Os corticosteroides são medicamentos auxiliares e não substitutos dos tratamentos tradicionais.
Como o Celestone Soluspan funciona?
Celestone Soluspan possui um potente efeito contra inflamações, contra o reumatismo e contra alergias, sendo ainda utilizado no tratamento de outras doenças que respondem aos corticosteroides.
O início da ação de Celestone Soluspan ocorre 30 minutos após sua administração, podendo seu efeito manter-se por até 4 semanas.
Contraindicação do Celestone Soluspan
Não utilize Celestone Soluspan se você tem infecções não controladas, infecções por fungos afetando todo o organismo, reação alérgica à betametasona ou a outros corticosteroides, ou qualquer um dos componentes da fórmula deste produto.
Os corticosteroides não estão indicados no tratamento de prevenção da síndrome da membrana hialina (angústia respiratória do recém-nascido) em prematuros, e não devem ser administrados a grávidas com pré-eclâmpsia, eclâmpsia (doença que ocorre geralmente no final da gravidez, caracterizadas por convulsões associadas a pressão arterial alta) ou sinais de lesão placentária.
Preparações de corticosteroides intramusculares são contraindicadas para púrpura trombocitopênica idiopática (doença que se caracteriza por grandes manchas roxas, facilidade de sangramentos e hematomas e número muito baixo de plaquetas).
Este medicamento é contraindicado para menores de 15 anos.
Celestone Soluspan não deverá ser usado por via intravenosa ou subcutânea.
Como usar o Celestone Soluspan
Uso injétavel (intramuscular, intra-articular, periarticular, intrabúrsica, intradérmica, intralesional e em tecidos moles).
Celestone Soluspan não deverá ser usado por via intravenosa ou subcutânea.
Agite antes de usar.
Posologia do Celestone Soluspan
Seu médico irá prescrever uma dosagem individualizada com base na doença que será tratada, na gravidade e na sua resposta ao tratamento.
Administração sistêmica
O tratamento é iniciado com uma injeção intramuscular de 1mL de Celestone Soluspan na maioria dos casos e repetida semanalmente ou com mais frequência, quando necessário. Em doenças menos graves, em geral doses menores são satisfatórias. Em doenças graves, como crise de asma ou lúpus eritematoso sistêmico (doença autoimune), inicialmente poderão ser necessários 2mL.
A dose inicial deve ser mantida ou readequada até que uma boa resposta seja observada. Caso não ocorra melhora do paciente após razoável período de tempo, o tratamento com Celestone Soluspan deverá ser interrompido e trocado por outro tratamento apropriado.
Administração local
Caso haja necessidade de coadministração, Celestone Soluspan pode ser misturado (na seringa e não no frasco) com lidocaína a 1% ou 2%, cloridrato de procaína ou anestésicos locais similares, com fórmulas que não contenham parabenos (conservantes).
Em bursites (subdeltoide, subacromial e pré-patelar), uma injeção intrabúrsica de 1mL promove alívio da dor e restaura um bom movimento em poucas horas. Injeções intrabúrsicas em intervalos de 1 a 2 semanas, em geral são necessárias na bursite aguda recorrente e nas exacerbações de bursites crônicas.
Em tendinites, miosites, fibrosites, tenossinovites, peritendinites e estados inflamatórios periarticulares, recomendam-se três ou quatro injeções locais de 1mL cada, a intervalos de uma ou duas semanas na maioria dos casos. A injeção deve ser aplicada nas bainhas dos tendões afetados e não no interior destes.
Em condições inflamatórias periarticulares, a região dolorosa deve ser infiltrada. Em gânglios de cápsulas articulares, injeta-se 0,5mL diretamente nos cistos.
Na artrite reumatoide e osteoartrite, o alívio da dor, do edema e da rigidez pode ser atingido em 2 a 4 horas após a injeção intra-articular.
