Bula do Carvedilol FURP
Carvedilol (substância ativa) é indicado para tratamento de hipertensão arterial, isoladamente ou em associação a outros agentes anti-hipertensivos, especialmente diuréticos tiazídicos.
Angina do peito
Carvedilol (substância ativa) demonstrou eficácia clínica no controle das crises de angina do peito. Dados preliminares de estudos indicaram eficácia e segurança do uso de Carvedilol (substância ativa) em pacientes com angina instável e isquemia silenciosa do miocárdio.
Insuficiência cardíaca congestiva
Carvedilol (substância ativa) é indicado para tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca congestiva estável e sintomática leve, moderada e grave, de etiologia isquêmica e não isquêmica.
Em adição à terapia padrão (incluindo inibidores da enzima conversora de angiotensina e diuréticos, com ou sem digitálicos opcionais), Carvedilol (substância ativa) demonstrou reduzir a morbidade (hospitalizações cardiovasculares e melhora do bem estar do paciente) e a mortalidade, bem como a progressão da doença. Pode ser usado como adjunto à terapia padrão, em pacientes incapazes de tolerar inibidores da ECA e também em pacientes que não estejam recebendo tratamento com digitálicos, hidralazina ou nitratos.
De acordo com os resultados de um estudo (Copernicus), Carvedilol (substância ativa) é eficaz e bem tolerado em pacientes com insuficiência cardíaca crônica grave.
Contraindicação do Carvedilol – FURP
Carvedilol (substância ativa) é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida ao Carvedilol (substância ativa) ou a qualquer um dos componentes do produto; insuficiência cardíaca descompensada/instável, que exija terapia inotrópica intravenosa; insuficiência hepática clinicamente manifesta. Como com qualquer outro betabloqueador, Carvedilol (substância ativa) não deve ser usado em pacientes com asma brônquica ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) com componente broncoespástico; bloqueio atrioventricular (AV) de segundo ou terceiro grau (a menos que o paciente tenha um marca-passo permanente); bradicardia grave (lt; 50 bpm); síndrome do nó sinusal (incluindo bloqueio sinoatrial); choque cardiogênico; hipotensão grave (pressão arterial sistólica lt; 85 mmHg).
Como usar o Carvedilol – FURP
Carvedilol (substância ativa) deve ser administrado por via oral.
Duração do tratamento
O tratamento com Carvedilol (substância ativa) é normalmente prolongado e não deverá ser interrompido abruptamente, mas gradualmente reduzido a intervalos semanais, particularmente em pacientes com doença arterial coronária concomitante.
Hipertensão essencial
Adultos
A dose inicial recomendada é 12,5 mg, uma vez ao dia, durante os dois primeiros dias. A seguir, a dose recomendada é 25 mg, uma vez ao dia. Se necessário, a dose poderá ser aumentada a intervalos mínimos de duas semanas até a dose diária máxima recomendada de 50 mg, em dose única diária ou dividida em duas doses.
Idosos
A dose inicial recomendada é 12,5 mg, uma vez ao dia. Se necessário, a dose poderá ser aumentada a intervalos mínimos de duas semanas até a dose diária máxima recomendada de 50 mg, em dose única diária ou dividida em duas doses.
Angina do peito
A dose inicial recomendada é 12,5 mg, duas vezes ao dia, durante os dois primeiros dias. A seguir, a dose recomendada é 25 mg, duas vezes ao dia. Se necessário, poderá ser aumentada a intervalos mínimos de duas semanas até a dose máxima diária recomendada de 100 mg, administrada em doses fracionadas (duas vezes ao dia).
A dose diária máxima recomendada para idosos é 50 mg, administrada em doses fracionadas (duas vezes ao dia).
Insuficiência cardíaca congestiva (ICC)
A dose deve ser individualizada e cuidadosamente monitorada pelo médico durante a fase de titulação. Para pacientes em uso de digitálicos, diuréticos e inibidores da ECA, as doses desses medicamentos devem ser estabilizadas antes de iniciar o tratamento com Carvedilol (substância ativa).
A dose inicial recomendada é 3,125 mg, duas vezes ao dia, por duas semanas. Se esta dose for tolerada, poderá ser aumentada subsequentemente, a intervalos mínimos de duas semanas, para 6,25 mg, duas vezes ao dia, 12,5 mg, duas vezes ao dia e 25 mg, duas vezes ao dia. As doses devem ser aumentadas até o nível máximo tolerado pelo paciente.
A dose máxima recomendada é 25 mg, duas vezes ao dia, para todos os pacientes com ICC leve, moderada ou grave, com peso inferior a 85 kg. Em pacientes com ICC leve ou moderada, com peso superior a 85 kg, a dose máxima recomendada é 50 mg, duas vezes ao dia.
