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Bula do Cefanal

Contraindicação do Cefanal

Hipersensibilidade

Ceftriaxona Sódica (substância ativa) é contraindicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade à Ceftriaxona Sódica (substância ativa), a qualquer um dos excipientes da formulação ou a qualquer outro cefalosporínico. Pacientes com histórico de reações de hipersensibilidade à penicilina e outros agentes betalactâmicos podem apresentar maior risco de hipersensibilidade à Ceftriaxona Sódica (substância ativa).

Lidocaína

Contraindicações à lidocaína devem ser excluídas antes da administração de injeções intramusculares de Ceftriaxona Sódica (substância ativa), nas quais a solução de lidocaína deve ser utilizada como solvente. Favor consultar as contraindicações descritas na bula da lidocaína. Soluções de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) que contém lidocaína nunca devem ser administradas por via intravenosa.

Neonatos prematuros

Ceftriaxona Sódica (substância ativa) é contraindicado a neonatos prematuros com idade pós-menstrual (idade corrigida) de até 41 semanas (idade gestacional + idade cronológica).

Recém-nascidos com hiperbilirrubinemia

Recém-nascidos com hiperbilirrubinemia não devem ser tratados com Ceftriaxona Sódica (substância ativa). Estudos in vitro mostraram que a Ceftriaxona Sódica (substância ativa) pode deslocar a bilirrubina de sua ligação com a albumina sérica, levando a um possível risco de encefalopatia bilirrubínica nesses pacientes.

Neonatos e soluções intravenosas que contém cálcio

Ceftriaxona Sódica (substância ativa) é contraindicado a neonatos (? 28 dias) caso eles requeiram (ou possam requerer) tratamento com soluções IV que contêm cálcio, incluindo infusão contínua de cálcio como a nutrição parenteral, por causa do risco de precipitação de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) cálcica.

Como usar o Cefanal

Adultos: as doses para adultos variam de 1 a 4 g diários, em dose fracionada. A dose usual é de 250 mg a cada 6 horas.

Crianças: a dose diária é de 25 a 50 mg/kg de peso corpóreo em doses fracionadas.

Precauções do Cefanal

Hipersensibilidade

Assim como para todos os agentes antibacterianos betalactâmicos, reações de hipersensibilidade sérias e, ocasionalmente, fatais foram reportadas em pacientes tratados com Ceftriaxona Sódica (substância ativa). No caso de reações de hipersensibilidade graves, o tratamento com Ceftriaxona Sódica (substância ativa) deve ser descontinuado imediatamente e medidas de emergência adequadas devem ser iniciadas. Antes do início do tratamento, deve-se concluir se o paciente apresenta histórico de reações de hipersensibilidade à Ceftriaxona Sódica (substância ativa), outros cefalosporínicos ou qualquer outro tipo de agente betalactâmico. Deve-se tomar precauções, caso Ceftriaxona Sódica (substância ativa) seja administrado em pacientes com histórico de hipersensibilidade a outros agentes betalactâmicos.

Anemia hemolítica

Anemia hemolítica imune mediada foi observada em pacientes que receberam antibacterianos da classe das cefalosporinas, incluindo Ceftriaxona Sódica (substância ativa). Casos graves de anemia hemolítica, incluindo óbitos, foram relatados durante o tratamento em adultos e crianças. Caso um paciente desenvolva anemia durante o uso de Ceftriaxona Sódica (substância ativa), o diagnóstico de uma anemia associada à cefalosporina deve ser considerado e o uso da Ceftriaxona Sódica (substância ativa) interrompido até que a etiologia seja determinada.

Diarreia associada ao Clostridium difficile (CDAD)

CDAD foi relatada com o uso de quase todos os agentes antibacterianos, incluindo Ceftriaxona Sódica (substância ativa), e pode variar na gravidade, de diarreia leve à colite fatal. O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal do cólon, levando a um crescimento exacerbado do C. difficile.

