- Infecções do trato respiratório superior (inclusive de ouvido, nariz e garganta), como infecção das amígdalas (amigdalite), seios da face (sinusite) e ouvido médio (otite média);
- Infecções do trato respiratório inferior, como infecção dos brônquios (bronquite) e pulmões (pneumonia);
- Infecções do trato urinário e genital, como infecção da bexiga (cistite) infecção da uretra (uretrite), infecção dos rins (pielonefrite) e infecções genitais femininas;
- Infecções da pele e dos tecidos moles, como furúnculos, abscessos, celulite e ferimentos infectados;
- Infecções dos ossos e das articulações, como infecção dos ossos (osteomielite);
- Outras infecções, como aborto séptico, sepse puerperal, sepse intra-abdominal, infecção generalizada (sepse), peritonite (inflamação no peritônio, uma membrana que recobre as paredes do abdome e dos órgãos digestivos), infecções pós-cirúrgicas.
Clavulin também é indicado para a prevenção de infecções que podem relacionar-se a cirurgias de grande porte, como gastrintestinais (ou seja, do estômago e do intestino), pélvicas, de cabeça e pescoço, do coração, dos rins e a restauração de articulações e do trato biliar.
Como o Clavulin IV funciona?
Clavulin IV contém como substâncias ativas a amoxicilina e o ácido clavulânico.
A amoxicilina, um antibiótico da família das penicilinas, tem ampla atividade contra bactérias, destruindoas.
O ácido clavulânico possui a capacidade de inativar uma substância chamada betalactamase, que é produzida por alguns tipos de bactérias e provoca resistência ao tratamento com antibióticos da família das penicilinas.
Clavulin IV é um antibiótico usado no tratamento de infecções causadas por germes resistentes.
Contraindicação do Clavulin IV
Clavulin IV é contraindicado para pacientes com alergia a penicilinas, cefalosporinas ou a qualquer componente da fórmula e para pacientes com disfunção do fígado ou icterícia (amarelamento da pele e dos olhos) relacionada ao uso de Clavulin IV ou de outras penicilinas.
Como usar o Clavulin IV
Clavulin deve ser administrado por via intravenosa (injetado na veia). Não é adequado para administração intramuscular (no músculo).
O profissional de saúde que faz a aplicação Clavulin é o responsável pela correta reconstituição do produto.
Uma coloração rósea transitória pode ou não aparecer durante a reconstituição. As soluções reconstituídas são normalmente incolores ou de cor esbranquiçada a amarelada.
Qualquer resíduo de antibiótico deve ser descartado. O tratamento pode ser iniciado por via parenteral (aplicação nas veias) e continuado com uma preparação oral (pela boca).
O tratamento não deve ser prolongado além de 14 dias sem revisão.
Posologia do Clavulin IV
Tratamento de infecções
Adultos e crianças acima de 12 anos
A dose usual de Clavulin é de 1,2 g (1 g + 200 mg) de 8 em 8 horas. Para infecções mais graves, o médico poderá diminuir o intervalo para 6 horas, de modo a aumentar o número de doses diárias.
Crianças de 3 meses a 12 anos
A dose de Clavulin é de 30 mg/kg* de 8 em 8 horas. Para infecções mais graves, o médico poderá diminuir o intervalo para 6 horas, de modo a aumentar o número de doses diárias.
Crianças de 0 a 3 meses
A dose de Clavulin é de 30 mg/kg* a cada 12 horas em crianças prematuras ou recém-nascidas.
Durante o período perinatal, o médico poderá aumentar para intervalos de 8 em 8 horas posteriormente.
*Cada 30 mg de Clavulin fornece 5 mg de ácido clavulânico e 25 mg de amoxicilina.
Prevenção de infecções em cirurgias
Adultos
A prevenção cirúrgica com Clavulin deve ter como objetivo proteger o paciente durante o período de risco de infecções. Dessa forma, em adultos, procedimentos que durem menos de 1 hora podem ser cobertos contra infecções com 1,2 g (1 g + 200 mg) de Clavulin IV administrado na indução da anestesia. Cirurgias mais longas requerem doses subsequentes de 1,2 g (1 g + 200 mg), no máximo de quatro para o período de 24 horas. Tais doses são geralmente administradas em intervalos de 0, 8, 16 e 24 horas. Esse esquema posológico pode ser continuado por vários dias se o procedimento aumentar significativamente o risco de infecções.