A dose varia de 0,25mL a 2mL, de acordo com o tamanho da articulação:
Articulações muito grandes (quadril) | 1mL a 2mL |
Articulações grandes (joelhos, tornozelos e ombros) | 1mL |
Articulações médias (cotovelo e punho) | 0,5mL a 1mL |
Pequenas articulações (mão e tórax) | 0,25mL a 0,5mL |
O alívio em geral se estende de 1 a 4 ou mais semanas. Utiliza-se técnica estéril com agulha de calibres 24 a 29cm em seringa vazia para aspiração e introdução na cavidade sinovial.
Retiram-se algumas gotas do líquido sinovial para confirmar se a agulha está na articulação. A seringa de aspiração é substituída pela seringa que contém Celestone Soluspan e a injeção é então aplicada na articulação.
No tratamento intralesional, injeta-se 0,2mL de Celestone Soluspan por via intradérmica (não subcutânea), utilizando-se seringa de tuberculina com agulha de calibre 25 x 1,27 cm. Deve-se ter o cuidado de injetar um depósito uniforme do medicamento por via intradérmica. A quantidade semanal total injetada em todas as áreas não deve exceder 1mL.
Celestone Soluspan também é eficaz no tratamento das afecções do pé que respondem aos corticosteroides. Bursite sob calo durum tem sido controlada com duas injeções consecutivas de 0,25mL cada.
Em condições como o hálux rigidus (deformidade na flexão do grande artelho), digiti quinti varus (desvio interno do quinto dedo) e artrite gotosa aguda; o inicio do alívio é rápido. Uma seringa de tuberculina com agulha de calibre 25 x 1,90 cm é adequada para a maioria das injeções nos pés. Nesses casos, recomendam-se doses de 0,25mL a 0,5mL a intervalos de 3 a 7 dias. Na artrite gotosa aguda, podem ser necessárias doses de até 1mL.
Após o alcance de uma boa resposta, a dose de manutenção apropriada deve ser determinada por diminuição da dose inicial em pequenas frações a intervalos de tempo adequados, até que a dose mais baixa para manter uma resposta ideal seja determinada.
A exposição do paciente a situações de estresse não relacionadas à doença pode implicar em aumento da dose de Celestone Soluspan. Caso o medicamento seja interrompido após longo tratamento, a dose deverá ser reduzida gradativamente.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Celestone Soluspan?
Por se tratar de um medicamento de administração injetável, a possibilidade de esquecimento de dose é pequena. Em caso de esquecimento, converse com seu médico e programe-se para administrar Celestone Soluspan assim que possível.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Celestone Soluspan
É obrigatório o uso de técnicas adequadas e higienização correta para a aplicação de Celestone Soluspan.
A injeção intramuscular de corticosteroides deve ser profunda e em músculos grandes, para evitar machucar o tecido local.
A aplicação de Celestone Soluspan dentro da articulação, dentro da lesão e em tecidos moles pode produzir efeitos tanto locais quanto em todo o organismo.
Se o seu médico decidir por aplicar Celestone Soluspan dentro das articulações, ele precisará antes realizar o exame do líquido articular para ter certeza que não se trata de artrite infecciosa (com pus). Os sintomas de artrite infecciosa incluem: aumento da dor e inflamação local, diminuição de movimento na articulação, febre e mal-estar.
Caso a infecção se confirme, seu médico deverá prescrever um antibiótico adequado para o micro-organismo identificado.
Celestone Soluspan não deve ser aplicado em articulações não estáveis. Injeções repetidas em articulações com artrose (processo degenerativo das articulações) podem aumentar a destruição articular A injeção direta dos corticosteroides nos tendões deve ser evitada, já que há relatos de rupturas tardias do tendão.
Depois de receber uma aplicação de Celestone Soluspan dentro das articulações, evite o uso excessivo da articulação até o alcance dos efeitos benéficos. Raramente podem ocorrer reações alérgicas graves após injeções de corticosteroides. Medidas de precaução serão indicadas pelo seu médico antes da administração, especialmente se você apresentar histórico de alergia a qualquer outra droga.
