Contraindicação do Carbital Comprimidos
– É contra indicado em pacientes com Porfiria.(Doença Hematológica).
– Durante gravidez e amamentação.
Como usar o Carbital Comprimidos
Uso Oral
Adultos: 100 a 200 mg por dia, em dose única ou de 8/8 hs.
Crianças: 4 a 6 mg por Kg de peso corporal por dia ou de 12/12 hs.
Precauções do Carbital Comprimidos
- O tratamento com Fenobarbital (substância ativa) deve ser interrompido se forem observados sinais de hipersensibilidade, reações cutâneas ou disfunção hepática.
- Deve-se reduzir a dosagem em pacientes com insuficiência renal, insuficiência hepática (é necessário o monitoramento dos parâmetros laboratoriais, uma vez que existe o risco de encefalopatia hepática), em pacientes idosos e em alcoólatras.
- O consumo de bebidas alcoólicas é fortemente desaconselhado durante o tratamento com Fenobarbital (substância ativa) (devido à potencialização recíproca dos efeitos de ambos sobre o SNC). Deve-se evitar a ingestão de qualquer quantidade de álcool. Os pacientes devem consultar o médico quanto à utilização de medicamentos que contenham álcool como excipiente.
Gravidez e lactação
As gestantes epilépticas devem procurar um médico especialista assim que houver a suspeita da gravidez, para a devida adequação do tratamento.
Risco associado com convulsões
A interrupção abrupta do tratamento anticonvulsivante em mulheres grávidas pode causar agravamento da doença com consequências nocivas ao feto.
Riscos associados ao Fenobarbital (substância ativa)
O Fenobarbital (substância ativa) atravessa a placenta. As concentrações materna e neonatal são semelhantes.
Em animais
Os estudos em animais de uma espécie única (ratos) demonstraram efeito teratogênico (fenda palatina).
Malformações congênitas
Em humanos: dados disponíveis sugerem que a monoterapia e politerapia com Fenobarbital (substância ativa) estão associadas a um aumento da incidência de malformações congênitas, principalmente lábio leporino e fenda palatina e anomalias cardiovasculares. Também foram relatados casos de hipospadias, características dismórficas faciais, microcefalia e unhas e dedos hipoplásicos, contudo não foi estabelecida uma relação causal. Os dados de uma meta-análise (incluindo registros e estudos de coorte) mostraram uma incidência de malformações congênitas em crianças nascidas de mulheres epilépticas expostas a monoterapia com Fenobarbital (substância ativa) durante a gravidez em 4,91% [95% IC 3,22; 6,59]. Este é um risco maior de malformações maiores do que para o geral da população, para a qual o risco é de cerca de 2-3%. Os dados disponíveis indicam dose-dependência deste efeito.
Distúrbios do desenvolvimento
Estudos relacionados a distúrbios do desenvolvimento neurológico em crianças expostas ao Fenobarbital (substância ativa) no útero são contraditórios e não são suficientes para estabelecer uma relação causal entre o uso de Fenobarbital (substância ativa) em gestantes e distúrbios do desenvolvimento neurológico.
Ambas, monoterapia e politerapia com Fenobarbital (substância ativa), estão associadas a efeitos incomuns na gravidez. Dados disponíveis sugerem que a politerapia antiepiléptica, incluindo valproato, está associada com um maior risco de efeitos incomuns na gravidez do que a monoterapia com Fenobarbital (substância ativa).
Considerando os dados acima
Mulheres com potencial para engravidar devem ser informadas sobre os riscos e benefícios do uso de Fenobarbital (substância ativa) durante a gravidez. As mulheres em idade fértil devem utilizar um método de contracepção eficaz e ininterrupto durante todo o tratamento com GADERNAL e durante dois meses após o término do tratamento com Fenobarbital (substância ativa).
Se uma mulher planeja uma gravidez,, deve-se levar em consideração mudar para um tratamento alternativo adequado antes da concepção. Se uma mulher engravidar, avaliar cuidadosamente os riscos e benefícios do tratamento com Fenobarbital (substância ativa) para a mulher e para o feto, e se o tratamento com Fenobarbital (substância ativa) pode ser continuado ou precisa ser trocado para um tratamento alternativo apropriado. Se o tratamento com Fenobarbital (substância ativa) deve ser continuado, usar Fenobarbital (substância ativa) na menor dose eficaz.
Como Fenobarbital (substância ativa) diminui os níveis de folato, a suplementação de folato é recomendada antes e durante a gravidez.