Se forem observados sinais clínicos claros de infecção cirúrgica, o médico deve fazer tratamento normal com Clavulin por via intravenosa (pela veia) ou oral (pela boca) no pós-operatório.
Insuficiência renal (mau funcionamento dos rins)
Adultos
Insuficiência leve | Sem mudanças na posologia |
Insuficiência moderada | 1,2 g (1 mg + 200 mg) IV seguido de 600 mg (500 mg + 100 mg) IV de 12 em 12 horas |
Insuficiência grave | 1,2 g (1 g + 200 mg) IV seguido de 600 mg (500 mg + 100 mg) IV a cada 24 horas. Caso faça diálise, o médico poderá recomendar uma dose adicional de 600 mg (500 mg + 100 mg) IV durante a diálise e ao final dela |
Crianças
Reduções similares de dose podem ser feitas para crianças.
Insuficiência hepática (mau funcionamento do fígado)
Para pacientes com insuficiência hepática, o médico irá definir a posologia com cautela e avaliar a função do fígado em intervalos regulares.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Clavulin IV?
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.
Precauções do Clavulin IV
Antes de iniciar o tratamento com Clavulin IV, seu médico deve fazer uma pesquisa cuidadosa para avaliar se você tem ou já teve alguma reação alérgica a outros antibióticos, como penicilinas e cefalosporinas, ou a outras substâncias que provocam alergia (os alérgenos).
Há relatos de reações alérgicas graves e ocasionalmente fatais (incluindo reações anafiláticas e reações adversas sérias na pele) em pacientes que receberam tratamento com penicilina. Essas reações ocorrem com mais facilidade em pessoas que já apresentaram alergia à penicilina.
Caso você apresente uma reação alérgica grave, seu médico pode recorrer a um tratamento de emergência com adrenalina e recomendar o uso de oxigênio e esteroides intravenosos (aplicados na veia), além de assistência respiratória, inclusive intubação, se necessário.
Caso haja suspeita de mononucleose infecciosa (doença causadora de febre, mal-estar, aumento do tamanho dos gânglios do pescoço e outros sintomas), converse com seu médico antes do tratamento com Clavulin. Se for o caso, este medicamento deve ser evitado devido à possibilidade de ocorrerem erupções da pele após o uso de amoxicilina.
O uso prolongado de Clavulin também pode, ocasionalmente, resultar em crescimento excessivo de alguns germes não sensíveis a este medicamento.
Foi relatada colite pseudomembranosa (inflamação no cólon) com o uso de antibióticos, que pode ter gravidade variada entre leve e risco à vida. Se você apresentar diarreia prolongada ou significativa, ou sentir cólicas abdominais, o tratamento deve ser interrompido imediatamente e seu médico irá avaliar sua condição física.
Em geral, a combinação amoxicilina/clavulanato é bem tolerada e possui baixo efeito tóxico. Durante a terapia prolongada, seu médico irá passar exames para avaliar a função dos seus rins, fígado e sangue.
Clavulin deve ser usado com cautela em pacientes sob tratamento com anticoagulantes, devido ao risco de sangramento.
Caso você apresente alguma alteração na função do fígado ou dos rins, converse com seu médico antes de iniciar o tratamento com Clavulin.
Durante o tratamento com altas doses de Clavulin, é recomendável que você tome grande quantidade de líquidos para estimular a eliminação de urina e evitar possíveis danos aos rins.
Caso seu médico recomende a administração de altas doses de Clavulin IV, ele poderá pedir exames para monitorar os níveis de sódio em seu organismo.
Devido à presença do ácido clavulânico em Clavulin, pode haver alterações no seu exame de sangue. Se precisar fazer algum exame, avise antes o médico de que você está em tratamento com Clavulin.
Reações Adversas do Clavulin IV
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Candidíase mucocutânea, uma infecção micótica (por fungos) que normalmente afeta as partes íntimas ou a boca. Na área genital ela pode causar coceira e queimação com a presença de uma fina camada branca. Na boca pode parecer como pintas brancas dolorosas, que aparecem na língua ou em outra parte da boca;
- Diarreia (várias evacuações amolecidas por dia).
Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Tontura, dor de cabeça;
- Enjoo, vômito, indigestão;
- Aumento moderado de algumas enzimas do fígado;
- Erupções da pele, coceira, urticária.
Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Diminuição reversível do número de glóbulos brancos;
- Baixa contagem de plaquetas no sangue, o que pode resultar em sangramento ou hematomas com mais facilidade do que o normal;
- Tromboflebite (formação de coágulos na veia) no local de administração;
- Manchas avermelhadas pelo corpo (eritema multiforme).
Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Alteração da coagulação (tempo de sangramento e tempo de protrombina), que pode resultar em sangramento ou hematomas (manchas roxas que surgem com mais facilidade que o normal);
- Diminuição ou ausência reversível de granulócitos (células de defesa), que pode resultar em infecções frequentes, como febre, calafrios, inflamação da garganta ou úlceras na boca;
- Destruição de glóbulos vermelhos e consequentemente anemia, que pode resultar em cansaço, dores de cabeça e falta de ar causada pela prática de exercícios físicos, vertigem, palidez e amarelamento da pele e/ou dos olhos;
- Sinais súbitos de alergia, como erupções da pele, coceira e urticária, inchaço da face, dos lábios, da língua ou de outras partes do corpo, falta de ar, respiração ofegante ou problemas para respirar;
- Convulsões; podem ocorrer em pacientes com função dos rins reduzida ou naqueles que recebem altas doses;
- Agitação, ansiedade, dificuldade de dormir e confusão mental são reações raras;
- Efeitos relacionados ao sistema digestivo, como diarreia grave (que pode mostrar a presença de sangue e ser acompanhada de cólicas abdominais);
- Hepatite e icterícia colestática (nesses casos, podem surgir efeitos relacionados ao fígado, como enjoo, vômito, perda de apetite, sensação geral de mal-estar, febre, coceira, amarelamento da pele e dos olhos e escurecimento da urina). As reações hepáticas relatadas ocorreram principalmente em homens e idosos e podem estar relacionadas ao tratamento prolongado; são muito raras em crianças. Em geral, os sinais e sintomas (normalmente passageiros) ocorrem durante o tratamento ou logo depois, mas em alguns casos podem não ser aparentes até várias semanas após o término do tratamento;
- Doença dos rins – problemas ao urinar, que podem causar dor e a presença de sangue na urina;
- Sintomas semelhantes aos da gripe com erupção cutânea, febre, glândulas inchadas e resultados anormais de exames de sangue (incluindo o aumento dos glóbulos brancos (eosinofilia) e enzimas hepáticas) (Reação do medicamento com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS)).
Se você apresentar qualquer reação de alergia de pele, interrompa o tratamento e fale com seu médico.
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa, através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Clavulin IV
Gravidez e lactação
Caso você fique grávida durante ou logo após o tratamento com Clavulin, suspenda a medicação e fale imediatamente com seu médico.
Como ocorre com todos os medicamentos, deve-se evitar o uso de Clavulin na gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre, a menos que o médico considere o tratamento essencial.
Você pode tomar Clavulin durante o período de lactação (amamentação).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e de operar máquinas
Não foram observados efeitos na capacidade de dirigir veículos e de operar máquinas.
Composição do Clavulin IV
Apresentações
Pó para solução injetável.
Apresentado em embalagens com 10 frascos-ampola de 500 mg + 100 mg ou 1 g + 200 mg.
Uso adulto e pediátrico.
Uso intravenoso.
Composição
Cada frasco-ampola de 500 mg + 100 mg contém:
Amoxicilina (na forma sódica) | 500 mg |
Ácido clavulânico (na forma de clavulanato de potássio) | 100 mg |
Cada frasco-ampola de 1 g + 200 mg contém:
Amoxicilina (na forma sódica) | 1.000 mg |
Ácido clavulânico (na forma de clavulanato de potássio) | 200 mg |
Superdosagem do Clavulin IV
É improvável que ocorram problemas em caso de superdosagem de Clavulin. Se houver efeitos gastrintestinais evidentes, como enjoo, vômito e diarreia, procure seu médico para que os sintomas sejam tratados.