Se o seu tratamento com corticosteroides for se prolongar, a transferência do uso parenteral (injeções) para a via oral deverá ser avaliada pelo seu médico. Seu médico poderá realizar ajustes na dose conforme a melhora ou piora da doença, sua resposta ao tratamento e exposição a estresse emocional e/ou físico, como infecção grave,cirurgia ou traumatismo. Acompanhamento médico poderá ser necessário por até um ano após o término de tratamentos muito longos ou com doses altas.
Celestone Soluspan pode mascarar alguns sinais de infecção. Novas infecções podem surgir durante sua administração. Pode ocorrer diminuição na resistência ou dificuldade em localizar a infecção.
O efeito de Celestone Soluspan ocorre de forma mais intensa nos pacientes com hipotireoidismo (diminuição dos hormônios da tireoide) ou cirrose (doença do figado).
Celestone Soluspan pode causar distúrbios psiquiátricos ou agravar quadros anteriores de instabilidade emocional ou tendências psicóticas.
Caso você tenha as seguintes doenças, avise o seu médico:
- Colite ulcerativa inespecífica (inflamação do intestino com ulceração);
- Abscesso ou outra infecção com pus;
- Diverticulite (pequenas bolsas que se projetam para fora da parede intestinal);
- Cirurgia recente do intestino;
- Úlcera do estômago ou intestino;
- Doença nos rins;
- Pressão alta;
- Osteoporose (diminuição do cálcio nos ossos);
- Miastenia gravis (doença auto-imune na qual existe fraqueza muscular);
- Herpes simples ocular;
- Quadros anteriores de instabilidade emocional ou tendências psicóticas;
- Diabetes.
Você deve ficar atento a possíveis sinais/sintomas de alta taxas de açúcar no sangue. Caso seja diabético, a taxa de açúcar deve ser monitorada atentamente.
O uso prolongado de Celestone Soluspan pode causar catarata subcapsular posterior (doença dos olhos) glaucoma com risco de lesão do nervo ótico e aumento do risco de infecções oculares por fungos ou vírus. Periodicamente, devem-se realizar testes nos olhos, especialmente nos casos de tratamentos por mais de 6 semanas.
Celestone Soluspan pode causar elevação da pressão arterial, retenção de sal e água e aumento da excreção de potássio. Por isso seu médico poderá recomendar uma dieta com pouco sal e alta concentração de potássio durante o tratamento. Todos os corticosteroides aumentam a excreção de cálcio do organismo.
Durante tratamento prolongado com Celestone Soluspan, seu médico poderá recomendar um tratamento preventivo contra tuberculose. Se a rifampicina for usada na prevenção ou no tratamento, poderá ser necessário ajuste na dose de Celestone Soluspan. Seu médico irá lhe indicar a menor dose possível de Celestone Soluspan para controlar a doença sob tratamento. Quando for possível diminuir a dose, seu médico fará uma redução gradativa.
O tratamento com Celestone Soluspan pode alterar a movimentação e o número de espermatozoides em alguns pacientes.
Pode ocorrer insuficiência da glândula suprarrenal quando houver retirada rápida de Celestone Soluspan. Esta insuficiência pode ser evitada mediante redução gradativa da dose. A insuficiência suprarrenal pode continuar meses após o fim do tratamento; por essa razão, se durante este período ocorrer uma situação de sobrecarga ou estresse (cirurgia, infecção grave, parto, traumatismo) seu médico deverá restabelecer o tratamento com corticosteroide. Se você já estiver sob tratamento com corticosteroide, seu médico poderá indicar um aumento de dose.
Caso você tenha herpes simples ocular (um tipo de doença dos olhos provocada por vírus), avise seu médico, pois há risco de perfuração da córnea.
Você não deverá ser vacinado contra varíola durante o tratamento, nem receber outras vacinas. Entretanto, se você estiver tomando Celestone Soluspan como forma de terapia substitutiva de corticoide (como por exemplo na doença de Addison, na qual as glândulas suprarrenais deixam de produzir os corticosteroides), as vacinações poderão ser realizadas.
