamínicos; se necessário, adrenalina, doses elevadas de corciosteróides, reposição de volume, oxigênio.
Quando medicamentos preparados a partir do plasmas ou sangue humanos são administrados, doenças infecciosas devidas à transmissão de agentes infecciosos não podem ser totalmente excluídas. Isto aplica-se também aos patógenos de natureza desconhecida.
Para reduzir o risco de transmissão de agentes infecciosos, controles rigorosos são aplicados à seleção de doadores de sangue e às doenças. Além disso, procedimentos para remoção e/ou inativação de vírus são incluidos no processo de produção de Beriglobina.
Quando forem realizados teste sorológicos após a administração de imunoglobulina, deverá ser lembrado que concentrados de imunogobulina suprem o paciente com uma ampla gama de anticorpos, os quais podem levar a resultados falso-positivos durante algum tempo. Quando tais ensaios sobre anticorpos são realizados, a quantidade de imunoglobulina adminsitrada, o intervalo de tempo entre a administração de imunoglobulina e o teste, e a sensibilidade do método do teste deverão ser levados em consideração.
Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis.
População Especial do Beriglobina
Gravidez e lactação
A segurança de Beriglobina para uso na gestação de seres humanos não foi estabelecida em estudos clínicos controlados. Portanto, aconselha-se cautela quando Beriglobina for administrado a mulheres grávidas ou lactantes.
A experiência clínica prolongada com imunoglobulinas, em particular a aplicação de imunglobulina Anti-D, demonstrou que não são esperados efeitos prejudiciais durante a gravidez, ao feto e ao recém-nascido.
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe ao seu médico se está amamentando.
Uso em idosos
Não foram incluídos suficientes números de pacientes com 65 anos de idade ou mais no estudos clínicos com o produto para determinar se eles respondem de maneira diferente aos pacientes jovens.
A dosagem e a administração devem ser ajustadas em caso de tratamento repetido ou crônico com doses altas e repetidas em pacientes idosos com função renal reduzida (ex: em tratamento da síndrome de deficiência primária de anticorpos). Devem-se observar as precauções usuais e seguir estritamente as recomenações médicas.
Composição do Beriglobina
Cada 1 mL contém
Imunoglobina humana | 160 mg |
(Da qual) IgG | Pelo menos 95% |
Anticorpos para vírus da hepatite | Pelo menos 100 U.I HCI ou NaOH (em pequenas quantidades para ajustamente de pH) |
Excipientes:
ácido aminoacético (glicina), cloreto de sódio e água para injetáveis.
Apresentação do Beriglobina
Solução injetável de 320 mg
Embalagem com 1 ampola de 2mL.
Uso instramuscular.
Uso pediátrico e adulto.
Superdosagem do Beriglobina
Até o momento não são conhecidos sintomas de superdosagem.
Interação Medicamentosa do Beriglobina
Algumas vacinas não devem ser administradas antes de, pelo menos, 3 meses após a administração de Beriglobina.
Beriglobina não deve ser misturado a outros medicamentos.
Após a administração de imunoglobulina, um intervalo de, pelo menos, 3 meses deverá ser observado antes de vacinação com vacinas de vírus vivos por via parental (por exemplo, parotidite, sarampo, rubéola e as vacinas combinadas relevantes, assim como a vacina para varicela).
Não são necessários intervalos entre a administração de imunoglobulinas e vacinas orais (por exemplo, contra poliomielite, febre tifóide), vacinas contendo patógenos inativados (por exemplo, contra os vírus da gripe, tuberculose, raiva, coqueluche, vacinas HIB) ou vacinas toxóides (por exemplo, difteria, tétano e as vacinas combinadas relevantes).
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.
Não tome remedio sem o conhecimento do seu médico, pode ser perigoso para sua saúde.
Ação da Substância Beriglobina
Resultados de Eficácia
Administração intravenosa
Um estudo multicêntrico, não controlado, prospectivo foi conduzido. Vinte e dois pacientes (26 a 70 anos) com imunodeficiência primária foram tratados inicialmente com três infusões de Gammagard S/D (nome comercial nos EUA de uma imunoglobulina G líquida 10%) para padronizar a terapia de substituição de imunoglobulina de todos os pacientes ao mesmo produto de imunoglobulina. Nove infusões de Imunoglobulina G (substância ativa) (nome comercial na Europa da mesma imunoglobulina G líquida 10%) foram subsequentemente administradas. Ambos os produtos foram infundidos a 300 – 450 mg/kg a cada 21 dias.