C. difficile produz toxinas A e B, as quais contribuem para o desenvolvimento de CDAD. Cepas de C. difficile hiperprodutoras de toxina causam aumento da morbidade e mortalidade, pois essas infecções podem ser refratárias à terapia antimicrobiana, podendo requerer colectomia. CDAD deve ser considerada em todos os pacientes que apresentarem diarreia após uso de antibióticos. É necessário histórico médico cuidadoso porque já foi relatada a ocorrência de CDAD mais de dois meses após a administração de agentes antibacterianos.

Caso haja suspeita de CDAD ou o diagnóstico seja confirmado, o antibiótico não específico em uso contra C. difficile talvez necessite ser descontinuado. O manejo adequado de líquidos e eletrólitos, suplementação proteica, tratamento antibiótico para C. difficile e a avaliação cirúrgica devem ser instituídos.

Superinfecções

Superinfecções com os microrganismos sensíveis podem ocorrer como com outros agentes antibacterianos.

Precipitados de Ceftriaxona Sódica cálcica

Precipitados de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) cálcica na vesícula biliar foram observados durante exames ultrassonográficos em pacientes que, particularmente, estavam recebendo doses de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) iguais ou superiores a 1 g/dia. A probabilidade de surgimento desses precipitados, aparentemente, é maior em pacientes pediátricos. Os precipitados desaparecem após descontinuação do tratamento com Ceftriaxona Sódica (substância ativa) e são raramente sintomáticos.

Em casos sintomáticos, o gerenciamento não cirúrgico conservador é recomendado e a descontinuação do tratamento com Ceftriaxona Sódica (substância ativa) deve ser considerada pelo médico com base na avaliação individual do risco-benefício. À luz da evidência científica atual, não foram observados casos de precipitações intravasculares em pacientes, exceto em recém-nascidos tratados com Ceftriaxona Sódica (substância ativa) e soluções ou produtos que contenham cálcio. No entanto, Ceftriaxona Sódica (substância ativa) não deve ser misturado ou administrado simultaneamente com soluções ou produtos que contenham cálcio, a qualquer paciente, mesmo por diferentes cateteres ou acessos venosos para infusão.

Pancreatite

Casos de pancreatite, possivelmente de etiologia biliar obstrutiva, foram raramente relatados em pacientes tratados com Ceftriaxona Sódica (substância ativa). A maior parte desses pacientes apresentava fatores de risco para estase / aglutinação biliar, como tratamento prévio intenso, doença grave e nutrição parenteral total. O papel de fator desencadeante ou de cofator de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) relacionado à precipitação biliar não pode ser descartado.

Monitoramento hematológico

Durante tratamentos prolongados, hemograma completo deve ser feito regularmente.

Exclusivo Intramuscular (IM)

O diluente de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) IM, composto de uma solução de lidocaína, nunca deve ser administrado na veia. Dessa forma, sempre utilize Ceftriaxona Sódica (substância ativa) IM somente por via intramuscular, nunca por via intravenosa.

Populações especiais

Gravidez e lactação

Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.

Apesar dos estudos não demonstrarem defeitos físicos no feto ou indução de mutação genética, é necessário cautela nos três primeiros meses de gestação, a não ser em casos absolutamente necessários.

Ceftriaxona Sódica (substância ativa) atravessa a barreira placentária. A segurança durante a gravidez não foi estabelecida em seres humanos.

Estudos de reprodução em animais não evidenciaram embrio ou fetotoxicidade nem teratogenicidade, ou eventos adversos sobre a fertilidade (tanto masculina quanto feminina), o nascimento ou o desenvolvimento peri ou pós-natal. Em primatas, não foi observada embriotoxicidade ou teratogenicidade.

Como Ceftriaxona Sódica (substância ativa) é excretado no leite humano em baixas concentrações, é recomendada cautela em mulheres que amamentam.

