Como o Calcijex funciona?
O calcitriol é a forma ativa da vitamina D3 (colecalciferol). O suprimento natural de vitamina D no homem depende principalmente da luz ultravioleta, para conversão em vitamina D3 na pele. O calcitriol é a forma mais ativa de vitamina D3 conhecida na estimulação do transporte intestinal de cálcio. Em estudos, calcitriol demonstrou estimular a absorção de cálcio intestinal. No esqueleto, o calcitriol, em conjunto com o paratormônio (PTH), estimula a reabsorção de cálcio; nos rins, o calcitriol aumenta a reabsorção tubular de cálcio. A ação de uma dose de calcitriol injetável dura de 03 a 05 dias.
Como a dose de calcitriol injetável depende da necessidade de cada paciente, o tempo médio estimado para o início da ação terapêutica de Calcijex pode variar de acordo com as características específicas de cada paciente. Estudos sugerem que a eficácia significativa ocorre após três semanas do início do tratamento.
Contraindicação do Calcijex
Calcijex não deve ser utilizado em pacientes com hipercalcemia (alta concentração de cálcio no sangue) ou evidência de toxicidade por vitamina D. Este medicamento não deve ser utilizado por pacientes com história prévia de hipersensibilidade (alergia) ao calcitriol ou a qualquer componente da fórmula.
Como usar o Calcijex
Calcijex deve ser administrado sob a supervisão de profissionais qualificados e por via intravenosa.
A dose ótima de Calcijex deve ser cuidadosamente determinada para cada paciente. A efetividade da terapêutica com Calcijex está baseada na suposição de que cada paciente esteja recebendo uma ingestão diária de cálcio adequada e apropriada. Para assegurar que cada paciente receba uma ingestão diária adequada, o médico deve prescrever suplementação de cálcio ou instruir o paciente quanto às dietas apropriadas.
A dose inicial recomendada de Calcijex, dependendo da gravidade da hipocalcemia (baixa concentração de cálcio no sangue) e/ou do hiperparatireoidismo secundário (atividade aumentada da glândula paratireoide), é 1,0 mcg (0,02 mcg/kg), ou seja, 1 ampola, a 2 mcg (2 ampolas) administrados três vezes por semana, aproximadamente em dias alternados. Doses tão baixas como 0,5 mcg e tão altas como 4,0 mcg (4 ampolas), três vezes por semana, têm sido usadas como dose inicial. Calcijex pode ser administrado através de uma dose intravenosa em bolus. Se não for observada uma resposta satisfatória nos parâmetros bioquímicos e nas manifestações clínicas da doença, a dose pode ser aumentada pelo médico em 0,5 a 1,0 mcg, a intervalos de duas a quatro semanas.
Aumentos de dose de 0,25 a 2,0 mcg têm sido usados e doses máximas de até 8 mcg (8 ampolas) três vezes por semana têm sido relatadas.
Durante esse período de ajuste de dose, os níveis sanguíneos de cálcio e fósforo devem ser obtidos pelo menos duas vezes por semana e, caso seja observada hipercalcemia (alta concentração de cálcio no sangue) ou um produto cálcio x fosfato sanguíneos maior que 70, o medicamento deverá ser imediatamente descontinuado, até que os níveis sanguíneos destes parâmetros retornem aos níveis da normalidade. A administração de calcitriol deve, então, ser reiniciada com uma dose mais baixa.
Em resposta à terapia, à medida que os níveis de PTH vão diminuindo, pode haver a necessidade de redução da dose. Dessa forma, aumentos de dose devem ser individualizados e proporcionais aos níveis de PTH, níveis sanguíneos de cálcio e fósforo.
A tabela abaixo é uma abordagem sugerida no ajuste de dose:
Níveis de PTH | Dose de Calcitriol |
Mantidos ou aumentados | Aumentar |
Diminuição lt; 30% | Aumentar |
Diminuição gt; 30% e lt; 60% | Manter |
Diminuição gt; 60% | Diminuir |
Uma e meia a três vezes a taxa normal | Manter |
Produtos de uso injetável devem ser inspecionados visualmente quanto à existência de partículas e alteração de cor, antes de sua administração, sempre que a solução e o recipiente permitirem. Desprezar a porção não utilizada.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Calcijex?