Não ocorreram episódios de infecção grave. A frequência de média mensal de dias ausentes do trabalho/escola foi de 0,40 para Imunoglobulina G (substância ativa) – imunoglobulina G e 0,47 para Gammagard S/D.
Os dados obtidos neste estudo demonstram que Imunoglobulina G (substância ativa) é eficaz e seguro no tratamento de pacientes com imunodeficiência primária (1).
Outro estudo multicêntrico (11 locais), fase III, N=61 (6 a 72 anos de idade com imunodeficiência primária) foi realizado como segue: imunoglobulina 10%, doses únicas de 300 – 600 mg/kg, administrados a cada 21 – 28 dias durante um mínimo de 12 meses, baseado no protocolo de pré-estudo de imunoglobulina.
Em nenhum dos pacientes foi relatada infecção bacteriana séria aguda grave. Quatro pacientes tiveram outras infecções bacterianas validadas pré-definidas. Dois eventos adversos sérios (meningite asséptica) em um paciente foram possivelmente relacionados à infusão do produto em estudo.
Os resultados demonstram que a nova imunoglobulina líquida 10% é bem tolerada e eficaz e possui propriedades farmacocinéticas típicas de outros produtos com imunoglobulinas. Com a margem alta de segurança e formulação líquida, estes resultados sugerem um evidente benefício, com riscos mínimos, para pacientes com imunodeficiência primária tratados com imunoglobulina 10% (2).
Neuropatia Motora Multifocal (NMM)
Um estudo(3) controlado, randomizado contra placebo, duplo-cego, com cross-over, foi conduzido para avaliar a eficácia e segurança/tolerabilidade do Gammagard Liquid (nome comercial nos EUA de uma imunoglobulina G líquida 10%) em 44 indivíduos adultos com Neuropatia Motora Multifocal. O estudo analisou a força de preensão nas mãos mais afetadas (medida com dinamômetro) e Escala de Incapacidade Neurológica de Guy (GNDS). Voluntários foram submetidos a um regime de imunoglobulina licenciada (a dose de manutenção variou de 0,5 a 2,0 g/kg/meses) antes do recrutamento. Em decorrência do desenho do estudo, seus resultados não podem ser generalizados para pacientes sem tratamento prévio. Cada indivíduo completou 5 partes de 12 semanas (três fases de estabilização, uma fase de retirada randomizada e uma fase cross-over).
Se, durante o tratamento duplo-cego, a função do membro superior afetado apresentasse piora, tal como dificuldade para realizar atividades diárias ou declínio na força de preensão igual ou maior do que 50 % na mão mais afetada, o indivíduo passava diretamente à próxima fase aberta de estabilização com Gammagard Liquid (troca acelerada), sem quebrar o cegamento do estudo. Todos os voluntários foram tratados durante 12 semanas com Gammagard Liquid durante o período inicial de estabilização (Fase 1 da Estabilização). Na fase cross-over, cada indivíduo foi randomizado ou para suspensão do Gammagard Liquid e manutenção com placebo, ou para continuar com Gammagard Liquid por um período de 12 semanas, seguido de nova fase de estabilização.
Os indivíduos que não toleraram o tratamento durante a fase duplo-cega foram imediatamente transferidos para a fase aberta de estabilização com Gammagard Liquid (Fase 2 da Estabilização).
Após a fase 2 de estabilização, os voluntários foram designados para receber um segundo tratamento duplo-cego por 12 semanas com placebo ou Gammagard Liquid, dependendo do tratamento randomizado que receberam no período de cross-over 2.
Nenhum indivíduo novo tratamento de estabilização com Gammagard Liquid por 12 semanas (Fase 3 da Estabilização). Sessenta e nove por cento (n= 29) dos pacientes necessitaram uma troca acelerada para a fase aberta de Gammagard Liquid enquanto recebiam placebo, em decorrência de deterioração funcional, mas não trocaram enquanto recebiam Gammagard Liquid. A mediana de dias de tratamento com
Gammagard Liquid foi de 84 dias e a mediana de dias de tratamento com placebo foi de 28 dias.
Somente um voluntário (2,4%) realizou a troca para o tratamento aberto durante a fase 1 de cross-over com Gammagard Liquid, mas não realizou a troca durante a administração de placebo (p lt;0,001).
