Contraindicação do Bramicar Hct
- Hipersensibilidade aos ingredientes ativos ou a qualquer excipiente da fórmula;
- Hipersensibilidade a qualquer outra substância derivada de sulfonamida (Hidroclorotiazida é uma substância derivada de sulfonamida);
- Colestase e distúrbios obstrutivos biliares;
- Insuficiência hepática grave;
- Insuficiência renal grave (depuração de creatinina lt;30 ml/min);
- Hipopotassemia refratária;
- Hipercalcemia (distúrbios do metabolismo do cálcio);
- Pacientes com condições hereditárias raras que possam ser incompatíveis com algum excipiente da fórmula;
- Segundo e terceiro trimestres de gravidez;
- Lactação;
- Uso concomitante com alisquireno em pacientes com diabetes mellitus ou disfunção renal (taxa de filtração glomerular lt; 60 ml/min/1,73 m2).
Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) está classificado na categoria de risco D para o segundo e terceiro trimestres de gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Como usar o Bramicar Hct
Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) deve ser administrado uma vez ao dia, com ou sem alimento. A dose de Micardis pode ser aumentada gradativamente antes de substituí-lo pelo Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa).
A substituição direta da monoterapia pelas combinações fixas pode ser considerada.
Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) 40 mg/12,5 mg
Pode ser administrado em pacientes cuja pressão arterial não foi adequadamente controlada com Micardis 40 mg ou hidroclorotiazida.
Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) 80 mg/12,5 mg
Pode ser administrado em pacientes cuja pressão arterial não foi adequadamente controlada com Micardis 80 mg.
Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) 80 mg/25 mg
Pode ser administrado em pacientes cuja pressão arterial não foi adequadamente controlada com Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) 80 mg/ 12,5 mg ou pacientes que foram previamente estabilizados com telmisartana e hidroclorotiazida administrados separadamente.
O máximo efeito anti-hipertensivo é geralmente obtido após 4 a 8 semanas de tratamento.
Quando necessário Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) pode ser administrado com outra droga anti-hipertensiva.
Em pacientes com hipertensão grave, o tratamento com telmisartana em doses de até 160 mg como monoterapia ou em associação com 12,5 a 25 mg de hidroclorotiazida, diariamente, foi bem tolerado e eficaz.
Insuficiência renal
Ajustes de dose não são considerados necessários. Recomenda-se monitoração periódica da função renal.
Insuficiência hepática
Nos pacientes portadores de insuficiência hepática leve a moderada, não se deve exceder a dose de Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) 40 mg/12,5 mg uma vez ao dia.
Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) não é indicado em pacientes com insuficiência hepática grave. Deve-se ter cautela ao utilizar tiazidas em pacientes portadores de insuficiência hepática.
Idosos
Não é necessário ajuste da dose.
Crianças e adolescentes
Ainda não se estabeleceram a segurança e a eficácia de Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) em crianças e adolescentes de até 18 anos.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Precauções do Bramicar Hct
Insuficiência hepática
Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) não deve ser administrado a pacientes com colestase, distúrbios biliares obstrutivos ou insuficiência hepática grave, uma vez que telmisartana é principalmente eliminado pela bile. Pode-se esperar uma menor depuração hepática de telmisartana nesses pacientes.
Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) deve ser administrado com precaução em pacientes com função hepática alterada ou doença hepática progressiva, uma vez que pequenas alterações nos fluidos e no balanço eletrolítico podem precipitar coma hepático. Não há experiência clínica com Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) em pacientes com insuficiência hepática.
Hipertensão renovascular
Há um risco aumentado de hipotensão grave e insuficiência renal quando pacientes com estenose arterial renal bilateral ou estenose da artéria renal com um único rim funcionando são tratados com medicamentos que atuam no sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Insuficiência renal e transplante renal
Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) não pode ser administrado em pacientes portadores de disfunção renal grave (depuração de creatinina lt;30 ml/min).
Não há experiência quanto à administração de Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) em pacientes com insuficiência renal grave ou com um rim transplantado recentemente.
A experiência do uso de Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) em pacientes com insuficiência renal leve a moderada é limitada, portanto recomenda-se a monitoração periódica dos níveis séricos de potássio, creatinina e ácido úrico.
A azotemia (hiperamonemia) associada a diuréticos tiazídicos pode ocorrer em pacientes com função renal alterada.
Depleção de volume intravascular
Hipotensão sintomática, especialmente após a primeira dose, pode ocorrer em pacientes que têm volemia e/ou sódio depletado por vigorosa terapia diurética, dieta restrita de sal, diarreia ou vômito. Tais condições devem ser corrigidas antes do inicio do tratamento com Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa).
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona
Como consequência da inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona, foram relatadas alterações da função renal (incluindo insuficiência renal aguda) em pacientes suscetíveis, especialmente quando foram combinados medicamentos que afetam esse sistema. Portanto, o duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona [por exemplo, combinando um inibidor da ECA ou o inibidor direto de renina (alisquireno) a um BRA] deve ser limitado aos casos definidos individualmente, com estrita monitoração da função renal.