Acompanhamento pré-natal especializado deve ser instituído a fim de detectar a possível ocorrência de malformações.
Conforme a gestação progride, podem ser necessários ajustes posológicos do Fenobarbital (substância ativa), devido às alterações das concentrações plasmáticas determinadas pelos fenômenos gravídicos.
Recomenda-se, ainda, suplementação adequada de ácido fólico, cálcio e vitamina K à gestante que faz uso crônico de Fenobarbital (substância ativa), devido às interferências deste com o metabolismo dessas substâncias. Em caso de suplementação de ácido fólico veja ainda o item Interações Medicamentosas.
Categoria de risco na Gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Recém-Nascidos
Os fármacos antiepilépticos, principalmente o Fenobarbital (substância ativa), podem causar:
- Em alguns casos, síndrome hemorrágica nas primeiras 24 horas de vida das crianças recém-nascidas de mães tratadas com Fenobarbital (substância ativa). A administração oral de 10 a 20 mg/dia de vitamina K1 na mãe, no mês anterior ao parto, e a prescrição de suplementos apropriados de 1 a 10 mg de vitamina K1 por via IV ao neonato logo após o nascimento, parecem ser medidas efetivas nesta condição.
- Raramente, síndrome de abstinência moderada (movimentos anormais, sucção ineficiente); distúrbios do metabolismo do fósforo e do cálcio e da mineralização óssea.
Lactação
A lactação não é aconselhável, uma vez que a sedação potencial pode levar a defeitos de sucção que, por sua vez, podem causar um fraco ganho de peso no período imediatamente após o nascimento.
Populações especiais
Os pacientes idosos, pela função hepática e renal reduzida, podem se mostrar mais suscetíveis a apresentar reações adversas, particularmente alterações da coordenação e do equilíbrio. Por isso, recomenda-se cautela e redução das doses de Fenobarbital (substância ativa) em idosos.
Alterações na capacidade de dirigir e operar máquinas
Os pacientes, particularmente os motoristas e as pessoas que operam máquinas, devem estar atentos aos riscos de sonolência e tontura associados com esta medicação.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem ser prejudicadas.
Atenção diabéticos: Fenobarbital (substância ativa) 100 mg contém açúcar (6,7 mg de dextrina).
Advertências do Fenobarbital
Fenobarbital (substância ativa) não é indicado para o tratamento de convulsões de ausência ou convulsões mioclônicas, as quais, algumas vezes, podem ser exacerbadas.
Embora rara, a introdução de um tratamento anticonvulsivante pode ser seguida de um aumento na incidência de convulsões, ou pelo início de um novo tipo de convulsão em alguns pacientes. Este aumento não está relacionado às flutuações observadas em algumas formas de epilepsia.
No caso do Fenobarbital (substância ativa), as causas para isto podem ser:
Escolha inapropriada da medicação para o tipo de convulsão/epilepsia a ser tratada, alteração na medicação anticonvulsivante concomitante ou uma interação farmacocinética com esta medicação concomitante, toxicidade ou superdose. Não existe nenhuma outra explicação para isto além da reação paradoxal.
O tratamento prolongado com Fenobarbital (substância ativa) (100 mg por dia por 3 meses) pode levar à dependência. No caso de interrupção do tratamento, a dose deve ser reduzida gradualmente, sob orientação médica. Como com outros fármacos anticonvulsivantes, a interrupção abrupta do tratamento pode levar a crises convulsivas e estado epiléptico, particularmente em pacientes alcoólatras.
Foram relatados comportamentos e intenções suicidas em pacientes tratados com agentes antiepilépticos em várias indicações. Uma meta-análise dos estudos randomizados, placebo-controlados de medicamentos antiepilépticos também demonstrou um pequeno aumento no risco de pensamento e comportamento suicida. O mecanismo deste efeito não é conhecido. Portanto, os pacientes devem ser monitorados quanto aos sinais de comportamentos ou intenções suicidas e um tratamento adequado deve ser considerado. Os pacientes (e seus responsáveis) devem ser advertidos a procurar orientação médica imediatamente caso surjam sinais de comportamentos ou intenções suicidas.
Reações adversas cutâneas severas: foram reportadas reações cutâneas que implicam em risco de vida (Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica) com o uso de Fenobarbital (substância ativa). Os pacientes devem ser informados sobre os sinais e sintomas e monitorados de perto quanto às reações cutâneas. O tratamento com Fenobarbital (substância ativa) deve ser descontinuado caso sintomas e sinais de Síndrome de Stevens-Johnson ou necrólise epidérmica tóxica (por exemplo: rash cutâneo progressivo muitas vezes com bolhas ou lesões na mucosa) estiverem presentes.
