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Bula do Cefazolina Sódica União Química

Infecções do trato respiratório

Causadas por Streptococcus pneumoniae, Klebsiella spp., Haemophilus influenzae, Staphylococcus aureus (penicilino-suscetíveis e penicilino-resistentes), estreptococos beta-hemolíticos do grupo A.

A penicilina benzatina injetável é considerada o medicamento de escolha no tratamento e prevenção de infecções estreptocócicas, incluindo a profilaxia da febre reumática.

A cefazolina é eficaz na erradicação dos estreptococos da nasofaringe; porém, até o momento não existem dados da eficácia da cefazolina na prevenção subsequente da febre reumática.

Infecções do Trato Urinário

Causadas por Escherichia coli, Proteus mirabilis, Klebsiella spp., e algumas cepas de enterobacter e enterococos.

Infecções da Pele e Estruturas da Pele

Causadas por Staphylococcus aureus (penicilino-suscetíveis e penicilino-resistentes), estreptococos beta-hemolíticos do grupo A e outras cepas de estreptococos.

Infecções do Trato Biliar

Causadas por Escherichia coli, diversas cepas de estreptococos, Proteus mirabilis, Klebsiella spp. e Staphylococcus aureus.

Infecções Ósseas e Articulares

Causadas por Staphylococcus aureus.

Infecções Genitais (ex., prostatite e epididimite)

Causadas por Escherichia coli, Proteus mirabilis, Klebsiella spp. e algumas cepas de enterococos.

Septicemia

Causada por Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus (penicilino-suscetíveis e penicilino-resistentes), Proteus mirabilis, Escherichia coli e Klebsiella spp.

Endocardites

Causadas por Staphylococcus aureus (penicilino-suscetíveis e penicilino-resistentes) e estreptococos betahemolíticos do grupo A.

Culturas apropriadas e estudos de suscetibilidade devem ser realizados para determinar a suscetibilidade do microrganismo causador à cefazolina.

Profilaxia Cirúrgica

A administração profilática da cefazolina no pré-operatório, intra-operatório e pós-operatório pode reduzir a incidência de algumas infecções pós-operatórias em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos classificados como contaminados ou potencialmente contaminados.

O uso profilático da cefazolina pode também ser eficaz em pacientes cirúrgicos nos quais uma infecção no local da cirurgia pode representar um grave risco (por exemplo, durante cirurgia cardíaca a céu-aberto ou artroplastia prostética).

A administração profilática da cefazolina geralmente deve ser interrompida após um período de 24 horas após o procedimento cirúrgico.

Em cirurgias onde a ocorrência de infecção pode ser particularmente devastadora (cirurgia cardíaca a céu-aberto e artroplastia prostética), a administração profilática da cefazolina pode ser continuada por 3 a 5 dias após a cirurgia.

Se houver sinais de infecção, amostras para cultura devem ser colhidas para identificação do organismo causador, de modo a instituir-se um tratamento apropriado.

Contraindicação do Cefazolina Sódica – União Química

Cefazolina Sódica (substância ativa) é contraindicada em pacientes com histórico de alergia a antibióticos do grupo das cefalosporinas, penicilina, derivados da penicilina e penicilamina.

Como usar o Cefazolina Sódica – União Química

Atenção: 

Como na terapia com antibióticos em geral, o tratamento com Cefazolina Sódica (substância ativa) deve ser prolongado por um mínimo de 48 a 72 horas após abaixar a temperatura do paciente, ou após a constatação da erradicação bacteriana de pequenos fragmentos de rolha serem levados para dentro do frasco durante o procedimento.

Agulhas 30×8 ou 25×8, embora dificultem o processo de reconstituição, tem menor probabilidade de carregarem partículas de rolha para dentro dos frascos. Deve-se, no entanto, sempre inspecionar visualmente os produtos antes da administração, descartando-os se contiverem partículas.