Evite o contato com pessoas portadoras de varicela (catapora) ou sarampo se estiver tomando Celestone Soluspan em doses altas ou por períodos mais longos. Se o contato ocorrer, procure atendimento médico, principalmente se for criança.
Este medicamento pode causar doping.
Reações Adversas do Celestone Soluspan
As reações indesejáveis de Celestone injetável, que são as mesmas relatadas para outros corticosteroides, relacionam dose e duração da terapia. Habitualmente essas reações podem ser revertidas ou minimizadas por redução da dose, sendo esta conduta geralmente preferível à interrupção do tratamento com o medicamento.
Apesar de nem todos estes efeitos colaterais ocorrerem, você deve procurar atendimento médico caso algum deles ocorra.
Ao classificar a frequência das reações, utilizamos os seguintes parâmetros:
- Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
As reações adversas de Celestone Injetável podem ser:
Classe de sistema de órgãos | Categoria de frequência | Reações adversas |
Sistema nervoso central | Reações comuns | Insônia; ansiedade |
Sistema gastrointestinal | Dor de estômago; aumento de apetite | |
Organismo como um todo | Aumento da incidência de infecções | |
Pele | Reações Incomuns | Dificuldade de cicatrização |
Sistema endócrino | Diabetes; síndrome de Cushing exógena (doença causada por excesso de corticosteroides) | |
Sistema músculoesquelético | Osteoporose (diminuição do cálcio no organismo) | |
Sistema gastrointestinal | Sangramento gastrintestinal | |
Sistema geniturinário | Redução do potássio no sangue; retenção de sal e água; irregularidade menstrual. | |
Pele | Reações raras | Manchas roxas; alergias (reações de hipersensibilidade); acne; urticária; sudorese excessiva; rash cutâneo; face e pescoço vermelhos após aplicação; sintomas e sinais no local de aplicação; aumento de pelos no corpo; clareamento da pele |
Sistema nervoso central | Depressão; convulsões; tontura; dor de cabeça; confusão mental; euforia; distúrbio de personalidade; alteração de humor; pseudotumor cerebral; delírios; alucinações | |
Sistema gastrointestinal | Úlcera péptica no estômago ou no esôfago (ferida na mucosa do orgão); pancreatite aguda (doença nos pâncreas); aumento do tamanho do fígado; aumento abdominal; soluços | |
Sistema geniturinário | Diminuição da contagem de espermatozoides; presença de glicose (açúcar) na urina | |
Sistema músculoesquelético | Lesão muscular causada por corticosteroide; fraqueza muscular; dor muscular; ruptura de tendão; fratura óssea | |
Olhos | Aumento de pressão intraocular; catarata | |
Sistema cardiovascular | Pressão arterial alta; arritmias cardíacas; insuficiência cardíaca congestiva; presença de líquido nos pulmões; trombose venosa; inflamação nos vasos sanguíneos | |
Organismo como um todo | Ganho de peso; infecção por fungos | |
Sistema geniturinário | Reações cuja incidência não está determinada | Aumento do pH do sangue com redução do potássio no sangue |
Sistema músculo-esquelético | Perda de massa muscular; agravamento dos sintomas miastênicos na miastenia gravis (doença caracterizada por fraqueza muscular); necrose asséptica da cabeça do fêmur e úmero (necrose da cabeça do fêmur e úmero sem infecção); instabilidade articular (por repetidas injeções intra-articulares) | |
Pele | Atrofia da pele, pele sensível; petéquias (pequenas manchas vermelhas) e equimoses (manchas roxas maiores); vermelhidão no rosto; dermatite alérgica; edema angioneurótico (edema de olhos e lábios por reação de hipersensibilidade) | |
Sistema cardiovascular | Pressão arterial baixa; choque circulatório | |
Sistema nervoso | Manifestações psicóticas; irritabilidade e insônia | |
Sistema endócrino | Baixo crescimento fetal dentro do útero e infantil; diminuição da função das glândulas supra-renais e hipófise principalmente em períodos de estresse, como no trauma; na cirurgia ou em doença associada; diminuição da tolerância aos carboidratos (pré-diabetes) e manifestação de diabetes mellitus latente | |