Calcijex deve ser usado sob a orientação e supervisão de um médico. A administração deste medicamento deve ser feita somente por pessoa experiente na aplicação de forma injetável de medicamentos. Em caso de dúvidas ou esquecimento, entre em contato com o seu médico.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Calcijex
Como o calcitriol é o mais potente metabólito da vitamina D disponível, outras medicações contendo vitamina D e seus metabólitos devem ser suspensas durante o tratamento, para evitar possíveis efeitos aditivos e hipercalcemia (alta concentração de cálcio no sangue). Um quelante de fósforo sem alumínio deve ser usado para controlar os níveis sanguíneos de fósforo nos pacientes submetidos à diálise. O excesso de qualquer forma de vitamina D é perigoso. Hipercalcemia (alta concentração de cálcio no sangue) progressiva, devida à superdosagem de vitamina D e de seus metabólitos, pode ser tão grave a ponto de requerer cuidados especiais de emergência.
Hipercalcemia (alta concentração de cálcio no sangue) crônica pode levar à calcificação vascular generalizada, nefrocalcinose (depósito de cálcio nos túbulos renais) e outras calcificações em tecidos moles. Não se deve permitir que o produto da multiplicação do cálcio pelo fosfato sérico (Ca x P) exceda a 70 mg2/dL2. Uma avaliação radiográfica das regiões anatômicas suspeitas pode ser útil na detecção precoce desta condição pelo médico.
Dosagem excessiva de calcitriol induz hipercalcemia (alta concentração de cálcio no sangue) e, em alguns casos, hipercalciúria (excesso de cálcio na urina); portanto, no início do tratamento e durante o ajuste de dose, os níveis sanguíneos de cálcio e fósforo devem ser determinados, pelo menos, duas vezes por semana. Caso haja desenvolvimento de hipercalcemia (alta concentração de cálcio no sangue), o medicamento deve ser descontinuado imediatamente pelo médico. Doença óssea adinâmica (formação insuficiente dos ossos) pode desenvolver-se se os níveis de PTH forem excessivamente suprimidos. Se os níveis de PTH caírem abaixo da normalidade, em pacientes tratados com calcitriol, a dose deste deve ser reduzida pelo médico, ou a terapia descontinuada.
A descontinuação da terapia com calcitriol pode resultar em efeito de rebote, portanto, o ajuste de dose, aos poucos, até uma dose de manutenção, é recomendado. Calcijex deve ser administrado com cautela em pacientes digitalizados (que fazem uso de medicamentos digitálicos, como digoxina e digitoxina), uma vez que a hipercalcemia (alta concentração de cálcio no sangue), em tais pacientes, pode precipitar arritmias cardíacas.
O paciente e seus familiares devem ser informados a respeito da importância do cumprimento às instruções sobre dieta e suplementação de cálcio, bem como evitar o uso de medicamentos sem a devida prescrição médica, incluindo antiácidos contendo magnésio. Os pacientes devem ser também minuciosamente informados sobre os sintomas da hipercalcemia (alta concentração de cálcio no sangue).
Exames laboratoriais
Níveis sanguíneos de cálcio, fósforo, magnésio e fosfatase alcalina, assim como cálcio e fósforo urinários de 24 horas devem ser determinados periodicamente. Durante a fase inicial da medicação, o cálcio e o fósforo sanguíneos devem ser determinados com mais frequência (duas vezes por semana).
Interações medicamentosas
Antiácidos contendo magnésio não devem ser usados em combinação a Calcijex, pois tal uso pode levar ao desenvolvimento de hipermagnesemia (alta concentração de magnésio no sangue).
O tratamento combinado com diuréticos tiazídicos e doses farmacológicas de análogos da vitamina D em pacientes com hipoparatiroidismo (atividade reduzida da glândula paratireoide) pode resultar em hipercalcemia (alta concentração de cálcio no sangue), a qual pode ser transitória e auto-limitada, ou pode requerer a interrupção da administração dos análogos da vitamina D.
O uso combinado de análogos da vitamina D e glicosídeos cardíacos pode resultar em arritmias cardíacas.