O produto preparado em capela de fluxo unidirecional (laminar) validado pode ser armazenado pelos tempos descritos a seguir. Para produtos preparados fora desta condição, recomenda-se o uso imediato.

Via intramuscular

Reconstituição

Reconstituir com 2,5 mL de água estéril para injeção. Pode também ser reconstituído com solução de lidocaína 0,5%.

O produto reconstituído tem cor levemente amarelada.

Administração

Injetar em grande massa muscular.

Em adultos, nas nádegas (quadrante superior externo).

Em crianças, na face lateral da coxa.

Atenção:

 

O produto reconstituído com solução de lidocaína 0,5% não pode ser administrado por via intravenosa.

Estabilidade após reconstituição

12 horas em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C) ou 24 horas sob refrigeração (entre 2 e 8°C).

Via intravenosa direta

Reconstituição

Reconstituir o conteúdo do frasco-ampola com 2,5 mL de água estéril para injeção.

O produto reconstituído tem cor levemente amarelada.

Diluição

Diluir o produto previamente reconstituído para 10 mL de solução.

Os diluentes compatíveis são:

Administração

Injetar direto na veia durante 3 a 5 minutos.

Estabilidade após reconstituição

12 horas em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C) ou 24 horas sob refrigeração (entre 2 e 8°C).

Infusão intravenosa

Reconstituição

Reconstituir o conteúdo do frasco-ampola com 2,5 mL de água estéril para injeção.

O produto reconstituído tem cor levemente amarelada.

Diluição

Diluir o produto previamente reconstituído com 50 a 100 mL de cloreto de sódio 0,9% ou glicose 5%.

Outras soluções compatíveis

Administração

Infundir durante 30 a 60 minutos.

Estabilidade após reconstituição

12 horas em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C) ou 24 horas sob refrigeração (entre 2 e 8°C).

Incompatibilidades

Não se recomenda a mistura de cefazolina com outras medicações.

A mistura de antibacterianos betalactâmicos (penicilinas e cefalosporinas) e aminoglicosídeos pode resultar em inativação de ambas as substâncias.

Se clinicamente necessário elas devem ser administradas por vias separadas (não misturá-las no mesmo frasco ou numa mesma bolsa intravenosa).

Posologia

Atenção: As doses são dadas em termos de Cefazolina.

Adultos e Adolescentes

Infecção Urinária Aguda (não complicada)

1g a cada 12 horas por infusão intravenosa.

Pneumonia Pneumocócica

500 mg a cada 12 horas por infusão intravenosa.

Endocardite (profilaxia)

1 g, 30 minutos antes da cirurgia, por infusão intravenosa.

Profilaxia cirúrgica (infusão intravenosa)

Antes da cirurgia

1 g, 30 a 60 minutos antes do início da cirurgia.

Durante a cirurgia (procedimentos com duração de 2 horas ou mais)

500 mg a 1 g.

Depois da cirurgia

500 mg a 1 g a cada 6 a 8 horas, até 24 horas após a cirurgia.

É importante que a dose pré-operatória seja administrada exatamente (30 minutos a uma hora) antes do início da cirurgia de tal modo que níveis adequados de cefazolina estejam presentes no sangue e nos tecidos no momento da incisão cirúrgica inicial.

Em cirurgias onde a ocorrência de uma infecção pode ser particularmente devastadora (por exemplo, cirurgia cardíaca a céu-aberto ou artroplastia prostética), a administração profilática da cefazolina deve ser continuada por 3 a 5 dias após o término da cirurgia.

Outras Infecções

Infecções leves

250 a 500 mg a cada 8 horas, por infusão intravenosa.

Infecções moderadas a graves

500 mg a 1 g, a cada 6 a 8 horas, por infusão intravenosa.

Limite de dose para adultos

6 g por dia, embora em raras ocasiões doses de até 12 g por dia foram utilizadas.

Crianças

Endocardite (profilaxia)

25 mg por quilograma de peso corporal, 30 minutos antes do início do procedimento, por infusão intravenosa.