Antes de cada aumento de dose, o paciente deve ser avaliado pelo médico quanto a sintomas de vasodilatação ou piora da insuficiência cardíaca. A piora transitória da insuficiência cardíaca ou a retenção de líquidos devem ser tratadas com aumento da dose do diurético. Ocasionalmente, pode ser necessário reduzir a dose ou descontinuar temporariamente o tratamento com Carvedilol (substância ativa).
Se o Carvedilol (substância ativa) for descontinuado por mais de duas semanas, a terapia deverá ser reiniciada com 3,125 mg, duas vezes ao dia, e a titulação realizada conforme as recomendações acima.
Sintomas de vasodilatação podem ser tratados inicialmente pela redução da dose do diurético. Se persistirem, a dose do inibidor da ECA, se utilizado, deverá ser reduzida, seguida por redução da dose do Carvedilol (substância ativa), se necessário. A dose de Carvedilol (substância ativa) não deverá ser aumentada até que os sintomas de piora da insuficiência cardíaca ou de vasodilatação estejam estabilizados.
Carvedilol (substância ativa) não necessariamente deve ser ingerido junto a alimentos; entretanto, em pacientes com insuficiência cardíaca, deverá ser administrado com alimentos para reduzir a velocidade de absorção e diminuir a incidência de efeitos ortostáticos.
Pacientes com insuficiência renal
Dados farmacocinéticos disponíveis e estudos clínicos publicados em pacientes com diversos graus de comprometimento de função renal (incluindo insuficiência renal) sugerem que não são necessárias alterações nas doses recomendadas de Carvedilol (substância ativa) em pacientes com insuficiência renal moderada a grave.
Pacientes com menos de 18 anos de idade
A segurança e eficácia do Carvedilol (substância ativa) em crianças e adolescentes (lt; 18 anos) ainda não foram estabelecidas.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Precauções do Carvedilol – FURP
Insuficiência cardíaca congestiva crônica
Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva pode ocorrer piora da insuficiência cardíaca ou retenção hídrica durante a titulação do Carvedilol (substância ativa). Caso isso ocorra, a dose do diurético deve ser aumentada e a dose de Carvedilol (substância ativa) deve ser mantida até que a estabilidade clínica seja novamente atingida. Ocasionalmente, pode ser necessário reduzir a dose do Carvedilol (substância ativa) ou, em casos raros, descontinuá-lo temporariamente. Tais episódios não impedem o sucesso de titulação subsequente de Carvedilol (substância ativa).
Carvedilol (substância ativa) deve ser usado com cautela em combinação com digitálicos, pois ambos os fármacos lentificam a condução AV.
Diabetes
Deve-se ter cautela ao administrar Carvedilol (substância ativa) a pacientes com diabetes mellitus, pois pode estar relacionado com a piora do controle da glicemia ou os sinais e sintomas precoces de hipoglicemia podem ser mascarados ou atenuados. Portanto, a monitoração regular da glicemia é necessária nos diabéticos quando Carvedilol (substância ativa) for iniciado ou titulado e a terapia hipoglicemiante ajustada adequadamente.
Função renal em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva
Deterioração reversível da função renal foi observada durante tratamento com Carvedilol (substância ativa) em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva e baixa pressão arterial (PA sistólica lt; 100 mmHg), cardiopatia isquêmica, doença vascular difusa e/ou insuficiência renal subjacente. Nesses pacientes, a função renal deve ser monitorada durante a titulação do Carvedilol (substância ativa). Descontinuar a medicação ou reduzir a dose caso ocorra piora da função renal.
Doença pulmonar obstrutiva crônica
Carvedilol (substância ativa) deve ser usado com cautela em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) com componente broncoespástico e que não estejam recebendo medicação oral ou inalatória, se o benefício potencial superar o risco potencial. Em pacientes com tendência a broncoespasmo, pode ocorrer insuficiência respiratória por possível aumento da resistência das vias aéreas. Os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente durante o início e titulação deste medicamento e a dose do Carvedilol (substância ativa) reduzida se for observado broncoespasmo durante o tratamento.
Lentes de contato
Usuários de lentes de contato devem lembrar-se da possibilidade de redução do lacrimejamento.
Descontinuação do tratamento
O tratamento com Carvedilol (substância ativa) não deve ser descontinuado abruptamente, principalmente em pacientes com cardiopatia isquêmica. A retirada do Carvedilol (substância ativa), nesses pacientes, deve ser gradual (ao longo de duas semanas).
Tireotoxicose
Carvedilol (substância ativa), como outros betabloqueadores, pode mascarar os sintomas de tireotoxicose.