Os efeitos da vitamina D podem ser reduzidos em pacientes sob terapia com barbituratos ou anticonvulsivantes.
Corticosteroides antagonizam os efeitos dos análogos da vitamina D.
Informe ao seu médico ou cirurgião dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Reações Adversas do Calcijex
Reações de hipersensibilidade têm sido relatadas em estudos clínicos.
Casos raros de anafilaxia (reação alérgica forte) no uso pós-comercialização têm sido reportados.
Observou-se hiperemia (aumento do volume de sangue em um determinado local do organismo) no local de aplicação e ocasionalmente, dor leve à injeção. As reações adversas de Calcijex são, em geral, similares àquelas encontradas com excessiva ingestão de vitamina D. Os sinais e sintomas precoces e tardios de intoxicação por vitamina D, associados à hipercalcemia (alta concentração de cálcio no sangue) e com frequência desconhecida incluem:
Precoces
Astenia (fraqueza), cefaleia (dor de cabeça), sonolência, náusea, vômito, secura na boca, constipação (prisão de ventre), mialgia (dor muscular), dor óssea, disgeusia (distorção do senso do paladar), anorexia (falta de apetite), dor abdominal e dispepsia (desconforto abdominal). A frequência das reações adversas relatadas para calcitrol durante estudos estão listados abaixo.
Tardias
Poliúria (aumento do volume de urina), polidipsia (sede excessiva), falta de apetite, perda de peso, noctúria (urina noturna), depósitos de cálcio nas conjuntivas, pancreatite (inflamação do pâncreas), fotofobia (sensação de sensibilidade ou aversão a qualquer tipo de luz), rinorreia (corrimento nasal), prurido (coceira), hipertermia (temperatura do corpo elevada), diminuição da libido (diminuição do desejo sexual), elevação da ureia sanguínea, albuminúria (perda de albumina na urina), hipercolesterolemia (nível alto de colesterol no sangue), elevação da aspartato aminotransferase e alanina aminotransferase, calcinose (calcificação de tecidos moles), hipertensão (pressão alta), arritmias cardíacas, fraqueza muscular, parestesia (distúrbios sensoriais), desidratação, apatia (ausência de emoção), infecções do trato urinário e, raramente, psicose manifesta (alteração psiquiátrica, do comportamento).
A frequência das reações adversas relatadas para calcitrol durante estudos estão listados abaixo.
Os seguintes agrupamentos por frequência de reação adversa foram utilizados
- Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Frequência desconhecida (não foi possível estimar através dos dados disponíveis).
Classe de sistema de órgãos | Categoria de frequência | Reações adversas |
Alterações no sistema nervoso | Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento) | Cefaleia (dor de cabeça) |
Alterações gerais e condições do local da administração | Dor | |
Infecções e infestações | Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento) | Infecção no trato urinário |
Alterações no sistema imune | Hipersensibilidade* | |
Alterações no metabolismo e nutrição | Falta de apetite, desidratação | |
Alterações do sistema nervoso | Sonolência, parestesia (distúrbios sensoriais) | |
Alterações vasculares | Hipertensão (pressão alta) | |
Alterações gastrointestinais | Náusea, vômito, secura na boca, constipação (prisão de ventre), dor abdominal, dispepsia (desconforto abdominal) | |
Alterações de pele e tecidos subcutâneos | Prurido (coceira) | |
Alterações musculoesqueléticas e do tecido conectivo | Mialgia (dor muscular) | |
Alterações gerais e condições do local da administração | Dor no local de injeção, astenia (fraqueza) | |
Alterações no sistema nervoso | Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento) | Disgeusia (distorção do senso do paladar) |
Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino | Iinorreia (corrimento nasal) | |
Alterações gastrointestinais | Pancreatite (inflamação do pâncreas) | |
Alterações musculoesqueléticas e do tecido conectivo | Dor óssea, fraqueza muscular | |
Alterações gerais e condições do local da administração | Reação no local de injeção, calcinose (calcificação de tecidos moles) | |
Investigação | Perda de peso, elevação da aspartato aminotransferase | |
