- Infecções do trato respiratório superior, incluindo amidalite, faringite, sinusite, otite média;
- Infecções do trato respiratório inferior, incluindo bronquite e pneumonia;
- Infecções da pele e partes moles, incluindo acne, furúnculos, celulite, impetigo, abscessos e feridas infeccionadas. Para infecções específicas da pele e partes moles, como erisipela e panarício, parece lógico que essas condições responderiam muito bem à terapia com Cloridrato de Clindamicina (substância ativa);
- Infecções ósseas e infecções das articulações, incluindo osteomielite aguda ou crônica e artrite séptica;
- Infecções dentárias, incluindo abscessos periodontais, periodontite, gengivite e abscessos periapicais;
- Infecções da pelve e do trato genital feminino, tais como endometrite, abscessos tubo-ovarianos não gonocócicos, celulite pélvica, infecção vaginal pós-cirúrgica, salpingite e doença inflamatória pélvica (DIP), quando associado a um antibiótico apropriado de espectro Gram-negativo aeróbico. Em casos de cervicite por Chlamydia trachomatis, a monoterapia com Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) tem se mostrado eficaz na erradicação do organismo.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Dalacin® C.
Contraindicação do Cloridrato de Clindamicina – Germed Pharma
Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) é contraindicado a pacientes que já apresentaram hipersensibilidade ao Cloridrato de Clindamicina (substância ativa).
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Dalacin® C.
Como usar o Cloridrato de Clindamicina – Germed Pharma
Uso em Adultos
A dose diária recomendada é de 600 – 1.800 mg, dividida em 2, 3 ou 4 doses iguais. Para evitar a possibilidade de irritação do esôfago, Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) deve ser administrado com um copo cheio de água.
Uso em Idosos
Estudos farmacocinéticos com Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) mostraram que não há diferenças importantes entre pacientes jovens e idosos com a função hepática e renal normal (ajustado pela idade), após administração oral ou intravenosa.
Portanto, o ajuste da dose não é necessário em pacientes idosos com a função hepática e renal normal (ajustado pela idade).
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal
Não é necessário o ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal.
Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática
Não é necessário o ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática.
Doses em indicações específicas
Tratamento de infecções por estreptococo beta-hemolítico:
O tratamento deverá continuar pelo menos durante dez dias.
Tratamento intra-hospitalar de doença inflamatória pélvica:
900 mg de fosfato de clindamicina, por via intravenosa, a cada 8 horas, concomitantemente a um antibiótico de espectro aeróbio Gram-negativo apropriado, como gentamicina 2,0 mg/kg, administrado por via IV, seguido de 1,5 mg/kg a cada 8 horas em pacientes com função renal normal. O tratamento IV deve ser continuado por pelo menos 4 dias e por pelo menos 48 horas após a recuperação da paciente.
Continua-se então o tratamento com Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) C cápsulas, administrando-se por via oral 450-600 mg a cada 6 horas até completar 10 – 14 dias de tratamento total.
Tratamento de amidalite e faringite agudas causadas por estreptococo:
Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) C 300 mg (1 cápsula) 2 vezes ao dia, durante 10 dias.
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça-se de administrar Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) C no horário estabelecido, ele deve fazê-lo assim que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, o paciente deve desconsiderar a dose esquecida e utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Dalacin® C.
Precauções do Cloridrato de Clindamicina – Germed Pharma
Reações de hipersensibilidade graves, incluindo reações cutâneas graves, como reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS), síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), necrólise epidérmica tóxica (NET), e pustulose exantemática aguda generalizada (PEAG) têm sido relatados em pacientes recebendo terapia com Cloridrato de Clindamicina (substância ativa). Se ocorrer hipersensibilidade ou reação cutânea grave, o Cloridrato de Clindamicina (substância ativa)deve ser descontinuada e uma terapia apropriada deve ser iniciada.
Colite pseudomembranosa foi relatada em associação a quase todos agentes antibacterianos, inclusive Cloridrato de Clindamicina (substância ativa), e pode variar, em gravidade, de leve até risco de morte. Portanto, é importante considerar esse diagnóstico em pacientes que apresentam diarreia subsequente à administração de agentes antibacterianos.
