Como o Bivolet funciona?
Bivolet contém o princípio ativo nebivolol que pertence a classe dos betabloqueadores seletivos de terceira geração. Nebivolol combina uma ação (bloqueio) seletiva no receptor beta 1-adrenérgico com uma ação de dilatação dos vasos, mediada pela L-arginina/NO (óxido nítrico).
Este medicamento previne o aumento da frequência cardíaca, controla a força de bombeamento do coração e também exerce uma ação de dilatação nos vasos sanguíneos, o que contribui para reduzir a pressão sanguínea.
No tratamento da hipertensão, a redução da pressão arterial pode ser vista após 1 a 2 semanas de tratamento. Ocasionalmente, o efeito ótimo só é atingido após 4 semanas.
Contraindicação do Bivolet
Bivolet não deve ser utilizado em pacientes alérgicos ao nebivolol ou a qualquer componente da formulação.
Bivolet não deve ser usado também em pacientes tiver uma ou mais das seguintes doenças:
- Pressão arterial baixa (pressão sistólica inferior a 90 mmHg);
- Problemas sérios de circulação nos braços ou pernas;
- Batimento cardíaco muito lento (abaixo de 60 batimentos por minuto);
- Outros problemas sérios com o ritmo cardíaco (por exemplo, bloqueio atrioventricular de 2º e 3º grau e outras doenças na condução do ritmo cardíaco);
- Bronquite ou asma;
- Feocromocitoma não tratado (tumor localizado na parte superior do rim);
- Doença hepática (do fígado);
- Acidose metabólica (excesso de acidez no sangue), por exemplo, cetoacidose diabética;
- Insuficiência cardíaca aguda (alteração da função cardíaca levando a descompensação circulatória), choque cardiogênico (alteração da pressão arterial, frequência cardíaca resultando na diminuição da circulação de sangue pelo organismo) ou episódios de descompensação da insuficiência cardíaca (alteração da função cardíaca não controlada).
Como usar o Bivolet
Sempre tome Bivolet exatamente conforme orientação médica. Se você não tiver certeza, verifique com seu médico o modo e a quantidade a ser tomada.
O Bivolet pode ser tomado antes, durante ou depois da refeição. Se preferir você pode tomá-lo fora das refeições.
Os comprimidos devem ser administrados por via oral com um pouco de água.
Posologia do Bivolet
Tratamento para pressão arterial alta (hipertensão)
A dose usual é de 1 comprimido por dia. A dose deve ser tomada, preferencialmente, todo dia no mesmo horário.
Pacientes idosos e pacientes com doença no rim, irão usualmente começar o tratamento com ½ (meio) comprimido por dia.
Tratamento para insuficiência cardíaca
O tratamento será iniciado e supervisionado pelo seu médico.
O médico começará seu tratamento com ¼ (um quarto) de comprimido por dia. A dose deverá ser aumentada após 1-2 semanas para ½ (meio) comprimido por dia, e depois para 1 comprimido por dia e posteriormente para 2 comprimidos por dia até atingir a dose ideal para você.
Seu médico irá prescrever a dose ideal para cada etapa e você deverá seguir com atenção a sua instrução.
A dose máxima recomendada é de 2 comprimidos (10 mg) por dia.
Você precisará ficar sob supervisão próxima de seu médico por 2 horas quando começar o tratamento e toda vez que sua dose for aumentada.
Seu médico pode reduzir a dose se necessário.
Você não deve interromper o tratamento de repente, pois isto poderá levar a piora da insuficiência cardíaca (alteração da função cardíaca).
Pacientes com problemas sérios de rim não devem tomar este medicamento.
Tome seu medicamento uma vez ao dia, preferencialmente no mesmo horário do dia.
Se você foi orientado pelo seu médico a tomar ¼ (um quarto) ou ½ (meio) comprimido por dia, consultar as instruções abaixo de como quebrar o comprimido de Bivolet sulcado em cruz
- Coloque o comprimido em uma superfície dura (por exemplo, uma mesa), com a face sulcada do comprimido em cruz virada para cima.