Olhos | Glaucoma e olho saltado | |
Organismo como um todo | Perda de nitrogênio na urina por deterioração de proteínas; surgimento de lipomas (tumores constituídos por gordura) pelo corpo; inclusive no mediastino (espaço do tórax entre os pulmões) e epidural, que pode causar complicações neurológicas; reação do tipo choque e hipotensão |
Reações adversas adicionais associadas aos corticosteroides injetáveis
- Raros instantes de cegueira, relacionada com o tratamento de lesões na face e na cabeça;
- Aumento ou diminuição da pigmentação no local da injeção;
- Atrofia cutânea e subcutânea;
- Abscesso sem infecção;
- Dor articular (após injeção intra-articular) e artropatia de Charcot (doença degenerativa das articulações com destruição óssea e deformidade).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico, o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Celestone Soluspan
Uso em crianças
As crianças que utilizam Celestone Soluspan ou outros corticosteroides por longo período de tempo devem ser cuidadosamente observadas em relação ao aparecimento de reações adversas como: obesidade, retardo no crescimento, redução do conteúdo de cálcio no sangue e diminuição da produção de hormônios pelas glândulas suprarrenais.
As crianças tratadas com corticosteroides são mais sensíveis a infecções do que as crianças saudáveis. Varicela (catapora) e sarampo, por exemplo, podem apresentar consequências mais graves ou até mesmo fatais em crianças recebendo tratamento com corticosteroides. Nestas crianças, ou em adultos que não tenham contraído estas doenças, deve-se ter atenção especial para evitar essa exposição. Se ocorrer contato, procure imediatamente o seu médico para iniciar o tratamento adequado.
Uso na gravidez e amamentação
Seu médico irá avaliar os beneficios do uso de Celestone Soluspan durante a gravidez, na amamentação e em mulheres em idade fértil. Os dados disponíveis sobre o uso de corticosteroides antes da 32a semana de gestação ainda são controversos.
Celestone Soluspan não é indicado para os casos de síndrome da membrana hialina após o nascimento (problema respiratório em recém nascidos).
Os corticosteroides não são indicados no tratamento da síndrome da membrana hialina após o nascimento.
Crianças nascidas de mães que receberam altas doses de corticosteroides durante a gravidez devem ser cuidadosamente observadas, pois podem apresentar diminuição da produção de corticosteroides pelas glândulas suprarrenais. Além disso, os recém-nascidos devem ser avaliados quanto à possibilidade de ocorrência de catarata congênita (doença dos olhos).
Se você está grávida e usou Celestone Soluspan por muito tempo, seu médico deverá considerar o risco de insuficiência da suprarrenal induzida pelo estresse do trabalho de parto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Celestone Soluspan passa para o leite materno.
Durante o período de aleitamento materno ou doação de leite humano, só utilize medicamentos com o conhecimento do seu médico ou cirurgião-dentista.
Uso em idosos
É recomendada atenção em pacientes idosos, pois eles são mais propensos em apresentar reações adversas.
Composição do Celestone Soluspan
Cada mL da suspensão injetável contém
Acetato de betametasona | 3mg |
Fosfato dissódico de betametasona* | 3,945mg |
Veículo** | 1mL |
*Equivalente a 3mg de betametasona.
**Fosfato de sódio dibásico, fosfato de sódio monobásico, edetato dissódico, cloreto de benzalcônio e água para injetáveis.
Apresentação do Celestone Soluspan
Suspensão injetável
Embalagem contendo 1 ampola de 1ml.
Vias de administração: injetável (intramuscular, intra-articular, periarticular, intrabúrsica, intradérmica, intralesional e em tecidos moles).
Uso adulto e pediátrico acima de 15 anos.
Superdosagem do Celestone Soluspan
Este medicamento deve ser utilizado somente na dose recomendada.