Outras infecções

Crianças a partir de 1 mês de idade (infusão intravenosa) 

Infecção leve a moderada

6,25 a 12,5 mg por quilograma de peso corporal a cada 6 horas ou 8,3 a 16,7 mg por quilograma de peso corporal a cada 8 horas.

Infecção grave

25 mg por quilograma de peso corporal a cada 6 horas ou 33,3 mg por quilograma de peso corporal a cada 8 horas.

Crianças com menos de 1 mês de idade (infusão intravenosa)

20 mg por quilograma de peso corporal, a cada 8 ou 12 horas.

Idosos

Pode ser necessário ajustar a dose em função da condição renal.

Limite de dose para idosos acima de 75 anos de idade

500 mg a cada 8 horas (mesmo com clearance de creatinina normal).

Pacientes com diminuição da função renal

Adultos com diminuição da função renal

Após uma dose inicial apropriada à gravidade do caso, as doses devem ser ajustadas de acordo com esquema abaixo que considera o clearance de creatinina.

Tabela 1: Ajuste de Dose para Adultos com Diminuição da Função Renal

Clearance de creatinina (mL/min)

Dose

? 55Dose usual
35-54Dose usual a cada 8 ou 12 horas
11-34Metade da dose usual a cada 12 horas
? 10Metade da dose usual a cada 18 ou 24 horas

Crianças com diminuição da função renal

Após uma dose inicial apropriada à gravidade do caso, as doses devem ser ajustadas de acordo com o esquema abaixo que considera o clearance da creatinina.

Tabela 2: Ajuste de Dose para Crianças com Diminuição da Função Renal

Clearance de creatinina (mL/min)

Dose

? 70Dose usual para crianças
40-707,5 a 30 mg por quilograma de peso corporal a cada 12 horas
20-403,1 a 12,5 mg por quilograma de peso corporal a cada 12 horas
5-202,5 a 10 mg por quilograma de peso corporal a cada 24 horas

Duração do tratamento

Como na terapia com antibióticos em geral, o tratamento com Cefazolina Sódica (substância ativa) deve ser prolongado por um mínimo de 48 a 72 horas após abaixar a temperatura do paciente, ou após a constatação da erradicação bacteriana. 

Precauções do Cefazolina Sódica – União Química

Antes do tratamento com cefazolina ser instituído, um cuidadoso questionamento deve ser feito para determinar se o paciente já apresentou reações de hipersensibilidade a outros medicamentos, particularmente à cefazolina, outras cefalosporinas, penicilinas ou penicilaminas.

Recomenda-se cuidado especial ao administrar cefazolina a pacientes penicilino-sensíveis, pois a hipersensibilidade cruzada entre antibióticos betalactâmicos pode ocorrer em até 10% dos pacientes com histórico de alergia a penicilina.

Se uma reação alérgica a cefazolina ocorrer, interrompa o tratamento com o medicamento.

Reações de hipersensibilidade aguda graves podem requerer tratamento com epinefrina (adrenalina) e outras medidas de emergência, incluindo oxigênio, fluidos intravenosos, anti-histamínicos intravenosos, corticosteroides, aminas pressoras e monitoração das vias aéreas, conforme indicação clínica.

Foram relatados casos de colite pseudomembranosa com quase todos os agentes antibacterianos incluindo a cefazolina, cuja gravidade pode variar de leve a risco de morte. Portanto, deve-se considerar este diagnóstico em pacientes que apresentem diarreia após administração de agentes antibacterianos.

O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal do cólon e pode permitir o aumento de crescimento de clostrídeos. Estudos indicam que a toxina produzida pelo Clostridium difficile é uma das causas primárias da colite associada ao uso de antibióticos.

Estabelecido o diagnóstico de colite pseudomembranosa, medidas terapêuticas apropriadas devem ser iniciadas.