Outras condições de estimulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona
Em pacientes cujo tônus vascular e função renal dependem predominantemente da atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona (p. ex. pacientes com insuficiência cardíaca congestiva grave ou doença renal subjacente, inclusive estenose da artéria renal), o tratamento com outros medicamentos que afetam este sistema, tem sido associado com hipotensão aguda, hiperazotemia (hiperamonemia), oligúria ou, raramente, insuficiência renal aguda.
Hiperaldosteronismo primário
Pacientes com hiperaldosteronismo primário geralmente não respondem a medicações anti-hipertensivas que agem inibindo o sistema renina-angiotensina. Portanto, não se recomenda o uso de Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa).
Estenose valvar aórtica e mitral e cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica
A exemplo do que ocorre com o uso de outros fármacos vasodilatadores, recomenda-se precaução especial aos pacientes que sofrem de estenose aórtica ou mitral ou cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva.
Efeitos metabólicos e endócrinos
O uso de tiazida pode prejudicar a tolerância à glicose. Podem ser necessários ajustes de doses de insulina ou agentes hipoglicêmicos orais em pacientes diabéticos. Pode ocorrer manifestação de diabetes mellitus latente durante o tratamento com tiazídicos.
O tratamento diurético com tiazídicos foi associado com um aumento nos níveis de colesterol e triglicérides. Contudo, nenhum ou poucos efeitos adversos foram relatados na dose de 12,5 mg contida em Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa).
Pode ocorrer hiperuricemia ou precipitação de gota em alguns pacientes em tratamento com tiazida.
Desequilíbrio eletrolítico
Assim como para qualquer paciente recebendo tratamento diurético, deve-se realizar a monitoração periódica dos níveis séricos de eletrólitos em intervalos adequados.
Os tiazídicos, incluindo hidroclorotiazida, podem causar desequilíbrio de líquidos ou de eletrólitos (hipopotassemia, hiponatremia e alcalose hipoclorêmica). Os sintomas característicos de desequilíbrio de líquidos ou de eletrólitos são boca seca, sede, fraqueza, letargia, sonolência, inquietação, dores ou cãimbras musculares (mialgia), fadiga muscular, hipotensão, oligúria, taquicardia e distúrbios gastrintestinais como náusea ou vômito.
Embora se possa desenvolver hipopotassemia com o uso de diuréticos tiazídicos, o tratamento concomitante com telmisartana pode reduzir a hipopotassemia induzida por diuréticos. O risco de hipopotassemia é maior em pacientes portadores de cirrose hepática, em pacientes com estimulação da diurese, em pacientes que não ingerirem a quantidade adequada de eletrólitos e em pacientes que estiverem recebendo tratamento concomitante com corticosteroides ou ACTH.
Por outro lado, pode ocorrer hiperpotassemia devida ao bloqueio dos receptores da angiotensina II (AT1) do componente telmisartana de Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa).
Embora hiperpotassemia clinicamente significativa não tenha sido relatada com Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa), os fatores de risco para o desenvolvimento de hiperpotassemia incluem insuficiência renal e/ou cardíaca e diabetes mellitus. Devem-se administrar com cautela os diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio juntamente com Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa).
Não há evidências de que Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) reduza ou previna hiponatremia induzida por diurético. A deficiência de cloreto é geralmente leve e usualmente não requer tratamento.
As tiazidas podem diminuir a excreção urinária de cálcio e causar uma elevação leve e intermitente do cálcio sérico na ausência de alterações conhecidas do metabolismo de cálcio. Hipercalcemia elevada pode evidenciar hiperparatiroidismo oculto. Deve-se interromper o uso de tiazidas antes de realizar testes de função da paratireoide.
Demonstrou-se que as tiazidas aumentam a excreção urinária de magnésio, o que pode resultar em hipomagnesemia.
Sorbitol
A dose diária máxima de Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) contém 169 mg de sorbitol na concentração 40/12,5 mg e 338 mg nas concentrações de 80/12,5 mg e 80/25 mg. Pacientes com condição ou doença hereditária rara de intolerância à frutose não devem tomar este medicamento.
Diabetes mellitus
Pacientes diabéticos com risco cardiovascular adicional [por exemplo, diabéticos com Doença Arterial Coronariana (DAC) coexistente] devem passar por uma adequada avaliação diagnóstica (por exemplo, teste ergométrico de esforço) para detecção e tratamento adequado da DAC antes do início do tratamento com Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa), pois o não diagnóstico da DAC assintomática nestes pacientes pode apresentar maior risco de infarto do miocárdio fatal e morte de causa cardiovascular inesperada quando tratados com anti-hipertensivos como BRAs ou inibidores da ECA.
Lactose
A dose diária máxima recomendada de Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) contém 112 mg de lactose monoidratada nas concentrações 40/12,5 mg e 80/12,5 mg e 99 mg na concentração de 80/25 mg. Pacientes com condições ou doenças hereditárias raras de intolerância à galactose (por exemplo: galactosemia) não devem tomar este medicamento.
Outras
Como para outros agentes anti-hipertensivos, a redução excessiva da pressão arterial em pacientes portadores de cardiopatia isquêmica ou doença cardiovascular isquêmica pode resultar em infarto do miocárdio ou AVC (infarto cerebral).