- Quebre o comprimido colocando o dedo indicador de ambas as mãos sobre a marca de quebra e pressionando o comprimido (Figuras 1 e 2). O comprimido sulcado em cruz de Bivolet é facilmente quebrado.
- Um quarto de comprimido é obtido através da quebra ao meio, da mesma forma anterior (Figuras 3 e 4).
- A metade do comprimido sulcado em cruz de Bivolet é facilmente quebrada em um quarto.
Seu médico pode decidir combinar o comprimido de Bivolet com outros medicamentos para tratar sua condição.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Não use Bivolet em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Bivolet?
Se você esquecer de tomar uma dose de Bivolet, mas lembrar um pouco depois da hora em que deveria ter tomado, tome esta dose diária como de costume.
Mas, se um longo atraso ocorrer (por exemplo, várias horas) e o horário da próxima dose estiver perto, não tome a dose esquecida e tome a próxima dose programada, ou seja, a dose normal no horário usual. Não tome dose dupla. Evite esquecer novamente.
Se você parar de tomar Bivolet
Você deve sempre consultar seu médico antes de parar o tratamento com Bivolet para pressão arterial alta ou para insuficiência cardíaca crônica.
Você não deve parar o tratamento com Bivolet de repente, porque isto pode piorar temporariamente sua insuficiência cardíaca (alteração da função cardíaca).
Se for necessário parar o tratamento de Bivolet para insuficiência cardíaca crônica, a dose diária deve ser reduzida gradualmente, através da divisão da dose, em intervalos semanais, sempre com a supervisão rigorosa do seu médico.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Bivolet
Informe ao seu médico se você apresenta ou desenvolveu um dos seguintes problemas:
- Batimento cardíaco anormalmente lento (abaixo de 60 batimentos por minuto). Você deve ter conhecimento do seu batimento cardíaco antes de ser instituída a medicação;
- Angina (dor no peito) devido à ocorrência de espasmos (contração involuntária) espontâneos na artéria coronária, chamado de angina de Prinzmetal;
- Insuficiência cardíaca crônica não tratada (alteração da função cardíaca não tratada);
- Bloqueio cardíaco de 1º grau (um tipo de doença leve de condução cardíaca que afeta o ritmo cardíaco) constatado anteriormente;
- Circulação ruim nos braços e pernas, por exemplo, doença ou síndrome de Raynaud, dores quando caminha;
- Dificuldade respiratória;
- Diabetes (este medicamento não tem efeito no açúcar do sangue, mas ele pode ocultar os sintomas do baixo nível de açúcar (por exemplo, palpitações, batimentos cardíacos rápidos));
- Hiperatividade da glândula tireoide (este medicamento pode mascarar os sinais de frequência cardíaca anormalmente rápida devida a esta condição);
- Alergia (este medicamento pode intensificar sua reação ao pólen ou a outras substâncias que você é alérgico);
- Psoríase (uma doença da pele – mancha escamosa rosa) ou se você já teve psoríase;
- Antes de uma cirurgia, informe ao seu médico que você toma Bivolet antes de ser anestesiado;
- Se você tem sérios problemas nos rins (não tome Bivolet para insuficiência cardíaca sem comunicar seu médico).
Você deverá ser regularmente monitorado pelo seu médico no começo de seu tratamento para insuficiência cardíaca (alteração da função do coração).
Este tratamento não deve ser interrompido abruptamente, a menos que seja claramente indicado e avaliado pelo seu médico.
Insuficiência renal
Em pacientes com insuficiência renal pode ser necessário o ajuste da dose.
Insuficiência hepática
A informação disponível sobre pacientes com insuficiência hepática ou com função hepática diminuída é limitada. Por isso, o uso de Bivolet nestes pacientes está contraindicado.
Este medicamento pode causar doping.
Este medicamento contém lactose.
Principais interações medicamentosas
Informe seu médico se você estiver tomando ou se recentemente tomou qualquer outro medicamento, incluindo medicamentos obtidos sem prescrição.