Os casos leves de colite pseudomembranosa geralmente respondem apenas com a interrupção do tratamento. Em casos de colite moderada a grave, o tratamento deve incluir sigmoidoscopia, estudos bacteriológicos apropriados e suplementação de líquidos, eletrólitos e proteínas.

Quando não há melhora após a interrupção da droga ou quando a colite é grave, deve-se utilizar um antibacteriano eficaz para o tratamento de colite.

Outras causas de colites devem ser excluídas. A cefazolina, assim como todas as cefalosporinas, deve ser prescrita com cautela a indivíduos com história de doença gastrintestinal, particularmente colite.

O uso prolongado da cefazolina pode resultar em crescimento aumentado de microrganismos não suscetíveis. A observação clínica cuidadosa do paciente é essencial.

Quando a cefazolina é administrada a pacientes com baixo débito urinário devido à diminuição da função renal, uma dose diária menor é necessária.

Assim como com outros antibióticos betalactâmicos, convulsões podem ocorrer se altas doses forem administradas a pacientes com diminuição da função renal.

A administração intratecal de cefazolina não está aprovada; houve relatos de toxicidade grave ao sistema nervoso central, incluindo convulsões, quando a cefazolina foi administrada por esta via.

Carcinogênese, mutagênese

Não foram realizados estudos mutagênicos e de longa duração em animais para avaliar o potencial carcinogênico da cefazolina.

Uso na Gravidez: categoria de Risco B.

Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.?

Estudos de reprodução foram realizados em camundongos, ratos e coelhos, com doses até 25 vezes superiores à dose humana habitual, e não revelaram nenhuma evidência de prejuízo sobre a fertilidade ou dano ao feto causado por cefazolina. Entretanto, não há estudos bem controlados em mulheres grávidas e os estudos de reprodução em animais nem sempre são preditivos da resposta humana.

Trabalho de Parto

Quando a cefazolina foi administrada antes da cirurgia cesariana, os níveis do medicamento no sangue do cordão umbilical foram aproximadamente um quarto a um terço dos níveis do medicamento na mãe.

A droga parece não ter nenhum efeito adverso no feto.

Uso na lactação

A cefazolina está presente em níveis muito baixos no leite materno. Entretanto, não foram documentados problemas.

Uso em pacientes com diminuição da função renal

Pacientes podem necessitar de um ajuste de dose se houver diminuição da função renal.

Uso em crianças

A segurança e a eficácia em prematuros ainda não foram estabelecidas.

Reações Adversas do Cefazolina Sódica – União Química

Reações adversas raras

Alérgicas

Reações locais

Gastrintestinais

Reações adversas muito raras

Hematológicas

Hepáticas e renais

Outras reações

Prurido genital e anal (incluindo prurido vulvar, monilíase genital e vaginite).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância SanitáriaNOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal. 

Interação Medicamentosa do Cefazolina Sódica – União Química

Aminoglicosídeos (ex.: amicacina, gentamicina, tobramicina)

Um aumento na incidência de nefrotoxicidade foi relatado após a administração concomitante de antibióticos cefalosporínicos e aminoglicosídeos.

Não se recomenda a mistura de cefazolina com outras medicações.

A mistura de antibacterianos betalactâmicos (penicilinas e cefalosporinas) e aminoglicosídeos pode resultar na inativação de ambas as substâncias.

Se clinicamente necessário, elas devem ser administradas separadamente (não misturá-las no mesmo frasco ou numa mesma bolsa intravenosa).

Varfarina

A varfarina pode ter sua ação aumentada pela cefazolina.

Pode ser necessário diminuir a dose de varfarina.

Heparina

O uso concomitante de cefazolina e heparina pode aumentar o risco de sangramento.

Probenecida

A probenecida aumenta as concentrações plasmáticas de cefazolina e pode aumentar os riscos de toxicidade.

Interações com testes laboratoriais

Reações falso-positivas para glicose na urina podem ocorrer com solução de Benedict ou solução de Fehling, mas não com testes enzimáticos.