Uso em idosos

As doses para adultos não precisam ser alteradas para pacientes geriátricos.

Uso em pacientes pediátricos

A segurança e a eficácia de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) em recém-nascidos, lactentes e crianças foram estabelecidas para as doses descritas no item “Posologia”. Estudos mostraram que a Ceftriaxona Sódica (substância ativa), assim como outras cefalosporinas, pode deslocar a bilirrubina da albumina sérica. Ceftriaxona Sódica (substância ativa) não é recomendado para neonatos, especialmente prematuros, que apresentem risco de desenvolver encefalopatia por causa da hiperbilirrubinemia.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas

Durante o tratamento com Ceftriaxona Sódica (substância ativa), efeitos indesejados podem ocorrer (por exemplo, tontura), os quais podem influenciar a habilidade de dirigir e operar máquinas. Pacientes devem ser cautelosos ao dirigir ou operar máquinas.

Até o momento não há informações de que Ceftriaxona Sódica (substância ativa) possa causar doping.

Reações Adversas do Cefanal

Estudos clínicos

As reações adversas mais frequentemente reportadas para Ceftriaxona Sódica (substância ativa) são eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia, diarreia, erupção cutânea e aumento das enzimas hepáticas. Os dados para determinar a frequência das reações adversas de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) foram obtidos de estudos clínicos.

Reação comum (gt; 1/100 e lt; 1/10)

Eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia, diarreia, fezes amolecidas, aumento das enzimas hepáticas e erupção cutânea.

Reação incomum (gt; 1/1.000 e lt; 1/100)

Infecção fúngica no trato genital, granulocitopenia, anemia, coagulopatia, cefaleia, tontura, náusea, vômito, prurido, flebite, dor no local da administração, febre e aumento da creatinina sérica.

Reação rara (gt; 1/10.000 e lt; 1/1.000)

Colite pseudomembranosa, broncoespasmo, urticária, hematúria, glicosúria, edema e calafrios.

Pós-comercialização

As reações adversas a seguir foram identificadas durante o período de pós-comercialização de Ceftriaxona Sódica (substância ativa). Essas reações foram reportadas por uma população de tamanho incerto, portanto, não é possível estimar com segurança sua frequência e/ou estabelecer uma relação causal com a exposição ao fármaco.

Problemas gastrintestinais

Pancreatite, estomatite e glossite.

Alterações hematológicas

Casos isolados de agranulocitose (lt; 500/mm³) foram relatados, a maior parte deles após 10 dias de tratamento e doses totais de 20 g ou mais.

Reações cutâneas

Pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA) e casos isolados de graves reações cutâneas, como eritema multiforme, síndrome de Stevens Johnson ou síndrome de Lyell / necrólise epidérmica tóxica.

Alterações no sistema nervoso

Convulsão.

Infecções e infestações

Superinfecção.

Outros efeitos colaterais raros

Sedimento sintomático de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) cálcica na vesícula biliar (litíase biliar), icterícia, kernicterus, oligúria, reações anafiláticas e anafilactoides.

Interação com cálcio

Dois estudos in vitro, um utilizando plasma de adultos e outro plasma neonatal do sangue do cordão umbilical, foram realizados para avaliar a interação de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) e cálcio. Concentrações de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) de até 1 mM (em excesso de concentrações obtidas in vivo, após administração de 2 g de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) em perfusão durante 30 minutos) foram usadas em combinação com concentrações de cálcio de até 12 mM (48 mg/dL). A recuperação de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) do plasma foi reduzida com concentrações de cálcio de 6 mM (24 mg/dL) ou superior no plasma de adultos ou 4 mM (16 mg/dL) ou superior no plasma neonatal. Isso pode ser reflexo da precipitação de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) cálcica.