Exclusivo Fenobarbital (substância ativa) Solução Oral 40 mg/mL
Em crianças recebendo tratamento com Fenobarbital (substância ativa) a longo prazo, é necessária a associação de tratamento profilático para raquitismo: vitamina D2 (1.200 a 2.000 UI/dia) ou 25 OH-vitamina D3.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Gardenal®.
Reações Adversas do Carbital Comprimidos
- Reação muito comum (gt; 1/10).
- Reação comum (gt; 1/100 e ? 1/10).
- Reação incomum (gt; 1/1.000 e ? 1/100).
- Reação rara (gt; 1/10.000 e ? 1/1.000).
- Reação muito rara (? 1/10.000).
- Reação desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Distúrbios do Sangue e Sistema Linfático
Desconhecida
Pancitopenia, anemia aplástica, agranulocitosea deficiência de ácido fóliconeutropenia, leucopenia, trombocitopenia.
Distúrbios Psiquiátricos
Comum
Comportamento anormal, como agitação e agressividade.
Incomum
Distúrbios do humor, distúrbios do sono/insônia.
Desconhecida
Dependência.
Distúrbios no Sistema Nervoso
Comum
Sonolência no início do dia (dificuldade em acordar e, às vezes, dificuldade para falar); distúrbios cognitivos, comprometimento da memória.
Incomum
Coordenação anormal e distúrbio do equilíbrio.
Rara
Distúrbio de atenção.
Desconhecida
Amnésia, discinesia.
Distúrbios Gastrintestinais
Comum
Náusea, vômito.
Distúrbios Hepatobiliares
Comum
Aumento da gama-glutamiltransferase, aumento das transaminases e aumento da fosfatase alcalina no sangue.
Desconhecida
Hepatite.
Distúrbios na Pele e Tecido Subcutâneo
Comum
Dermatite alérgica (particularmente rash máculo-papulares escarlatiniformes ou morbiliformes).
Desconhecida
Erupção fixa possíveis reações cutâneas graves incluindo casos extremamente raros necrólise epidérmica tóxica e síndrome de Stevens-Johnson; e dermatite esfoliativa; reação alérgica como eosinofilia e sintomas sistêmicos. Devido a casos extremamente raros de reação cruzada entre o Fenobarbital (substância ativa), a fenitoína e a carbamazepina, recomenda-se cautela quando o Fenobarbital (substância ativa) for substituído por um destes dois medicamentos.
Distúrbios do Sistema Músculoesquelético e Conjuntivo
Comum
Contratura de Dupuytren
Incomum
Artralgia (síndrome mão-ombro ou reumatismo induzido por Fenobarbital (substância ativa).
Desconhecida
Densidade mineral óssea reduzida, osteopenia, osteoporose e fraturas em pacientes em tratamento a longo prazo com Fenobarbital (substância ativa).
Se forem observadas reações adversas graves afetando a função hepática e/ou reações de hipersensibilidade ou cutâneas, o tratamento com Fenobarbital (substância ativa) deve ser interrompido.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/notivisa, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Gardenal®.
Interação Medicamentosa do Carbital Comprimidos
Interações farmacodinâmicas
Álcool
O efeito sedativo do Fenobarbital (substância ativa) é potencializado pelo álcool. Dirigir ou operar máquinas pode ser perigoso considerando-se as alterações no estado de alerta. A ingestão de bebida alcoólica e medicamentos que contenham álcool como excipiente deve ser evitada.
Antidepressivo imipramina
O antidepressivo imipramina pode promover crises convulsivas generalizadas. O monitoramento clínico deve ser realizado e, se necessário, a dose do anticonvulsivante deve ser aumentada.
Metadona
Aumento do risco de depressão respiratória que pode ser fatal em caso de superdose. Além disso, ocorre redução das concentrações plasmáticas de metadona com possível início de síndrome de abstinência devido ao aumento do metabolismo hepático. Deve ser realizado um monitoramento clínico regular e a dose de metadona deve ser ajustada.
Outros depressores do sistema nervoso central
Derivados da morfina (analgésicos, antitussígenos e terapias de reposição), benzodiazepínicos, outros ansiolíticos não benzodiazepínicos (carbamatos, captodiama, etifoxina), hipnóticos, antidepressores sedativos, neurolépticos, antagonistas do receptor histamínico H1 sedativos, anti-hipertensivos centrais, baclofeno, talomida: pode ocorrer exacerbação dos efeitos depressores do SNC, com sérias consequências, especialmente sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas.