Certos medicamentos não podem ser usados ao mesmo tempo, enquanto outros requerem alterações específicas (na dosagem, por exemplo).
Sempre informe seu médico se você está usando ou recebendo algum dos seguintes medicamentos em adição ao Bivolet:
- Medicamentos para controlar a pressão arterial ou medicamentos para problemas cardíacos (assim como amiodarona, anlodipino, cibenzolina, clonidina, digoxina, diltiazem, disopiramida, felodipina, flecainida, guanfacina, hidroquinidina, lacidipina, lidocaína, metildopa, mexiletina, moxonidina, nicardipina, nifedipina, nimodipina, nitrendipina, propafenona, quinidina, rilmenidina, verapamil);
- Sedativos e terapias para psicoses (doença mental), por exemplo, barbitúricos (também usado para epilepsia), fenotiazina (também usado para vômitos e náuseas) e tioridazina;
- Medicamentos para depressão, por exemplo, amitriptilina, paroxetina e fluoxetina;
- Medicamentos utilizados para anestesia durante uma cirurgia, como por exemplo, fentanil. Seu uso concomitante com bloqueadores beta-adrenérgicos pode resultar em hipotensão grave;
- Insulina e antidiabéticos orais (embora nebivolol não interfira no nível de glicose, o seu uso concomitante pode mascarar certos sintomas de hipoglicemia, como palpitações e taquicardia);
- Medicamentos para asma, obstrução nasal ou certas doenças dos olhos, como glaucoma (aumento da pressão intraocular) ou dilatação da pupila;
- Baclofeno (um medicamento antiespasmódico), amifostina (um medicamento protetor utilizado durante o tratamento do câncer);
- Medicamento para disfunção erétil, por exemplo, sildenafil (o uso concomitante com Bivolet pode resultar na redução da concentração do sildenafil no sangue e risco aumentado de hipotensão);
- Medicamentos para tratar o excesso de ácido do estômago ou úlcera (medicamentos antiácidos), por exemplo, cimetidina. Você deve tomar Bivolet durante uma refeição e o medicamento antiácido entre as refeições.
Todos estes medicamentos acima citados, assim como o Bivolet, podem influenciar a pressão arterial e/ou o funcionamento do coração.
Principais interações com alimentos
O Bivolet pode ser tomado durante as refeições ou com o estômago vazio.
Tome o comprimido com um pouco de água.
Principais interações com testes laboratoriais
Não há relatos de relevância clínica do efeito do uso de nebivolol nos exames laboratoriais e eletrólitos no sangue.
Em estudos clínicos, o nebivolol foi associado a alguns casos de aumento de ácido úrico, porém sem relevância clínica ou estatística.
Não houve alterações da glicemia notável.
Em estudos clínicos, o nebivolol mostrou não causar qualquer alteração significativa dos triglicerídeos e do HDL, e em alguns estudos foram relatados uma redução dos triglicerídeos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Reações Adversas do Bivolet
Como todos os medicamentos, Cloridrato de Nebivolol pode causar efeitos adversos, embora não sejam todas as pessoas que apresentarão esses efeitos.
Quando o Cloridrato de Nebivolol é usado para o tratamento de hipertensão arterial, os efeitos adversos possíveis são
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Dor de cabeça;
- Tontura;
- Cansaço;
- Coceira ou formigamento não comum;
- Diarreia;
- Obstipação (prisão de ventre);
- Náusea;
- Dificuldade respiratória (falta de ar);
- Edema (inchaço).
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Batimentos cardíacos lentos ou outros distúrbios cardíacos (abaixo de 60 batimentos/minuto);
- Pressão arterial baixa;
- Claudicação (dor, cansaço, câimbra, peso e fraqueza nas pernas);
- Visão anormal;
- Impotência;
- Sentimento de depressão;
- Dispepsia (dificuldades digestivas);
- Gases no estômago ou intestino;
- Vômito;
- Erupção cutânea (vermelhidão ou inflamação da pele) e coceira;
- Broncoespasmos (dificuldade de respiração como na asma);
- Pesadelos.