A superdosagem de amoxicilina pode causar cristalúria (formação de cristais nos rins), que em alguns casos leva à falência dos rins.
Seu médico deve indicar o melhor tratamento para quaisquer sintomas de superdosagem.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Clavulin IV
Converse com seu médico antes de iniciar o tratamento com Clavulin caso você esteja usando algum dos seguintes medicamentos:
- Probenecida, utilizada em associação com outros medicamentos no tratamento de infecções;
- Alopurinol, para tratamento da gota;
- Contraceptivos orais, utilizados para evitar a gravidez;
- Dissulfiram, para tratamento do alcoolismo;
- Anticoagulantes, como acenocumarol e varfarina, devido ao maior risco de sangramento;
- Micofenolato de mofetila, utilizado para prevenção da rejeição em transplantes.
A ingestão de álcool deve ser evitada durante e vários dias após o tratamento com Clavulin.
Devido à presença do ácido clavulânico em Clavulin, pode haver alterações no seu exame de sangue. Se precisar fazer algum exame, avise antes o médico de que você está em tratamento com Clavulin.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.
Ação da Substância Clavulin IV
Resultados de Eficácia
Comprimido e Supensão oral
Dados recentes indicam que as taxas de sucesso clínico para a amoxicilina/clavulanato no tratamento da infecção do trato respiratório e otite média aguda (OMA) são mantidas ~ 90%. A amoxicilina / clavulanato, é portanto, um tratamento de grande valia para as infecções do trato respiratório, em especial porque o médico muitas vezes não é capaz de determinar o patógeno causador subjacente, e nestes casos faz-se necessária a terapia empírica (White AR, Kaye C, et al. Augmentin® (amoxicillin/clavulanate) in the treatment of communityacquired respiratory tract infection: a review of the continuing development of an innovative antimicrobial agent. Journal of Antimicrobial Chemotherapy (2004) 53, Suppl. S1, i3–i20).
Em um estudo duplo-cego envolvendo 324 pacientes com evidência clínica de pneumonia adquirida na comunidade (PAC) ou uma exacerbação aguda da bronquite crônica, que foram randomizados para receber tratamento de 10 dias com amoxicilina/clavulanato 875/125 mg duas vezes ao dia ou amoxicilina/ácido clavulânico 500/125 mg três vezes ao dia. No final da terapia, as taxas de sucesso clínico foram de 92,4% para o regime de duas vezes por dia e 94,2% para o de três vezes ao dia. (Balgos AA, Rodriguez-Gomez G, et al. Efficacy of twice-daily amoxycillin/clavulanate in lower respiratory tract infections. Int J Clin Pract. 1999; 53(5):325-30.)
Injetável
Em um estudo comparativo e multicêntrico, foram randomizados 102 pacientes com diagnóstico de infecção de trato respiratório inferior e idade variando entre 3 meses e 12 anos, que receberam sulbactam-cefotaxime ou amoxicilina e clavulanato de potássio IV por até 7 dias. A taxa de sucesso clínico obtida foi de 93,9% para sulbactam-cefotaxime, e 89.8% para amoxicilina e clavulanato de potássio, não havendo, portanto, diferença estatística em relação à eficácia de ambas medicações (plt;0,05). Fonte: Pareek A, et al. Comparative evaluation of efficacy and safety of cefotaxime-sulbactam with amoxicillin-clavulanic acid in
children with lower respiratory tract infections. Expert Opin. Pharmacother. (2008) 9(16):2751-2757.
Uma avaliação retrospectiva, que analisou 172 neonatos (aproximadamente. 19 dias de vida) que apresentaram diagnóstico confirmado de infecção do trato urinário e receberam tratamento endovenoso com amoxicilina+clavulanato de potássio e gentamicina ou ampicilina e gentamicina, demonstrou que ambos os tratamentos foram eficazes, não havendo, portanto, falência do tratamento ou recidiva da infecção.
Aproximadamente 80% dos pacientes apresentaram se afebril 24 horas após o início do tratamento. A duração média do tratamento endovenoso foi de 4 dias. Após este período o tratamento foi complementado com amoxicilina+clavulanato de potássio via oral. Fonte: Magín EC, et al. Efficacy of Short-Term Intravenous Antibiotic in Neonates With Urinary Tract Infection. Pediatric Emergency Care 2007; 23(2): 83-86.
