Bula do Cloridrato de Ambroxol Sobral
Contraindicação do Cloridrato de Ambroxol – Sobral
Este medicamento não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) e a outros componentes da fórmula.
O Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) xarope adulto e pediátrico é contraindicado para o uso por pacientes com casos de condições hereditárias raras de intolerância a frutose.
Como usar o Cloridrato de Ambroxol – Sobral
Xarope
Utilize a marcação do copo-medida para medir as doses de Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) xarope.
Pode ser administrado com ou sem alimentos.
O Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) xarope pediátrico somente deve ser administrados a pacientes pediátricos menores de 2 anos de idade sob prescrição médica.
Solução gotas (para uso oral ou por inalação)
O frasco de Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) gotas vem acompanhado de um moderno gotejador, de fácil manuseio:
Basta colocar o frasco em posição vertical e deixar gotejar a quantidade desejada.
- Rompa o lacre da tampa.
- Vire o frasco.
- Mantenha-o na posição vertical; para começar o gotejamento, bata levemente com o dedo no fundo do frasco.
Cápsula
As cápsulas devem ser ingeridas inteiras com bastante líquido.
Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) não deve ser aberto ou mastigado.
Posologia do Cloridrato de Ambroxol
Xarope
Adultos e adolescentes maiores de 12 anos
5 mL por via oral, 3 vezes ao dia. Este regime é adequado para o tratamento de doenças agudas do trato respiratório e para o tratamento inicial de condições crônicas até 14 dias.
Crianças abaixo de 2 anos
2,5 mL – 2 vezes ao dia.
Crianças de 2 a 5 anos
2,5 mL – 3 vezes ao dia.
Crianças de 6 a 12 anos
5 mL – 3 vezes ao dia.
A dose de Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) xarope pediátrico pode ser calculada à razão de 0,5 mg de Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) por quilograma de peso corpóreo, 3 vezes ao dia
Solução oral
A dose para uso oral pode ser calculada à razão de 0,5 mg de Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) por quilograma de peso corpóreo, 3 vezes ao dia.
As gotas podem ser dissolvidas em água.
Crianças abaixo de 2 anos
1 mL (25 gotas), 2 vezes ao dia.
Crianças de 2 a 5 anos
1 mL (25 gotas), 3 vezes ao dia.
Crianças de 6 a 12 anos
2 mL, 3 vezes ao dia.
Adultos e adolescentes maiores de 12 anos
4 mL, 3 vezes ao dia.
Solução oral para inalação
A dose para inalação pode ser calculada na razão de 0,6 mg de Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) por quilograma de peso corpóreo, de uma a duas vezes ao dia.
Crianças abaixo de 6 anos
1 a 2 inalações/dia, com 2 mL.
Crianças acima de 6 anos e adultos
1 a 2 inalações/dia com 2 mL a 3 mL.
Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) gotas para inalação pode ser utilizado com todos os inaladores modernos, exceto inaladores de vapor. Pode ser misturado com solução fisiológica salina e diluído na proporção de 1:1 a fim de se obter uma umidificação adequada do ar liberado pelo inalador.
Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) gotas para inalação não deve ser misturado com ácido cromoglicato.
Também não deve ser misturado com outras soluções que resultem em uma mistura com pH acima de 6,3, p.ex. solução alcalina para inalação (sal de Emser).
Com o aumento do pH pode ocorrer precipitação de base livre de Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) ou turvação da solução.
Como a inalação pode por si mesma provocar tosse, recomenda-se que o paciente respire normalmente durante a inalação. Geralmente recomenda-se aquecer as soluções inalatórias à temperatura corpórea (esfregando o frasco entre as mãos) antes da inalação.
Para pacientes com asma brônquica, aconselha-se iniciar a inalação após administração da medicação broncodilatadora habitual.
Cápsula
Os grânulos contidos no interior da cápsula que ocasionalmente estejam presentes nas fezes liberaram a substância ativa durante sua passagem pelo sistema digestivo e, portanto não têm importância no tratamento.
Adultos
1 cápsula uma vez ao dia.
Precauções do Cloridrato de Ambroxol – Sobral
Muitos poucos casos de lesões cutâneas graves como Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica (NET) têm sido relatados em associação temporal com a administração de expectorantes como o Cloridrato de Ambroxol (substância ativa). A maioria pode ser explicada pela gravidade das doenças subjacentes dos pacientes e/ou pela medicação concomitante. Além disto, durante a fase inicial da Síndrome de Stevens-Johnson ou NET um paciente pode apresentar sintomas inespecíficos semelhantes ao de gripe como febre, dores no corpo, rinite, tosse e dor de garganta. Pode acontecer que, confundido por estes sintomas inespecíficos semelhantes ao de gripe, seja iniciado tratamento sintomático com uso de medicação para tosse e resfriado.
Assim, se ocorrerem novas lesões cutâneas ou nas mucosas, deve-se orientar o paciente a procurar o médico imediatamente e o tratamento com Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) deve ser descontinuado por precaução.
