Os períodos de férias e de altas temperaturas são momentos ideais para aproveitar com a família e com as pessoas amadas, especialmente com idas a parques ou praias.
Mas, apesar de essas serem atividades benéficas para as saúdes física, mental e social, é preciso se atentar a possíveis infecções, como o bicho-geográfico, condição também chamada de larva migrans.
Nesse sentido, é indispensável que os pais e os responsáveis, principalmente, conheçam as formas de transmissão dessa patologia para evitar o adoecimento dos pequenos, uma vez que essa é uma doença mais frequente na infância.
Neste conteúdo, mostraremos as principais informações sobre o bicho-geográfico, incluindo o que é, sintomas, opções de tratamento e os métodos preventivos.
O que é o bicho-geográfico?
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é uma infecção dermatológica que pode afetar pessoas de qualquer idade, sendo provocada pelo contato direto da pele com areia infestada por larvas do parasita do gênero Ancylostoma.
As larvas podem estar presentes no intestino de cães e gatos. Lá, elas encontram um ambiente ideal para se reproduzirem e liberarem ovos, que chegam aos locais arenosos por meio das fezes desses animais.
No público infantil, o bicho-geográfico costuma ser mais comum. Isso porque a pele dessa população tem uma camada mais fina e propícia para a penetração dos patógenos. Outro motivo é por frequentarem parques com caixas de areia com mais frequência, por exemplo.
Por isso, os pais e responsáveis precisam ter atenção redobrada, evitando deixar os pequenos brincarem livremente em espaços públicos que contenham areia, como os já citados parques e praias.
Como identificar?
Ainda de acordo com a SBD, o principal sintoma de bicho-geográfico é a presença de lesões avermelhadas que se assemelham, em um primeiro momento, a picadas de insetos.
Essas lesões costumam coçar e também apresentam um aspecto curvo e tortuoso, lembrando os traçados de mapas, atribuindo o termo “geográfico” no nome dessa patologia.
Assim, ao notar esses indícios e manifestações, é fundamental buscar ajuda médica. Para isso, o Cartão dr.consulta atua como um facilitador. Com a assinatura, é possível realizar acompanhamento médico pontual ou recorrente com mais de 60 especialidades, inclusive a Dermatologia, sem restrição de idade.
Melhor prevenir do que remediar!
A Sociedade Brasileira de Dermatologia indica que as ações práticas de prevenção da infecção pelo bicho-geográfico estão estritamente atreladas aos locais de transmissão. Desse modo, os métodos de se evitar a doença envolvem:
- evitar o contato direto com areia em terrenos nos quais exista a possibilidade de cães e gatos terem frequentado. É importante salientar que isso não significa que os momentos de lazer devam ser abandonados. Apenas que, ao utilizar esses espaços, é recomendado usar calçados fechados, cobrir com uma toalha, canga ou esteira e se sentar por cima e calçar luvas;
- restringir, se possível, o acesso de animais às caixas de areia, a areia das praias e demais ambientes públicos.
Além disso, a higienização pessoal das mãos e dos pés também é algo que pode auxiliar na prevenção da infecção, especialmente após andar descalço.
Como é feito o diagnóstico e tratamento?
Mesmo com a adoção de todas as medidas preventivas, é possível que a infecção ocorra. Assim, ao suspeitar, é importante procurar o auxílio de especialistas, já que o diagnóstico é feito por profissionais da Dermatologia (tanto em adultos quanto em crianças).
Para a detecção, é realizada a anamnese e o exame físico. Entretanto, em quadros pontuais, exames complementares, como a biópsia cutânea (retirada de uma pequena parte da pele), podem ser solicitados.
Quanto ao tratamento de bicho-geográfico, o mais indicado é o uso de medicamentos prescritos por um profissional. Geralmente, os remédios são necessários para o alívio da coceira e diminuição do risco de desenvolvimento de uma infecção bacteriana secundária.
Conforme a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pode-se utilizar ivermectina oral para adultos e crianças com mais de 15 quilos. A dose única de 200mcg/kg tende a ser bastante eficiente, melhorando os sintomas em até 7 dias.
Ainda, para ajudar, é possível fazer a aplicação de gelo nas lesões para diminuir o edema (inchaço).
Na presença dessa patologia ou de qualquer outra, é primordial respeitar a orientação médica especializada e nunca optar pela automedicação, que pode trazer sérios perigos à saúde.
Percebeu os sinais em si ou em outra pessoa?
Ao perceber os sintomas de bicho-geográfico em você ou em outra pessoa, é hora de ter assistência médica. O dr.consulta é um parceiro para isso e facilita o acesso a médicos especializados sempre que houver necessidade, independentemente da faixa etária.
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Fontes:
- Larva Migrans | Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD);
- Qual o tratamento para larvas migrans cutânea? | Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
- Dermatologia na Atenção Básica de Saúde | Ministério da Saúde (MS).