Quarenta e quatro indivíduos foram avaliados para demonstrar a eficácia de Gammagard Liquid em melhorar ou estabilizar a força muscular e habilidade funcional em pacientes com NMM.
Um resultado estatisticamente significante favorecendo Gammagard Liquid foi demonstrado pelo declínio substancialmente menor a partir da linha de base (22,30%; IC de 95%: 9,92 % a 34,67%) na força média de preensão da mão mais afetada após o tratamento (veja Tabela 1). A diferença na mudança relativa para Gammagard Liquid e placebo de 22,94% (IC 95%: 10,69 a 35,19) foi estatisticamente significativo (p lt;0,001).
Tabela 1 – Mudança relativa na força de preensão na mão mais afetada durante o período de cross-over (ANOVA) Dados por intenção de tratamento Número de indivíduos (N=41)
* Um único indivíduo na sequência 2, cujo resultado também foi considerado um desvio (outlier), foi retirado da análise.
A Escala de Incapacidade Neurológica de Guy (GNDS) (4) para os membros superiores, refletindo tanto as habilidades finas quanto a força proximal, mostrou uma diferença significativa e eficácia entre Gammagard Liquid e placebo no nível de 2,5% a favor do Gammagard Liquid. A GNDS é uma escala de disfunção clínica orientada para o paciente, desenhada para a esclerose múltipla, e considerada apropriada para outros distúrbios neurológicos.
Como determinado pelos escores da GNDS para membros superiores, 35,7% dos indivíduos apresentaram deterioração enquanto receberam placebo, mas não enquanto receberam Gammagard Liquid, enquanto que 11,9% dos indivíduos apresentaram deterioração durante o tratamento com Gammagard Liquid, mas não durante o período com placebo. Esta diferença foi estatisticamente significante (p=0,021) (veja Tabela 2). Uma parte dos indivíduos (4,8%) apresentou deterioração tanto com Gammagard Liquid quanto com placebo, e 47,6% não demonstrou deterioração com nenhum deles.
Tabela 2 – Teste de McNemar para indivíduos com piora no escore de disfunção neurológica de Guy Dados por intenção de tratamento Número de indivíduos (N=42)
Piora com placebo | 15 (35,7%) |
Piora com Gammagard Liquid | 5 (11,9%) |
Piora com ambos | 2 (4,8%) |
Sem piora | 20 (47,6%) |
Quando os dados de ambas as sequências de tratamento foram combinadas, um declínio relativo de ?30% na força de preensão na mão mais afetada ocorreu em 42,9% dos indivíduos durante o período com placebo, mas não durante o tratamento com Gammagard Liquid. 4,8% dos participantes apresentaram um declínio de ? 30% durante o tratamento com Gammagard Liquid, mas não com placebo. Um declínio relativo na força de preensão da mão menos afetada ocorreu em 31,0% dos indivíduos durante o período com placebo, mas não durante o tratamento com Gammagard Liquid. Nenhum paciente apresentou um declínio de ?30% com o uso de Gammagard Liquid.
O escore da soma total de incapacidade (Overall Disability Sum Score – ODSS) caiu 7,14% durante placebo (indicando uma piora da capacidade) e 1,11% (indicando nenhuma alteração) durante o tratamento com Gammagard Liquid.
Ao final do período de tratamento com placebo, os voluntários necessitaram 17% mais tempo para realizar o teste de 9 buracos (uma medida de destreza) com a mão dominante, e 33% mais tempo com a mão não dominante, comparado à linha de base. Durante o tratamento com Gammagard Liquid, a destreza aumentou uma média de 1,2% em relação à linha de base na mão dominante e 6,7% na mão não dominante. Comparada à linha de base, a avaliação dos pacientes de sua função física, avaliada pela escala visual analógica, demonstrou uma média de alteração de 290% durante o tratamento com placebo. A mesma avaliação durante o tratamento com Gammagard Liquid mostrou uma alteração média de 73%. Escores maiores na escala visual analógica representam a disfunção mais severa.