Testes de antiglobulina (Coombs) diretos e indiretos positivos ocorreram em pacientes que receberam cefazolina; este fato também pode ocorrer em neonatos cujas mães receberam cefalosporinas antes do parto.

Ação da Substância Cefazolina Sódica – União Química

A cefazolina tem se mostrado efetiva em adultos e crianças contra infecções causadas por uma variedade de bactérias Grampositivas e Gram-negativas.

Níveis de cefazolina no soro são duas a três vezes maiores que as mesmas doses de cefaloridina ou cefalotina.

A cefazolina tem atividade antibacteriana similar a da cefalotina.

As principais vantagens em relação à cefalotina são sua concentração sérica mais alta e por maior período e a menor possibilidade de dor após a administração intramuscular.

Em estudos clínicos, dos 394 pacientes com infecções geniturinárias causadas por Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis, 92,4% apresentaram resposta clínica favorável.

Dos 32 pacientes acompanhados bacteriologicamente por pelo menos 2 semanas após o encerramento do tratamento para infecção no trato urinário, 27 (84%) não apresentaram bacteriúria durante esse período. Em pacientes com pneumonia e bronquite, uma alta porcentagem de respostas clínicas favoráveis foi observada, 93,8% e 88,9%, respectivamente.

Uma resposta clínica favorável foi obtida em 92,7% dos 247 pacientes no grupo com infecção respiratória, e uma resposta bacteriológica satisfatória foi atingida em 76,1%.

Dos 116 pacientes com infecções na pele e tecidos moles tratados com cefazolina, uma resposta clínica favorável de 88% foi atingida e uma resposta bacteriológica foi documentada em 78% dos pacientes. 43 casos de bacteremia foram tratados com cefazolina, obtendo-se uma resposta clínica favorável em 36 (83,7%), e uma resposta bacteriológica satisfatória em 34 (79,1%) pacientes.

Dos 25 pacientes com infecções ósseas e articulares variadas, o tratamento com cefazolina foi efetivo em 20 (80%) pacientes e uma resposta bacteriológica satisfatória foi obtida em 18 (72%) pacientes. A cefazolina mostrou-se clínica e bacteriologicamente efetiva em nove casos de endocardite estafilocócica e estreptocócica.

Dos 15 pacientes com infecções em múltiplos locais, uma resposta clínica e bacteriológica favorável foi atingida em 14 (93%) pacientes.

A cefazolina foi estudada no tratamento de 105 pacientes hospitalizados com uma variedade de infecções incluindo endocardite, pneumonia, infecções no trato urinário, na pele e tecidos moles, obtendo-se efetividade em 104 pacientes.

A cefazolina também foi testada in vitro e mostrou ser efetiva contra estafilococos, pneumococos, Escherichia coli, Klebsiella sp. e Proteus mirabilis pelo método de diluição em ágar.

Os resultados do tratamento de pneumonia pneumocócica com cefazolina administrada por via intramuscular foram superiores aos com cefalexina por via oral.

Em um estudo que avaliou a eficácia da cefazolina em comparação com placebo na prevenção de infecção em cirurgia vascular periférica, observou-se que infecções no local das incisões ocorreram com frequência significantemente menor após profilaxia perioperatória com cefazolina, efeitos adversos (flebite, erupção cutânea, resistência antimicrobiana) relacionados às 24 – 36 horas de uso de cefazolina não foram relatados.

Dos 462 pacientes submetidos a cirurgia da aorta abdominal e extremidade vascular baixa, houve uma diferença significantemente alta nas taxas de infecção: 6,8% dos tratados com placebo versus 0,9% dos tratados com cefazolina.

Até 8% das incisões abdominais de pacientes recebendo placebo tornaram-se infectadas versus 1,2% nos pacientes tratados com cefazolina. Incisões na virilha foram infectadas com baixa frequência, 1,1% para pacientes que receberam placebo versus nenhum paciente recebendo cefazolina.