Reações de hipersensibilidade à hidroclorotiazida podem ocorrer em pacientes com ou sem histórico de alergia ou asma brônquica, mas são mais prováveis em pacientes com tal histórico.
Relatou-se exacerbação ou ativação do Lúpus Eritematoso Sistêmico com o uso de diuréticos tiazídicos. Portanto, deve-se ter cautela especial no tratamento de pacientes que apresentam Lúpus Eritematoso Sistêmico.
Miopia aguda e Glaucoma secundário de ângulo fechado
A hidroclorotiazida, uma sulfonamida, pode causar reação idiossincrática, resultando em miopia transitória aguda e glaucoma agudo de ângulo fechado, cujos sintomas incluem diminuição aguda da acuidade visual ou dor ocular, normalmente dentro de horas a semanas do início do tratamento. Glaucoma agudo de ângulo fechado não tratado pode levar à perda permanente da visão e o tratamento primário é interromper a hidroclorotiazida o mais rápido possível; se a pressão intraocular permanecer descontrolada, tratamentos médicos ou cirúrgicos imediatos podem ser considerados. Histórico de alergia a sulfonamidas ou penicilina podem ser fatores de risco para o desenvolvimento de glaucoma agudo de ângulo fechado.
Efeitos na habilidade de dirigir e utilizar máquinas
Ainda não se realizaram estudos sobre o efeito na habilidade de dirigir e utilizar máquinas. Contudo, ao dirigir ou operar máquinas, deve-se levar em conta que na vigência do tratamento anti-hipertensivo, pode ocasionalmente ocorrer tontura ou sonolência.
Este medicamento pode causar doping.
Fertilidade, Gravidez e Lactação
Não foram realizados estudos sobre a fertilidade em humanos. Não foram observados efeitos de telmisartana e hidroclorotiazida sobre a fertilidade em fêmeas e machos durante os estudos pré-clínicos.
Telmisartana
O tratamento com bloqueadores específicos dos receptores da angiotensina II (BRAs) não deve ser iniciado durante a gravidez. Quando a gravidez for diagnosticada, o tratamento com BRAs deve ser interrompido imediatamente e, se conveniente, deve ser iniciada terapia alternativa. O uso de BRAs não é recomendado durante o primeiro trimestre da gestação e é contraindicado no segundo e terceiro trimestres.
Estudos pré-clínicos com telmisartana não indicaram efeito teratogênico, mas em doses tóxicas demonstraram fetotoxicidade e risco ao desenvolvimento pós-natal da prole. Em humanos, sabe-se que a exposição aos BRAs no segundo e terceiro trimestres da gestação induz fetotoxicidade (diminuição da função renal, oligodrâmnio, retardo da ossificação) e toxicidade neonatal (falência renal, hipotensão, hipercalemia).
Pacientes que planejem engravidar devem ter seu tratamento substituído por outros anti-hipertensivos alternativos, que tenham o perfil de segurança estabelecido para uso durante a gestação, a menos que o tratamento com BRAs seja absolutamente necessário.
Caso tenha ocorrido exposição aos BRAs a partir do segundo trimestre de gestação, recomenda-se verificar a função renal e os ossos por ultrassom. Bebês cujas mães administraram BRAs devem ser monitorados de perto quanto à hipotensão.
Hidroclorotiazida
Há experiência limitada com hidroclorotiazida durante a gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre; ela atravessa a placenta e com base no seu mecanismo de ação o uso durante o segundo e terceiro trimestres pode comprometer a perfusão fetoplacentária e causar efeitos fetais e neonatais, como icterícia, distúrbio eletrolítico e trombocitopenia.
A hidroclorotiazida não deve ser usada para edema e hipertensão gestacional ou pré-eclâmpsia devido ao risco de diminuição do volume plasmático e hipoperfusão placentária, sem efeito benéfico sobre o curso da doença. Também não deve ser usada para hipertensão essencial em gestantes, exceto em situações raras em que nenhum outro tratamento possa ser utilizado.
Não se sabe se a telmisartana é excretada no leite materno em humanos. Estudos em animais mostraram a excreção de telmisartana no leite. As tiazidas são excretadas no leite humano e podem inibir a lactação.
Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) está classificado na categoria de risco C para o primeiro trimestre de gravidez. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Reações Adversas do Bramicar Hct
A incidência total de eventos adversos relatados com Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) foi comparável à observada com telmisartana isolada em estudos controlados randomizados envolvendo 1471 pacientes que receberam telmisartana mais hidroclorotiazida (835) ou telmisartana isolada (636). Não houve relação entre a dose e os efeitos indesejáveis e não houve correlação com sexo, idade ou raça dos pacientes.
