Bula do Cardomarin Suspensão
Como o Cardomarin Suspensão funciona?
Cardomarin é composto pelo extrato seco de Silybum marianum (Cardo Mariano), o qual é padronizado em silimarina expressa em silibinina.
A ação terapêutica da silimarina ou de seus principais isômeros advém principalmente de três mecanismos de ação:
- Alterações estruturais da membrana celular externa dos hepatócitos,
- Propriedades antioxidantes e eliminadoras de radicais livres;
- Estímulo da regeneração de hepatócitos.
Os princípios ativos bloqueiam os sítios de ligação das toxinas ou os sistemas de transportes da membrana celular do fígado, de modo que a captação de toxinas é reduzida ou inibida.
Contraindicação do Cardomarin Suspensão
Cardomarin é contraindicado para pacientes com hipertensão arterial sistêmica, além de pacientes com conhecida hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula e a outras plantas da família Asteraceae, da qual o Silybum marianum é pertencente.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
De acordo com a categoria de risco de fármacos destinados às mulheres grávidas, este fitoterápico apresenta categoria de risco C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou de cirurgião-dentista.
Atenção diabéticos: contém açúcar.
Como usar o Cardomarin Suspensão
Uso oral.
Agite antes de usar.
Administrar um copo medida (10 mL) 3 vezes ao dia.
Utilizar apenas a via oral.
O uso deste medicamento por outra via, que não a recomendada, pode causar inefetividade do medicamento ou mesmo promover danos à saúde.
Caso haja esquecimento da administração de uma dose deste medicamento, retome a posologia indicada sem a necessidade de suplementação.
Precauções do Cardomarin Suspensão
Em caso, de hipersensibilidade ao produto, recomenda-se descontinuar o uso e consultar o médico.
Não administrar doses maiores do que as recomendadas.
Atenção diabéticos: este medicamento contém sacarose.
Reações Adversas do Cardomarin Suspensão
Ocasionalmente o uso deste medicamento pode causar um leve efeito laxativo.
Podem ocorrer episódios de sudorese severa, cólicas abdominais, náusea, vomito, diarréia e fraqueza.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hostiside/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
População Especial do Cardomarin Suspensão
Gravidez
De acordo com a categoria de risco de fármacos destinados às mulheres grávidas, este fitoterápico apresenta categoria de risco C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Composição do Cardomarin Suspensão
Cada mL da suspensão oral contém:
Extrato seco de Silybum marianum | 18,05 m |
Veículo* q.s.p. | 1mL |
18,05 mg de extrato de seco de frutos de Silybum marianum por mL de suspensão oral, correspondente a 10 mg de similarina expressa em silibinina, em cada mL de suspensão oral.
O extrato seco de Silybum marianum está padronizado em 55,4% de silimarina expressa silibinina. Cada mL da suspensão oral contém 10 mg de silimarina expressa em silibinina.
Apresentação do Cardomarin Suspensão
Suspensão oral.
Uso oral.
Uso adulto.
Superdosagem do Cardomarin Suspensão
Em caso de administração de doses excessivas deste medicamento, recomenda-se descontinuar o uso e consultar o médico.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Cardomarin Suspensão
A administração de Cardomarin concomitantemente ao tratamento com medicamentos à base de butirofenonas e fenotiazínas provoca redução da peroxidação de lipídios.
Desaconselha-se o uso de Cardomarin em conjunto com medicamentos à base de ioimbina ou fentolamina, pois a silimarina apresenta efeito antagonista a estes medicamentos.
O tratamento com Cardomarin e metronidazol não é recomendado, pois o Silybum marianum pode ocasionar a redução da exposição do metronidazol e de seus metabólitos ativos. Quando necessária à utilização concomitante de metronizadol e produtos à base de Silybum marianum, a dose de metronidazol deverá ser aumentada.
Devido ao conteúdo de tiramina do Silybum marianum, podem ocorrer crises hipertensivas em pacientes em tratamento com antidepressivos inibidores da MAO.
Interação Alimentícia do Cardomarin Suspensão
Não existem restrições quanto à ingestão com alimentos ou bebidas.
Ação da Substância Cardomarin Suspensão
Resultados de Eficácia
De acordo as monografias de plantas medicinais da Organização Mundial da Saúde e da Comissão E, o extrato de Silybum marianum (L.) Gaertn (silimarina) está aprovado para o tratamento de vários distúrbios hepáticos, entre os quais cirrose hepática, hepatite alcoólica, hepatite secundária à exposição a substâncias tóxicas e hepatites virais agudas e crônicas 1-4.
Estudos clínicos, apresentados a seguir, confirmam a eficácia da silimarina nessas afecções.