Em um estudo comparativo entre pacientes recebendo cefazolina ou placebo para profilaxia de cirurgia torácica não-cardíaca, a cefazolina reduziu significativamente a taxa de infecção da incisão (1,5% no grupo recebendo cefazolina e 14% no grupo recebendo placebo).

Uma dose pré-operatória única de 1 g de cefazolina foi efetiva na redução da taxa de infecção na incisão em cirurgia torácica cardíaca.

Em procedimentos cirúrgicos prolongados, recomenda-se a redosagem do antibiótico profilático durante o procedimento.

A redosagem foi benéfica em procedimentos com duração de mais de 400 minutos: infecções ocorreram em 14 (7,7%) dos 182 pacientes que receberam redosagem e em 32 (16%) dos 200 pacientes que não receberam.

A redosagem intraoperatória de cefazolina foi associada a uma redução de 16% no risco total de infecção no local da cirurgia após cirurgia cardíaca, incluindo procedimentos com duração de menos de 240 minutos.

A cefazolina é equivalente à cefoxitina para a prevenção de endometrite pós-parto em mulheres submetidas a secção-C não eletiva primária.

Características farmacológicas

Descrição

A cefazolina é uma cefalosporina semissintética para administração parenteral.

É o sal sódico 3-{[(5-metil-1,3,4- tiadizol-2-il)tiol]metil}-8-oxo-7-[2-(1H-tetrazol-1-il)acetamido]-5-tia-1-azabiciclo[4.2.0] octo-2-eno-2-ácido carboxílico.

Farmacocinética

Após a administração intramuscular em voluntários sadios, as concentrações séricas médias de cefazolina foram 37 mcg/mL em 1 hora e 3 mcg/mL em 8 horas, com uma dose de 500 mg e, 64 mcg/mL em 1 hora e 7 mcg/mL em 8 horas com dose de 1 g.

Após a administração intravenosa de cefazolina em voluntários sadios, as concentrações séricas médias apresentaram um pico de aproximadamente 185 mcg/mL e foram de aproximadamente 4 mcg/mL em 8 horas, com uma dose de 1 g.

A meia-vida sérica da cefazolina é aproximadamente 1,8 hora após administração intravenosa e aproximadamente 2 horas após administração intramuscular.

Em um estudo (usando voluntários sadios) com infusões intravenosas constantes de 3,5 mg/kg durante 1 hora (aproximadamente 250 mg) e 1,5 mg/kg nas 2 horas seguintes (aproximadamente 100 mg), a cefazolina produziu um nível sérico constante de aproximadamente 28 mcg/mL na terceira hora.

Estudos com pacientes hospitalizados com infecção indicam que a cefazolina injetável produz níveis séricos médios equivalentes aos observados em voluntários sadios.

Em pacientes sem doença obstrutiva biliar, os níveis na bile podem atingir ou exceder até 5 vezes os níveis séricos; porém, em pacientes com doença obstrutiva biliar, os níveis biliares de cefazolina são consideravelmente menores que os níveis séricos (lt;1 mcg/mL).

No líquido sinovial, os níveis de cefazolina são comparáveis aos alcançados no soro cerca de 4 horas após a administração.

Estudos no sangue do cordão umbilical demonstram pronta transferência da cefazolina através da placenta. A cefazolina está presente em concentrações muito baixas no leite de mães que estão amamentando.

A cefazolina é excretada inalterada na urina.

Nas primeiras 6 horas, aproximadamente 60% do medicamento são excretados na urina, aumentando para 70% a 80% em 24 horas.

A cefazolina atinge concentrações urinárias máximas de aproximadamente 2400 mcg/mL após doses intramusculares de 500 mg e de 4000 mcg/mL após doses de 1 g.

Em pacientes submetidos à diálise peritoneal (2 L/h), a cefazolina produziu níveis séricos médios de aproximadamente 10 mcg/mL, após 24 horas de instilação de uma solução de diálise contendo 50 mg/mL e 30 mcg/mL após instilação de solução contendo 150 mg/mL. Os níveis médios de pico foram 29 mcg/mL com 50 mg/mL (três pacientes), e 72 mcg/mL com 150 mg/mL.