As reações adversas relatadas nos estudos clínicos realizados com telmisartana mais hidroclorotiazida são demonstradas a seguir conforme a classe do sistema orgânico. Incluíram-se também as reações adversas não observadas em estudos clínicos com telmisartana mais hidroclorotiazida, mas esperadas durante o tratamento com Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) com base na experiência em monoterapia de telmisartana ou hidroclorotiazida, as quais foram separadas e detalhadas abaixo:
Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa)
Reações incomuns (?1/1.000 e lt;1/100)
Hipocalemia, ansiedade, síncope, parestesia, vertigem, taquicardia, arritmias cardíacas, hipotensão, incluindo hipotensão ortostática, dispneia, diarreia, boca seca, flatulência, dor nas costas, espasmo muscular, mialgia, impotência sexual, dor no peito, aumento do ácido úrico no sangue.
Reações raras (?1/10.000 e lt;1.000)
Bronquite, faringite, sinusite, exacerbação ou ativação do Lúpus Eritematoso Sistêmico, hiponatremia, hiperuricemia, depressão , insônia, alterações do sono, visão anormal/ visão turva transitória, angústia respiratória, incluindo pneumonite e edema pulmonar, dor abdominal, constipação, dispepsia, vômitos, gastrite, função hepática anormal a qual ocorreu em estudos pós-comercialização no Japão, angioedema, eritema, prurido, rash, sudorese, urticária, artralgia, dor e câimbras nas pernas, sintomas semelhantes aos de gripe, aumento na creatinina ,aumento nas enzimas do fígado, aumento da creatina fosfoquinase no sangue.
Telmisartana
Reações incomuns (?1/1.000 e lt;1/100)
Infecções do trato respiratório, infecções do trato urinário, incluindo cistite, anemia, hipercalemia, bradicardia, insuficiência renal (incluindo insuficiência renal aguda), astenia, diminuição da hemoglobina.
Reações raras (?1/10.000 e lt;1.000)
Sepse incluindo desfecho fatal, trombocitopenia (às vezes com púrpura), eosinofilia, reação anafilática, hipersensibilidade, hipoglicemia (em pacientes diabéticos), desconforto abdominal, eczema, farmacodermia, artrose, tendinite.
Hidroclorotiazida
Reações com frequência desconhecida
Sialadenite, trombocitopenia (às vezes com púrpura), anemia aplástica, anemia hemolítica, depressão da medula óssea, leucopenia, neutropenia, agranulocitose, alergia, reação anafilática, perda no controle do diabetes, depleção de volume, desbalanço eletrolítico, anorexia, hiperglicemia, hipercolesterolemia, hipomagnesemia, hipercalcemia, alcalose hipoclorêmica, inquietação, tontura, dor de cabeça, xantopsia, miopia aguda, glaucoma de ângulo fechado, angeíte necrosante (vasculite), dores de estômago, pancreatite, náusea, icterícia (icterícia colestática), necrólise epidermal tóxica, reação cutânea como lúpus eritematoso, vasculite cutânea, reações e fotossensibilidade, eritema multiforme, fraqueza, nefrite intersticial, disfunção renal, glicosúria, febre, aumento nos triglicérides.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância SanitáriaNOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Interação Medicamentosa do Bramicar Hct
Relataram-se aumentos reversíveis das concentrações séricas de lítio e toxicidade durante administração concomitante de lítio com inibidores da ECA. Relataram-se também casos de interação com BRAs, incluindo telmisartana. Além disso, as tiazidas reduzem a depuração renal de lítio e, portanto, o risco de toxicidade por lítio pode ser aumentado com o uso de Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa). Lítio e Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) devem ser administrados concomitantemente somente sob supervisão médica. Recomenda-se a monitoração dos níveis séricos de lítio durante o uso concomitante.
O efeito de depleção de potássio da hidroclorotiazida é atenuado pelo efeito poupador de potássio da telmisartana. Contudo, supõe-se que esse efeito da hidroclorotiazida sobre o potássio sérico seja ampliado por outras drogas associadas à perda de potássio e hipopotassemia (por exemplo, outros diuréticos caliuréticos, laxantes, corticosteroides, ACTH, anfotericina, carbenoxolona, penicilina G sódica, ácido salicílico e derivados). Se for necessário prescrever essas drogas com Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa), recomenda-se a monitoração dos níveis plasmáticos de potássio.
Por outro lado, baseado na experiência com o uso de outras drogas que atuam no sistema renina-angiotensina, o uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio, substitutos de sal contendo potássio ou outras drogas que podem aumentar os níveis séricos de potássio (por exemplo, heparina sódica) pode levar a um aumento do potássio sérico. Se for necessário prescrever essas drogas com Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa), recomenda-se a monitoração dos níveis plasmáticos de potássio.
Recomenda-se monitoração periódica de potássio sérico quando Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) é administrado com drogas que são afetadas pelos distúrbios dos níveis séricos de potássio, por exemplo, glicosídeos digitálicos, agentes antiarrítmicos e drogas que são sabidamente indutoras de torsades de pointes.
Em pacientes com desidratação, o tratamento com anti-inflamatórios não esteroidais -AINEs (por exemplo, AAS como anti-inflamatório, inibidores da COX-2 e AINEs não seletivos), está associado com um aumento do potencial para o desenvolvimento de insuficiência renal aguda. Fármacos que agem no sistema renina-angiotensina, podem ter efeitos sinérgicos com a telmisartana. Pacientes em tratamento com AINEs e Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) devem ser adequadamente hidratados e ter sua função renal monitorada no início do tratamento combinado. A coadministração de anti-inflamatórios não-esteroidais pode reduzir o efeito diurético, natriurético e anti-hipertensivo dos diuréticos tiazídicos em alguns pacientes.