Hepatite alcoólica
A eficácia da silimarina no tratamento da cirrose hepática induzida pelo álcool foi avaliada em seis estudos clínicos controlados por placebo5-9. A maior parte dos pacientes avaliados recebeu uma dose compreendida entre 280 mg e 420 mg do extrato de silimarina. Um estudo duplo-cego examinou 66 pacientes, a maioria com doença hepática tóxica induzida pelo álcool. Nos 31 pacientes que receberam 420 mg/dia de Silybum Marianum L. Gaerth (substância ativa) observou-se uma influência significativa sobre os níveis séricos das transaminases (ASL e ALT) em comparação com os 35 pacientes que receberam placebo, com os níveis retornando à normalidade mais rapidamente no grupo da silimarina5. Em outro estudo com 36 pacientes com o mesmo tipo de distúrbio hepático verificou-se após seis meses de tratamento uma significativa redução dos parâmetros hepáticos patológicos (transaminases, gama-GT e bilirrubina) nos pacientes tratados com silimarina (Silybum Marianum L. Gaerth (substância ativa)) em comparação com placebo6. Em um estudo randomizado comparado com placebo determinou-se o efeito de 420 mg/dia de silimarina no tratamento de 170 pacientes com cirrose não-alcoólica e induzida pelo álcool, por um período médio de 41 meses. A taxa de sobrevida após 4 anos foi de 58±9% no grupo da silimarina e de 30±0% no grupo de placebo (p=0,036). Não se relataram eventos adversos com o tratamento7. Os efeitos da silimarina sobre as alterações químicas, funcionais e morfológicas do fígado foram examinadas em um estudo duplo-cego e controlado em 106 pacientes com doença hepática apresentando níveis de transaminases elevados. Um total de 97 pacientes terminou as quatro semanas de tratamento com 420 mg/dia de silimarina (47 casos) ou placebo (50 casos). O grupo tratado com silimarina apresentou uma diminuição maior, estatisticamente significativa, das transaminases e da bilirrubina sérica total do que o grupo controle.
Hepatites virais
Quatro estudos controlados avaliaram a eficácia da silimarina no tratamento das hepatites virais: três em infecções agudas e um em infecção crônica10-13. Em um estudo duplo-cego e controlado por placebo realizado em 57 pacientes com hepatite viral aguda (A ou B), os pacientes foram randomizados para receber 420 mg de silimarina ao dia ou placebo ao longo de 3 semanas. No grupo que recebeu Silybum Marianum L. Gaerth (substância ativa), 40% apresentou normalização das bilirrubinastotais e 82% das transaminases hepáticas (ASL e ALT), enquanto no grupo placebo esses valores foram reduzidos em 11% e 52%, respectivamente. Uma análise estatística revelou uma diferença entre os valores de AST e bilirrubina a favor da silimarina. Outro estudo duplo-cego e controlado por placebo avaliou o uso da silimarina no tratamento da hepatite crônica (com ou sem cirrose), ao longo de 12 meses. Observou-se que os pacientes tratados com o extrato de silimarina (420 mg/dia) apresentaram melhora na arquiterura hepática avaliada por biópsias13. Hepatite induzida por compostos orgânicos – Em um estudo controlado 30 pacientes com antecedentes de exposição ocupacional a vapores de tolueno, e/ou xyleno benzol, ao longo de 5 a 20 anos, receberam 420 mg do extrato de silimarina por 30 dias. Observou-se melhora significativa da função hepática (avaliada pelos níveis de ASL e ALT) acompanhada da elevação das plaquetas no grupo que usou Silybum Marianum L. Gaerth (substância ativa) em comparação com os pacientes que serviram de controle (n=19)14.
Hepatite induzida por drogas
A prevenção de hepatite induzida por uso crônico de drogas psicotrópicas (butirofenonas e fenotiazinas) foi avaliada em 60 pacientes incluídos em um estudo duplo-cego controlado por placebo. Os pacientes tratados com silimarina ao longo de 90 dias apresentaram melhora importante da função hepática em comparação com os aos pacientes do grupo placebo.
Características Farmacológicas
A silimarina, componente ativo do Silybum Marianum L. Gaerth (substância ativa), age como estabilizador das membranas dos hepatócitos, resguardando sua integridade e, assim, a função fisiológica do fígado; protege, experimentalmente, a célula hepática da influência nociva de substâncias tóxicas endógenas e/ou exógenas.
Desta maneira, Silybum Marianum L. Gaerth (substância ativa) promove a partir de quatro semanas de tratramento a melhora gradual e progressiva dos sintomas clínicos associados aos casos de hepatite, cirrose hepática ou lesões hepatotóxicas, tais como dispepsia, astenia, anorexia, náuseas e desconforto abdominal.
Em animais, a silimarina demonstrou acelerar a regeneração do parênquima hepático, aparentemente aumentando a síntese de RNA no fígado.