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Desmaio;
- Piora de psoríase (uma doença de pele com mancha escamosa rosa).
Os efeitos adversos a seguir foram relatados em apenas alguns casos isolados durante o tratamento com cloridrato de nebivolol
Reação de hipersensibilidade
Reação alérgica em todo o corpo com erupção generalizada na pele.
Angiodema
- Início rápido de inchaço, especialmente em volta dos lábios, olhos, ou da língua com possibilidade de dificuldade respiratória repentina;
- Urticária (tipo de reação da pele de natureza alérgica ou não alérgica, caracterizada pelo aparecimento de uma erupção avermelhada, elevada e que causa coceira).
Com alguns bloqueadores beta-adrenérgicos foram ainda relatadas as seguintes reações adversas
- Alucinações;
- Psicose;
- Confusão;
- Extremidades frias/cianóticas;
- Fenômeno de Raynaud;
- Olhos secos;
- Toxicidade óculo-mucocutânea.
Em um estudo clínico para insuficiência cardíaca, os seguintes efeitos adversos foram observados
Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Batimentos cardíacos lentos;
- Tontura.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Piora da insuficiência cardíaca;
- Hipotensão postural (diminuição da pressão arterial com sensação de desmaio ao levantar-se);
- Intolerância a este medicamento, bloqueio atrioventricular de primeiro grau (um tipo de doença de condução cardíaca leve que afeta o ritmo cardíaco);
- Inchaço nas pernas.
Os seguintes efeitos adversos foram identificados através de notificações espontâneas sem estimar sua frequência ou estabelecer uma relação causal com o uso de cloridrato de nebivolol
- Função hepática anormal (função alterada do fígado), incluindo aumento de TGO, TGP e bilirrubina;
- Edema pulmonar agudo (acúmulo de líquido nos pulmões);
- Insuficiência renal aguda (função alterada dos rins);
- Infarto do miocárdio;
- Sonolência;
- Trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Bivolet
Gravidez
Categoria C – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação
A amamentação não é recomentada durante a administração de nebivolol.
Crianças e adolescentes
Devido à falta de dados do uso deste produto em crianças e adolescentes, Bivolet não está indicado neste grupo de pacientes.
Geriatria (idosos)
Em pacientes idosos pode ser necessário o ajuste da dose.
Dirigir ou operar máquinas
Este medicamento pode causar vertigem ou fadiga. Se tiver um desses sintomas, não dirija ou opere máquinas.
Composição do Bivolet
Apresentações
Embalagem contendo 30 ou 60 comprimidos de 5 mg.
Uso oral.
Uso adulto.
Composição
Cada comprimido de 5 mg contém
Cloridrato de nebivolol 5,45 mg*.
*Equivalente a 5 mg de nebivolol.
Excipientes
: lactose monoidratada, celulose microcristalina, estearato de magnésio, crospovidona, poloxaleno e povidona.
Superdosagem do Bivolet
Os sinais e sintomas mais frequentes da superdose de cloridrato de nebivolol são:
- Bradicardia (batimentos cardíacos muito baixos);
- Hipotensão (pressão arterial baixa com possível desmaio);
- Broncoespasmo (dificuldade de respiração como na asma);
- Insuficiência cardíaca aguda.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.
Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Bivolet
As interações seguintes são as geralmente aplicáveis aos antagonistas ?-adrenérgicos.
Associações não recomendadas
Antiarrítmicos de classe I (quinidina, hidroquinidina, cibenzolina, flecaínida, disopiramida, lidocaína, mexiletina, propafenona):
O efeito no tempo da condução atrioventricular pode ser potencializado e o efeito inotrópico negativo aumentado.
Antagonistas dos canais de cálcio tipo verapamil/diltiazem:
Influência negativa na contratilidade e condução aurículo-ventricular. A administração intravenosa de verapamil em pacientes tratados com ?-bloqueadores pode levar a uma hipotensão profunda e bloqueio atrioventricular.