Em recém-nascidos que receberam Ceftriaxona Sódica (substância ativa) e soluções que continham cálcio, foi relatado um pequeno número de casos fatais, nos quais um material cristalino foi observado nos pulmões e rins durante a autópsia. Em alguns desses casos, a mesma linha de infusão intravenosa foi usada para Ceftriaxona Sódica (substância ativa) e para as soluções contendo cálcio e, em algumas dessas vias de infusão, foi observado um precipitado. Pelo menos uma fatalidade foi relatada com um recém-nascido no qual Ceftriaxona Sódica (substância ativa) e soluções que continham cálcio foram administrados em diferentes momentos, em vias de infusão diferentes; e nenhum material cristalino foi observado na autópsia desse neonato. Não houve relatos semelhantes em pacientes não neonatos.

Foram relatados casos de precipitação de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) no trato urinário, principalmente em crianças que foram tratadas com altas doses (por exemplo, doses maiores ou iguais a 80 mg/kg/dia ou com dose total excedendo 10 g) e que apresentavam outros fatores de risco (por exemplo, desidratação, confinamento a cama). Esse evento pode ser assintomático ou sintomático, e pode levar à obstrução da uretra e insuficiência renal aguda, mas é geralmente reversível com a descontinuação de Ceftriaxona Sódica (substância ativa).

Efeitos colaterais locais

Em raros casos, reações de flebite ocorrem após administração intravenosa. Essas podem ser minimizadas pela prática de injeção lenta do produto (2 – 4 min).

Investigações

Resultados falso positivos para os testes de Coombs, galactosemia e métodos não enzimáticos para determinação da glicose.

Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa do Cefanal

Até o momento, não se observaram alterações da função renal após administração simultânea de doses elevadas de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) e potentes diuréticos, como a furosemida.

Há evidências conflitantes sobre o potencial aumento na toxicidade renal dos aminoglicosídeos, quando administrados com cefalosporinas. O monitoramento dos níveis de aminoglicosídeos e da função renal descritos na prática clínica devem ser rigorosamente cumpridos, quando houver administração em combinação com Ceftriaxona Sódica (substância ativa).

Ceftriaxona Sódica (substância ativa) não contém o radical N-metiltiotetrazol, que está associado a uma possível intolerância ao álcool e a sangramentos observados com outras cefalosporinas.

A probenicida não tem influência sobre a eliminação de Ceftriaxona Sódica (substância ativa).

Em estudos in vitro, efeitos antagônicos foram observados com o uso combinado de cloranfenicol e Ceftriaxona Sódica (substância ativa).

Diluentes que contêm cálcio, como as soluções de Ringer ou Hartmann, não devem ser utilizados para a reconstituição de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) ou para diluições posteriores de soluções reconstituídas para administração IV, pois pode ocorrer a formação de precipitado. A precipitação de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) cálcica também é possível quando Ceftriaxona Sódica (substância ativa) é misturado com soluções que contêm cálcio no mesmo acesso de administração IV. Ceftriaxona Sódica (substância ativa) não deve ser administrado simultaneamente com soluções IV que contêm cálcio, inclusive infusões contínuas que contêm cálcio, tais como as de nutrição parenteral, através de equipo em Y. No entanto, em outros pacientes, exceto em recém-nascidos, Ceftriaxona Sódica (substância ativa) e soluções que contenham cálcio podem ser administrados sequencialmente, se as linhas de infusão forem bem lavadas com um líquido compatível. Em estudos in vitro que utilizaram plasma adulto e neonatal do sangue do cordão umbilical, foi demonstrado que recém-nascidos apresentam um risco aumentado de precipitação de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) cálcica.

O uso concomitante de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) com antagonistas da vitamina K pode aumentar o risco de sangramentos. Os parâmetros de coagulação devem ser monitorados frequentemente e a dose do anticoagulante deve ser ajustada adequadamente durante e após o tratamento com Ceftriaxona Sódica (substância ativa).