O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal do cólon e pode permitir o supercrescimento de clostridia. Os estudos indicam que a toxina produzida pelo Clostridium difficile é a principal causa de “colite associada a antibiótico”. Após se estabelecer diagnóstico de colite pseudomembranosa, as medidas terapêuticas devem ser iniciadas. Casos leves de colite pseudomembranosa geralmente respondem à interrupção do fármaco isoladamente. Em casos moderados a graves, deve-se considerar o tratamento hidroeletrolítico, suplementação proteica e tratamento com um fármaco antibacteriano clinicamente eficaz contra colite por Clostridium difficile.
Diarreia associada à Clostridium difficile (CDAD) foi relatada com o uso de quase todos os agentes antibacterianos, incluindo Cloridrato de Clindamicina (substância ativa), podendo variar em gravidade de diarreia leve a colite fatal. O tratamento com antibacterianos altera a flora normal do cólon resultando em um crescimento excessivo das cepas de C. difficile.
As toxinas A e B produzidas por C. difficile contribuem para o desenvolvimento de CDAD. Hipertoxina produzida por cepas de C. difficile resultam em aumento da morbidade e mortalidade, uma vez que estas infecções podem ser refratárias a antimicrobianos e podem requerer colectomia. CDAD deve ser considerada para todos os pacientes que apresentam diarreia seguida do uso de antibióticos. Há relatos que CDAD pode ocorrer em até dois meses após a administração de antibacterianos, portanto, é necessário cuidado na tomada do histórico médico e acompanhamento.
O Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) não deve ser usada no tratamento da meningite, pois não penetra adequadamente no líquido cefalorraquidiano.
Durante terapia prolongada devem ser realizados testes periódicos de função hepática e renal.
Não é necessária a redução da dose em pacientes com doença renal e hepática. Entretanto, determinações periódicas de enzimas hepáticas devem ser realizadas durante o tratamento com Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) de pacientes com doença hepática grave.
Uso durante a Gravidez
Estudos de toxicidade reprodutiva em ratos e coelhos com Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) oral não revelaram qualquer evidência de diminuição da fertilidade ou dano ao feto, exceto em doses que causaram toxicidade materna. Estudos de reprodução em animais nem sempre reproduzem a resposta em humanos.
O Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) atravessa a placenta em humanos. Após doses múltiplas, as concentrações no líquido amniótico foram de, aproximadamente, 30% das concentrações sanguíneas maternas.
Em estudos clínicos com mulheres grávidas, a administração sistêmica de Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) durante o segundo e terceiro trimestre de gravidez não tem sido associada a um aumento da frequência de anomalias congênitas. Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas durante o primeiro trimestre de gravidez.
O Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) deve ser utilizada na gravidez apenas se claramente necessária.
Cloridrato de Clindamicina (substância ativa)
é classificado na categoria B de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso durante a Lactação
O Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) foi detectada no leite materno em concentrações de lt;0,5 a 3,8 mcg/mL. O Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) tem o potencial de causar efeitos adversos na flora gastrointestinal do lactente, como diarreia ou sangue nas fezes, ou erupção cutânea. Se o Cloridrato de Clindamicina (substância ativa)administrada por via oral ou intravenosa for exigida a uma lactante, não é um motivo para interromper a amamentação, mas uma droga alternativa pode ser preferida. Os benefícios da amamentação no desenvolvimento e na saúde devem ser considerados juntamente com a necessidade clínica da mãe de Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) e quaisquer potenciais efeitos adversos no lactente do Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) ou da condição materna subjacente.
Efeito na Habilidade de Dirigir ou Operar Máquinas
O efeito do Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) na habilidade de dirigir ou operar máquinas ainda não foi sistematicamente avaliado.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Dalacin® C.
Reações Adversas do Cloridrato de Clindamicina – Germed Pharma
Reações adversas ao medicamento por categoria de frequência do Sistema de Classe de Órgãos (SOC) e CIOMS (Council for International Organizations of Medical Sciences) listados em ordem decrescente de gravidade médica dentro de cada categoria de frequência e SOC.