Anti-hipertensores de ação central (clonidina, guanfacina, moxonidina, metildopa, rilmenidina):
O uso concomitante de medicamentos anti-hipertensores de ação central pode agravar a insuficiência cardíaca devido a uma diminuição do tônus simpático central (redução da frequência cardíaca e débito cardíaco, vasodilatação). A suspensão abrupta, principalmente se for anterior à descontinuação do ?-bloqueador, pode aumentar o risco de hipertensão reativa.
Associações que devem ser utilizadas com precaução
Antiarrítmicos de classe III (amiodarona):
O efeito no tempo da condução atrioventricular pode ser potencializado.
Anestésicos-halogenados voláteis:
O uso concomitante de antagonistas ?-adrenérgicos e de fármacos anestésicos pode reduzir a taquicardia reflexa e aumentar o risco de hipotensão. Como regra geral, evitar a interrupção brusca do tratamento com o ?-bloqueador. O anestesista deve ser informado sempre que o paciente estiver tomando cloridrato de nebivolol.
Fentanil:
O uso concomitante com bloqueadores beta-adrenérgicos pode resultar em hipotensão severa.
Insulina e antidiabéticos orais:
Embora o nebivolol não afete os níveis de glicose, o uso concomitante pode mascarar certos sintomas de hipoglicemia (palpitações, taquicardia).
Baclofeno (antiespástico), amifostina (antineoplásico):
O uso concomitante de anti-hipertensivos pode aumentar a queda da pressão arterial; desta forma a dose do anti-hipertensivo deve ser ajustada adequadamente.
Associações a serem consideradas
Glicosídeos digitálicos:
O uso concomitante pode aumentar o tempo da condução atrioventricular. Ensaios clínicos com nebivolol não mostraram evidência clínica de interação. O nebivolol não influencia a cinética da digoxina.
Antagonistas do cálcio do tipo dihidropiridina (anlodipino, felodipino, lacidipino, nifedipino, nicardipino, nimodipino, nitrendipino):
O uso concomitante pode aumentar o risco de hipotensão, e não pode ser excluído um aumento do risco de uma posterior deterioração da bomba ventricular em pacientes com insuficiência cardíaca.
Antipsicóticos, antidepressivos (tricíclicos, barbitúricos e fenotiazinas):
O uso concomitante pode potencializar o efeito hipotensor dos beta-bloqueadores (efeito aditivo).
Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs):
Não produzem efeito na diminuição da pressão arterial produzida pelo nebivolol.
Agentes simpaticomiméticos:
O uso concomitante pode neutralizar o efeito dos antagonistas ?- adrenérgicos. Os agentes ?-adrenérgicos podem conduzir a uma atividade ?-adrenérgica não oposta dos agentes simpaticomiméticos com efeitos ? e ?-adrenérgicos (risco de hipertensão, bradicardia grave e bloqueio cardíaco).
Apesar de estudo pré-clínico demonstrar que o inibidor da fosfodiestarase tipo 5 sildenafila não potencializa as propriedades vasodilatadoras de nebivolol, até o momento recomenda-se que o uso concomitante deve ser evitado, porque pode resultar na redução da concentração do sildenafila no sangue e maior risco de hipotensão.
Interações farmacocinéticas:
Uma vez que o metabolismo do nebivolol envolve a isoenzima CYP2D6, a coadministração de substâncias inibidoras desta enzima, nomeadamente a paroxetina, fluoxetina, tioridazina e quinidina, podem levar a um aumento dos níveis plasmáticos de nebivolol associado a um risco acrescido de bradicardia excessiva e de efeitos adversos.
A coadministração de cimetidina aumenta os níveis plasmáticos de nebivolol, sem alterar o efeito clínico. A coadministração de ranitidina não afeta a farmacocinética do nebivolol. Desde que cloridrato de nebivolol seja tomado com a refeição e os antiácidos entre as refeições, ambos os tratamentos podem ser prescritos simultaneamente.
A associação de nebivolol com nicardipina aumenta ligeiramente os níveis plasmáticos de ambos os fármacos, sem alterar o efeito clínico. A coadministração de álcool, furosemida ou hidroclorotiazida não afetou a farmacocinética do nebivolol. O nebivolol não tem efeito sobre a farmacocinética e a farmacodinâmica da varfarina.