Interações com exames laboratoriais

Em pacientes tratados com Ceftriaxona Sódica (substância ativa), o teste de Coombs pode se tornar falso positivo. Assim como com outros antibióticos, pode ocorrer resultado falso positivo para galactosemia.

Os métodos não enzimáticos para a determinação de glicose na urina podem fornecer resultados falsos positivos. Por esse motivo, a determinação de glicose na urina durante o tratamento com Ceftriaxona Sódica (substância ativa) deve ser feita por métodos enzimáticos.

A presença da Ceftriaxona Sódica (substância ativa) pode falsamente reduzir os valores estimados de glicose no sangue, quando obtidos a partir de alguns sistemas de monitoramento da glicose sanguínea. Favor consultar as informações de uso para cada sistema utilizado. Métodos de análise alternativos devem ser utilizados, se necessário.

Interação Alimentícia do Cefanal

Ceftriaxona Sódica (substância ativa) não apresentou efeito similar ao provocado pelo dissulfiram após administração de álcool. 

Ação da Substância Cefanal

Resultados de Eficácia


O tratamento com Ceftriaxona Sódica (substância ativa) é eficaz em infecções de gravidade variável, incluindo a sepse neonatal e em adultos, causadas por microrganismos sensíveis.

É indicado no tratamento empírico da meningite em crianças acima de 1 ano associado à ampicilina.

Sua eficácia em adultos é comparável à da associação ampicilina e cloranfenicol e, em criançasm aos seguintes antibióticos:

No tratamento das infecções respiratórias agudas ou crônicas agudizadas, sua eficácia é observada em crianças, adultos e idosos, na pneumonia comunitária e hospitalar, de gravidade variável, e em casos graves.

Seu uso em dose única no tratamento da otite média aguda em crianças tem eficácia similar à do tratamento com amoxicilina durante 7 a 10 dias, associação amoxicilina e ácido clavulânico e sulfametoxazol e trimetoprima, e tem sua indicação como alternativa quando a aderência ao tratamento for questionável.

Ceftriaxona Sódica (substância ativa) mostrou-se eficaz no tratamento das infecções renais e do trato urinário não complicadas e complicadas. Sua eficácia e segurança também foram demonstradas em mulheres grávidas, crianças e adolescentes.

No tratamento da peritonite bacteriana espontânea em pacientes cirróticos, ocorre cura bacteriológica de até 100% em 48 horas. Na febre tifoide seu uso é seguro e eficaz, em adultos e crianças, comparável ao cloranfenicol. Nas diarreias causadas por Shigella, Salmonella, E. coli e Campylobacter, em crianças, tem eficácia similar quando comparado ao ciprofloxacino.

Sua eficácia também é observada no tratamento empírico de infecções bacterianas em crianças e adultos imunocomprometidos com neutropenia febril e câncer. Nesses pacientes, o uso de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) diário, uma vez ao dia, é mais custo efetivo do que a ceftazidima, três doses ao dia, ambos em associação à amicacina.

Na profilaxia perioperatória de infecções, sua administração em dose única no pré-operatório tem eficácia superior ou igual a outros antibióticos administrados em múltiplas doses. É superior à associação de gentamicina e metronidazol em cirurgias intestinais e a cefoxitina, em cirurgias abdominais. Em relação a cefepime (este também em dose única), a eficácia nas cirurgias colorretais é semelhante. Nas cirurgias ginecológicas, biliares e cardiovasculares, a eficácia de sua administração em dose única é similar a cefazolina em múltiplas doses. Nas cirurgias mamárias, observou-se menor incidência de infecção pós-operatória, quando comparado a ceftazidima. Nas cirurgias ortopédicas, sua eficácia é semelhante à de cefuroxima.

Na profilaxia de infecção após trauma penetrante, a administração precoce (dentro de 2 horas) de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) 2 g em dose única tem eficácia semelhante ao uso de cefoxitina na dose de 2 g, 3 vezes ao dia por 3 dias, associado a um menor custo de tratamento.