Frequência | Reações adversas |
Infecções e infestações | |
Comum gt;1/100 a ?1/10 | Colite pseudomembranosa ? |
Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) | Colite por Clostridium difficile?, infecção vaginal ? |
Distúrbios sanguíneos e do sistema linfático | |
Comum gt;1/100 a ?1/10 | Eosinofilia |
Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) | Agranulocitose ?, neutropenia ?, trombocitopenia ?, leucopenia ? |
Distúrbios do sistema imunológico | |
Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) | Choque anafilático ?, reação anafilactoide*, reação anafilática ?, hipersensibilidade ? |
Distúrbios do sistema nervoso | |
Incomum gt;1/1000 a ?1/100 | Disgeusia |
Distúrbios gastrointestinais | |
Comum gt;1/100 a ?1/10 | Diarreia |
Incomum gt;1/1000 a ?1/100 | Dor abdominal, vômito, náusea |
Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) | Úlcera esofágica?‡ , esofagite*‡ |
Distúrbios hepatobiliares | |
Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) | Icterícia* |
Distúrbios na pele ou no tecido subcutâneo | |
Comum gt;1/100 a ?1/10 | Rash maculopapular |
Incomum gt;1/1000 a ?1/100 | Urticária |
Rara gt;1/10000 a ?1/1000 | Eritema multiforme, pruridos |
Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis) | Necrólise epidérmica tóxica (NET)*, síndrome de Steven Johnson (SSJ)*, reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS)*, pustulose exantemática aguda generalizada (PEAG)*, angioedema*, dermatite esfoliativa*, dermatite bolhosa*, rash morbiliforme* |
Exames Laboratoriais | |
Comum gt;1/100 a ?1/10 | Exame de função hepática anormal |
Reação Adversa a Medicamento identificada pós-comercialização.
‡ Reação Adversa a Medicamento aplicável somente a formulação oral.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Dalacin® C.
Interação Medicamentosa do Cloridrato de Clindamicina – Germed Pharma
Estudos demonstraram que o Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) apresenta propriedades de bloqueio neuromuscular que podem intensificar a ação de outros fármacos com atividade semelhante. Portanto, o Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) deve ser usada com cautela em pacientes sob terapia com tais agentes.
O Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) é metabolizada predominantemente pela CYP3A4 e, em menor grau pela CYP3A5, para o metabólito principal sulfóxido de clindamicina e para o menor metabolito N-desmetilclindamicina. Deste modo, os inibidores de CYP3A4 e CYP3A5 podem reduzir a depuração do Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) e os indutores destas isoenzimas podem aumentar a depuração do Cloridrato de Clindamicina (substância ativa). Na presença de indutores fortes de CYP3A4 como a rifampicina, monitorar a perda de eficácia.
Estudos in vitro indicam que o Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) não inibe CYP1A2, CYP2C9, CYP2C19, CYP2E1 ou CYP2D6 e apenas inibe moderadamente a CYP3A4. Portanto, as interações clinicamente importantes entre Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) e fármacos coadministrados metabolizados por estas enzimas CYP são improváveis.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Dalacin® C.
Ação da Substância Cloridrato de Clindamicina – Germed Pharma
Resultados de Eficácia
Infecções de trato respiratório superior
No tratamento de tonsilites o Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) (150 mg, por via oral, a cada 6 horas, por 10 dias) é mais eficaz que a penicilina V (250 mg, por via oral, a cada 6 horas, por 10 dias) e que a eritromicina (250 mg, por via oral, a cada 6 horas, por 10 dias).
Infecções de trato respiratório inferior
O Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) é superior ao metronidazol no tratamento de infecções pulmonares (incluindo abscessos e pneumonias necrotizantes) causadas por agentes anaeróbios.
Infecções de pele e partes moles
No tratamento de infecção de partes moles a combinação intravenosa de Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) (5 mg/kg a cada 6 horas) e gentamicina (1 mg/kg, a cada 8 horas) mostrou-se tão eficaz quanto cefotaxima (20 mg/kg, a cada 6 horas). Os tratamentos duraram de 5 a 10 dias e as taxas de cura foram de 71% para a combinação Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) e gentamicina vs 73% para o tratamento cefotaxima.
O Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) (300 mg, a cada 8 horas, por 7 dias, via oral) foi tão efetiva quanto cloxacilina (500 mg, a cada 8 horas, por 7 dias, via oral) no tratamento de 61 pacientes com infecção de pele e tecido subcutâneo.
Infecções ósseas e articulares
O Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) (300 a 600 mg, a cada 6 horas, intravenosa, por 72 horas) é mais efetiva que a cloxacilina (2 g a cada 6 horas, intravenosa, por 72 horas) para a profilaxia de infecção após fraturas expostas tipo I e II de Gustillo. Dos pacientes que usaram o Cloridrato de Clindamicina (substância ativa), 9,3% evoluíram com infecção vs 20% dos que usaram cloxacilina.
Infecções dentárias
O Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) (150 mg, a cada 6 horas) tem eficácia comparável a da ampicilina (250 mg, a cada 6 horas) no tratamento de abscessos odontogênicos.
Infecções ginecológicas
No tratamento de vaginoses bacterianas o Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) alcança eficácia similar a do metronidazol, tanto oral como topicamente. A taxa de cura de ambos fica entre 70 a 90%.
O Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) (900 mg, a cada 8 horas, por via intravenosa) é tão efetiva quanto ampicilina/sulbactam (2 g/1 g, a cada 6 horas, por via intravenosa) no tratamento da endometrite pós-parto. As taxas de cura foram de 88% e 83%, respectivamente. Resultados similares foram observados comparando Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) e gentamicina (900 mg/1,5 mg/kg, a cada 8 horas) com ampicilina/sulbactam (2 g/1 g, a cada 6 horas, por via intravenosa).
Outro trabalho sobre endometrite pós-parto mostrou que o Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) (600 mg, a cada 6 horas) combinada com gentamicina (dose definida através do nível sérico, a cada 8 horas) é tão efetiva quanto a cefoxitina (2 g, a cada 6 horas, por via intravenosa) e a mezlocilina (4 g, a cada 6 horas, por via intravenosa). A taxa de cura foi de 92%, 82% e 87%, respectivamente. Os tratamentos duraram de 4 a 10 dias. Resultados similares foram obtidos por Herman et al (1986) comparando a combinação Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) e gentamicina (taxa de cura clínica 76%) com cefoxitina (75%).
Em comparação com cefoperazona (2 g, a cada 12 horas, via intravenosa) a combinação Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) (600 mg, a cada 6 horas, via intravenosa) e gentamicina (1 a 1,5 mg/kg, a cada 8 horas, via intravenosa) mostrou eficácia similar em um estudo duplo-cego, randomizado no tratamento de infecção pélvica realizado com 102 mulheres.
Em pacientes com doença inflamatória pélvica o tratamento intravenoso combinado de Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) (900 mg, a cada 8 horas) e gentamicina (dose de ataque de 120 mg e manutenção de 80 mg, a cada 8 horas) é tão eficaz quanto cefotaxima intravenoso (2 g, a cada 8 horas). Também nestes casos quando comparamos o Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) combinada com um aminoglicosídeo (amicacina ou gentamicina) com a combinação cefoxitina e doxiciclina, observamos que ambas as opções têm eficácia semelhante.
Infecções por Chlamydia trachomatis
O Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) (450 mg, a cada 6 horas, por via oral, durante 10 dias) é mais efetiva e melhor tolerada do que a eritromicina (500 mg, a cada 6 horas, por via oral, durante 10 dias).
Referências
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Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Dalacin® C.
Características Farmacológicas
O Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) é um antibiótico semi-sintético produzido pela substituição do grupo 7(R)-hidroxi de um derivado da lincomicina, pelo grupo 7(S)-cloro.
Propriedades Farmacodinâmicas
Mecanismo de ação
O Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) é um antibiótico da classe das lincosamidas que inibe a síntese proteica bacteriana. Ela se liga à subunidade ribossomal 50S e afeta a montagem do ribossomo e o processo de tradução. Embora o fosfato de Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) seja inativo in vitro, a hidrólise rápida in vivo converte esse composto no Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) antibacteriana ativa. Em doses usuais, o Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) exibe atividade bacteriostática in vitro.