Reações de hipersensibilidade
Deve-se ter cuidado ao administrar Carvedilol (substância ativa) a pacientes com história de reações graves de hipersensibilidade e naqueles submetidos à terapia de dessensibilização, pois os betabloqueadores podem aumentar tanto a sensibilidade aos alérgenos quanto a gravidade das reações de hipersensibilidade.
Reações adversas cutâneas graves
Casos muito raros de reações adversas cutâneas graves, tais como necrólise epidérmica tóxica e síndrome de Stevens-Johnson, foram relatados durante o tratamento com Carvedilol (substância ativa). Carvedilol (substância ativa) deve ser permanentemente descontinuado em pacientes que apresentarem reações adversas cutâneas graves possivelmente relacionadas com o Carvedilol (substância ativa).
Psoríase
Pacientes com história de psoríase associada a tratamento com betabloqueadores só deverão tomar Carvedilol (substância ativa) após se considerar a relação risco versus benefício.
Interações com outros medicamentos
Há um número de importantes interações farmacocinéticas e farmacodinâmicas com outras drogas (por exemplo, digoxina, ciclosporina, rifampicina, drogas anestésicas e antiarrítmicas).
Feocromocitoma
Em pacientes com feocromocitoma, deve-se iniciar um agente alfabloqueador antes do uso de qualquer betabloqueador. Apesar de Carvedilol (substância ativa) exercer atividades alfa e betabloqueadora, não existe experiência de uso nesses casos. Portanto, deve-se ter cautela ao se administrar Carvedilol (substância ativa) a pacientes com suspeita de feocromocitoma.
Angina variante de Prinzmetal
Betabloqueadores não seletivos podem provocar dor torácica em pacientes com angina variante de Prinzmetal. Não há experiência clínica com Carvedilol (substância ativa) nesses pacientes, apesar de sua atividade alfabloqueadora poder prevenir esses sintomas. Deve-se ter cautela ao administrar Carvedilol (substância ativa) a pacientes com suspeita de angina variante de Prinzmetal.
Doença vascular periférica e fenômeno de Raynaud
Carvedilol (substância ativa) deve ser usado com cautela em pacientes com doença vascular periférica (por exemplo, fenômeno de Raynaud), pois os betabloqueadores podem precipitar ou agravar os sintomas de insuficiência arterial.
Bradicardia
Carvedilol (substância ativa) pode provocar bradicardia. Se a frequência cardíaca reduzir para menos de 55 batimentos por minuto, a dose do Carvedilol (substância ativa) deve ser reduzida.
Pacientes com menos de 18 anos de idade
O uso de Carvedilol (substância ativa) não é recomendado a pacientes com menos de 18 anos de idade.
Pacientes idosos
Um estudo realizado em pacientes idosos hipertensos mostrou que não há diferença no perfil de eventos adversos, em comparação com pacientes mais jovens. Outro estudo, que Incluiu pacientes idosos com doença coronariana, não mostrou diferença de eventos adversos relatados, em comparação com os relatados por pacientes mais jovens. Portanto, nenhum ajuste de dose da dose inicial é exigido para pacientes idosos.
Pacientes com insuficiência renal
O suprimento de sangue renal auto regulador é preservado e a filtração glomerular mantém-se inalterada durante o tratamento crônico com Carvedilol (substância ativa). Em pacientes com insuficiência renal moderada a grave, não há necessidade de alterar as recomendações de dosagem de Carvedilol (substância ativa).
Pacientes com insuficiência hepática
Carvedilol (substância ativa) é contraindicado para pacientes com insuficiência hepática clinicamente manifesta. Um estudo de farmacocinética em pacientes cirróticos demonstrou que a exposição (AUC) a Carvedilol (substância ativa) aumentou 6,8 vezes em pacientes com insuficiência hepática quando comparados com indivíduos sadios.
Pacientes diabéticos
Betabloqueadores podem aumentar a resistência à insulina e mascarar os sintomas da hipoglicemia.
Entretanto, vários estudos estabeleceram que os betabloqueadores vasodilatadores, como o Carvedilol (substância ativa), estão relacionados com efeitos mais favoráveis nos perfis de glicose e lipídeos. Tem sido demonstrado que Carvedilol (substância ativa) possui propriedades insulino-sensíveis modestas e pode atenuar algumas manifestações da síndrome metabólica.
Gestação e lactação
Categoria de risco na gravidez C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Estudos em animais demonstraram toxicidade reprodutiva. O risco potencial para os humanos é desconhecido. Não há experiência clínica adequada com Carvedilol (substância ativa) em mulheres grávidas. Betabloqueadores reduzem a perfusão placentária, podendo resultar em morte fetal intrauterina e parto prematuro. Além disso, efeitos adversos (hipoglicemia e bradicardia) podem ocorrer no feto e no recém-nascido. Existe risco aumentado de complicações cardíacas e pulmonares no recém- nascido.