Alterações no metabolismo e nutrição | Reação de frequência desconhecida | Polidipsia (sede excessiva), hipercolesterolemia (nível alto de colesterol no sangue) |
Alterações psiquiátricas | Diminuição da libido (diminuição do desejo sexual), apatia (ausência de emoção), psicose (alteração psiquiátrica, do comportamento) | |
Alterações visuais | Depósitos de cálcio nas conjuntivas, fotofobia (sensação de sensibilidade ou aversão a qualquer tipo de luz) | |
Alterações cardíacas | Arritmia cardíaca (alteração da frequência cardíaca) | |
Alterações renais e urinárias | Poliúria (aumento do volume de urina), noctúria (urina noturna), albuminúria (perda de albumina na urina) | |
Alterações gerais e condições do local da administração | Hipertermia (temperatura do corpo elevada). Investigações: elevação da ureia sanguínea, elevação da alanina aminotransferase |
*Reações de anafilaxia não têm sido observadas em estudos clínicos.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Calcijex
Uso na gravidez
Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Calcijex somente deve ser usado durante a gestação se os potenciais benefícios justificarem o risco potencial para o feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso na lactação
Não se sabe se este medicamento é excretado no leite humano. Devido ao fato de que muitos medicamentos são excretados no leite humano e pelo potencial do calcitriol para reações adversas graves em crianças na fase de amamentação, o médico deve tomar uma decisão entre descontinuar a amamentação ou descontinuar Calcijex, levando-se em consideração a importância do medicamento para a mãe.
Uso pediátrico
Os dados do uso de calcitriol em crianças são limitados. A segurança e a eficácia de Calcijex em crianças não foram estabelecidas.
Uso em idosos
Em geral, a determinação da dose para um paciente idoso deve ser cautelosa, geralmente iniciando-se com a menor dose eficaz do medicamento, devido à alta frequência das funções hepática (do fígado), renal (dos rins) ou cardíaca (do coração) diminuídas e de doenças ou outra terapia medicamentosa concomitante.
Composição do Calcijex
Apresentação
Solução injetável de:
1 mcg/ml:
Embalagem com 3 ampolas de 1 ml cada.
Via intravenosa.
Uso adulto.
Composição
Cada mL de solução injetável contém:
Calcitriol 1 mcg.
Excipientes:
polissorbato 20, cloreto de sódio, ascorbato de sódio, fosfato de sódio dibásico, fosfato de sódio monobásico monoidratado, edetato dissódico di-hidratado, água para injetáveis.
Superdosagem do Calcijex
A administração de Calcijex em quantidades excessivas em relação às necessidades do paciente pode produzir hipercalcemia (alta concentração de cálcio no sangue), hipercalciúria (excesso de cálcio na urina) e hiperfosfatemia (nível elevado de fosfato no sangue). A ingestão elevada de cálcio e fosfato, em combinação ao uso de Calcijex, pode ocasionar anormalidades similares.
Tratamento da hipercalcemia (alta concentração de cálcio no sangue) e superdosagem em pacientes sob hemodiálise
O tratamento geral da hipercalcemia (maior que 1 mg/dL acima do limite superior da normalidade) consiste da descontinuação imediata da terapêutica com Calcijex, instituição de uma dieta pobre em cálcio e retirada dos suplementos de cálcio. Os níveis sanguíneos de cálcio devem ser determinados diariamente até que se observe o retorno a normocalcemia.
A hipercalcemia (alta concentração de cálcio no sangue) geralmente regride em dois a sete dias. Quando os níveis sanguíneos de cálcio tiverem retornado aos limites da normalidade, a terapêutica com Calcijex pode ser reinstituída com uma dose 0,5 mcg menor que na terapêutica anterior. Os níveis sanguíneos de cálcio devem ser obtidos pelo menos duas vezes por semana, durante o ajuste da dosagem.
Tratamento da superdosagem acidental de calcitriol injetável
O tratamento da superdosagem acidental aguda de Calcijex deve consistir de medidas gerais de suporte. Determinações seriadas de eletrólitos (especialmente cálcio), taxa de excreção urinária de cálcio e avaliação das anormalidades eletrocardiográficas causadas pela hipercalcemia (alta concentração de cálcio no sangue) devem ser obtidas.