Propriedades farmacodinâmicas
A eficácia antitóxica da silimarina foi demonstrada em experimentos animais em vários modelos de danos ao fígado, por exemplo com os venenos da Amanita phalloides, faloidina e amanitina, com lantanídeos, tetracloreto de carbono, galactosamina, tioacetamina e vírus hepatotóxico FV3.
Os efeitos terapêuticos da silimarina são atribuídos aos vários mecanismos de ação
Devido ao poder de remover radicais, a silimarina exerce atividade antioxidante. O processo fisiopatológico de peroxidação lipídica, responsável pela destruição de membranas celulares, é interrompido ou prevenido. Além disso, em células do fígado que já apresentam danos, a silimarina estimula a síntese proteica e normaliza o metabolismo fosfolipídico. O resultado final é a estabilização da membrana celular, reduzindo-se e prevenindo-se a liberação de enzimas presentes no citoplasma da célula hepática (por ex. transaminases).
A silimarina restringe a entrada de certas substâncias hepatotóxicas na célula (veneno do cogumelo Amanita phalloides).
A elevação da síntese proteica pela silimarina é devida à estimulação da RNA polimerase I, uma enzima localizada no núcleo. Isso acarreta um aumento da formação de RNA ribossômico com aumento de síntese de proteínas estruturais e funcionais (enzimas). O resultado é um aumento da capacidade reparadora e regenerativa do fígado.
Propriedades farmacocinéticas
O principal constituinte da silimarina é a silibinina. Investigações clínicas mostram que esta, depois de absorvida no trato digestivo, é excretada principalmente na bile (gt; 80% da quantidade absorvida).
Como metabólitos encontraram-se na bile glicuronídeos e sulfatos. Acredita-se que a silibinina seja reabsorvida após ser desconjugada e que então penetre na circulação entero-hepática, como se demonstrou em experimentos animais. Como se espera que a eliminação seja predominantemente biliar (sítio de ação: fígado) os níveis sanguíneos são baixos e a eliminação renal é pequena. A meia-vida de absorção é de 2,2 h e a meia-vida de eliminação é de 6,3 h.
Quando Silybum Marianum L. Gaerth (substância ativa) é administrado em doses terapêuticas (140 mg silimarina, três vezes ao dia), os níveis de silibinina encontrados na bile humana são os mesmos após doses repetidas e após dose única. Estes resultados mostram que a silibinina não se acumula no organismo.
Após administração repetida de silimarina em doses de 140 mg três vezes ao dia, a eliminação biliar alcança o estado de equilíbrio.
Dados de segurança pré-clínicos
A silimarina é caracterizada por sua toxicidade excepcionalmente baixa, podendo portanto ser administrada com segurança em doses terapêuticas por longos períodos.
Toxicidade aguda
Administrada oralmente a ratos e camundongos, a silimarina demonstrou ser praticamente atóxica, e a DL50 pode ser estabelecida como gt; 2.000 mg/kg.
Toxicidade crônica
Em ensaios prolongados de até 12 meses, ratos e cães receberam silimarina oralmente em doses máximas de 2.500 ou 1.200 mg/kg, respectivamente. Não se registrou nenhuma evidência de efeitos tóxicos, nem nos resultados laboratoriais, nem em achados de autópsia.
Toxicidade na reprodução
Estudos de fertilidade em ratos e coelhos, em conjunto com estudos de toxicidade pré-natal, perinatal e pós-natal, não revelaram nenhum efeito adverso em nenhum dos estágios de reprodução (dose máxima testada: 2.500 mg/kg). Em particular, a silimarina não demonstrou nenhuma evidência de potencial teratogênico.
Mutagenicidade
Investigações in vitro e in vivo com a silimarina apresentaram resultados negativos.
Carcinogenicidade
Ainda não foram realizados estudos apropriados in vivo em roedores.
Cuidados de Armazenamento do Cardomarin Suspensão
Cardomarin deve ser guardado em sua embalagem original. Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre em 15 e 30º). Proteger da luz e umidade.
Nestas condições, o medicamento se manterá próprio para consumo, respeitando o prazo de validade de 24 meses, indicado na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamentos com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Carcterísticas do medicamento
Cardomarin é apresentado na forma de suspensão oral amarela e com odor de manga.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance de crianças.
Dizeres Legais do Cardomarin Suspensão
MS: 1.3841.0061
Farm. Responsável:
Tales Vasconcelos de Cortes
CRF/BA nº3745
Natulab Laboratório S.A.
Rua H, nº2, Galpão 03 – Urbis II
Santo Antônio de Jesus – Bahia – CEP – 44.574-150
CNPJ 02.456.955/0001-83
Indústria Brasileira
SAC:
(75) 3311 5555
Venda sob prescrição médica.
Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas procure orientação médica.