Em estudos em animais, não há evidência de que Carvedilol (substância ativa) tenha qualquer efeito teratogênico.
Carvedilol (substância ativa) não deve ser usado durante a gravidez a menos que os benefícios potenciais justifiquem o risco potencial.
Estudos em animais demonstraram que Carvedilol (substância ativa) e/ou seus metabólitos são excretados no leite de ratas. A excreção do Carvedilol (substância ativa) no leite humano não foi estabelecida. Entretanto, a maioria dos betabloqueadores, em particular os compostos lipofílicos, passa para o leite materno, embora seja em quantidades variáveis.
Portanto, a amamentação não é recomendada após a administração de Carvedilol (substância ativa).
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Não foram realizados estudos dos efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. Devido a reações individuais variáveis (tonturas, cansaço), a capacidade do paciente para dirigir veículos ou operar máquinas pode estar comprometida, principalmente no início do tratamento e após os aumentos de doses, nas modificações de terapias ou em combinação com álcool.
Atenção: este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de diabetes.
Este medicamento pode causar doping.
Reações Adversas do Carvedilol – FURP
As reações adversas ao medicamento estão listadas de acordo com as classes dos sistemas orgânicos definidos pelo MedDRA e CIOMS (Council for International Organizations of Medical Sciences).
As categorias de frequências são:
- Muito comum ? 1/10;
- Comum ? 1/100 e lt;1/10;
- Incomum ? 1/1.000 e lt;1/100;
- Rara ? 1/10.000 e lt;1/1.000;
- Muito rara lt;1/10.000.
A tabela abaixo resume os efeitos indesejáveis que foram reportados com o uso de Carvedilol (substância ativa) em estudos clínicos pivotais:
Tabela 1 – Reações adversas ao medicamento em estudos clínicos:
Classe do sistema orgânico | Reação adversa | Frequência |
Distúrbios do sistema linfático e do sangue | Anemia | Comum |
Trombocitopenia | Rara | |
Leucopenia | Muito rara | |
Distúrbios cardíacos | Insuficiência cardíaca | Muito comum |
Bradicardia | Comum | |
Hipervolemia | Comum | |
Sobrecarga hídrica | Comum | |
Bloqueio atrioventricular | Incomum | |
Angina pectoris | Incomum | |
Distúrbios nos olhos | Alterações visuais | Comum |
Redução do lacrimejamento (secura do olho) | Comum | |
Irritação ocular | Comum | |
Distúrbios gastrintestinais | Náusea | Comum |
Diarreia | Comum | |
Vômito | Comum | |
Dispepsia | Comum | |
Dor abdominal | Comum | |
Constipação | Incomum | |
Secura da boca | Rara | |
Distúrbios gerais e das condições do local de administração | Astenia (fadiga) | Muito comum |
Edema | Comum | |
Dor | Comum | |
Distúrbios hepatobiliares | Aumento da alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e gama-glutamiltransferase (GGT) | Muito rara |
Distúrbios do sistema imune | Hipersensibilidade (reações alérgicas) | Muito Rara |
Infecções e infestações | Pneumonia | Comum |
Bronquite | Comum | |
Infecção do trato respiratório superior | Comum | |
Infecção do trato urinário | Comum | |
Distúrbios do metabolismo e nutricionais | Aumento do peso | |
Hipercolesterolemia | ||
Piora do controle da glicemia (hiperglicemia, hipoglicemia) em pacientes com diabetes preexistente | Comum | |
Distúrbios muscoesqueléticos e do tecido conjuntivo | Distúrbios muscoesqueléticos e do tecido conjuntivo | Comum |
Distúrbios do sistema nervoso | Tontura | Muito comum |
Cefaleia | Muito comum | |
Síncope, pre-síncope | Comum | |
Parestesia | Incomum | |
Distúrbios psiquiátricos | Depressão, humor deprimido | Comum |
Distúrbios do sono | Incomum | |
Distúrbios renais e urinários | Insuficiência renal e anormalidades na função renal em pacientes com doença vascular difusa e/ou insuficiência renal subjacente | Comum |
Distúrbios miccionais | Rara | |
Distúrbios da mama e do sistema reprodutor | Disfunção erétil | Incomum |
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino | Dispneia | Comum |
Edema pulmonar | Comum | |
Asma em pacientes predispostos | Comum | |
Congestão nasal | Rara | |
Distúrbios de pele e tecidos subcutâneos | Reações na pele (por exemplo, exantema alérgica, dermatite, urticária, prurido, lesões psoriásicas e do tipo líquen plano) | Incomum |
Distúrbios vasculares | Hipotensão | Muito comum |
Hipotensão ortostástica | Comum | |
Distúrbios da circulação periférica (extremidades frias, doença vascular periférica, exacerbação de claudicação intermitente e fenômeno de Raynaud) | Comum | |
Hipertensão | Comum |
Descrição das reações adversas selecionadas
A frequência de reações adversas não é dependente da dose, com exceção de tonturas, alterações visuais e bradicardia. Tontura, síncope, cefaleia e astenia são, normalmente, leves e ocorrem, geralmente, no início do tratamento.
Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva pode ocorrer piora da insuficiência cardíaca ou retenção hídrica durante a titulação do Carvedilol (substância ativa).
A insuficiência cardíaca foi um evento adverso reportado muito comumente em ambos os grupos de tratamento com placebo (14,5%) e Carvedilol (substância ativa) (15,4%), em pacientes com disfunção ventricular esquerda após infarto agudo do miocárdio.
Deterioração reversível da função renal foi observada durante tratamento com Carvedilol (substância ativa) em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva e baixa pressão arterial, cardiopatia isquêmica, doença vascular difusa e/ou insuficiência renal subjacente.
Experiência pós-comercialização
Os seguintes eventos adversos foram identificados durante o uso de Carvedilol (substância ativa) pós-comercialização. Por esses eventos serem reportados por uma população de tamanho indefinido, não é sempre possível estimar as suas frequências e/ou estabelecer uma relação causal com a exposição à droga.
Distúrbios de metabolismo e nutricionais
Devido às propriedades betabloqueadoras, é possível que diabetes mellitus latente se manifeste, que diabetes manifestado se agrave e que a contra-regulação da glicose seja inibida.
Distúrbios de pele e tecidos subcutâneos
Alopecia. Reações adversas cutâneas graves, como necrólise epidérmica tóxica e síndrome de Stevens-Johnson.
Distúrbios renais e urinários
Foram reportados casos isolados de incontinência urinária em mulheres, os quais foram resolvidos com a descontinuação da medicação.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Interação Medicamentosa do Carvedilol – FURP
Interações Farmacocinéticas
Efeitos do Carvedilol (substância ativa) na farmacocinética de outras drogas
O Carvedilol (substância ativa) é um substrato e também um inibidor de P-glicoproteína. Portanto, a biodisponibilidade de fármacos transportados pela P-glicoproteína pode ser aumentada pela administração concomitante de Carvedilol (substância ativa). Além disso, a biodisponibilidade de Carvedilol (substância ativa) pode ser modificada por indutores ou inibidores de P-glicoproteína.
Digoxina:
Foi demonstrado um aumento da exposição de digoxina de até 20% em alguns estudos em indivíduos sadios e pacientes com insuficiência cardíaca. Um efeito significantemente maior foi observado em pacientes do sexo masculino em comparação com pacientes do sexo feminino. Portanto, é recomendado o monitoramento dos níveis de digoxina quando o tratamento com Carvedilol (substância ativa) é iniciado, ajustado ou descontinuado. O Carvedilol (substância ativa) não tem efeito sobre a digoxina quando administrado por via intravenosa.
Ciclosporina:
Dois estudos em pacientes submetidos a transplantes renal e cardíaco recebendo ciclosporina por via oral (VO) demonstraram um aumento na concentração plasmática de ciclosporina depois da introdução de Carvedilol (substância ativa). O Carvedilol (substância ativa) parece aumentar a exposição de ciclosporina VO em cerca de 10 a 20%. Na tentativa de manter níveis terapêuticos de ciclosporina, foi necessária a redução média de 10 – 20% da dose de ciclosporina.
O mecanismo para a interação não é conhecido, mas a inibição da atividade da P-glicoproteína no intestino pode estar envolvida. Devido à ampla variabilidade interindividual nos níveis de ciclosporina, recomenda-se que as suas concentrações sejam monitoradas cuidadosamente depois da introdução da terapia com Carvedilol (substância ativa) e que a dose de ciclosporina seja ajustada adequadamente. No caso de administração intravenosa de ciclosporina, nenhuma interação com Carvedilol (substância ativa) é esperada
Efeitos de outras drogas na farmacocinética de Carvedilol (substância ativa)
Inibidores e indutores de CYP2D6 e CYP2C9 podem modificar estéreo-seletivamente o metabolismo sistêmico e/ou pré-sistêmico do Carvedilol (substância ativa), resultando em concentrações plasmáticas aumentadas ou diminuídas do R e S-Carvedilol (substância ativa). Exemplos observados em pacientes ou em indivíduos saudáveis são apresentados a seguir.