Administração subcutânea
Um estudo prospectivo, aberto, não controlado, multicêntrico foi conduzido nos EUA para determinar a eficácia, a tolerabilidade e a farmacocinética do Imunoglobulina G (substância ativa) perfusão subcutânea em 49 adultos e pacientes pediátricos com imunodeficiência primária (IP). Todos os pacientes foram tratados durante 12 semanas com a infusão intravenosa do Imunoglobulina G (substância ativa) a cada 3 ou 4 semanas. Pacientes que estavam em tratamento por via intravenosa antes de entrar no estudo foram transferidos para Imunoglobulina G (substância ativa), utilizando a mesma dose e frequência. Pacientes que estavam recebendo imunoglobulina por via subcutânea foram transferidos para Imunoglobulina G (substância ativa) utilizando a dose intravenosa usada antes da transferência para o tratamento subcutâneo. A análise farmacocinética foi realizada no final do período intravenoso em todos os pacientes com 12 anos de idade ou mais.
Uma semana após a última infusão intravenosa, cada paciente iniciou o tratamento subcutâneo com Imunoglobulina G (substância ativa) a 130% do equivalente semanal da dose intravenosa por um período mínimo de 12 semanas. Dados da farmacocinética dos primeiros 15 pacientes adultos foram usados para determinar a dose necessária para assegurar que a exposição à IgG no tratamento subcutâneo não fosse inferior ao tratamento intravenoso. A dose média determinada a partir desses pacientes foi de 137% da dose intravenosa e, posteriormente, todos os pacientes foram tratados durante um período mínimo de seis semanas nesta dose.
Após 6 infusões subcutâneas, um nível de IgG foi obtido e foi utilizado individualmente para adaptar a dose subcutânea de Imunoglobulina G (substância ativa) para compensar a variação individual a partir do valor médio de 137%.
Todos os pacientes receberam um mínimo de 12 infusões com esta dose adaptada individualmente. Seguindo o protocolo formal, todos os pacientes continuaram a receber tratamento subcutâneo com Imunoglobulina G (substância ativa) até o último paciente completar o estudo. Havia 47 pacientes tratados com 2.294 infusões subcutâneas de Imunoglobulina G (substância ativa): 4 pacientes tratados por até 29 semanas, 17 pacientes tratados por 30 a 52 semanas e 26 pacientes tratados por 53 semanas ou mais. A duração média do tratamento subcutâneo foi de 379 dias (intervalo: 57 a 477 dias).
A eficácia foi determinada durante toda a fase subcutânea. Foram 31 adultos com 16 anos ou mais, 4 adolescentes entre 12 e lt;16 anos de idade e 14 crianças entre 2 e lt;12 anos. O volume de líquido infundido de Imunoglobulina G (substância ativa) foi de 30mL por local para pacientes pesando 40kg ou mais e 20mL por local para aqueles com peso inferior a 40kg. A dose semanal total foi dividida por esses valores para determinar o número de locais.
A média de doses semanais subcutânea variou de 181,9 mg/kg a 190,7 mg/kg (de 130% a 137% da dose intravenosa). No estudo, o número de locais de infusão por infusão foi dependente da dose de IgG e variou de 2 a 10. Em 75% das infusões, o número de locais de infusão foi de 5 ou menos.
Houve três infecções bacterianas graves validadas, todas pneumonias bacterianas. Nenhum desses pacientes necessitou de hospitalização para tratar a infecção. A taxa anual de infecções bacterianas agudas graves, durante tratamento subcutâneo com Imunoglobulina G (substância ativa) foi 0,067, com um intervalo de confiança (IC) superior a 99% de 0,133, que é igual à meta mínima de alcançar uma taxa lt; 1 infecção bacteriana por paciente/ano.
O resumo de infecções e eventos associados aos pacientes durante o tratamento subcutâneo com Imunoglobulina G (substância ativa) encontra-se na tabela abaixo. A taxa anual de qualquer infecção neste estudo durante o tratamento subcutâneo, incluindo infecções virais e fúngicas, foi de 4,1 infecções/paciente/ano. Isto é consistente com a taxa de infecções observada em outros estudos clínicos de imunoglobulina intravenosa e subcutânea. (5,6)
Resumo de Infecções e Eventos Associados | |
Número de pacientes (fase de eficácia) | 47 |
Número total de pacientes/ano | 44 |
Taxa anual de qualquer infecção | 4,1 (95%, IC 3,2 a 5,1) |
Uso de antibiótico* (profilaxia ou tratamento) | – |
Número de pacientes (%) | 40 (85,1%) |
Taxa anual | 50,2 (95%, IC 33,4 a 71,9) |
Dias fora do trabalho/escola/dia incapacitado | – |
Número de pacientes (%) | 25 (53,2 %) |
Taxa anual | 4,0 (95%, IC 2,5 a 6,1) |
Hospitalização devido infecção | – |
Número de pacientes (%) | 0 (0,0%) |
Taxa anual | 0,0 (95%, IC 0,0 a 0,1) |
*Incluindo antibiótico sistêmico e tópico, antifúngico, antiviral, e anti-protozoário.