Efeitos farmacodinâmicos
A eficácia está relacionada ao período de tempo em que o nível do agente está acima da concentração inibitória mínima (CIM) do patógeno (% T/CIM).
Resistência
A resistência ao Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) é mais frequente devido a mutações no sítio de ligação ao antibiótico do rRNA ou a metilação de nucleotídeos específicos no RNA 23S da subunidade ribossomal 50S. Essas alterações podem determinar a resistência cruzada in vitro a macrolídeos e estreptograminas B (fenótipo MLSB). A resistência é ocasionalmente devido a alterações nas proteínas ribossomais. A resistência ao Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) pode ser induzida por macrolídeos em isolados bacterianos resistentes a macrolídeos. A resistência induzível pode ser demonstrada com teste de disco (teste de zona D) ou em caldo. Os mecanismos de resistência menos frequentemente encontrados envolvem modificação do antibiótico e do efluxo ativo. Há uma resistência cruzada completa entre Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) e lincomicina. Assim como acontece com muitos antibióticos, a incidência de resistência varia com as espécies bacterianas e a área geográfica. A incidência de resistência ao Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) é maior entre os isolados estafilocócicos resistentes à meticilina e os isolados pneumocócicos resistentes à penicilina do que entre os organismos suscetíveis a esses agentes.
Atividade antimicrobiana
O Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) demonstrou ter atividade in vitro contra a maioria dos isolados dos seguintes microrganismos:
Bactérias aeróbicas
Bactérias gram-positivas | Staphylococcus aureus (isolados suscetíveis à meticilina); Estafilococos coagulase-negativas (isolados suscetíveis à meticilina); Streptococcus pneumoniae (isolados suscetíveis à penicilina); Estreptococos beta-hemolíticos dos grupos A, B, C e G; Estreptococos do grupo Viridans; Corynebacterium spp |
Bactérias gram-negativas | Chlamydia trachomatis |
Bactérias anaeróbicas
Bactérias gram-positivas | Actinomyces spp.; Clostridium spp. (exceto Clostridium difficile); Eggerthella (Eubacterium) spp.; Peptococcus spp.; Peptostreptococcus spp. (Finegoldia magna, Micromonas micros); Propionibacterium acnes |
Bactérias gram-negativas | Bacteroides spp.; Fusobacterium spp.; Gardnerella vaginalis; Prevotella spp. |
Fungos
Pneumocystis jirovecii.
Protozoários
- Toxoplasma gondii;
- Plasmodium falciparum.
Pontos de interrupção
A prevalência de resistência adquirida pode variar geograficamente e com o tempo para espécies selecionadas e informações locais sobre resistência são desejáveis, particularmente no tratamento de infecções graves. Se necessário, deve ser procurado um parecer especializado quando a prevalência local de resistência é tal que a utilidade do agente em pelo menos alguns tipos de infecções é questionável. Particularmente em infecções graves ou falha terapêutica, o diagnóstico microbiológico com verificação do patógeno e sua susceptibilidade ao Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) é recomendado.
A resistência é geralmente definida pelo critério interpretativo de susceptibilidade (pontos de interrupção) estabelecidos pelo Instituto de Padrões Clínicos e Laboratoriais (CLSI) ou pelo Comitê Europeu de Testes de Susceptibilidade Antimicrobiana (EUCAST) para antibióticos administrados sistematicamente.
Os pontos de interrupção do Instituto de Padrões Clínicos e Laboratoriais (CLSI) para organismos relevantes estão listados abaixo.
Tabela 1. Critério interpretativo de susceptibilidade do CLSI paro Cloridrato de Clindamicina (substância ativa)
Patógeno | Concentrações Inibitória Mínima (mcg/mL) | Disco-difusão (Diâmetro do halo em mm)a | ||||
S | I | R | S | I | R | |
Staphylococcus spp. | lt;0,5 | 1-2 | gt;4 | gt;21 | 15-20 | lt;14 |
Streptococcus spp. | lt;0,25 | 0,5 | gt;1 | gt;19 | 16-18 | lt;15 |
Bactéria anaeróbicab | lt;2 | 4 | gt;8 | NA | NA | NA |
NA=não aplicável;
S=suscetível;
I=intermediário;
R=resistente.
aConteúdo do disco 2 microgramas de Cloridrato de Clindamicina (substância ativa).
bFaixas de CIM para anaeróbicos são baseadas na metodologia de diluição em ágar.