Em um outro estudo clínico prospectivo, randomizado, multinacional que comparou o uso da terapia sequencial de moxifloxacino IV/VO 1x ao dia com Amoxicilina + Clavulanato de Potássio (substância ativa) IV/VO 3x ao dia por 7 a 21 dias em pacientes hospitalizados com diagnóstico de infecção de pele e tecidos moles, demonstrou que a taxa de sucesso clínico nos 804 pacientes avaliados foi de 80,6% para moxifloxacino e 84,5% para amoxicilina + clavulanato, não havendo portanto diferença estatística significativa entre ambos os medicamentos usados. Fonte: Lohsiriwat D, et al. Efficacy and Safety of Parenteral Amoxycillin/Clavulanate for Prevention of Surgical Site Infection Following Abdominal Surgery. J Med Assoc Thai 2009; 92(9): 1167-70.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Clavulin.
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
Código ATC J01CR02.
Mecanismo de ação
Amoxicilina + Clavulanato de Potássio (substância ativa) é um antibiótico de amplo espectro que possui a propriedade de atuar contra microrganismos gram-positivos e gram-negativos, produtores ou não de betalactamases.
A amoxicilina é uma penicilina semissintética com amplo espectro de ação e deriva do núcleo básico da penicilina, o ácido 6-aminopenicilânico. O ácido clavulânico é uma substância produzida pela fermentação do Streptomyces clavuligerus, que possui a propriedade especial de inativar de modo irreversível as enzimas betalactamases, permitindo, dessa forma, que os microrganismos se tornem sensíveis à rápida ação bactericida da amoxicilina. Ambos os sais possuem propriedades farmacocinéticas muito equivalentes: os níveis máximos ocorrem 1 hora após a administração oral, têm baixa ligação proteica e podem ser administrados com as refeições porque permanecem estáveis na presença do ácido clorídrico do suco gástrico.
Amoxicilina + Clavulanato de Potássio (substância ativa) contém como princípios ativos a amoxicilina, quimicamente D-(-)-alfa-amino-p-hidroxibenzilpenicilina, e o clavulanato de potássio, sal potássico do ácido clavulânico.
O ácido clavulânico é um betalactâmico estruturalmente relacionado às penicilinas que possui a capacidade de inativar uma gama de enzimas betalactamases comumente encontradas em microrganismos resistentes às penicilinas e às cefalosporinas. Tem, em particular, boa atividade contra o plasmídeo mediador das betalactamases, clinicamente importante para a transferência de resistência à droga. A formulação da amoxicilina com o ácido clavulânico em Amoxicilina + Clavulanato de Potássio (substância ativa) protege a amoxicilina da degradação das enzimas betalactamases e estende de forma efetiva o espectro antibiótico desse fármaco por abranger muitas bactérias normalmente resistentes a esse e a outros antibióticos betalactâmicos. Assim, Amoxicilina + Clavulanato de Potássio (substância ativa) possui a propriedade única de antibiótico de amplo espectro e de inibidor de betalactamases.
A amoxicilina é um antibiótico com largo espectro de atividade bactericida contra muitos microrganismos gram-positivos e gramnegativos. É, todavia, suscetível à degradação por betalactamases; portanto, seu espectro de atividade não inclui os organismos que produzem essas enzimas.
Efeitos Farmacodinâmicos
Na lista abaixo, os microrganismos foram categorizados de acordo com a sensibilidade in vitro a amoxicilina/ clavulanato.
Espécies comumente sensíveis
Bactérias gram-positivas:
- Aeróbias – Staphylococcus aureus (sensível a meticilina)*, Staphylococcus saprophyticus (sensível a meticilina), Staphylococcus coagulase-negativo (sensível a meticilina), Enterococcus faecalis, Streptococcus pyogenes*†, Bacillus anthracis, Listeria monocytogenes, Nocardia asteroides, Streptococcus agalactiae*†, Streptococcus spp. (outros beta-hemolíticos)*†.
- Anaeróbias – Clostridium sp., Peptococcus niger, Peptostreptococcus magnus, Peptostreptococcus micros, Peptostreptococcus spp.