Sintomas
A utilização de uma quantidade maior que a indicada não causa risco de vida. A não ser em casos de doses extremas, é improvável que a administração de glicocorticoides (betametasona) por poucos dias produza resultados nocivos à saúde. Atenção maior deve ser dada para pacientes com diabetes mellitus, glaucoma, úlcera péptica ativa ou naqueles medicados com digitálicos, anticoagulantes cumarínicos ou diuréticos depletores de potássio.
Tratamento
Deve-se manter ingestão adequada de líquidos e realizar exames de sangue e urina com adequado acompanhamento médico.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.
Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Celestone Soluspan
Converse com seu médico sobre outros medicamentos que esteja tomando ou pretende tomar, pois poderá interferir na ação de Celestone.
Interação medicamento-medicamento
Avise seu médico caso você esteja tomando algum dos seguintes medicamentos:
- Fenobarbital;
- Fenitoína;
- Rifampicina;
- Efedrina;
- Estrogênios (homônios femininos);
- Diuréticos depletores de potássio;
- Glicosídeos cardíacos (digitálicos);
- Anfotericina B;
- Anticoagulantes cumarínicos (varfarina);
- Salicilatos;
- Ácido acetilsalicílico (em casos de hipoprotrombinemia);
- Hipoglicemiantes;
- Hormônios do crescimento.
O uso de Celestone juntamente com anti-inflamatórios não-hormonais (como ácido acetilsalicílico) ou com álcool, pode resultar em aumento da incidência ou gravidade de úlcera no estômago e duodeno.
Interação medicamento-exame laboratorial
Celestone pode alterar o teste do nitroblue tetrazolium para infecções por bactérias, produzindo resultados falso-negativos. Além disso, pode inibir a reatividade dos testes na pele e alterar as provas de função do fígado.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Interação Alimentícia do Celestone Soluspan
Ação da Substância Celestone Soluspan
Resultados de eficácia
Asma
Jacyna e colaboradores realizaram um estudo aberto envolvendo 30 pacientes com asma brônquica. Os pacientes receberam doses intramusculares de 1 a 2mL de 5mg de dipropionato de betametasona mais 2mg de fosfato de betametasona por mL e foram avaliados semanalmente durante 6 semanas. Observou-se alívio dos sintomas de asma já do primeiro ao segundo dia da aplicação em 73% dos pacientes. Além disso, 40% dos pacientes ficaram livres de recidivas durante as seis semanas de acompanhamento. Não foram relatados eventos adversos neste estudo de curta duração. 1
Ljaljevic e colaboradores compararam os efeitos de uma dose única de 1mL de 5mg de dipropionato de betametasona mais 2mg de fosfato de betametasona com uma dose de 1mL de acetato de metilprednisolona (40mg), ambas por via intramuscular, em pacientes com asma crônica. O tempo para início do alívio dos sintomas foi igual nos dois grupos (2,4 dias). Contudo, os pacientes alocados para o tratamento com o medicamento tiveram maior duração de alívio dos sintomas (27 dias versus 8,5 dias para o grupo acetato de metilprednisolona, P lt; 0,002). Consequentemente, aquele grupo necessitou de número maior de injeções para o controle dos sintomas durante o período do estudo de seis semanas (1,1 versus 2,4 injeções, P lt; 0,002). O percentual de pacientes que respondeu positivamente foi superior no grupo do medicamento 100% versus 77,8%, P = 0,046) e a taxa de eventos adversos (cefaleia, sonolência e mal-estar) foi igual nos dois grupos. 2
Mazzei e colaboradores realizaram um estudo aberto envolvendo 51 pacientes com asma brônquica com idade entre 15 e 71 anos. Cada paciente recebeu uma dose de 1 mL de acetato de betametasona + fosfato dissódico de betametasona por via intramuscular (5mg de dipropionato de betametasona mais 2mg de fosfato de betametasona), após a primeira avaliação. Foram então acompanhados com visitas semanais durante 6 semanas. Resposta clínica considerada boa ou excelente foi obtida em 96% dos pacientes, sendo que 43% e 88% dos indivíduos apresentaram remissão completa dos sintomas na primeira e na segunda semana após a dose, respectivamente. A duração do efeito variou de 14 a 46 dias, com uma média de 42 dias. As reações adversas ao tratamento foram leves e passageiras (aumento de apetite e astenia). 3
Doenças reumatológicas