A telmisartana pode aumentar o efeito hipotensor de outros agentes anti-hipertensivos.. A coadministração de telmisartana não resultou em interações clinicamente significativas com a digoxina, a varfarina, a hidroclorotiazida, a glibenclamida, o ibuprofeno, o paracetamol, sinvastatina e o anlodipino. No caso da digoxina, observou-se um aumento de 20% (num único caso, de 39%) das concentrações plasmáticas de digoxina; portanto, deve-se considerar a monitoração dos seus níveis plasmáticos.
Em um estudo, a coadministração de telmisartana e ramipril levou a um aumento de até 2,5 vezes na AUC0-24 e Cmáx de ramipril e ramiprilato. Desconhece-se a relevância clínica desta observação.
Quando administradas concomitantemente, as seguintes drogas podem interagir com diuréticos tiazídicos
Álcool, barbitúricos ou narcóticos
Pode ocorrer potencialização de hipotensão ortostática.
Drogas antidiabéticas (agentes orais e insulina)
Pode ser necessário ajuste de dose da droga antidiabética.
Metformina
Há risco de ocorrência de acidose láctica.
Colestiramina e resina colestipol
A absorção de hidroclorotiazida é prejudicada na presença de resinas de troca aniônica.
Glicosídeos digitálicos
Hipopotassemia ou hipomagnesemia induzida por tiazídicos favorece o início de arritmias cardíacas induzidas por digitálicos.
Aminas simpaticomiméticas (por exemplo, noradrenalina)
Os efeitos das aminas hipertensoras podem ser diminuídos.
Relaxantes musculares esqueléticos não-despolarizantes (por exemplo, tubocurarina)
Os efeitos dos relaxantes musculares esqueléticos não-despolarizantes podem ser potencializados.
Tratamento para gota
Podem ser necessários ajustes de dose dos medicamentos uricosúricos porque a hidroclorotiazida pode aumentar o nível de ácido úrico sérico.
A coadministração de tiazida pode aumentar a incidência de reações de hipersensibilidade ao alopurinol.
Sais de cálcio
Diuréticos tiazídicos podem aumentar os níveis séricos de cálcio devido à diminuição da excreção. Se for necessária a prescrição de suplementos de cálcio, os níveis séricos de cálcio devem ser monitorados e a dose de cálcio deve ser ajustada de acordo.
Outras interações
Os efeitos hiperglicêmicos dos betabloqueadores e diazóxido podem ser aumentados pelas tiazidas. Agentes anticolinérgicos (por exemplo, atropina, biperideno) podem aumentar a biodisponibilidade de diuréticos tiazídicos pela diminuição da motilidade gastrintestinal e da velocidade de esvaziamento gástrico.
As tiazidas podem aumentar o risco de efeitos adversos causados pela amantadina. As tiazidas podem reduzir a excreção renal de drogas citotóxicas (por exemplo, ciclofosfamida, metotrexato) e potencializar seus efeitos mielossupressivos.
Ação da Substância Bramicar Hct
Resultados de eficácia
Em humanos, uma dose de 80 mg de telmisartana inibiu quase completamente os aumentos de pressão arterial induzidos pela angiotensina II. Este efeito inibidor mantém-se durante 24 horas e pode ser detectado após 48 horas.
Após a administração da primeira dose de telmisartana, o início da atividade anti-hipertensiva gradualmente se torna evidente dentro de 3 horas. A redução máxima da pressão arterial é normalmente obtida 4 semanas após o início da terapêutica, mantendo-se durante o tratamento de longa duração.
O efeito anti-hipertensivo permanece constante durante 24 horas após a administração, incluindo as últimas 4 horas antes da próxima dose, como foi demonstrado por medições ambulatoriais de pressão arterial. Este fato é confirmado pelas relações vale-pico consistentemente acima de 80%, verificadas após doses de 40 e 80 mg de telmisartana em estudos clínicos controlados com placebo.
Em pacientes hipertensos, a telmisartana reduz a pressão arterial diastólica e sistólica, sem afetar a frequência cardíaca. A eficácia anti-hipertensiva de telmisartana foi comparada a fármacos antihipertensivos tais como anlodipino, atenolol, enalapril, Hidroclorotiazida, losartana, lisinopril, ramipril e valsartana.
Após a interrupção abrupta da administração de telmisartana, a pressão arterial retorna gradualmente aos valores anteriores ao tratamento, ao fim de vários dias, sem evidências de efeito-rebote.
A incidência de tosse seca foi significantemente menor em pacientes tratados com telmisartana do que naqueles tratados com inibidores da ECA em estudos clínicos comparando diretamente os dois tratamentos anti-hipertensivos.
Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) (HCT)
Os efeitos da terapia combinada telmisartana e Hidroclorotiazida foram avaliados em três estudos que incluíram pacientes com hipertensão leve a moderada. Os resultados demonstraram de forma consistente que a combinação produziu maiores respostas da PA que o uso de cada um dos agentes isolados. Além disso, a eficácia pôde ser alcançada com baixas doses de HCT, minimizando o potencial para eventos adversos, associados aos tiazídicos.
Em um estudo de dose única diária de telmisartana 80 mg/Hidroclorotiazida12,5 mg, por 8 semanas, ocorreu redução de ambas as PAS e PAD de modo significativamente maior que cada um dos componentes isolados (plt;0,01 vs cada componente isolado). A telmisartana 40 mg/Hidroclorotiazida1 2,5 mg também reduziu significativamente a PA comparado com os componentes isolados, mas de forma menos ampla.
Neste estudo de 8 semanas, duplo-cego, de grupos paralelos, placebo controlado, com dose fixa, com um desenho fatorial 4×5 (20 diferentes grupos de tratamento), um total de 818 pacientes receberam: placebo, telmisartana 20, 40, 80 ou 160mg isolado ou em combinação com Hidroclorotiazida 6,25, 12,5 ou 25 mg. A alteração, ajustada, na PAS e PAD para cada grupo de tratamento após 8 semanas de tratamento telmisartana 80 mg/Hidroclorotiazida 12,5 mg foi significativamente melhor que os componentes isolados na redução da PAS e da PAD (plt;0,01). Para esta combinação, a redução observada na PAS supina média e PAD foi de 23,9 e 14,9 mmHg, respectivamente. Em contraste, as alterações médias observadas na PAS e PAD foram de – 15,4 e –11,5 mmHg, respectivamente, com telmisartana 80 mg de -6,9 e -4,6 mmHg, respectivamente com Hidroclorotiazida 12,5 mg e de -2,9 e –3,8 mmHg, respectivamente, com placebo. O tratamento com telmisartana 80 mg/Hidroclorotiazida 12,5 mg foi equivalente para um benefício de 8,5 e 3,4 mmHg na pressão arterial, respectivamente, sobre o uso de telmisartana 80 mg isolado e de 17 e 7,6 mmHg, respectivamente, sobre o uso da Hidroclorotiazida 12,5 mg isolada. De modo semelhante, a mais alta taxa de resposta foi alcançada com a combinação telmisartana 80 mg/Hidroclorotiazida 12,5 mg com 79% de taxa de resposta da PAD (definida como PAD supina ?90mmHg ou uma redução ?10 mmHg, com relação ao basal) e uma taxa de resposta de 85% da PAS (definida com o uma redução ?10 mmHg em relação ao basal). Para os pacientes recebendo placebo a taxa de resposta da PAD e da PAS foi de 29% para ambas.
Além disso, a alta taxa vale-pico confirmou que o efeito anti-hipertensivo da terapia combinada foi mantida ao longo das 24 horas do intervalo de dose. Desta forma, a terapia combinada telmisartana/Hidroclorotiazida pôde proporcionar proteção contra a elevação da PA matinal, quando a incidência de eventos cardiovasculares é maior. A combinação telmisartana 40 mg/Hidroclorotiazida 12,5 mg foi significativamente melhor que cada um desses componentes isolados na redução média da PAS (plt;0,01 para cada comparação, exceto vs telmisartana 40 mg para PAD). Com a terapia combinada, a redução observada na média das PAS e PAD supinas foram de 18,8 e 12,6 mmHg, respectivamente. Isto se comparou com um benefício de 6,6 e 1,9 mmHg na pressão arterial, respectivamente, sobre o telmisartana 40 mg (em monoterapia) e 11,9 e 5,3 mmHg, respectivamente sobre a Hidroclorotiazida 12,5 mg isolada. A magnitude desta resposta foi menos intensa que a resposta da combinação telmisartana 80 mg/Hidroclorotiazida 12,5 mg. Todos os regimes de tratamento foram bem tolerados e a adição do telmisartana à Hidroclorotiazida tendeu a melhorar as reduções relacionadas com a dose no potássio sérico, o que está associado com a Hidroclorotiazida em monoterapia.
Prevenção de mortalidade e lesão cardiovascular
O estudo ONTARGET comparou os efeitos da telmisartana, ramipril e da combinação de telmisartana e ramipril sobre os desfechos cardiovasculares em 25.620 pacientes com idade igual ou superior a 55 anos, com história de doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica ou diabetes mellitus associada à evidência de dano a órgão-alvo (por exemplo, retinopatia, hipertrofia ventricular esquerda, macro ou microalbuminúria), que representam uma grande parte dos pacientes com alto risco cardiovascular.
Os pacientes foram randomizados para um dos três seguintes grupos de tratamento: telmisartana 80 mg (n=8.542), ramipril 10 mg (n=8.576), ou combinação de telmisartana 80 mg e ramipril 10 mg (n=8.502), seguidos de um tempo médio de observação de 4,5 anos. A população estudada era 73% masculina, 74% caucasiana, 14% asiática e 43% tinham idade igual ou superior a 65 anos. Cerca de 83% dos pacientes randomizados apresentavam hipertensão: 69% tinham história de hipertensão na randomização e mais 14% tinham leituras reais de pressão arterial acima de 140/90 mm Hg. No início, 38% do total de pacientes tinham história médica de diabetes e mais 3% apresentavam glicemia de jejum elevada. A terapia de início incluía ácido acetilsalicílico (76%), estatinas (62%), betabloqueadores (57%), bloqueadores dos canais de cálcio (34%), nitratos (29%) e diuréticos (28%).
