Existem diversos tipos de cefaleia, ou de forma genérica, dores de cabeça. A intensidade, a frequência e até a localização dizem muito sobre a origem da dor.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia, a cefaleia tensional é um dos tipos mais comuns e atinge cerca de 13% da população brasileira, sendo as mulheres com idade média de 40 anos as mais acometidas.
Esse tipo de dor de cabeça é fruto de uma combinação de fatores, como: tensão excessiva nos músculos dos ombros, do pescoço, do couro cabeludo e até da face, fatores ambientais e genéticos, estilo de vida, comorbidades psiquiátricas, além de sensibilidade aumentada a dor.
Ela se apresenta como uma pressão de leve a moderada intensidade no crânio e muitos pacientes descrevem como se houvesse uma faixa apertando a cabeça.
Vamos explicar como identificar a cefaleia tensional, quais os principais sintomas e o que fazer se você tiver o problema. Confira!
Quais as causas da cefaleia tensional?
Existem três subtipos de cefaleia tensional: a cefaleia tensional episódica infrequente, que acontece menos de uma vez por mês, a cefaleia tensional episódica frequente que acontece mais de uma vez por mês, porém menos de 15 dias no mês, e a cefaleia tensional crônica.
Os pacientes desse último subtipo sofrem de dor de cabeça mais da metade dos dias do mês, ou seja, mais de 15 dias no mês com dor.
Quando a cefaleia é episódica, a tensão muscular causadora das dores frequentemente está ligada a fatores pontuais.
Um dia particularmente estressante em que tudo deu errado, um voo perdido para uma viagem de negócios, doença na família são alguns exemplos do que pode gerar a dor.
Há uma série de fatores de origem ambiental que podem levar ao problema. Alguns exemplos são:
- má postura;
- falta de sono reparador;
- alimentação inadequada (longos períodos sem se alimentar);
- excesso ou falta de cafeína;
- ansiedade e fadiga;
- estresse emocional;
- problemas odontológicos, como o bruxismo;
- paixos níveis de ferro no organismo, entre outros.
Quais são os sintomas?
Além da dor de cabeça, esse distúrbio pode levar a outros incômodos, que podem impactar negativamente o dia a dia do paciente. Veja:
Dificuldades para dormir
É uma reação em cadeia: a falta de sono reparador causa a tensão muscular, que dispara a dor de cabeça — que, por sua vez, gera dificuldades para dormir. Se esse ciclo não for interrompido, pode levar até a problemas mais graves, como ansiedade e depressão.
Cansaço constante
Com dor frequente e dificuldades para dormir, é comum que os pacientes de cefaleia tensional relatem sempre muito cansaço, o que afeta sua produtividade e qualidade de vida.
Irritabilidade
A dor constante baixa o limiar de tolerância do paciente, tornando-o uma pessoa mais facilmente irritável. Isso interfere nas relações profissionais e pessoais e pode isolar o paciente do convívio com família e amigos.
Dificuldade de concentração
Quando se está com dor, grande parte da sua atenção fica voltada para a própria dor. Como consequência, você tem dificuldade para manter-se focado nas tarefas diárias, do trabalho e de estudos.
Dores musculares
Outro sintoma que acompanha a cefaleia tensional são as dores musculares. Como os músculos dos ombros, do pescoço e da face estão sempre tensos, é comum que eles também manifestem dor, aumentando os incômodos e afetando o bem-estar do paciente.
Como é feito o tratamento?
A cefaleia tensional é um problema menos limitante que a enxaqueca. Justamente por isso, muitos pacientes acabam não procurando um médico e se automedicam. Há dois problemas nisso: o primeiro é que os remédios mascaram o real problema, tirando a chance de resolver a causa da cefaleia.
O segundo é que o consumo indiscriminado de analgésicos acaba gerando o efeito contrário ao que se deseja: essas drogas podem causar dores de cabeça ainda piores.
Ao perceber que os episódios de dores de cabeça estão se tornando mais frequentes, é fundamental procurar um médico neurologista para que seja realizada orientações em relação a mudança de estilo de vida, atividade física e intervenções medicamentosas – tratamento abortivo e preventivo.
Junto com medidas farmacológicas e não farmacológicas, deve ser realizada uma investigação detalhada a fim de se excluírem causas secundárias de cefaleia.
Tem sentido mais dores de cabeça ultimamente? Desconfia que possa ser cefaleia tensional? Marque uma consulta com um de profissional e livre-se, de uma vez por todas, desse problema!