Cimetidina:
É necessária cautela em pacientes em uso de inibidores de oxidases de função mista, como a cimetidina, pois o nível sérico pode ser aumentado. Entretanto, com base no pequeno efeito da cimetidina sobre os níveis de Carvedilol (substância ativa), a probabilidade de interações clinicamente significativas é mínima.
Rifampicina:
Em um estudo incluindo 12 indivíduos sadios, a exposição ao Carvedilol (substância ativa) diminui cerca de 60% durante a administração concomitante com a rifampicina e foi observada uma diminuição do efeito do Carvedilol (substância ativa) na pressão sanguínea sistólica. O mecanismo de interação não é conhecido, mas a inibição da atividade da P-glicoproteína no intestino pode estar envolvida. Aconselha-se o monitoramento cuidadoso da atividade betabloqueadora em pacientes tratados com Carvedilol (substância ativa) e rifampicina concomitantemente.
Amiodarona:
Um estudo in vitro com microssomos do fígado humano demonstrou que a amiodarona e a desetilamiodarona inibem a oxidação do R e S-Carvedilol (substância ativa). A concentração mínima do R e S-Carvedilol (substância ativa) foi significativamente aumentada em 2,2 vezes em pacientes com insuficiência cardíaca recebendo, concomitantemente, Carvedilol (substância ativa) e amiodarona quando comparados a pacientes recebendo Carvedilol (substância ativa) em monoterapia. O efeito do S-Carvedilol (substância ativa) foi atribuído à desetilamiodarona, um metabólito da amiodarona, que é um potente inibidor da CYP2C9. Aconselha-se o monitoramento da atividade betabloqueadora em pacientes tratados com Carvedilol (substância ativa) e amiodarona, concomitantemente.
Fluoxetina e paroxetina:
Em um estudo randomizado, cruzado, incluindo 10 pacientes com insuficiência cardíaca, a coadministração de fluoxetina, um potente inibidor de CYP2D6, resultou em inibição estéreoseletiva do metabolismo de Carvedilol (substância ativa), com um aumento de 77% em AUC do enantiômero R(+), e um aumento não-estatístico de 35% em AUC do enantiômero S(-) quando comparado com o grupo placebo. No entanto, não foi notada nenhuma diferença em eventos adversos, pressão arterial ou frequência cardíaca entre grupos de tratamento. O efeito de uma dose de paroxetina, um inibidor potente da CYP2D6, na farmacocinética do Carvedilol (substância ativa), foi investigado em 12 indivíduos sadios após a administração oral. Apesar do aumento significativo na exposição do R e S-Carvedilol (substância ativa), nenhum efeito clínico foi observado nesses indivíduos sadios.
Interações Farmacodinâmicas
Insulina ou hipoglicemiantes orais
Agentes com propriedades betabloqueadoras podem aumentar o efeito redutor da glicemia da insulina e de hipoglicemiantes orais. Os sinais de hipoglicemia podem ser mascarados ou atenuados (especialmente a taquicardia). Em pacientes recebendo insulina ou hipoglicemiantes orais, o monitoramento regular de glicemia é, portanto, recomendável.
Agentes depletores de catecolaminas
Pacientes em uso concomitante de agentes com propriedades betabloqueadoras e fármacos que possam depletar catecolaminas (por exemplo, reserpina e inibidores de monoamina-oxidase) devem ser observados com cuidado em relação a sinais de hipotensão e/ou bradicardia grave.
Digoxina
O uso combinado de betabloqueadores e digoxina pode resultar no prolongamento aditivo de tempo de condução atrioventricular (AV).
Bloqueadores do canal de cálcio não diidropiridina, amiodarona ou outros antiarrítmicos
Em combinação com Carvedilol (substância ativa), podem aumentar o risco de distúrbios de condução AV. Casos isolados de distúrbios da condução (raramente com comprometimento hemodinâmico) foram observados quando Carvedilol (substância ativa) é coadministrado com diltiazem. Tal como acontece com outros betabloqueadores, se o Carvedilol (substância ativa) for administrado por via oral com bloqueadores do canal de cálcio não diidropiridina do tipo verapamil ou diltiazem, amiodarona ou outros antiarrítmicos, recomenda-se o monitoramento do ECG e da pressão arterial.
Clonidina
A administração de clonidina associada a betabloqueadores pode potencializar os efeitos de redução de pressão arterial e frequência cardíaca. Quando for necessário interromper o tratamento com agentes betabloqueadores e clonidina, o betabloqueador deve ser o primeiro a ser retirado. A terapia com clonidina pode ser descontinuada vários dias depois, reduzindo gradualmente a dose.