O objetivo primário de avaliação (desfecho primário) foi uma composição de morte cardiovascular, infarto não fatal do miocárdio, acidente vascular cerebral não-fatal ou hospitalização por insuficiência cardíaca congestiva.
A adesão ao tratamento foi melhor para telmisartana do que para ramipril ou para a combinação de telmisartana e ramipril, embora a população do estudo tenha sido pré-selecionada para tolerância ao tratamento com um inibidor da ECA. A análise dos eventos adversos que levaram à descontinuação permanente do tratamento e dos eventos adversos graves mostrou que tosse e angioedema foram menos frequentemente relatados em pacientes tratados com telmisartana do que com ramipril, enquanto que hipotensão foi mais frequentemente relatada com telmisartana.
A telmisartana teve eficácia similar ao ramipril na redução do objetivo primário de avaliação (desfecho primário), com ocorrências similares nos braços com telmisartana (16,7%), ramipril (16,5%) e com a combinação de telmisartana e ramipril (16,3%). A proporção de risco para telmisartana vs. ramipril foi de 1,01 [IC 97,5% 0,93-1,10, p (não-inferioridade)=0,0019]. O efeito do tratamento mostrou persistir após correções para diferenças na pressão arterial sistólica de início e ao longo do tempo. Não houve diferença nos resultados do desfecho primário com base na idade, sexo, raça, terapia basal ou doença subjacente.
A telmisartana mostrou-se também similarmente eficaz ao ramipril em vários desfechos secundários pré-especificados, incluindo uma composição de morte cardiovascular, infarto não-fatal do miocárdio e acidente vascular cerebral não-fatal, desfecho primário no estudo de referência HOPE, que havia investigado o efeito do ramipril vs. Placebo. A proporção de risco da telmisartana vs. ramipril para este desfecho no ONTARGET foi de 0,99 [IC 97,5% 0,90-1,08, p (não-inferioridade)=0.0004].
A combinação de telmisartana e ramipril não acrescentou benefício sobre a monoterapia com ramipril ou telmisartana. Além disso, houve uma incidência significativamente maior de hipercalemia, insuficiência renal, hipotensão e síncope no grupo da combinação. Portanto, o uso da combinação de telmisartana e ramipril não é recomendado nesta população.
Características farmacológicas
Farmacodinâmica
Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) é uma combinação de um BRA (bloqueador do receptor de angiotensina II – telmisartana) e um diurético tiazídico (Hidroclorotiazida). A combinação desses princípios ativos exerce um efeito anti-hipertensivo adicional reduzindo a pressão sanguínea para um melhor nível do que o obtido com cada componente isolado.
Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa), administrado uma vez ao dia, na faixa de doses terapêuticas, promove redução efetiva e gradativa na pressão arterial.
Telmisartana
É um bloqueador específico dos receptores da angiotensina II (tipo AT1), é eficaz por via oral. A telmisartana desloca, com afinidade muito elevada, a angiotensina II de seus sítios de ligação no receptor AT1, o qual é responsável pelas ações conhecidas da angiotensina II. A telmisartana não apresenta qualquer atividade agonista parcial no receptor AT1 e liga-se seletivamente a esses receptores. Esta ligação é de longa duração.
A telmisartana não apresenta afinidade por outros receptores, incluindo AT2 e outros receptores AT menos caracterizados. A função destes receptores não é conhecida, nem os efeitos da possível superestimulação pela angiotensina II, cujos níveis são aumentados pela telmisartana. Os níveis de aldosterona plasmática são diminuídos pela telmisartana. A telmisartana não inibe a renina plasmática humana nem bloqueia canais iônicos. A telmisartana não possui efeito inibitório sobre a ECA (quininase II), que também degrada a bradicinina. Portanto não se espera uma potencialização de efeitos adversos mediados pela bradicinina.
Hidroclorotiazida
É um diurético tiazídico. O mecanismo do efeito anti-hipertensivo dos diuréticos tiazídicos não está totalmente elucidado. A tiazida influencia nos mecanismos tubulares renais de reabsorção de eletrólitos, aumentando diretamente a excreção de sódio e cloreto em quantidades aproximadamente equivalentes. A ação diurética da Hidroclorotiazida reduz o volume plasmático, aumenta a atividade da renina plasmática, aumenta a secreção de aldosterona, com consequentes aumentos na perda de potássio e bicarbonato através da urina e diminuição de potássio sérico. Supõe-se que através do bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona, a coadministração de telmisartana tende a reverter a perda de potássio associada a esses diuréticos. Com Hidroclorotiazida, o início da diurese ocorre em 2 horas e o efeito máximo ocorre em cerca de 4 horas, enquanto a ação persiste por aproximadamente 6 a 12 horas.