Principais interações com testes laboratoriais:
Não há relatos de relevância clínica do efeito do uso de nebivolol nos exames laboratoriais e eletrólitos no sangue.
Em estudos clínicos o nebivolol foi associado a alguns casos de aumento de ácido úrico, porém sem relevância clínica ou estatística.
Notavelmente, não houve alterações da glicemia.
Em estudos clínicos o nebivolol mostrou não causar qualquer alteração significativa dos triglicerídeos e do HDL, e em alguns estudos foram relatados uma redução dos triglicerídeos.
Interação Alimentícia do Bivolet
O cloridrato de nebivolol pode ser tomado com comida ou com o estômago vazio, mas é melhor tomar o comprimido com um pouco de água.
Ação da Substância Bivolet
Resultados de eficácia
Os efeitos hemodinâmicos do nebivolol foram avaliados em voluntários saudáveis e em pacientes com hipertensão.
O cloridrato de nebivolol aumentou significativamente a fração de ejeção ventricular esquerda, volume sistólico, débito cardíaco e volume diastólico final. O cloridrato de nebivolol diminuiu a resistência periférica e manteve o débito cardíaco por um volume sistólico aumentado.
O cloridrato de nebivolol possui um perfil exclusivo de tolerabilidade, caracterizado por um efeito modesto sobre a frequência cardíaca e sem efeito prejudicial sobre o desempenho ventricular esquerdo.
O cloridrato de nebivolol possui uma ótima razão vale-pico, possibilitando um efetivo controle da pressão arterial com dose única em 24 horas. A razão vale-pico do nebivolol é de 0,90, demonstrando que a maior parte do efeito hipotensivo ainda está presente 24 horas após a dose. O efeito hipotensivo do nebivolol segue o ritmo circadiano de pressão arterial, conforme monitorado por medidas ambulatoriais de pressão arterial.
O cloridrato de nebivolol reduz a pressão arterial diastólica e sistólica e a hipertrofia ventricular esquerda (LHV). Estudos em pacientes com insuficiência cardíaca crônica ou hipertrofia ventricular esquerda demonstram melhora no desempenho ventricular esquerdo sistólico e diastólico e aumento da capacidade de exercício. O nebivolol causa melhora hemodinâmica, tanto em pacientes hipertensos com insuficiência cardíaca diastólica, quanto em pacientes com cardiomiopatia dilatada.
A ação vasodilatadora de nebivolol é dependente de óxido nítrico, que pode ser responsável também pela melhora na capacidade de exercício.
Efeitos benéficos do nebivolol nos parâmetros hemodinâmicos foram obtidos também em pacientes com cardiomiopatia dilatada, independente da classe funcional. Nebivolol reduziu a frequência cardíaca e aumentou significativamente o volume sistólico e a fração de ejeção, ao passo que o débito cardíaco foi mantido.
O estudo SENIORS (Estudo dos Efeitos da Intervenção com nebivolol nos Desfechos e Re- hospitalização em Idosos com Insuficiência Cardíaca) avaliou o efeito do nebivolol na mortalidade e morbidade em pacientes idosos com insuficiência cardíaca independentemente da fração de ejeção. Nebivolol prolongou significantemente o tempo de ocorrência de mortes ou hospitalizações por motivos cardiovasculares.
Características farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
O cloridrato de nebivolol contém o princípio ativo nebivolol, um medicamento com atividade cardiovascular que apresenta um duplo mecanismo de ação: é um ?-bloqueador de terceira geração, combinando um bloqueio seletivo de receptor ?1-adrenérgico com uma propriedade vasodilatadora, mediada pela L-arginina /NO (óxido nítrico).
O nebivolol é um racemato de dois enantiômeros, d-nebivolol (ou SRRR-nebivolol) e l-nebivolol (ou RSSS-nebivolol). É um fármaco que alia duas atividades farmacológicas:
- É um antagonista ?-receptor competitivo e seletivo: este efeito é atribuído ao d-enantiômero.