Anti-hipertensivos
Como outros betabloqueadores, Carvedilol (substância ativa) pode potencializar o efeito de outros fármacos administrados concomitantemente que apresentem ação anti-hipertensiva (por exemplo, antagonistas de receptor alfa-1) ou tenham hipotensão como parte de seu perfil de efeitos adversos.
Agentes anestésicos
Recomenda-se monitoramento cuidadoso de sinais vitais durante anestesia devido aos efeitos inotrópicos negativos e hipotensores sinérgicos de Carvedilol (substância ativa) e fármacos anestésicos.
AINEs
O uso concomitante de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e bloqueadores betaadrenérgicos pode resultar em aumento de pressão arterial e menor controle da pressão arterial.
Broncodilatadores beta-agonistas
Betabloqueadores não cardiosseletivos fazem oposição aos efeitos broncodilatadores de fármacos com ação brônquica beta-agonista. Recomenda-se monitoramento cuidadoso dos pacientes.
Glicosídeos cardíacos
Administração concomitante do Carvedilol (substância ativa) e glicosídeos cardíacos pode prolongar o tempo de condução AV.
Ação da Substância Carvedilol – FURP
Resultados de Eficácia
Eficácia em hipertensão
Carvedilol (substância ativa) reduz a pressão arterial em pacientes hipertensos pela combinação do bloqueio beta à vasodilatação mediada por bloqueio alfa. A redução da pressão não se associa a aumento da resistência periférica total, como é observado com os agentes betabloqueadores puros. A frequência cardíaca é discretamente reduzida. O fluxo sanguíneo renal e a função renal se mantêm preservados.1,2
Carvedilol (substância ativa) mantém o volume sistólico e reduz a resistência vascular periférica total. O fluxo sanguíneo para diversos órgãos e para os leitos vasculares é preservado.
Eficácia na angina do peito
Em pacientes com doença arterial coronária, Carvedilol (substância ativa) demonstrou efeitos anti-isquêmicos (melhora do tempo total de exercício, tempo para depressão de 1 mm do segmento ST e início de angina). Carvedilol (substância ativa) reduz significativamente a demanda de oxigênio pelo miocárdio e a hiperatividade simpática. Também reduz a pré-carga (pressão de artéria pulmonar e de capilar pulmonar) e a pós-carga.3
Eficácia em insuficiência cardíaca
Carvedilol (substância ativa) reduz significativamente a mortalidade por todas as causas e a necessidade de hospitalização por motivo cardiovascular. Carvedilol (substância ativa) promove aumento da fração de ejeção e melhora dos sintomas em pacientes com insuficiência cardíaca de etiologia isquêmica e não isquêmica.5-7
Referências bibliográficas
1. Oestergren J, Storstein L, Karlberg BE, Tiblin G Quality of life in hypertensive patients treated either with Carvedilol (substância ativa) or enalapril. Blood Pressure 1996; 5: 41-49 (CDS Vs 1.0).
2. Bertolotti G, Angelino E, Zotti E, DeCesaris R A multicenter, double-blind, randomized parallel study of quality of life and blood pressure control in hypertensive patients treated with Carvedilol (substância ativa) or atenolol or enalapril. High Blood Press Cardiovasc Prev 1995; 4: 216-224 (CDS Vs 1.0).
3. Hauf-Zachariou K, Blackwood RA, Gunawardena A, O’Donnell JG, Garnham S, Pfarr E Carvedilol (substância ativa) versus verapamil in stable angina: a multicentre trial. Eur J Clin Pharmacol 1997; 52: 95-100 (CDS Vs 1.0).
4. Van der Does R, Hauf-Zachariou U, Pfarr E, Holtbrügge W, König S, Griffiths M, Lahiri A Comparison of safety and efficacy of Carvedilol (substância ativa) and metoprolol in stable angina pectoris. Am J Cardiol 1999; 83, 643-649 (CDS Vs 1.0).
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Características Farmacológicas
O Carvedilol (substância ativa) é um antagonista neuro-hormonal de ação múltipla, com propriedades betabloqueadoras não seletivas, alfabloqueadora e antioxidante. Carvedilol (substância ativa) reduz a resistência vascular periférica por vasodilatação mediada pelo bloqueio alfa1 e suprime o sistema renina-angiotensina-aldosterona devido ao bloqueio beta; retenção hídrica é, portanto, uma ocorrência rara. Carvedilol (substância ativa) não apresenta atividade simpatomimética intrínseca e, como o propranolol, apresenta propriedades estabilizadoras de membrana.