Ceftriaxona Sódica (substância ativa) em uma única dose é eficaz para o tratamento da gonorreia com resultados de erradicação da bactéria que variam de 98% a 100%. Sua eficácia em dose única no tratamento do cancroide é similar à azitromicina. associação com doxicilina é tão eficaz quanto a inflamatória pélvica.

No tratamento da doença de Lyme, mostra-se superior à penicilina e pode ser considerada droga de escolha.

No tratamento das celulites, sua eficácia é comparável a cefazolina.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

Microbiologia

A atividade bactericida da Ceftriaxona Sódica (substância ativa) deve-se à inibição da síntese da parede celular. A Ceftriaxona Sódica (substância ativa), in vitro, é ativa contra um amplo espectro de microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos, sendo altamente estável à maioria das betalactamases, tanto cefalosporinases quanto penicilinases desses microrganismos.

A Ceftriaxona Sódica é normalmente ativa in vitro contra os seguintes microrganismos e suas respectivas infecções:

Aeróbios Gram-positivos

Infecções

 

Staphylococcus aureus (sensíveis à meticilina), Staphylococci coagulase-negativo, Streptococcus pyogenes (Beta-hemolítico grupo A), Streptococcus agalactiae (Beta-hemolítico grupo B), Streptococci beta-hemolítico (grupo não-A ou B), Streptococcus viridans, Streptococcus pneumoniae

 

Observações

Os estafilococos resistentes à meticilina são resistentes às cefalosporinas, inclusive à Ceftriaxona Sódica (substância ativa). Em geral, Enterococos faecalis, Enterococos faecium e Listeria monocytogenes também são resistentes

Aeróbios Gram-negativos

Infecções

Acinetobacter lwoffi, Acinetobacter anitratus (principalmente Acinetobacter baumanii)*, Aeromonas hydrophila, Alcaligenes faecalis, Alcaligenes odorans, Bactéria Alcaligenes-like, Borrelia burgdorferi, Capnocytophaga spp., Citrobacter diversus (incluindo C. amalonaticus), Citrobacter freundii*, Escherichia coli, Enterobacter aerogenes*, Enterobacter cloacae*, Enterobacter spp. (outros)*, Haemophilus ducreyi, Haemophilus influenzae, Haemophilus parainfluenzae, Hafnia alvei, Klebsiella oxytoca, Klebsiella pneumoniae**, Moraxella catarrhalis (antiga Branhamella catarrhalis), Moraxella osloensis, Moraxella spp. (outras), Morganella morganii, Neisseria gonorrhoeae, Neisseria meningitidis, Pasteurella multocida, Plesiomonas shigelloides, Proteus mirabilis, Proteus penneri*, Proteus vulgaris*, Pseudomonas fluorescens*, Pseudomonas spp. (outras)*, Providentia rettgeri*, Providentia spp. (outras), Salmonella typhi, Salmonella spp (não tifoide), Serratia marcescens*, Serratia spp. (outras)*, Shigella spp., Vibrio spp., Yersinia enterocolitica, Yersinia spp. (outras)

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muitas cepas de microrganismos anteriormente mencionados que apresentam resistência a outros antibióticos, como amino e ureidopenicilina, cefalosporinas mais antigas e aminoglicosídeos, são sensíveis à Ceftriaxona Sódica (substância ativa)

Observações

Muitas cepas de microrganismos anteriormente mencionados que apresentam resistência a outros antibióticos, como amino e ureidopenicilina, cefalosporinas mais antigas e aminoglicosídeos, são sensíveis à Ceftriaxona Sódica (substância ativa). Treponema pallidum é sensível à Ceftriaxona Sódica (substância ativa) in vitro e em experimentação animal. Trabalhos clínicos indicam que tanto a sífilis primária como a secundária respondem bem ao tratamento com Ceftriaxona Sódica (substância ativa). Com poucas exceções clínicas, isolados de P. aeruginosa são resistentes à Ceftriaxona Sódica (substância ativa)

Microrganismos anaeróbicos

Infecções

Bacteroides spp. (sensíveis à bile)***, Clostridium spp.(exceto C. difficile), Fusobacterium nucleatum, Fusobacterium spp (outros), Gaffkia anaerobica (anteriormente Peptococcus), Peptostreptococcus spp.