Referências Bibliográficas:
(1) Björkander, J. et al. Prospective open-label study of pharmacokinetics, efficacy and safety of a new 10% liquid intravenous immunoglobulin in patients with hypo- or agammaglobulinemia. Vox Sanguinis: 90(4): 286-93, 2006.
(2) Church, J. et al. Efficacy, Safety and Tolerability of a New 10% Liquid Intravenous Immune Globulin [IGIV 10%] in Patients with Primary Immunodeficiency. Journal of Clinical Immunology: 26(4): 388-395, 2006.
(3) Shechtman O, Gestewitz L, Kimble C. Reliability and validity of the DynEx dynamometer. J.Hand Ther. 2005;18:339-347.
(4) Sharrack B, Hughes RA. The Guy’s Neurological Disability Scale (GNDS): a new disability measure for multiple sclerosis. Mult.Scler. 1999;5:223-233.
(5) Ochs HD, Gupta S, Kiessling P et al. Safety and efficacy of self-administered subcutaneous immunoglobulin in patients with primary immunodeficiency diseases. J. Clin. Immunol. 2006;26:265-273.
(6) Gardulf A, Nicolay U, Asensio, et al. Rapid subcutaneous IgG replacement therapy is effective and safe in children and adults with primary immunodeficiencies – A prospective, Multi-National Study. J. Clin. Immunol. 2006; 26:177-85.
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
Imunoglobulina humana normal contém principalmente imunoglobulina G (IgG), com um amplo espectro de anticorpos contra agentes infecciosos.
Imunoglobulina humana normal contém os anticorpos IgG presentes na população normal.
São geralmente preparadas a partir de pools de plasma de não menos de 1.000 doações. Apresentam uma distribuição de subclasses de imunoglobulinas G aproximadamente proporcional àquela do plasma humano nativo. As doses adequadas deste medicamento podem restaurar níveis anormalmente baixos de imunoglobulina G para os valores normais.
O mecanismo de ação em outras indicações que não sejam a terapêutica de substituição não está totalmente elucidado, mas inclui efeitos imunomoduladores.
População pediátrica
Não existem diferenças teóricas ou observadas na ação das imunoglobulinas em crianças comparadas aos adultos.
Propriedades Farmacocinéticas
Administração intravenosa
A imunoglobulina humana normal fica imediatamente e completamente biodisponível na circulação após a administração intravenosa. É distribuída relativamente depressa entre o plasma e o líquido extracelular;
depois de aproximadamente 3 a 5 dias, o equilíbrio é atingido entre os compartimentos intra e extracelular.
Os parâmetros farmacocinéticos para o Imunoglobulina G (substância ativa) foram determinados em dois estudos clínicos em pacientes IDP realizados na Europa e Estados Unidos. Nestes estudos, um total de 83 indivíduos com pelo menos 2 anos de idade foram tratados com doses de 300 a 600 mg/kg de peso corpóreo a cada 21 a 28 dias durante 6 a 12 meses. O tempo de meia-vida IgG médio após administração do Kiovig foi de 32,5 dias. Este tempo de meia-vida pode variar de paciente para paciente, especialmente na imunodeficiência primária. Os parâmetros farmacocinéticos para o medicamento estão resumidos no quadro abaixo. Todos os parâmetros foram analisados separadamente para três grupos etários, crianças (idade inferior a 12 anos, n=5), adolescentes (13 a 17 anos, n=10) e adultos (acima de 18 anos, n=64). Os valores obtidos nos estudos são comparáveis aos parâmetros obtidos para outras imunoglobulinas humanas.
Resumo dos Parâmetros Farmacocinéticos de Imunoglobulina G (substância ativa) – imunoglobulina G
*IC = Intervalo de confiança.
IgG e complexos IgG são divididos em células do sistema retículo-endotelial.