- Tem propriedades vasodilatadoras rápidas, devidas a uma interação com a via L-arginina/óxido nitrico (NO).
Doses únicas e repetidas de nebivolol reduzem a frequência cardíaca e a pressão arterial em repouso e durante o exercício, tanto em indivíduos normotensos como em pacientes hipertensos. O efeito anti- hipertensivo é mantido durante o tratamento crônico.
Em doses terapêuticas, o nebivolol é desprovido de antagonismo alfa-adrenérgico.
Durante o tratamento agudo e crônico com nebivolol em pacientes hipertensos, a resistência vascular sistêmica é diminuída. Apesar da redução da frequência cardíaca, a redução do débito cardíaco durante o repouso e o exercício pode ser limitada devido a um aumento do volume de ejeção. A relevância clínica destas diferenças hemodinâmicas, quando comparadas com outros antagonistas dos receptores ?1, não está completamente estabelecida.
Em pacientes hipertensos, o nebivolol aumenta a resposta vascular mediada pelo NO (óxido nítrico) à acetilcolina (ACh) que é reduzida em pacientes com disfunção endotelial.
Nebivolol difere dos ?-bloqueadores clássicos devido à sua alta seletividade por ?1-adrenoceptores. Nebivolol é um agente ?1-bloqueador competitivo e altamente seletivo. A cardiosseletividade do nebivolol foi avaliada in vitro por estudos de ligação à ?1 e ?2 em comparação com outros agentes ?- bloqueadores. A seletividade por ?1 reside no d-enantiômero, ao passo que o l-enantiômero mostrou a mais baixa afinidade e nenhuma seletividade pelos ?1-receptores. A alta seletividade pelos receptores ?1- adrenérgicos do nebivolol foi também demonstrada pela relação de ligação de receptores ?2/?1, muito maior do que para muitos outros agentes ?–bloqueadores. No miocárdio humano, a seletividade por ?1 do nebivolol foi superior ao do bisoprolol, metoprolol e carvedilol. No miocárdio ventricular esquerdo humano deficiente, a potência inotrópica negativa do nebivolol foi menor do que a do metoprolol e carvedilol.
Experiências “in vitro” e “in vivo” em animais mostraram que o nebivolol não tem atividade simpaticomimética intrínseca.
Experiências “in vitro” e “in vivo” em animais mostraram que em doses farmacológicas o nebivolol não apresenta ação estabilizadora da membrana.
Em voluntários saudáveis, o nebivolol não diminui a capacidade de exercício, um conhecido efeito colateral dos ?-bloqueadores que pode alterar a qualidade de vida.
A elevada ?1-seletividade do nebivolol é responsável por seus efeitos desprezíveis na resistência das vias aéreas em seres humanos.
Nebivolol possui efeito vasodilatador mediado pelo óxido nítrico; isto foi demonstrado “in vitro” e “in vivo”, em voluntários saudáveis e pacientes hipertensos. Nebivolol influi favoravelmente na complacência arterial e possui efeito positivo sobre a pressão de pulso.
A administração oral de nebivolol leva a uma vasodilatação dependente do endotélio em indivíduos saudáveis (estudo clínico) e em pacientes com hipertensão essencial, condição clínica caracterizada por disfunção endotelial com disponibilidade de NO basal reduzida e estimulada. A vasodilatação induzida por nebivolol também foi demonstrada pela diminuição na resistência vascular sistêmica observada em diversos estudos hemodinâmicos em pacientes com hipertensão ou doença cardíaca.
Propriedades farmacocinéticas
Ambos os enantiômeros do nebivolol são rapidamente absorvidos após administração oral, atingindo concentração plasmática de pico no período de 1?2 -2 horas após a ingestão. A absorção de nebivolol não é afetada pelos alimentos; o nebivolol pode ser dado durante ou fora das refeições.