Foi realizado um estudo duplo-cego controlado que comparou a eficácia e a segurança de injeções intra- articulares de 5mg de dipropionato de betametasona mais 2mg de fosfato de betametasona por mL com acetato de metilprednisolona (40mg/mL). Quarenta e nove pacientes com artrite reumatoide (idades de 27 a 73 anos) foram distribuídos aleatoriamente para tratamento com acetato de betametasona + fosfato dissódico de betametasona ou acetato de metilprednisolona por injeção intra-articular. As articulações tratadas foram joelho (n=40), cotovelo (n=3), tornozelo (n=4) e ombro (n=2). Apenas 4/26 pacientes do grupo acetato de betametasona + fosfato dissódico de betametasona necessitaram uma segunda aplicação após 2-3 semanas da primeira, enquanto 12/23 pacientes do grupo acetato de metilprednisolona necessitaram uma segunda dose de corticoide. Os sintomas de dor, inchaço, disfunção e limitação motora melhoraram com ambos os tratamentos, porém de forma mais pronunciada após o uso de acetato de betametasona + fosfato dissódico de betametasona. Os eventos adversos relatados foram dois casos de ruborização após aplicação de acetato de betametasona + fosfato dissódico de betametasona, que desapareceram após 6 horas. 4
Rosenthal e colaboradores avaliaram, em estudo aberto, os efeitos da aplicação intra-articular de acetato de betametasona + fosfato dissódico de betametasona para pacientes com afecções inflamatórias dos joelhos. Quarenta e um pacientes com artrite aguda no joelho foram submetidos a aplicação intra-articular de acetato de betametasona + fosfato dissódico de betametasona sem anestésico local. Melhora considerável e moderada ocorreram em 46,3% e 21,9% dos pacientes, respectivamente. Melhora leve ocorreu em 29,3% e ausência de efeito em apenas 1 paciente (2,4%). Foi observado alívio da dor e dos sintomas em menos de 24 horas em 75% dos pacientes, que persistiu por um tempo médio de 4,34 semanas. Não foram observados eventos adversos locais em nenhum paciente. Aumento do apetite, poliúria, sintomas gástricos moderados e eritema facial foram efeitos adversos sistêmicos observados após a administração intra-articular de acetato de betametasona + fosfato dissódico de betametasona. Todos os eventos adversos desapareceram espontaneamente e não necessitaram tratamento específico. 5
DOENÇAS ALÉRGICAS
A febre do feno (rinite alérgica sazonal devida a pólen) é uma afecção alérgica comum que responde ao tratamento com corticosteroides. Laursen e colaboradores compararam acetato de betametasona + fosfato dissódico de betametasona intramuscular com beclometasona spray nasal e placebo num estudo duplo-cego e duplo-dummy. Trinta adultos com rinoconjuntivite sazonal foram distribuídos aleatoriamente para aplicação diária de 100?g de beclometasona spray em cada narina ou a uma aplicação intramuscular de 2 mL de 5 mg de dipropionato de betametasona mais 2 mg de fosfato de betametasona por mL imediatamente antes da estação de pólen do vidoeiro. Os pacientes do grupo placebo e aqueles tratados com beclometasona spray apresentaram aumento dos sintomas de obstrução nasal, rinorreia, espirros e congestão ocular. Em contrapartida, aqueles tratados com acetato de betametasona + fosfato dissódico de betametasona apresentaram redução da intensidade de todos os sintomas durante as seis semanas de acompanhamento. Em conclusão, uma única injeção de acetato de betametasona + fosfato dissódico de betametasona imediatamente antes da estação de pólen foi superior ao tratamento com corticosteroides tópicos no alívio de sintomas de rinoconjuntivite sazonal. 6
Kronholm realizou um estudo em pacientes com rinoconjuntivite alérgica sazonal, que foram distribuídos aleatoriamente para tratamento com 10 mg de dipropionato de betametasona mais 4mg de fosfato de betametasona por via intramuscular ou acetato de metilprednisolona (80mg por via intramuscular). Ambos os tratamentos reduziram significativamente os sintomas oculares e nasais dos pacientes. Contudo, os escores de sintomas foram significativamente menores naqueles pacientes tratados com o medicamento. Nenhum paciente apresentou eventos adversos no período de observação. Em conclusão, acetato de betametasona + fosfato dissódico de betametasona foi superior ao acetato de metilprednisolona no controle de sintomas de rinoconjuntivite alérgica sazonal. 7
Referências Bibliográficas:
Jacyna K. Clinical evaluation of a new betamethasone preparation (‘Diprospan’) in the treatment of bronchial asthma. Pharmatherapeutica. 1977;1(10): 673-8.