Em indicações respiratórias agudas, o médico deve ser procurado se os sintomas não melhorarem, ou se piorarem, durante o tratamento.
Insuficiência renal
No caso de insuficiência renal, este medicamento só pode ser usado após consultar um médico.
Efeitos na habilidade de dirigir veículos e operar máquinas
Estudos sobre os efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e operar máquinas não foram realizados. Não há evidências a partir de dados da pós-comercialização sobre efeito na habilidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Fertilidade, Gravidez e Lactação
O Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) atravessa a barreira placentária. Estudos não clínicos não indicaram efeitos prejudiciais diretos ou indiretos com relação à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parto ou desenvolvimento pós-natal.
A ampla experiência clínica com o emprego após a 28ª semana de gravidez não evidenciaram efeitos prejudiciais ao feto. Mesmo assim devem ser observadas as precauções habituais a respeito do uso de medicamento durante a gravidez. O uso de Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) não é recomendado, sobretudo durante o primeiro trimestre.
O Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) é excretado no leite materno. Embora não sejam esperados efeitos desfavoráveis nas crianças amamentadas, não se recomenda o uso deste medicamento em lactantes.
Estudos não clínicos não indicam efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre a fertilidade.
O Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) está classificado na categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Reações Adversas do Cloridrato de Ambroxol – Sobral
Xarope e Solução oral
Reações comuns (? 1/100 e lt; 1/10):
- Disgeusia (distúrbios do paladar);
- Hipoestesia da faringe;
- Náusea;
- Hipoestesia oral.
Reações incomuns (? 1/1.000 e lt; 1/100):
- Vômitos;
- Diarreia;
- Dispepsia;
- Dor abdominal;
- Boca seca.
Reações raras (? 1/10.000 e lt; 1/1.000):
- Garganta seca;
- Erupção cutânea;
- Urticária.
Reações com frequência desconhecida (não foi possível calcular a frequência a partir dos dados disponíveis):
- Reação/choque anafilático;
- Hipersensibilidade;
- Edema angioneurótico;
- Prurido.
Cápsula
Reação comum (? 1/100 e lt; 1/10):
Náusea.
Reações incomuns (? 1/1.000 e lt; 1/100):
Vômitos; diarreia; dispepsia; dor abdominal.
Reações raras (? 1/10.000 e lt; 1/1.000):
Erupção cutânea; urticária.
Reações com frequência desconhecida (não foi possível calcular a frequência a partir dos dados disponíveis):
Reação/choque anafilático; hipersensibilidade; edema angioneurótico; prurido.
Atenção:
Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) cápsula é um medicamento que possui nova forma farmacêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Riscos do Cloridrato de Ambroxol – Sobral
Não use este medicamento em crianças menores de dois anos. |
Interação Medicamentosa do Cloridrato de Ambroxol – Sobral
Desconhecem-se interações prejudiciais de importância clínica com outras medicações.
Ação da Substância Cloridrato de Ambroxol – Sobral
Resultados de Eficácia
Em avaliação da prevenção de recorrência de bronquite ao longo de 12 meses, ambroxol (118 pacientes) manteve a prevenção em 63%, dos pacientes mais graves, em comparação com 38% dos pacientes que receberam placebo (123 pacientes). Esta diferença foi estatisticamente significante (p=0,038). Os eventos adversos possivelmente relacionados ao tratamento foram relatados por 8,5% dos pacientes com ambroxol e 9,8% dos pacientes com placebo.1
Um estudo a longo prazo, duplo-cego e controlado por placebo em 173 pacientes com bronquite crônica tratados com cápsulas de ambroxol de liberação controlada foi realizado com doses diárias de 75mg de ambroxol (uma vez ao dia) por 2 anos. Houve uma melhora estatisticamente significante nos parâmetros de função pulmonar (capacidade vital – p=0,001, FEV1 – p=0,05,e taxa de fluxo de pico – p=0,001) e alívio evidente nos sintomas subjetivos (dispneia, tosse e dificuldade na expectoração).2
Referências
1 Bensi G Efficacy of twelve-month therapy with oral ambroxol in preventing exacerbations in patients with chronic bronchitis: double-blind, randomized, multicenter placebo controlled study (the AMETHIST trial). Chest 112 (3) (Suppl), 22S (1997).
2 Cegla UH. Long-term therapy over two years with ambroxol (Mucosolvan) retard capsules in patients with chronic bronchitis. Results of a double-blind study in 180 patients. Prax. Klin. PneumoI1988;42:715-721.
Características Farmacológicas
Farmacodinâmica
Em estudos pré-clínicos, o Cloridrato de Ambroxol (substância ativa), demonstrou aumentar a secreção das vias respiratórias, o que potencializa a produção de surfactante pulmonar e estimula a atividade ciliar. Estas ações resultam na melhora do fluxo e do transporte de muco (depuração ou clearance mucociliar). A melhora da depuração mucociliar foi demonstrada em estudos farmacológicos clínicos. O aumento da secreção fluida e da depuração mucociliar facilita a expectoração e alivia a tosse.