Observações

Muitas cepas de Bacteroides spp. produtoras de betalactamases (especialmente B. fragillis) são resistentes. Clostridium difficile é resistente

*Alguns isolados dessas espécies são resistentes à Ceftriaxona Sódica (substância ativa), principalmente por causa da produção de betalactamase codificada cromossomicamente.
**Alguns isolados dessas espécies são resistentes por causa da produção de betalactamase de espectro ampliado mediada por plasmídio.
***Alguns isolados dessa espécie são resistentes por causa da produção de betalactamase.

A sensibilidade à Ceftriaxona Sódica (substância ativa) pode ser determinada por meio do teste de difusão com disco ou do teste de diluição com ágar ou caldo que utiliza técnicas padronizadas para testes de sensibilidade como as recomendadas pelo National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS).

O NCCLS fornece os seguintes parâmetros para a Ceftriaxona Sódica (substância ativa):

Teste de sensibilidade por diluição (concentrações inibitórias em mg/L):

Sensível = 8 mg/L; moderadamente sensível 16 – 32 mg/L; resistentes = 64 mg/L.

Teste de sensibilidade por difusão que utilizam disco com 30 mcg de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) (diâmetro da zona de inibição em mm):

Sensível = 21 mm, moderadamente sensível = 20 – 14 mm, resistentes = 13 mm.

Os microrganismos devem ser testados com os discos de Ceftriaxona Sódica (substância ativa), uma vez que ficou demonstrado in vitro, que a Ceftriaxona Sódica (substância ativa) é ativa contra certas cepas que se mostraram resistentes em discos da classe cefalosporina.

Quando as normas recomendadas pelo NCCLS não estão disponíveis, pode-se utilizar outras normas bem padronizadas de sensibilidade e interpretação dos testes.

Farmacocinética

A farmacocinética da Ceftriaxona Sódica (substância ativa) não é linear, e todos os parâmetros farmacocinéticos básicos, exceto a meia vida de eliminação, são dependentes da dose se baseados nas concentrações totais do fármaco, aumentando menos do que proporcionalmente com a dose. A não linearidade é devida à saturação da ligação com as proteínas plasmáticas e é observada, portanto, para a Ceftriaxona Sódica (substância ativa) plasmática total, mas não para a Ceftriaxona Sódica (substância ativa) livre (não ligada).

Absorção

A concentração plasmática máxima depois de dose intramuscular única de 1 g é de cerca de 81 mg/L e é alcançada em 2 – 3 horas após administração. As áreas sob as curvas de concentração plasmática x tempo, após administração IM e IV, são equivalentes. Isso significa que a biodisponibilidade da Ceftriaxona Sódica (substância ativa) após administração IM é de 100%. Após a administração intravenosa em bolus de 500 mg e 1 g de Ceftriaxona Sódica (substância ativa), o pico plasmático médio dos níveis de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) é aproximadamente 120 e 200 mg/L, respectivamente. Após infusão intravenosa de 500 mg, 1 g e 2 g de Ceftriaxona Sódica (substância ativa), os níveis plasmáticos de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) são aproximadamente 80, 150 e 250 mg/L, respectivamente. Após injeção intramuscular, o pico plasmático médio dos níveis de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) é metade do valor observado após administração intravenosa de uma dose equivalente.