Metotrexato
Pode ocorrer aumento da toxicidade hematológica devido à inibição cumulativa da di-hidrofolato redutase.
Derivados da morfina (analgésicos, antitussígenos e terapias de reposição), benzodiazepínicos
Aumento do risco de depressão respiratória, o que é potencialmente fatal no caso de superdose.
Efeito do Fenobarbital (substância ativa) com outros medicamentos
O Fenobarbital (substância ativa) é um indutor bem caracterizado de enzimas metabolizadoras de fármacos (Citocromo P-450 e UDP glicosiltransferase) e transportadores (P-gp). Portanto, o Fenobarbital (substância ativa) pode acelerar o metabolismo e/ou a eliminação de muitas classes de medicamentos, diminuindo assim a exposição sistêmica, o que pode levar à diminuição da eficácia do medicamento concomitante.
Associações contraindicadas
Saquinavir, daclatasvir, dasabuvir, paritaprevir, ombitasvir, ledipasvir sofosbuvir: possível redução na eficácia.
Associações que requerem precauções, acompanhamento clínico e/ou ajuste do fármaco durante e após a descontinuação do Fenobarbital (substância ativa)
Ifosfamida
Possível agravamento da neurotoxicidade.
Anticoagulantes orais
Eficácia reduzida. O tempo de protrombina deve ser verificado com mais frequência e o RNI deve ser monitorado. A dose do anticoagulante oral deve ser ajustada durante o tratamento com Fenobarbital (substância ativa) e por 8 dias após a interrupção do tratamento.
Inibidor de protease
A coadministração com amprenavir, indinavir, nelfinavir pode reduzir a eficácia antiprotease.
Ciclosporina, tacrolimus
Por extrapolação da interação com a rifampicina, redução da eficácia durante o tratamento. As concentrações plasmáticas devem ser monitoradas.
Corticosteróides (glicocorticoides e mineralocorticoides sistêmicos)
Redução da eficácia. A consequência disso é particularmente importante em pacientes com doença de Addison tratados com hidrocortisona e em pacientes transplantados. O monitoramento clínico e testes laboratoriais são necessários: ajustar a dosagem do corticosteroide durante o tratamento com o Fenobarbital (substância ativa) e após sua interrupção do tratamento.
Digitoxina
Redução da eficácia da digitoxina. Devem ser realizados monitoramento clínico e eletrocardiograma e, se apropriado, a concentração plasmática da digitoxina deve ser analisada. Se necessário, a dose de digitoxina deve ser ajustada durante a coadministração e após a interrupção do tratamento com Fenobarbital (substância ativa) ou deve-se optar pela prescrição da digoxina, uma vez que a extensão do metabolismo hepático deste composto é menor.
Diidropiridina
Disopiramida
Devem ser realizados monitoramento clínico e eletrocardiograma e, se apropriado, a concentração plasmática da disopiramida deve ser analisada. Se necessário, a dose de disopiramida deve ser ajustada durante a coadministração e após a interrupção do tratamento com Fenobarbital (substância ativa).
Doxiciclina
Hormônios tireoidianos (por extrapolação de indutores bem caracterizados)
Risco de hipotiroidismo clínico em pacientes com hipotiroidismo devido ao aumento do catabolismo do T3 e do T4. As concentrações plasmáticas de T3 e T4 devem ser monitoradas e, se necessário, a dosagem de hormônio tireoidiano deve ser ajustada durante a coadministração e após a interrupção do tratamento com Fenobarbital (substância ativa).
Hidroquinidina, quinidina
Redução da eficácia antiarrítmica. Devem ser realizados monitoramento clínico e eletrocardiograma e, a concentração plasmática da quinidina deve ser analisada. Se necessário, a dose de quinidina deve ser ajustada durante a coadministração e após a interrupção do tratamento com Fenobarbital (substância ativa).
Itraconazol
Redução da eficácia do itraconazol.
Montelucaste
Possível redução da eficácia de montelucaste
Teofilina (base e sais) e aminofilina
Redução da atividade da teofilina
Zidovudina (por extrapolação da interação com a rifampicina)
Possível redução da eficácia da zidovudina
Estrógenos e progestágenos (não como contraceptivos hormonais)
Redução da eficácia dos estrógenos/progestágenos
Outras associações que devem ser levadas em consideração
Estrógenos e progestágenos (utilizados como contraceptivos hormonais)
Ocorre redução do efeito contraceptivo esperado. Deve-se considerar métodos contraceptivos alternativos.