Em pacientes que sofrem de doença pulmonar obstrutiva crônica, o tratamento a longo prazo (6 meses) com Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) resultou em uma redução significativa das exacerbações que se tornou evidente após 2 meses de tratamento. Os pacientes do grupo tratado com Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) perderam significativamente menos dias por motivo de doença e precisaram de menos dias quando necessitaram de tratamento com antibiótico. O tratamento com Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) também induziu a uma melhora estatisticamente significante dos sintomas (dificuldade de expectoração, tosse, dispneia, sinais auscultatórios) em comparação ao placebo.
Observou-se um efeito anestésico local do Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) em modelo de olho do coelho que pode ser explicado pelas propriedades bloqueadoras do canal de sódio. Demonstrou-se in vitro que o Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) bloqueia os canais neuronais clonados de sódio; a ligação foi reversível e dependente da concentração.
A liberação de citocina sanguínea, assim como das células mononucleares e polimorfonucleares ligadas ao tecido, foi significativamente reduzida in vitro pelo Cloridrato de Ambroxol (substância ativa).
Em estudos clínicos em pacientes com dor de garganta foram reduzidos significantemente a dor e o rubor faríngeos.
Estas propriedades farmacológicas estão em conformidade com a observação em estudos clínicos anteriores de eficácia do Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) no tratamento de sintomas do trato respiratório superior, nos quais o Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) conduziu ao rápido alívio da dor e do desconforto relacionado à dor na região dos ouvidos-nariz-traqueia após inalação.
Todas estas propriedades farmacológicas combinadas facultam as formas de ação de Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) xarope. Primeiro, aliviando a irritação e o desconforto da mucosa inflamada da garganta, graças aos efeitos hidratante e anestésico locais promovidos pela constituição do xarope. Em seguida, Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) xarope atua sobre os brônquios exercendo seu principal benefício – facilitando a expectoração do muco e aliviando a tosse produtiva, protegendo do acúmulo de muco e contribuindo para a recuperação do paciente.
Após administração de Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) as concentrações de antibióticos (amoxicilina, cefuroxima, eritromicina) nas secreções broncopulmonares e no catarro aumentaram.
O início de ação de Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) solução oral ou inalatória ocorre em até 2 horas após o uso.
Exclusivo Cápsula
Os efeitos de Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) cápsula começam logo nos primeiros dias de tratamento.
Farmacocinética
Absorção
A absorção das formas orais de Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) de liberação imediata é rápida e completa, com linearidade de doses dentro dos limites terapêuticos. A concentração plasmática máxima é alcançada em 1 a 2,5 horas após a administração oral da formulação de liberação imediata e após uma mediana de 6,5 horas para formulação de liberação controlada.
As cápsulas de liberação controlada apresentaram uma disponibilidade relativa de 95 (normalizada para a dose) em comparação com uma dose diária de 60mg (30mg duas vezes ao dia) administrada como comprimidos de liberação imediata.
Distribuição
A distribuição do Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) do sangue até o tecido é rápida e acentuada, sendo a maior concentração da substância ativa encontrada nos pulmões. O volume de distribuição após administração oral foi estimado em 552 litros. Dentro das faixas terapêuticas, a ligação às proteínas plasmáticas encontrada foi de aproximadamente 90%.
Metabolismo e eliminação
Em torno de 30% de uma dose oral administrada é eliminada pelo metabolismo de primeira passagem hepática. O Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) é metabolizado fundamentalmente no fígado, por glicuronidação e clivagem para ácido dibromantranílico (cerca de 10% da dose), além de alguns metabólitos menos importantes.
Estudos em microssomas hepáticos humanos demonstram que a CYP3A4 é responsável pela metabolização do Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) para ácido dibromantranílico. Dentro de 3 dias após a administração oral, cerca de 6% da dose é encontrada na forma livre, enquanto cerca de 26% da dose é recuperada na forma conjugada na urina.
O Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) é eliminado com uma meia-vida terminal de eliminação de aproximadamente 10 horas. A depuração total está em torno de 660 mL/min, sendo a depuração renal responsável por cerca de 8% da depuração total. Estima-se que a quantidade da dose excretada na urina após 5 dias representa cerca de 83% da dose total (radioatividade).
Farmacocinética em populações especiais
Em pacientes com disfunção hepática, a eliminação do Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) está diminuída, resultando em níveis plasmáticos aumentados em cerca de 1, 3 a 2 vezes. Em razão da elevada faixa terapêutica do Cloridrato de Ambroxol (substância ativa), ajustes da dose não são necessários.
Outros
A idade e o sexo não afetaram a farmacocinética do Cloridrato de Ambroxol (substância ativa) em extensão clinicamente relevante e, portanto não é necessário ajuste do regime posológico. Não se identificou que a alimentação influencie a biodisponibilidade do Cloridrato de Ambroxol (substância ativa).