Ljaljevic M. Comparison of a prolonged-acting betamethasone phosphate-dipropionate preparation (DIPROSPAN) with methylprednisolone acetate. A trial in chronic asthmatic patients. Clinical Trials Journal. 1976; 13(4):124-8.
Mazzei C, Lasala FG, Ambrosio JA. Efectos del dipropionato de betametasona inyetable en el asma bronquial crônica. Inv Med Internac. 1981; 8: 263-8.
Sorensen K. Intraarticular treatment of rheumatoid arthritis patients with steroids: a double-blind trial of Schering 263/1 vs Depo-Medrol®. Curr Ther Res. 1978; 23(2):173-86.
Rosenthal M. Diprophos für die intraartikuläre therapie arthritischer affektionen. Schweiz Rundschau Med (PRAXIS). 1978; 67: 169-70.
Laursen LC, Faurschou P ,Munch EP . Intramuscular betamethasone dipropionate vs. topical beclomethasone dipropionate and placebo in hay fever. Allergy 1988; 43 (6):420-4.
Kronholm A. Injectable depot cortosteroid therapy in hay fever. J Int Med Res 1979; 7(4): 314-7.
Características farmacológicas
Acetato de betametasona + fosfato dissódico de betametasona é uma associação de ésteres de betametasona que produz efeito anti-inflamatório, antialérgico a antirreumático. A atividade terapêutica imediata é fornecida pelo éster solúvel, fosfato dissódico de betametasona, que é rapidamente absorvido após a administração. A atividade prolongada é promovida pelo dipropionato de betametasona que, por ser de absorção lenta, controla os sintomas durante longo período. O tamanho reduzido do cristal de dipropionato de betametasona permite o uso de agulha de fino calibre (até calibre 25) para administração intradérmica e intralesional.
O medicamento é uma suspensão aquosa injetável estéril de dipropionato de betametasona e fosfato dissódico de betametasona. Cada mL de medicamento contém 5mg de betametasona como dipropionato e 2mg de betametasona como fosfato dissódico, em veículo estéril tamponado e conservado.
Os glicocorticoides, como a betametasona, causam profundos e variados efeitos metabólicos e modificam a resposta imunológica do organismo à diversos estímulos. A betametasona possui grande atividade glicocorticoide e pequena atividade mineralocorticoide.
Cuidados de Armazenamento do Celestone Soluspan
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas
Celestone Soluspan apresenta-se como líquido límpido, incolor contendo partículas brancas de fácil resuspensão, sem aglomeração visível e livre de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Celestone Soluspan
Registro M.S. n° 1.7817.0775
Farm. Responsável:
Luciana Lopes da Costa
CRF-GO nº 2.757
Registrado por:
Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A.
Avenida Ceci, n° 282, Módulo I – Tamboré
Barueri – SP
CEP 06460-120
C.N.P.J.: 61.082.426/0002-07
Indústria Brasileira
Fabricado por:
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.
VPR 1 – Quadra 2-A – Módulo 4 – DAIA
Anápolis – GO
CEP 75132-020
Venda sob prescrição médica.