A administração intraperitoneal da cefazolina é geralmente bem tolerada. Estudos controlados em voluntários adultos sadios recebendo 1 g, 4 vezes ao dia, durante 10 dias, monitorando exames hematológicos, AST, ALT, bilirrubinas, fosfatase alcalina, uremia, creatinina e exames de urina, não demonstraram qualquer alteração clinicamente significativa que fosse atribuída à cefazolina.

Microbiologia

Testes in vitro demonstram que a ação bactericida das cefalosporinas resulta da inibição da síntese da parede celular.

A cefazolina é ativa in vitro e em infecções clínicas contra os seguintes microrganismos:

Aeróbicos Gram-positivos

Obs.: 

estafilococos meticilina-resistentes são uniformemente resistentes à cefazolina.

Aeróbicos Gram-negativos

 A maioria das cepas de Proteus indol positivos (Proteus vulgaris), Enterobacter cloacae, Morganella morganii e Providencia rettgeri é resistente.

Serratia, Pseudomonas, Acinetobacter (anteriormente Mima-Herellea) são quase uniformemente resistentes à cefazolina.

Testes de Suscetibilidade

Técnicas de difusão

Métodos quantitativos baseados na medição do diâmetro do halo proporcionam as estimativas mais precisas da suscetibilidade de microrganismos aos antibióticos.

Um procedimento deste tipo tem sido recomendado para testes de suscetibilidade à cefazolina com uso de discos.

O teste de suscetibilidade de Staphylococcus spp, padronizado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI), com um único disco com 30 mcg de cefazolina, deve ser interpretado de acordo com os seguintes critérios

Diâmetro do Halo (mm)

Interpretação

? 18Suscetível
15-17Intermediário
? 14Resistente

Um resultado “suscetível” indica que o patógeno provavelmente será inibido pelos níveis sanguíneos normalmente alcançados, respondendo à terapia.

Um resultado “intermediário” sugere que o microrganismo deve ser suscetível se altas doses forem usadas ou se a infecção estiver confinada nos tecidos e líquidos onde altos níveis do antibiótico são atingidos (por ex.: urina).

Um resultado “resistente” indica que as concentrações alcançadas não serão suficientes para inibir o microrganismo e outra terapia deve ser selecionada.

Procedimentos padronizados requerem o uso de microrganismos de controle laboratorial.

O disco com 30 mcg de cefazolina deve apresentar os seguintes halos de inibição

Microrganismo

Diâmetro do Halo (mm)

Escherichia coli ATCC 2592221-27
Staphylococcus aureus ATCC 2592329-35

Técnicas de Diluição

Usar o método de diluição (caldo ou ágar) padronizado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) ou equivalente.

Os valores de concentração inibitória mínima (CIM) obtidos para Staphylococcus spp. devem ser interpretados de acordo com os seguintes critérios

CIM ( mcg/mL)

Interpretação

? 8Suscetível
16Intermediário
? 32Resistente

Um resultado “suscetível” indica que o patógeno provavelmente será inibido pelos níveis sanguíneos normalmente alcançados.

Um resultado “intermediário” sugere que o microrganismo deve ser suscetível se altas doses forem usadas ou se a infecção estiver confinada nos tecidos e líquidos onde altos níveis do antibiótico são atingidos (por ex.: urina).

Um resultado “resistente” indica que as concentrações alcançadas não serão suficientes para inibir o microrganismo e outra terapia deve ser selecionada.

Procedimentos padronizados requerem o uso de microrganismos de controle laboratorial.

A cefazolina-padrão deve fornecer os seguintes valores de CIM

Microrganismo

CIM (mcg/mL)?

Staphylococcus aureus ATCC 259230,25-1
Escherichia coli ATCC 25922 1-4
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