Carvedilol (substância ativa) é uma mistura racêmica de 2 estereoisômeros. Em animais, ambos os enantiômeros apresentam propriedades bloqueadoras de receptores alfa-adrenérgicos. As propriedades bloqueadoras do receptor betaadrenérgico não são seletivas para os receptores beta1 e beta2 e estão associadas ao enantiômero levógiro do Carvedilol (substância ativa).
Carvedilol (substância ativa) é um potente antioxidante e neutralizador de radicais de oxigênio, demonstrado por estudos em animais, in vitro e in vivo, e em vários tipos de células humanas, in vitro. Carvedilol (substância ativa) exibe efeito antiproliferativo nas células musculares lisas de vasos sanguíneos de humanos e efeitos protetores de órgãos.
Carvedilol (substância ativa) não exerce efeitos adversos no perfil lipídico. A relação HDL/LDL se mantém normal.
Farmacocinética
Absorção
Após administração oral, Carvedilol (substância ativa) é rapidamente absorvido. A concentração sérica máxima é alcançada em aproximadamente 1 hora. A biodisponibilidade absoluta de Carvedilol (substância ativa) no homem é de aproximadamente 25%. Alimentos não alteram a extensão da biodisponibilidade, embora aumentem o tempo para atingir a concentração plasmática máxima.
Distribuição
Carvedilol (substância ativa) é altamente lipofílico; aproximadamente 98 – 99% do Carvedilol (substância ativa) se liga às proteínas plasmáticas; o volume de distribuição é de aproximadamente 2 L/kg.
Metabolismo
Carvedilol (substância ativa) é extensamente metabolizado no fígado, principalmente por reações de glucuronidação, a diversos metabólitos que são eliminados principalmente pela bile. O efeito de primeira passagem após administração oral é cerca de 60 – 75%. A desmetilação e hidroxilação do anel fenólico produzem três metabólitos com atividade betabloqueadora. Comparados ao Carvedilol (substância ativa), os três metabólitos exibem atividade vasodilatadora fraca. Dois metabólitos do Carvedilol (substância ativa) são antioxidantes extremamente potentes (30 a 80 vezes mais potentes que o Carvedilol (substância ativa)).
Eliminação
A meia-vida de eliminação média do Carvedilol (substância ativa) é de aproximadamente 6 horas. A depuração plasmática é de 500 – 700 mL/min. A eliminação é primariamente biliar, sendo as fezes a principal via de excreção. Menor fração é eliminada pelos rins na forma de metabólitos. É improvável que ocorra acúmulo do Carvedilol (substância ativa) durante o tratamento prolongado, se usado conforme recomendado.
Teratogenicidade
Estudos em animais mostraram que Carvedilol (substância ativa) não possui efeitos teratogênicos.
Pacientes com insuficiência renal
O fluxo sanguíneo e a filtração glomerular mantêm-se preservados durante a terapia crônica com Carvedilol (substância ativa).
Em pacientes com insuficiência renal e hipertensão, a área sob a curva da concentração plasmática versus tempo, a meia-vida de eliminação e a concentração plasmática máxima não se alteram significativamente. A excreção renal do fármaco inalterado diminui em pacientes com insuficiência renal, embora não ocorram modificações significativas nos parâmetros farmacocinéticos. Carvedilol (substância ativa) não é eliminado durante diálise, pois não atravessa a membrana de diálise, provavelmente devido à sua elevada ligação às proteínas do plasma. Carvedilol (substância ativa) é eficaz em pacientes com hipertensão de origem renal, insuficiência renal crônica, sob diálise ou após transplante renal.
Pacientes com insuficiência hepática
Em pacientes com cirrose hepática, a biodisponibilidade pode aumentar em até 80% por redução do efeito de primeira passagem. Portanto, é contraindicado em pacientes com insuficiência hepática clinicamente manifestada.
Pacientes diabéticos
Em pacientes hipertensos e portadores de diabetes tipo 2, não se observou influência do Carvedilol (substância ativa) na glicemia de jejum ou pós-prandial, nos níveis de hemoglobina glicosilada ou necessidade de se alterar a dose dos agentes antidiabéticos. Nos pacientes com resistência à insulina, o Carvedilol (substância ativa) melhorou a sensibilidade à insulina.
Pacientes idosos/pediátricos
A farmacocinética do Carvedilol (substância ativa) em pacientes hipertensos não é afetada pela idade. Um estudo em pacientes idosos hipertensos demonstrou que não há diferença no perfil dos efeitos adversos, comparado com pacientes mais jovens. Outro estudo que incluiu pacientes idosos com doença arterial coronária demonstrou não haver diferença nos efeitos adversos relatados versus os relatados por pacientes mais jovens.
Os dados farmacocinéticos disponíveis em pacientes com menos de 18 anos de idade são limitados.