Tal monitoração é crítica em pacientes recebendo digitálicos. Descontinuação de suplementos de cálcio e dieta pobre em cálcio estão também indicadas em superdosagem acidental. Se ocorrerem níveis sanguíneos de cálcio persistentemente acentuados, existe uma variedade de alternativas terapêuticas que podem ser consideradas, dependendo das condições subjacentes dos pacientes.
Medidas de manejo temporário relatadas em literatura incluem
Diurese salina forçada, hemodiálise contra uma solução dialisadora desprovida de cálcio e o uso de medicações como bisfosfonatos, mitramicina, calcitonina, glicocorticóides e nitrato de gálio.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Calcijex
Devem-se observar estritamente as recomendações médicas sobre a dieta, principalmente no que diz respeito à ingestão suplementar de cálcio, e que o paciente se abstenha de ingerir por sua própria conta preparados contendo cálcio.
O tratamento concomitante com um diurético tiazídico aumenta o risco de hipercalcemia.
A dose de Calcitriol (substância ativa) deve ser cuidadosamente determinada em pacientes sob tratamento com digitálicos uma vez que, em tais pacientes, a hipercalcemia pode precipitar arritmias cardíacas.
Existe uma relação de antagonismo funcional entre os análogos da vitamina D, que promovem absorção de cálcio e os corticosteroides, que a inibem.
Os medicamentos que contém magnésio (por exemplo, os antiácidos) não devem ser administrados junto com o Calcitriol (substância ativa) aos pacientes submetidos à diálise crônica, já que poderão causar hipermagnesemia.
Uma vez que Calcitriol (substância ativa) interfere no transporte de fosfatos no intestino, rins e ossos, as doses dos produtos quelantes de fosfatos devem ser ajustadas de acordo com a concentração sérica de fosfatos (níveis normais: 2 – 5 mg/100 mL ou 0,65 – 1,62 mmol/L).
Pacientes com raquitismo resistente à vitamina D (hipofosfatemia familiar) devem continuar sua terapia com fosfato oral. No entanto, , a necessidade de modificação na suplementação de fosfato deve ser considerada devido a um possível estimulo na absorção intestinal de fosfato pelo Calcitriol (substância ativa).
Sequestradores de ácidos biliares, incluindo colestiramina e sevelamer podem reduzir a absorção intestinal das vitaminas lipossolúveis e, portanto, alterar a absorção intestinal de Calcitriol (substância ativa).
Ação da Substância Calcijex
Resultados de Eficácia
O Calcitriol (substância ativa) é um dos principais metabólitos ativos da vitamina D3 1,2,3,10,11,12,13,14. Normalmente é produzido pelos rins a partir de seu precursor, o 25-hidroxicolecalciferol (25-HCC). Sua produção fisiológica diária é, em geral, de 0,5 a 1,0 mcg e durante os períodos de maior atividade osteogênica (por exemplo: crescimento15 ou gravidez16) essa produção aumenta. O Calcitriol (substância ativa) promove a absorção intestinal do cálcio e regula a mineralização óssea17,18. O efeito farmacológico de uma dose única de Calcitriol (substância ativa) dura de três a cinco dias19.
O papel decisivo do Calcitriol (substância ativa) na regulação da homeostasia cálcica20, que inclui efeito estimulante sobre a atividade osteoblástica no esqueleto21,22, propicia uma sólida base farmacológica para seus efeitos terapêuticos na osteoporose3,4.
Nos pacientes que apresentam acentuada insuficiência renal, a síntese endógena do Calcitriol (substância ativa) está diminuída ou até mesmo completamente ausente. Esta deficiência exerce um papel decisivo na gênese da osteodistrofia renal23,24,25.
Nos pacientes com osteodistrofia renal, a administração oral de Calcitriol (substância ativa) normaliza a reduzida absorção intestinal do cálcio5,10,15,26,27,28, a hipocalcemia10,15,26,27,28 e os níveis séricos elevados de fosfatase alcalina e hormônio paratireoideano6,7,10,26. Da mesma forma, promove alívio da dor óssea e muscular29,30,31,32 e corrige as alterações histológicas da osteíte fibrosa e outros distúrbios da mineralização33.