Ritonavir, simeprevir, dolutegravir
Possível redução da eficácia antiprotease.
Medicamentos anticancerígenos
O uso concomitante de Fenobarbital (substância ativa) e medicamentos anticancerígenos metabolizados através das enzimas (Citocromo P-450 e UDP glicosiltransferases), pode levar a um risco de menor exposição dos medicamentos anticancerígenos.
Anti-epilépticos
Lamotrigina. O uso concomitante de Fenobarbital (substância ativa) e lamotrigina podem levar à diminuição da eficácia e à toxicidade do sangue, como leucopenia e trombocitopenia.
Alprenolol, metoprolol e propranolol (beta-bloqueadores)
Redução das concentrações plasmáticas destes beta-bloqueadores, acompanhado pela diminuição da eficácia clínica (devido ao aumento do metabolismo hepático). Isto deve ser levado em consideração no caso da administração destes beta-bloqueadores, uma vez que eles são principalmente eliminados através da biotransformação hepática.
Carbamazepina
Redução gradual da concentração plasmática da carbamazepina e de seus metabólitos ativos, sem alteração aparente em sua eficácia anticonvulsivante. Isto deve ser levado em consideração principalmente quando houver a interpretação das concentrações plasmáticas.
Procarbazina
Aumento da incidência de reações de hipersensibilidade (hipereosinofilia, rash) causado pelo aumento do metabolismo da procarbazina.
Amitriptilina/amitriptilinóxido
Possível redução dos níveis plasmáticos de amitriptilina/amitriptilinóxido.
Antitrombóticos, como apixabana, ticagrelor
Possível diminuição da eficácia.
Efeito de outros medicamentos sobre Fenobarbital (substância ativa)
Folatos
Redução das concentrações plasmáticas do Fenobarbital (substância ativa) devido ao aumento do metabolismo do Fenobarbital (substância ativa) no qual os folatos são um dos cofatores. Deve ser realizado um monitoramento clínico e, quando apropriado, as concentrações plasmáticas devem ser analisadas. Se necessário, a dose de Fenobarbital (substância ativa) deve ser ajustada durante e após a suplementação com ácido fólico.
Outras interações com Fenobarbital (substância ativa)
Ácido valproico
Aumenta as concentrações plasmáticas de Fenobarbital (substância ativa) com sinais de superdose como resultado da inibição do metabolismo hepático, especialmente em crianças. Além disso, o Fenobarbital (substância ativa) reduz as concentrações plasmáticas de ácido valproico e aumenta os metabólitos do ácido valproico e os níveis de amônio devido a uma estimulação do metabolismo hepático pelo Fenobarbital (substância ativa). Recomenda-se o monitoramento clínico e, assim que os sinais de sedação aparecerem, a dose de Fenobarbital (substância ativa) deve ser reduzida. As concentrações plasmáticas dos dois agentes anticonvulsivantes devem ser monitoradas. Portanto, os pacientes tratados com estes dois medicamentos devem ser cuidadosamente monitorados para sinais de hiperamonemia.
Felbamato
Redução das concentrações plasmáticas e da eficácia do felbamato e aumento das concentrações plasmáticas do Fenobarbital (substância ativa) com risco de superdose. Os parâmetros clínicos e as concentrações plasmáticas do Fenobarbital (substância ativa) devem ser monitorados. Quando necessário, a dose deve ser ajustada.
Progabida
Possível aumento da concentração plasmática de Fenobarbital (substância ativa). Provável redução da concentração plasmática da progabida (não documentado). Neste caso recomenda-se monitoramento clínico e a concentração plasmática do Fenobarbital (substância ativa) deve ser analisada. Se necessário, a dose deve ser ajustada.
Fenitoína
Em pacientes já tratados com Fenobarbital (substância ativa), a associação com a fenitoína aumenta a concentração plasmática do Fenobarbital (substância ativa) e pode levar a sintomas de toxicidade (inibição competitiva do metabolismo).
Podem ocorrer alterações imprevisíveis em pacientes já tratados com Fenobarbital (substância ativa) quando combinado com a fenitoína:
- Os níveis plasmáticos da fenitoína são frequentemente reduzidos (aumento do metabolismo) sem que esta redução afete adversamente a atividade anticonvulsivante. Após interrupção do tratamento com Fenobarbital (substância ativa), podem aparecer efeitos tóxicos da fenitoína.