O nebivolol é extensamente metabolizado, parcialmente em hidroxi-metabólitos ativos. O nebivolol é metabolizado através de hidroxilação alicíclica e aromática, N-desalquilação e glucuronidação; além disso, formam-se glucuronidos dos hidroxi-metabólitos. O metabolismo do nebivolol por hidroxilação aromática é condicionado pelo CYP450 2D6 (CYP2D6) dependente do polimorfismo genético oxidativo.
A biodisponibilidade oral do nebivolol é, em média, de 12% nos metabolizadores extensivos ou normais (MEs) e é virtualmente completa (100%) nos metabolizadores pobres (MPs). Nebivolol é extensamente metabolizado no fígado, particularmente para um hidróxi-metabólito ativo;
A hidroxilação aromática é deficiente nos MPs e ativa nos EMs. No regime estacionário e para a mesma dose, o pico da concentração plasmática do nebivolol inalterado é cerca de 23 vezes mais elevado nos metabolizadores fracos do que nos metabolizadores extensos. Quando se considera o fármaco inalterado e os metabólitos ativos, a diferença dos picos das concentrações plasmáticas é de 1,3 a 1,4 vezes.
Apesar das diferenças farmacocinéticas entre os fenótipos, farmacodinâmica e efeitos terapêuticos similares são observados. Portanto não é necessário recomendação de dose especial para baixos metabolizadores.
Nos metabolizadores extensivos ou normais, a meia-vida de eliminação dos enantiômeros do nebivolol é em média 10 horas. Nos metabolizadores pobres é cerca de 3-5 vezes mais longa. Nos metabolizadores extensivos, os níveis plasmáticos do enantiômero RSSS são ligeiramente mais elevados do que os do enantiômero SRRR.
Nos metabolizadores pobres esta diferença é maior. Nos metabolizadores extensivos ou normais a meia-vida de eliminação dos hidroxi-metabólitos de ambos os enantiômeros é, em média, 20 horas e é duas vezes mais longa nos metabolizadores lentos.
Na maioria dos indivíduos (metabolizadores extensivos ou normais) o regime estacionário dos níveis plasmáticos é atingido em 24 horas para o nebivolol e em poucos dias para os hidroxi-metabólitos. As concentrações plasmáticas são proporcionais às doses entre 5 e 30 mg. A farmacocinética do nebivolol não é afetada pela idade.
No plasma, ambos os enantiômeros do nebivolol estão predominantemente ligados à albumina. A ligação às proteínas plasmáticas é de 98,1% para o SRRR-nebivolol e de 97,9% para o RSSS- nebivolol.
Uma semana após a administração de 15 g de nebivolol, 38% da dose é excretada pela urina e 48% pelas fezes. A excreção urinária de nebivolol inalterado é inferior a 0,5% da dose, tanto em metabolizadores extensivos quanto nos pobres.
A farmacocinética de medicamento inalterado em pacientes com doença renal moderada-severa foi semelhante àquela em sujeitos de pesquisa saudáveis; entretanto, o aumento da concentração plasmática dos enantiômeros mais os metabólitos hidroxilados sugerem limitar a dose a 2,5 mg uma vez ao dia.
Dados de segurança pré-clínica
Os estudos pré-clínicos não revelam riscos especiais, conforme os estudos convencionais de potencial genotóxico e carcinogênico.
Cuidados de Armazenamento do Bivolet
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas
Os comprimidos de Bivolet são redondos, brancos e sulcados em cruz em um dos lados.
Eles podem ser partidos em quatro partes iguais
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso você observe alguma mudança no aspecto do medicamento que ainda esteja no prazo de validade, consulte o médico ou o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Bivolet
Reg. MS. nº 1.0492.0234
Farmacêutica Responsável:
Luis Carlos de Oliveira
CRF-RJ nº 7796
Fabricado por:
Specifar S.A.
1, 28 Octovriou str., Agia Varvara, 12351 Grécia.
Importado e Registrado por:
Actavis Farmacêutica Ltda.
Rua Barão de Petrópolis, 311-Rio de Janeiro – RJ
CEP 20.251-061
CNPJ 33.150.764/0001-12
Indústria Brasileira
Venda sob prescrição médica.