O Calcitriol (substância ativa) reduz a hipocalcemia e seus sintomas clínicos34 nos pacientes com hipoparatireoidismo pós-operatório, idiopático8 ou pseudohipoparatireoidismo9.
Nos pacientes com raquitismo dependente da vitamina D, as concentrações séricas de Calcitriol (substância ativa) são baixas ou nulas.
Devido à insuficiente produção renal de Calcitriol (substância ativa), o tratamento com Calcitriol (substância ativa) tem caráter substitutivo10.
Nos pacientes que sofrem de raquitismo resistente à vitamina D e hipofosfatemia nos quais as concentrações plasmáticas de Calcitriol (substância ativa) estão reduzidas, o tratamento com Calcitriol (substância ativa) reduz a eliminação tubular de fosfatos e, em conjunto com tratamento concomitante com fosfato, normaliza o desenvolvimento ósseo35,36,37.
O tratamento com Calcitriol (substância ativa) tem demonstrado bons resultados nos pacientes com raquitismo de diferentes tipos, por exemplo, associado à hepatite neonatal, atresia biliar, cistinose ou uma carência alimentar de cálcio e vitamina D.
Referências bibliográficas
1 Coburn JW, et al: Metabolism and action of the hormone vitamin D. West J Med 1974;121:22-44.
2 Goodman and Gilman’s: Vitamin D. The Pharmacological Basis of Therapeutics, 8th Ed.,pp. 1510 ff.
3 Calcanis A, Goundis D, John J et al: Summary of Clinical Pharmacology: Rocaltrol in Postmenopausal Osteoporosis. Research Report B-0163904, 28 June 1994.
4 Calcanis A, Goundis D, John J et al: Clinical Expert Report: Rocaltrol in Postmenopausal Osteoporosis. Research Report B-0163909, 28 June 1994.
5 Gallagher JC: Metabolic effects of synthetic Calcitriol (substância ativa) (Rocaltrol®) in the treatment of postmenopausal osteoporosis. Metabolism 1990;39 Suppl 1:27-29.
6 Riggs BL and Nelson KI: Effect of long-term treatment with Calcitriol (substância ativa) on calcium absorption and mineral metabolism in post menopausal osteoporosis. J Clin Endocrinol Metab 1985;61(3):457-461.
7 Baker LRI, Abrams SML, Roe CJ, et al: 1,25(OH)2D3 administration in moderate renal failure: a prospective, double-blind trial. Kidney Int 1989;35:661-669.
8 Rosen JF, Fleischman AR, Finberg L, et al: 1,25-Dihydroxycholecalciferol: Its use in the long-term management of idiopathic hypoparathyroidism in children. J Clin Endocrinol Metab 1977;45:457-468.
9 Bell NH and Stern PH: Hypercalcemia and increases in serum hormone value during prolonged administration of 1?, 25-dihydroxyvitamin D. N Engl J Med 1978;298:1241-1243.
10 DeLuca HF: Osteoporosis and metabolites of vitamin D Metabolism 1990;4(39):3-9.
11 Marx SJ, Bikle DD, Spiegel AM: Diseases of bone and bone mineral metabolism (part XVII) in: Cecil Textbook of Medicine, Wyngaarden JB, Smith LH jr., Bennett JC, ed., 19th Ed. (1992), Vol. 2, pp. 1398 ff.
12 Fraser D, et al: Calcium and phosphate metabolism Textbook of Clinical Chemistry, Tietz NW (Ed.), W. B. Saunders Company, Philadelphia 1986, chapter 12, pp. 1317-1372.
13 Mallon JP, Hamilton JG, Nauss-Karol C, et al: An improved competitive protein binding assay for 1,25- dihydroxyvitamin D. Arch Biochem Biophys 1980;201(1):277-285.
14 Gray TK, McAdoo T, Pool D, et al: A modified radioimmunoassay for 1,25-dihydroxycholecalciferol. Clin Chem 1981;27(3):458-463.
15 Chesney RW, Rosen JF, Hamstra AJ, et al: Serum 1,25-dihydroxyvitamin D levels in normal children and in vitamin D disorders. Am J Dis Child 1980;134:135-139.