Estudos epidemiológicos demonstraram que o tratamento a longo prazo com Hidroclorotiazida reduz o risco de mortalidade e morbidade cardiovascular.
São atualmente desconhecidos os efeitos da combinação de doses fixas de Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) na mortalidade e morbidade cardiovascular.
Farmacocinética
A administração concomitante de Hidroclorotiazida e telmisartana não interfere na farmacocinética de cada droga.
Absorção
Telmisartana
O pico de concentração de telmisartana é atingido em 0,5 a 1,5 horas após administração oral. A biodisponibilidade absoluta de 40 mg e 160 mg de telmisartana foi de 42% e 58%, respectivamente. A administração concomitante com alimentos reduz levemente a biodisponibilidade de telmisartana com a redução da área sob a curva de concentração plasmática x tempo (AUC) de cerca de 6% com o comprimido de 40 mg e cerca de 19% após a dose de 160 mg. Três horas após a administração, as concentrações plasmáticas são semelhantes, quer a telmisartana seja tomada em jejum, quer com alimentos.
Não é de se esperar que a pequena redução na AUC cause uma redução na eficácia terapêutica. A farmacocinética de telmisartana administrada por via oral não é linear na faixa de doses situada entre 20 e 160 mg, apresentando aumentos das concentrações plasmáticas (Cmáx e AUC) maiores que os proporcionais com o aumento das doses. A telmisartana não se acumula significativamente no plasma após doses repetidas.
Hidroclorotiazida
Após administração oral de Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa), os picos de concentração de Hidroclorotiazida são alcançados em aproximadamente 1,0 a 3,0 horas após a administração. Baseada na excreção renal acumulativa de Hidroclorotiazida, a biodisponibilidade absoluta foi cerca de 60%.
Distribuição
Telmisartana
Liga-se predominantemente às proteínas plasmáticas (gt;99,5%), principalmente à albumina e à glicoproteína ácida alfa-1. O volume aparente de distribuição de telmisartana é de cerca de 500 l indicando ligação tecidual adicional.
Hidroclorotiazida
A porcentagem de ligação protéica de Hidroclorotiazida no plasma é de 64% e seu volume aparente de distribuição é de 0,8 ± 0,3 l/kg.
Biotransformação e eliminação
Telmisartana
Após administração intravenosa ou oral de telmisartana marcada com C14, a maior parte da dose de telmisartana administrada (gt;97%) foi eliminada nas fezes via excreção biliar. Encontraram-se somente ínfimas quantidades na urina. A telmisartana é metabolizada por conjugação para a forma farmacologicamente inativa acilglucuronídeo. O glucuronídeo do composto de origem foi o único metabólito identificado em humanos. Após dose única de telmisartana marcada com C14, o glucuronídeo representa aproximadamente 11% da radioatividade medida no plasma. As isoenzimas do citocromo P450 não estão envolvidas no metabolismo de telmisartana. A depuração plasmática total de telmisartana após administração oral é gt;1500 ml/min. A meia-vida de eliminação terminal foi gt;20 horas.
Hidroclorotiazida
Não é metabolizada em humanos e é excretada quase totalmente na forma inalterada pela urina. Cerca de 60% da dose oral é eliminada como droga inalterada dentro de 48 horas. A depuração renal é cerca de 250 a 300 ml/min. A meia-vida de eliminação terminal de Hidroclorotiazida situa-se entre 10 e 15 horas.
Populações especiais
Pacientes idosos
A farmacocinética de telmisartana não difere entre pacientes idosos e aqueles com menos de 65 anos de idade.
Sexo
As concentrações plasmáticas de telmisartana são geralmente 2 a 3 vezes maiores em mulheres do que em homens. Contudo, nos estudos clínicos, não ocorreram aumentos significativos na resposta de pressão sanguínea ou na incidência de hipotensão ortostática em mulheres. Não são necessários ajustes de doses. Houve uma tendência, sem relevância clínica, das concentrações plasmáticas de Hidroclorotiazida serem maiores em mulheres do que em homens.
Pacientes com insuficiência renal
A excreção renal não contribui na depuração de telmisartana. Baseada na limitada experiência com pacientes portadores de insuficiência renal leve a moderada (depuração de creatinina de 30 a 60 ml/min, média de aproximadamente 50 ml/min), não são necessários ajustes de doses em pacientes com diminuição da função renal.
A telmisartana não é removida do sangue por hemodiálise.
Em pacientes com função renal prejudicada, a taxa de eliminação de Hidroclorotiazida é reduzida.
Num estudo típico realizado em pacientes com depuração média de creatinina de 90 ml/min, a meia-vida de eliminação da Hidroclorotiazida aumentou.
Em pacientes funcionalmente anéfricos, a meia-vida de eliminação é de cerca de 34 horas.
Pacientes com insuficiência hepática
Em estudos farmacocinéticos em pacientes com insuficiência hepática, verificou-se um aumento na biodisponibilidade absoluta de até quase 100%. A meia-vida de eliminação não se alterou em pacientes com insuficiência hepática.