Administração subcutânea
Os parâmetros farmacocinéticos da administração subcutânea de Imunoglobulina G (substância ativa) foram avaliados em pacientes com imunodeficiência primária (IP), com 12 anos ou mais, durante um estudo clínico. Pacientes foram tratados por via intravenosa durante 12 semanas com Imunoglobulina G (substância ativa) e depois passaram a infusões subcutâneas semanais de Imunoglobulina G (substância ativa).
Inicialmente todos os pacientes foram tratados durante um período mínimo de 12 semanas com uma dose subcutânea que foi igual a 130% da dose intravenosa. Uma comparação da área sob a curva (AUC) de infusões intravenosas e subcutâneas realizadas nos 15 primeiros adultos determinou que a dose subcutânea necessária para fornecer uma exposição de administração subcutânea não inferior à administração intravenosa era de 137% da dose intravenosa. Posteriormente, todos os pacientes foram tratados com esta dose por um período de 6 semanas, após o qual, a dose foi individualizada para todos os pacientes, usando níveis mínimos de IgG, conforme descrito abaixo. Após um mínimo de oito semanas com esta dose subcutânea, a avaliação farmacocinética foi realizada em 32 pacientes com 12 anos de idade ou mais.
A dose média ajustada no final do estudo foi 137,3% (125,7-150,8) da dose intravenosa para pacientes com 12 anos de idade ou mais, e 141,0% (100,5-160,0) para os pacientes com idade inferior a 12 anos. Desta forma, não houve uma diferença significativa na dosagem necessária para as crianças. Neste ajuste de dose, a taxa média geométrica das AUC (área sob a curva) da administração via subcutânea versus via intravenosa foi de 95,2% (90%, com limite de confiança de 92,3-98,2). O pico de nível de IgG ocorreu em 2,9 (1,2 a 3,2) dias após a administração subcutânea.
Os parâmetros farmacocinéticos de Imunoglobulina G (substância ativa) administrado por via intravenosa em comparação com a via subcutânea são apresentados na tabela abaixo. Os níveis médios de pico de IgG foram menores (1.393 ± 289 mg/dL) durante o tratamento subcutâneo com Imunoglobulina G (substância ativa) quando comparado ao que era administrado por via intravenosa (2.240 ± 536 mg/dL), consistente com a menor dose semanal em comparação com a dose administrada a cada 3 ou 4 semanas por via intravenosa. Em contraste, níveis mínimos médios foram maiores com Imunoglobulina G (substância ativa) administrado por via subcutânea (1.202 ± 282 mg/dL), em comparação com a administração por via intravenosa (1.050 ± 260 mg/dL), resultado de umadose mensal maior e mais frequente. O nível mediano de IgG durante o tratamento intravenoso neste ensaio clínico, 1.010 mg/dL (95%, IC: 940-1.240), foi semelhante ao valor médio de 1.030 mg/dL (95%, IC: 939- 1.110), encontrado em outro estudo clínico. Em contraste, a mediana do nível de IgG encontrada durante o estudo subcutâneo foi mais elevada, com 1.260 mg/dL (95%, IC: 1.060-1.400).
Parâmetros Farmacocinéticos da administração subcutânea de Imunoglobulina G (substância ativa) – Imunoglobulina G quando comparado à administração intravenosa
1 Dose mensal equivalente.
2 Padronizada a um intervalo de 7 dias.
Cuidados de Armazenamento do Beriglobina
Beriglobina deve ser conservada na temperatura de 4oC a 8oC, na sua embalagem original. Não congelar.
Uma vez que a ampola tenha sido aberta, seu conteúdo deverá ser utilizado imediatamente.
Beriglobina solução injetável apresenta o prazo de validade de 42 meses, desde que sejam observados os cuidados de armazenamento.
Não use medicamento com prazo de validade vencido, pois seu efeito pode não ser o desejado e ser prejudicial à sua saúde.
Todo medicamento deve ser umantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Beriglobina
Número do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide cartucho.
Reg. MS no 1.0151.0105
Farm. Resp.:
Liu Tien Hsiang
CRF-SP 34.781
Fabricado por:
ZLB Behring GmbH
Marburg – Alemanha
Indústria Alemã
Importado, embalado e distribuido por:
ZLB Behring Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda.
Rua profa Haidée Silva Martins, 510
CEP 04693-030
São Paulo – SP
CNPJ 62.969.589/0001-98
Indústria Brasileira
Venda sob prescrição médica.