16 Kumar R, Cohen WR, Silva P, et al: Elevated 1,25-dihydroxyvitamin D plasma levels in normal human pregnancy and lactation. J Clin Invest 1979;63:342-344.
17 Favus MJ: Factors that influence absorption and secretion of calcium in the small intestine and colon. Am J Physiol 1985;248(2)(Part 1):G147-G157.
18 Grinstead WC, Pak CYC, Krejs GJ: Effect of 1,25-dihydroxyvitamin D3 on calcium absorption in the colon of healthy humans. Am J Physiol 1984;247(2) Part 1):G189-G192.
19 O’Loughlin PD, Morris HA, Need AG, et al: Duration of action of Calcitriol on calcium absorption. In: 8th Workshop on Vitamin D, July 5-10, 1991, Paris, France, p. 31, poster No. 46.
20 DeLuca HF: Some new concepts emanating from a study of the metabolism and function of vitamin D. Nutr Rev 1980;38(5):169-182.
21 Bryce GF, Shapiro SS: Summary of the Preclinical Pharmacology of Rocaltrol as it Relates to the Effects on Bone and Cell Differentiation. Research Report N-0124075, November 10, 1986.
22 Cohen M: Expert Report Update on the Pharmaco-Toxicological Documentation for Rocaltrol; manuscript for submission to Regulatory Authorities.Manuscript N-0135085, January 3, 1994.
23 Haussler MR, Baylink DJ, Hughes MR, et al: The assay of 1?, 25-dihydroxyvitamin D3: physiologic and pathologic modulation of circulating hormone levels. Clin Endocrinol 1976;5(Suppl):151s-165s.
24 Clemens TL, Hendy GN, Papapoulos SE, et al: Measurement of 1,25-dihydroxycholecalciferol in man by radioimmunoassay. Clin endocrinol 1979;11:225-234.
25 Gray RW, Adams ND, Caldas AE, et al: The effects of dihydrotachysterol therapy on the measurement of plasma 1,25-(OH)2-vitamin D in humans. J Lab Clin Med 1979;93:1031-1034.
26 Gallagher JC, Riggs BL, Eisman J, et al: Intestinal calcium absorption and serum vitamin D metabolites in normal subjects and osteoporotic patients. J Clin Invest 1979:64:729-736.
27 Gallagher JC, Jerpbak CM, Jee WSS, et al: 1,25-dihydrocyvitamin D3: short- and long-term effects on bone and calcium metabolism in patients with post-menopausal osteoporosis. Proc Natl Acad Sci 1982;79:3325-3329.
28 Brown DJ, Spanos E, MacIntyre I: Hormonal control of plasma 1,25-dihydroxyvitamin D3 in man. J Endocrinol 1979;83:54P.
29 Goldstein DA, Malluche HH, Massry SG: Long term effects of 1,25(OH)2D3 on clinical and biochemical derangements of divalent ions in dialysis patients. Contrib Nephrol 1980;18:42.
30 Brickman AS, Sherrard DJ, Jowsey J, et al: 1,25-dihydroxycholecalciferol: Effect on skeletal lesions and plasma parathyroid hormone levels in uremic osteodystrophy. Arch Intern Med 1974;134:883.
31 Henderson RG, Russell RGG, Ledingham JGG, et al: Effects of 1,25-dihydroxycholecalciferol on calcium absorption, muscle weakness and bone disease in chronic renal failure. Lancet 1974;1:379.
32 Massry SG, Goldstein DA, Malluche HH: Current status of the use of 1,25(OH)2D3 in the management of renal osteodystrophy. Kidney Int 1980;18:409.
33 Sherrard DJ, Coburn JW, Brickman AS, et al: Skeletal response to treatment with 1,25-dihydroxy vitamin D in renal failure. Contr Nephrol 1980;18:92.
34 Kooh SW, Fraser D, Toon R, et al: Response of protracted neonatal hypocalcemia to 1?, 25-dihydroxyvitamin D3. Lancet 1976;2:1105-1107.