Distribuição

O volume de distribuição da Ceftriaxona Sódica (substância ativa) é de 7 a 12 litros. Ceftriaxona Sódica (substância ativa) mostrou excelente penetração tissular e nos líquidos orgânicos após dose de 1 – 2 g. Alcança concentrações bem acima da concentração inibitória mínima contra a maioria dos patógenos responsáveis pela infecção e é detectável por mais de 24 horas em mais de 60 tecidos ou líquidos orgânicos, incluindo pulmões, coração, fígado e vias biliares, amígdalas, ouvido médio, mucosa nasal, ossos e fluidos cérebro-espinhal, pleural, prostático e sinovial.

Na administração intravenosa, a Ceftriaxona Sódica (substância ativa) difunde-se rapidamente para o líquido intersticial, onde a concentração bactericida contra organismos sensíveis é mantida por 24 horas.

Ligação proteica

A Ceftriaxona Sódica (substância ativa) liga-se de modo reversível à albumina. A ligação com proteínas plasmáticas é aproximadamente 95% em concentrações plasmáticas menores que 100 mg/L. Essa ligação é saturável e a porção ligada diminui com o aumento da concentração (até 85% em concentrações de 300 mg/L).

Penetração em tecidos específicos

A Ceftriaxona Sódica (substância ativa) atravessa meninges e essa penetração é maior em meninges inflamadas. A média das concentrações de pico de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) no líquido cefalorraquidiano (LCR) reportada corresponde a até 25% dos níveis plasmáticos em pacientes com meningite bacteriana comparada com 2% de níveis plasmáticos em pacientes com meninges não inflamadas. As concentrações de pico de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) no LCR são atingidas em, aproximadamente, quatro a seis horas após injeção intravenosa.

A Ceftriaxona Sódica (substância ativa) atravessa a placenta e é excretada pelo leite em baixas concentrações.

Metabolização

A Ceftriaxona Sódica (substância ativa) não é metabolizada sistemicamente, mas convertida a metabólitos microbiologicamente inativos pela flora intestinal.

Eliminação

A depuração total do plasma é 10 – 22 mL/min. A depuração renal é 5 – 12 mL/min.

Em adultos, cerca de 50 – 60% de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) é excretada sob a forma inalterada na urina, enquanto 40% – 50% são excretados sob a forma inalterada na bile. A meia-vida de eliminação em adultos sadios é de, aproximadamente, 8 horas.

Farmacocinética em situações clínicas especiais

Crianças:

A meia-vida da Ceftriaxona Sódica (substância ativa) é prolongada em neonatos. Em pacientes desde o nascimento até 14 dias de idade, os níveis de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) livre podem ser aumentados por fatores como a filtração glomerular reduzida e a ligação proteica alterada. Durante a infância, a meia-vida é menor que em neonatos ou adultos. A depuração plasmática e o volume de distribuição da Ceftriaxona Sódica (substância ativa) total são maiores em neonatos, lactentes e crianças do que em adultos.

Idosos:

Em indivíduos idosos, com mais de 75 anos, a média da meia-vida de eliminação é cerca de 2 a 3 vezes mais longa que em pacientes adultos.

Insuficiência renal ou hepática:

Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, a farmacocinética da Ceftriaxona Sódica (substância ativa) é minimamente alterada, sendo a meia-vida de eliminação apenas discretamente aumentada (menos que duas vezes), mesmo em pacientes com insuficiência renal grave. O modesto aumento na meia-vida em pacientes com insuficiência renal é devido ao aumento compensatório na depuração não renal, originado por uma redução na ligação proteica e por aumento correspondente na depuração não renal da Ceftriaxona Sódica (substância ativa) total.

Em pacientes com insuficiência hepática, a meia-vida de eliminação da Ceftriaxona Sódica (substância ativa) não é aumentada, por causa de um aumento compensatório na depuração renal. Isto ocorre também por causa de um aumento na fração de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) livre no plasma, que contribuiu para o aumento paradoxal observado na depuração de Ceftriaxona Sódica (substância ativa) total, paralelamente a um aumento do volume de distribuição.

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