Bactérias gram-negativas:
- Aeróbias – Bordetella pertussis, Haemophilus influenzae*, Haemophilus parainfluenzae, Helicobacter pylori, Moraxella catarrhalis, Neisseria gonorrhoeae, Vibrio cholerae, Pasteurella multocida.
- Anaeróbias – Bacteroides spp. (inclusive B. fragilis), Capnocytophaga spp., Eikenella corrodens, Fusobacterium spp. (inclusive F. nucleatum), Porphyromonas spp. Prevotella spp.
- Outras – Borrelia burgdorferi, Leptospira ictterohaemorrhagiae, Treponema pallidum.
Espécies que a resistência adquirida pode se tornar um problema
Bactérias gram-negativas:
Aeróbias – Escherichia coli*, Klebsiella oxytoca, Klebsiella pneumoniae*, Klebsiella spp., Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Proteus spp., Salmonella spp., Shigella spp.
Bactérias gram-positivas:
Aeróbias – Corynebacterium sp., Enterococcus faecium, Streptococcus pneumoniae*†, Streptococcus do grupo Viridans.
Organismos inerentemente resistentes
Bactérias gram-negativas:
- Aeróbias – Acinetobacter spp., Citrobacter freundii, Enterobacter spp., Hafnia alvei, Legionella pneumophila, Morganella morganii, Providencia spp., Pseudomonas spp., Serratia spp., Stenotrophomas maltophilia, Yersinia enterolitica.
- Outras – Chlamydia pneumoniae, Chlamydia psittaci, Chlamydia spp., Coxiella burnetti, Mycoplasma spp.
* A eficácia clínica de amoxilicina-ácido clavulânico foi demonstrada em estudos clínicos
† Microrganismos que não produzem beta-lactamase. Se um microrganismo isolado é sensível a amoxicilina, pode ser considerado sensível a Amoxicilina + Clavulanato de Potássio (substância ativa).
Propriedades Farmacocinéticas
Comprimido e Suspensão oral
Absorção
Os dois componentes, de amoxicilina-clavulanato, amoxicilina e ácido clavulânico são totalmente dissociados em solução aquosa em pHfisiológico. Ambos os componentes são rapidamente e bem absorvidos por administração via oral. Absorção de amoxicilina-clavulanato é otimizada quando tomado no início de uma refeição.
As concentrações séricas da amoxicilina alcançadas com o uso de Amoxicilina + Clavulanato de Potássio (substância ativa) são similares às produzidas pela administração de dosagens equivalentes e isoladas desse fármaco. A meia-vida da amoxicilina após a administração de Amoxicilina + Clavulanato de Potássio (substância ativa) é de 1,3 hora e a do ácido clavulânico de 1,0 hora.
São apresentados na tabela abaixo, os resultados farmacocinéticos de dois estudos separados, em que a amoxicilina-clavulanato 250/125 (375) ou 2 x 250/125 e 500/125 (625) mg em comprimidos (em comparação com os dois ativos dados separadamente) foram administrados em jejum.
Média dos parâmetros farmacocinético | |||||
Ativo | Dose | Cmáx | Tmáx | AUC | T1/2 |
Tratamento | (mg) | (mg/L) | (h) | (mg.h/L) | (h) |
Amoxicilina | |||||
Amoxicilina-clavulanato 250/125 mg | 250 | 3.7 | 1.1 | 10.9 | 1.0 |
Amoxicilina-clavulanato 250/125 mg x 2 | 500 | 5.8 | 1.5 | 20.9 | 1.3 |
Amoxicilina-clavulanato 500/125 mg | 500 | 6.5 | 1.5 | 23.2 | 1.3 |
Amoxicilina 500 mg | 500 | 6.5 | 1.3 | 19.5 | 1.1 |
Clavulanato | |||||
Amoxicilina-clavulanato 250/125 mg | 125 | 2.2 | 1.2 | 6.2 | 1.2 |
Amoxicilina-clavulanato 500/125 mg | 125 | 2.8 | 1.3 | 7.3 | 0.8 |
Ácido clavulânico 125 mg | 125 | 3..4 | 0.9 | 7.8 | 0.7 |
Amoxicilina-clavulanato 250/125 mg x 2 | 250 | 4.1 | 1.3 | 11.8 | 1.0 |
As concentrações séricas de amoxicilina obtidas com amoxicilina-clavulanato são semelhantes àquelas produzidas pela administração oral de doses equivalentes de amoxicilina isolada.