35 Bettinelli A, et al: Acute effects of Calcitriol and phosphate salts on mineral metabolism in children with hypophosphatemic rickets. J Pediatr 1991;118(3):372-376.
36 Chan JCM, Young RB, Mamunes P: Calcium and phosphorus metabolism in children with idiopathic hypoparathyroidism or pseudohypoparathyroidism: Effects of 1,25 dihydroxyvitamin-D3. Eur J Pediatr 1983;140(2):182(A 242).
37 Chan JCM, et al: Hypercalcemia in children with disorders of calcium and phosphate metabolism during long-term treatment with 1,25-dihydroxyvitamin-D3. Pediatrics 1983;72:225-233.
Características Farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
Mecanismo de ação
Calcitriol (substância ativa) é a mais ativa forma conhecida da vitamina D3 em estimular o transporte de cálcio no intestino. Os efeitos biológicos de Calcitriol (substância ativa) são mediados pelo receptor de vitamina D, um receptor hormonal nuclear expresso na maioria dos tipos de células e que funciona como um fator de transcrição ativado por ligante que se fixa em locais específicos do DNA modificando a expressão de genes alvos. Os dois locais de ação conhecidos de Calcitriol (substância ativa) são intestino e ossos.
Um receptor-proteico ligante de Calcitriol (substância ativa) parece existir na mucosa do intestino humano. Evidências adicionais sugerem que Calcitriol (substância ativa) também aja nos rins e nas glândulas paratireóides. Em ratos urêmicos agudos foi demonstrado que Calcitriol (substância ativa) estimula a absorção de cálcio no intestino. Os rins de pacientes urêmicos não sintetizam adequadamente Calcitriol (substância ativa), o hormônio ativo formado a partir do seu precursor de vitamina D.
Hipocalcemia resultante e hiperparatireoidismo secundário são as maiores causas da doença metabólica óssea associada à insuficiência renal. No entanto, outras substâncias tóxicas ósseas que se acumulam na
uremia (por exemplo, o alumínio) podem também contribuir. O efeito benéfico de Calcitriol (substância ativa) na osteodistrofia renal parece ser resultado da correção da hipocalcemia e do hiperparatireoidismo secundário. É incerto que Calcitriol (substância ativa) produza outros efeitos benéficos independentes.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após administração de uma dose oral única de 0,25 a 1,0 mcg, concentrações plasmáticas máximas são alcançadas dentro de duas a seis horas.
Distribuição
Durante a passagem pela corrente sanguínea, o Calcitriol (substância ativa) e outros metabólitos da vitamina D ligam-se a proteínas plasmáticas específicas.
Metabolismo
Calcitriol (substância ativa) é hidroxilado e oxidado nos rins e no fígado por uma isoenzima específica citocromo P450:CYP24A1. Diversos metabólitos com diferentes graus de atividade da vitamina D foram identificados.
Eliminação
A meia-vida de eliminação de Calcitriol (substância ativa) no plasma varia entre cinco a oito horas. A cinética de eliminação do Calcitriol (substância ativa) permanece linear até a dose de 96 mcg em um intervalo de dose amplo. O efeito farmacológico de uma dose única de Calcitriol (substância ativa) dura pelo menos quatro dias. O Calcitriol (substância ativa) é excretado pela bile e pode ser submetido à circulação enterohepática.
Farmacocinética em situações clínicas especiais
Em pacientes com síndrome nefrótica ou que fazem hemodiálise, as concentrações séricas de Calcitriol (substância ativa) estavam reduzidas e o tempo para o aparecimento de picos de concentração prolongados.
Cuidados de Armazenamento do Calcijex
Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30°C). Proteger da luz.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamentos com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas
Calcijex apresenta-se como uma solução límpida, incolor a amarela, livre de partículas que sejam visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Calcijex
MS: 1.0553.0116.
Farm. Resp.:
Ana Paula Antunes Azevedo.
CRF-RJ nº 6572.
Fabricado por:
Hospira SpA.
Liscate – Itália.
Importado por:
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda.
Rio de Janeiro – RJ.
Indústria brasileira.
Registrado por:
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda.
Rua Michigan, 735.
São Paulo – SP.
CNPJ 56.998.701/0001-16.
Venda sob prescrição médica.