- Em alguns casos, a concentração plasmática da fenitoína pode aumentar (inibição competitiva no metabolismo).
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Gardenal®.
Ação da Substância Carbital Comprimidos
Resultados de Eficácia
Fenobarbital (substância ativa) Comprimido 50 mg e 100 mg
A eficácia de Fenobarbital (substância ativa) no controle da epilepsia foi confirmada no estudo de Ismael S. envolvendo 117 pacientes com história de epilepsia que foram tratados com Fenobarbital (substância ativa) como a droga de primeira escolha. Esses pacientes foram acompanhados por um período de 6 meses até 10 anos. A conclusão foi de que o Fenobarbital (substância ativa) é um fármaco bom para ser usado como primeira linha no tratamento da epilepsia, especialmente em países em desenvolvimento.
K. Nimaga publicou também um estudo com baixas doses de Fenobarbital (substância ativa) para comprovar sua eficácia no tratamento da epilepsia. O tempo de observação variou de 5 a 13 meses, com média de idade entre homens e mulheres, de 27 a 28 anos. O resultado apresentado se resume em baixas doses de Fenobarbital (substância ativa) para crianças e adultos como sendo eficazes na prevenção da epilepsia.
Wang W. Z. et al. publicaram estudo comprovando a eficácia de Fenobarbital (substância ativa) envolvendo 2455 pacientes com epilepsia prévia diagnosticados. Os pacientes, 68%, começaram a receber Fenobarbital (substância ativa) como monoterapia por 12 meses. A medicação foi bem tolerada com baixos efeitos colaterais, onde somente 1% dos pacientes descontinuou a medicação.
Referências Bibliográficas
Ismael S., Paediatrica Indonesiana 30: 97- 110. 1990
K. Nimaga et al. Bulletin of the World Health Organization 2002, 80 (7)
Wang W. Z. et al. Neurology. The lancet Vol 5 January 2006.
Fenobarbital (substância ativa) Solução Oral 40 mg/mL
A eficácia de Fenobarbital (substância ativa) pediátrico pode ser comprovada no estudo de Cavallazzi realizado com 78 pacientes epiléticos, com faixa etária de 02 a 82 anos. Foram separados 49 pacientes que usaram somente Fenobarbital (substância ativa) e foram acompanhados por 3 anos, apenas sendo realizados ajustes de doses. O autor concluiu que as epilepsias do tipo parcial, hípnicas, generalizadas primárias ou secundárias deveriam sempre ser iniciadas com o Fenobarbital (substância ativa), devido a sua boa eficácia terapêutica, seu baixo custo, facilidade posológica e pouca flutuação dos níveis sanguíneos aliado aos pouquíssimos efeitos colaterais.
Referências Bibliográficas
Cavallazzi L.O. Arq. Cat. Med. : Vol. 14 Nº 4 – Dezembro 1985
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Gardenal®.
Características Farmacológicas
O princípio ativo do Fenobarbital (substância ativa) é o Fenobarbital (substância ativa), um barbitúrico utilizado como medicamento anticonvulsivante e sedativo.
Características Farmacocinéticas
Absorção
Aproximadamente 80% da dose de Fenobarbital (substância ativa) administrada é absorvida pelo trato gastrintestinal. A concentração plasmática máxima ocorre dentro de aproximadamente 8 horas em adultos e 4 horas em crianças.
Distribuição
Em crianças, a ligação do Fenobarbital (substância ativa) às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 60%, enquanto em adultos, a ligação do Fenobarbital (substância ativa) às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 50%.
Metabolismo
É metabolizado no fígado a um derivado hidroxilado inativo, que é em seguida glicuroconjugado ou sulfoconjugado.
Eliminação
É excretado pelos rins na forma inalterada (principalmente se a urina é alcalina).
Em crianças, a meia-vida plasmática é de 40 a 70 horas, enquanto que em adultos é de 50 a 140 horas, sendo ligeiramente maior em pacientes idosos e em pacientes com insuficiência renal ou hepática.
O Fenobarbital (substância ativa) é distribuído através de todo o organismo, particularmente no cérebro devido à sua lipossolubilidade. Atravessa a barreira placentária e é excretado no leite materno.
População especial
Idosos
A meia-vida plasmática é aumentada em indivíduos idosos.
Deficiência hepática
A meia-vida plasmática aumenta com insuficiência hepática.
Deficiência renal
A meia-vida plasmática é aumentada em pacientes com insuficiência hepática ou renal.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Gardenal®.