Distribuição
Estudos de reprodução em animais demonstraram que tanto a amoxicilina quanto o ácido clavulânico penetram na barreira placentária.
No entanto, não foi detectada nenhuma evidência de diminuição da fertilidade ou dano ao feto.
Nenhum dos componentes de Amoxicilina + Clavulanato de Potássio (substância ativa) apresenta forte ligação protéica; o percentual de ligação protéica do ácido clavulânico é de aproximadamente 25%, enquanto o da amoxicilina é de 18%.
A amoxicilina, como a maioria das penicilinas, pode ser detectada no leite materno. Com relação ao ácido clavulânico, não existem dados disponíveis a esse respeito. Traços de clavulanato também podem ser detectados. Com exceção do risco de sensibilização associado a esta excreção, não são conhecidos efeitos nocivos ao lactente.
Os estudos de reprodução em animais demonstraram que tanto a amoxicilina quanto o ácido clavulânico penetram na barreira placentária. No entanto, nenhuma evidência de diminuição da fertilidade ou dano ao feto foi detectado.
Não há evidências em estudos animais que os componentes do Amoxicilina + Clavulanato de Potássio (substância ativa) se acumulam em algum órgão. A amoxicilina distribui-se rapidamente nos tecidos e fluidos do corpo, mas não no cérebro e seus fluidos. Os resultados de experimentos que envolveram a administração do ácido clavulânico em animais sugerem que essa substância, do mesmo modo que a amoxicilina, é bem distribuída pelos tecidos corporais.
Metabolismo
A amoxicilina é parcialmente excretada na urina na forma de ácido penicilóico em quantidades equivalentes a 10- 25% da dose inicial. O ácido clavulânico é amplamente metabolizado em 2,5 – diidro-4-(2-hidroxietil)-5-oxo-1H-pirrol-3 ácido carboxílico e 1-amino-4-hidroxibutan- 2-ona sendo eliminado na urina e fezes.
Eliminação
Como com outras penicilinas, a principal via de eliminação da amoxicilina é através dos rins, enquanto que para clavulanato os mecanismos de eliminação são renais, e não-renais.
Aproximadamente 60% a 70% de amoxicilina e 40% a 65% de ácido clavulânico são excretados sem modificações na urina durante as primeiras 6 horas após a administração de dose única de um comprimido de 500 mg ou de 10 mL de suspensão oral de 250 mg de Amoxicilina + Clavulanato de Potássio (substância ativa).
O uso concomitante de probenecida retarda a excreção de amoxicilina, mas não a excreção renal de ácido clavulânico.
Injetável
Os resultados dos estudos de farmacocinética nos quais Amoxicilina + Clavulanato de Potássio (substância ativa) foi administrado a grupos de indivíduos sadios como 500/100 (600) mg ou 100/200 (1,2g) por injeção i.v em bolus ou 2000/200 (2,2g) como infusão i.v por 30 minutos são apresentados abaixo.
Injeção i.v. em bolus:
Dose administrada | Parâmetros farmacocinéticos médios: amoxicilina | ||||
Dose de amoxicilina | Pico de concentração sérica média (?/mL) | t 1/2 (h) | AUC (h.mg/L) | Recuperação na urina (%, 0 a 6 h) | |
500 mg de amoxicilina – 100 mg de clavulanato | 500 mg | 32.2 | 32.2 | 25.5 | 66.5 |
1000 mg de amoxicilina – 200 mg de clavulanato | 1 g | 105.4 | 0.9 | 76.3 | 77.4 |
Dose administrada | Parâmetros farmacocinéticos médios: amoxicilina | ||||
Dose de | Pico de concentração sérica média (?/mL) | t 1/2 (h) | AUC (h.mg/L) | Recuperação na | |
500 mg de amoxicilina – 100 mg de clavulanato | 100 mg | 10.5 | 1.12 | 9.2 | 46.0 |
1000 mg de amoxicilina – 200 mg de clavulanato | 200 mg | 28.5 | 0.9 | 27.9 | 63.8 |
Infusão intravenosa por 30 min:
Dose administrada | Parâmetros farmacocinéticos médios: amoxicilina | ||||
Dose de | Pico de concentração | t 1/2 (h) | AUC (h.mg/L) | Recuperação na | |
Amoxicilina | |||||
2000 mg de amoxicilina – 200 mg de ácido clavulânico | 2 g | 108.3 | – | 119.3 | 74.4 |
Clavulanato | |||||
2000 mg de amoxicilina – 200 mg de ácido clavulânico | 200 mg | 13.9 | – | 18.2 | 1.4 |
Absorção
Não aplicável.