Um relatório de ‘Suscetíveis’ (S) indica que o patógeno provavelmente será inibido se o composto antimicrobiano no sangue atingir as concentrações geralmente alcançáveis. Um relatório de ‘Intermediário’ (I) indica que o resultado deve ser considerado equivocado e, se o micro-organismo não é totalmente suscetível a drogas alternativas, clinicamente viáveis, o teste deve ser repetido. Esta categoria implica em uma possível aplicabilidade clínica em locais do corpo onde o fármaco é fisiologicamente concentrado ou em situações em que pode ser utilizada uma dose elevada de fármaco. Esta categoria também fornece uma zona tampão que impede que fatores técnicos pequenos e não controlados causem grandes discrepâncias na interpretação. Um relatório de ‘Resistente’ (R) indica que o patógeno não é susceptível a ser inibido se o composto antimicrobiano no sangue atingir as concentrações geralmente alcançáveis; outra terapia deve ser selecionada.
Os procedimentos de teste de susceptibilidade padronizados exigem o uso de controles de laboratório para monitorar e garantir a acurácia e precisão dos suprimentos e reagentes utilizados no ensaio e as técnicas dos indivíduos que realizam o teste. O pó de Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) padrão deve fornecer as faixas de CIM na Tabela 2. Para a técnica de disco-difusão usando o disco de 2 mcg de Cloridrato de Clindamicina (substância ativa), os critérios fornecidos na Tabela 2 devem ser alcançados.
Tabela 2. Faixas de Controle de Qualidade (CQ) aceitáveis do CLSI para o Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) a ser usada na validação dos resultados dos testes de suscetibilidade
Cepa do CQ | Faixa da concentração inibitória mínima (mcg/mL) | Faixa de disco-difusão (diâmetro do halo em mm) |
Staphylococcus aureus | 0,06–0,25 | NA |
Staphylococcus aureus | NA | 24–30 |
Streptococcus pneumoniae | 0,03–0,12 | 19–25 |
Bacteroides fragilis | 0,5–2a | NA |
Bacteroides thetaiotaomicron | 2–8a | NA |
Eggerthella lenta | 0,06–0,25a | NA |
NA=Não aplicável.
ATCC® é uma marca registrada da American Type Culture Collection.
a Faixas de CIM para anaeróbicos são baseadas na metodologia de diluição em ágar.
Os pontos de interrupção do Comitê Europeu de Testes de Susceptibilidade Antimicrobiana (EUCAST) estão apresentados abaixo.
Tabela 3. Critério Interpretativo de Susceptibilidade do EUCAST paro Cloridrato de Clindamicina (substância ativa)
Organismo | Pontos de interrupção da CIM (mg/L) | Pontos de interrupção do diâmetro do halo (mm)a | ||
S ? | R gt; | S ? | R lt; | |
Staphylococcus spp | 0,25 | 0,5 | 22 | 19 |
Streptococcus Grupos A, B, C e G | 0,5 | 0,5 | 17 | 17 |
Streptococcus pneumoniae | 0,5 | 0,5 | 19 | 19 |
Viridans group streptococci | 0,5 | 0,5 | 19 | 19 |
Gram-positive anaerobes | 4 | 4 | NA | NA |
Gram-negative anaerobes | 4 | 4 | NA | NA |
Corynebacterium spp | 0,5 | 0,5 | 20 | 20 |
aConteúdo do disco de 2 µg de Cloridrato de Clindamicina (substância ativa);
NA= não aplicável;
S= suscetível;
R= resistente.
Faixas de CQ do EUCAST para determinação da CIM e do halo do disco estão na tabela abaixo.