Distribuição
Após a administração i.v, as concentrações terapêuticas de amoxicilina e ácido clavulânico podem ser detectadas nos tecidos efluidos intersticiais. As concentrações terapêuticas de ambos os fármacos foram encontradas na vesícula biliar, tecidos abdominais, pele, tecido adiposo e muscular. Entre os fluidos em que foram encontrados níveis terapêuticos, estão os fluidos sinoviais e peritoniais, bile e pus.
Nem a amoxicilina ou o ácido clavulânico são altamente ligáveis a proteínas. Estudos mostram que aproximadamente de 13% a 20% do conteúdo do fármaco plasmático total de cada componente é ligado a proteínas.
Estudos realizados em animais não apresentaram evidências que sugerem que os componentes se acumulam em qualquer órgão.
A amoxicilina, assim como a maioria das penicilinas, pode ser detectada no leite materno. Traços de clavulanato também podem ser detectados no leite materno.
Com exceção do risco de sensibilização associado a essa excreção, não há efeitos prejudiciais conhecidos para o lactente.
Estudos de reprodução em animais mostraram que tanto a amoxicilina quanto o ácido clavulânico penetram a barreira placentária. No entanto, não há evidências de danos a fertilidade ou ao feto.
Eliminação
Assim como ocorre com outras penicilinas, a principal via de eliminação da amoxicilina é através dos rins, enquanto para o clavulanato a eliminação é tanto renal, quanto por mecanismos não-renais.
Aproximadamente de 60 a 70 % da amoxicilina e aproximadamente 40 a 65% do ácido clavulânico são excretados inalterados naurina durante as primeiras seis horas após a administração de uma administração única de 500/100 mg ou 1000/200 mg por injeção i.v. em bolus.
O uso concomitante de probenecida e Amoxicilina + Clavulanato de Potássio (substância ativa) atrasa a excreção renal da amoxicilina, mas não do clavulanato.
Metabolismo
A amoxicilina é excretada na urina como ácido peniciloico inativo em quantidades equivalentes a 10 a 25% da dose inicial.
Ácido clavulânico é extensivamente metabolizado em homens a 2,5 dihidro-4-(2-hidroxietil)-5-oxo-1H-pirrol-3-ácido carboxílico e 1-amino-4-hidroxibuta-2-nona e eliminado na urina e fezes e como dióxido de carbono no ar expirado.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Clavulin.
Cuidados de Armazenamento do Clavulin IV
Conserve o produto ao abrigo da luz e da umidade e em temperatura não superior a 25ºC.
A estabilidade de Clavulin IV após a reconstituição dependerá do líquido escolhido pelo profissional de saúde para fazer a reconstituição.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico/características organolépticas
Um frasco de vidro transparente, vedado com uma tampa de borracha de clorobutila e um lacre de alumínio que contém um nominal de 500 ou 1.000 mg de amoxicilina e 100 ou 200 mg de ácido clavulânico. O conteúdo dos frascos é de um pó cuja cor varia entre branco e creme.
Uma coloração rósea transitória pode ou não aparecer durante a reconstituição. As soluções reconstituídas são normalmente incolores ou de cor esbranquiçada a amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Clavulin IV
M.S. 1.0107.0076
Farm. Resp.:
Edinilson da Silva Oliveira
CRF-RJ 18875
Fabricado por:
SmithKline Beecham Pharmaceuticals
Clarendon Road, Worthing, West Sussex, Worthing – Inglaterra
Registrado e importado por:
GlaxoSmithKline Brasil Ltda.
Estrada dos Bandeirantes, 8464 – Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 33.247.743/0001-10
Uso restrito a hospitais.
Venda sob prescrição médica.