Table 4. Faixas de Controle de Qualidade (CQ) aceitáveis do EUCAST para o Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) a ser usada na validação dos resultados dos testes de suscetibilidade
Cepa do CQ | Faixa da concentração inibitória mínima (mcg/mL) | Faixa de disco-difusão (diâmetro do halo em mm) |
Staphylococcus aureus | 0,06–0,25 | 23-29 |
Streptococcus pneumoniae | 0,03–0,125 | 22-28 |
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Propriedades Farmacocinéticas
Estudos de níveis séricos conduzidos com uma dose oral de 150 mg de Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) em 24 voluntários adultos normais mostraram que o Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) foi rapidamente absorvida após administração oral. Foi atingido nível sérico médio de 2,50 µg/mL em 45 minutos; os níveis séricos foram em média de 1,51 µg/mL em 3 horas e de 0,70 µg/mL em 6 horas. A absorção de uma dose oral é quase completa (90%) e a administração concomitante de alimentos não modifica, de forma considerável, as concentrações séricas; os níveis séricos foram uniformes e previsíveis de pessoa para pessoa e entre as doses. Estudos de níveis séricos conduzidos após doses múltiplas de Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) por até 14 dias não apresentaram evidências de acúmulo ou de alteração do metabolismo do medicamento. A meia-vida sérica do Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) aumentou discretamente em pacientes com função renal acentuadamente reduzida. A hemodiálise e a diálise peritoneal não são eficazes na remoção do Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) do soro. As concentrações séricas do Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) aumentaram de forma linear com o aumento da dose. Os níveis séricos superaram a CIM (concentração inibitória mínima) para a maioria dos microrganismos indicados por, pelo menos, seis horas após a administração de doses usualmente recomendadas. O Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) é amplamente distribuída nos fluidos e tecidos corpóreos (incluindo ossos). Estudos in vitro em fígado humano e microssomas intestinais indicaram que o Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) é predominantemente oxidada pela CYP3A4, com menor contribuição da CYP3A5, para formar sulfóxido de Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) e um metabólito menor, a Ndesmetilclindamicina. A meia-vida biológica média é de 2,4 horas. Aproximadamente 10% dos metabólitos ativos são excretados na urina e 3,6% nas fezes; o restante é excretado na forma de metabólitos inativos. Doses de até 2 gramas de Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) por dia, durante 14 dias, foram bem toleradas por voluntários sadios, com exceção da incidência de efeitos colaterais gastrintestinais ser maior com doses mais altas. Nenhum nível significativo de Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) é atingido no líquido cerebrospinal, mesmo na presença de meninges inflamadas. Estudos farmacocinéticos em voluntários idosos (61 – 79 anos) e adultos jovens (18 – 39 anos) indicam que apenas a idade não altera a farmacocinética do Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) (clearance, meia-vida de eliminação, volume de distribuição e área sob a curva) após administração IV do fosfato de Cloridrato de Clindamicina (substância ativa). Após administração oral de Cloridrato de Clindamicina (substância ativa), a meia-vida de eliminação aumentou para aproximadamente 4,0 horas (variação de 3,4 – 5,1 h) em idosos, em comparação com 3,2 horas (variação de 2,1 – 4,2 h) em adultos jovens. O grau de absorção, no entanto, não é diferente entre as faixas etárias e não é necessária alteração posológica para idosos com função hepática normal e função renal normal (ajustada para a idade).
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Carcinogênese
Estudos de longa duração não foram realizados em animais para avaliar o potencial carcinogênico.
Mutagenicidade
Testes de genotoxicidade realizados incluíram o teste do micronúcleo em ratos e um teste de Ames Salmonella invertido. Ambos os testes foram negativos.
Alterações na Fertilidade
Estudos de fertilidade em ratos tratados com até 300 mg/kg/dia (aproximadamente 1,1 vezes a maior dose recomendada em adultos humanos; dose calculada em mg/m2 ), por via oral, não revelaram efeitos na fertilidade ou no acasalamento.
Em estudos de desenvolvimento fetal em ratos com Cloridrato de Clindamicina (substância ativa) oral não foi observado desenvolvimento de toxicidade, exceto em doses que produziram toxicidade materna.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Dalacin® C.