Como o Cloridrato de Dobutamina ABL Brasil funciona?
A dobutamina age diretamente no coração, aumentando a sua força de contração. O início da ação da dobutamina ocorre 1 a 2 minutos após o início da administração, entretanto, podem ser necessários até 10 minutos quando a velocidade de infusão é baixa.
Contraindicação do Cloridrato De Dobutamina – ABL Brasil
O cloridrato de dobutamina não deve ser usado por pacientes que apresentam estenose subaórtica hipertrófica idiopática ou cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva (caracterizada pelo espessamento do músculo do ventrículo do coração), feocromocitoma (tumor formado por células produtoras de substâncias adrenérgicas, como a adrenalina), arritmias cardíacas (alteração no ritmo dos batimentos do coração) ou reações alérgicas à dobutamina.
Como usar o Cloridrato De Dobutamina – ABL Brasil
A solução deve ser diluída antes da administração.
Deve ser administrado por via intravenosa, exclusivamente por infusão intravenosa.
Abertura da ampola com sistema OPC (One point cut)
- Segure a ampola inclinada a um ângulo de aproximadamente 45°.
- Apoie a ponta dos polegares no estrangulamento da ampola.
Atenção: o ponto de tinta deve estar voltado para frente, do lado oposto aos polegares.
- Com o dedo indicador envolva a parte superior da ampola, pressionando-a para trás até sua abertura.
Diluição
Diluente:
Glicose 5%, cloreto de sódio 0,9%, glicose 5% em cloreto de sódio 0,45%, glicose 5% em cloreto de sódio 0,9%, glicose 10%, ringer lactato, glicose 5% em ringer lactato ou lactato de sódio.
As diluições devem ser feitas considerando as necessidades de fluidos do paciente.
Concentrações das soluções:
A ampola de cloridrato de dobutamina contém uma solução com 250 mg de dobutamina em 20 mL.
Diluído para 1000 mL obtém-se:
A concentração 250 mcg/mL.
Diluído para 500 mL obtém-se:
A concentração 500 mcg/mL.
Diluído para 250 mL obtém-se:
A concentração 1000 mcg/mL.
Obs.: a concentração de dobutamina não deve ultrapassar 5000 mcg/mL (250 mg de dobutamina diluídos para 50 mL).
Aparência da solução diluída:
Incolor.
Soluções contendo dobutamina podem apresentar uma cor rósea, o que indica leve oxidação da formulação, mas sem perda da potência desde que os parâmetros de estabilidade sejam respeitados.
Estabilidade após diluição:
Temperatura ambiente (15°C a 30°C):
24 horas.
O medicamento não deve ser congelado devido à possibilidade de cristalização.
Medicamentos intravenosos devem ser inspecionados visualmente e não devem ser usados se houver presença de material particulado.
A administração de dobutamina deve ser feita através de aparelhos capazes de controlar a velocidade de infusão, para evitar a administração de doses maciças.
Incompatibilidades e compatibilidades
Incompatibilidades:
A dobutamina é incompatível com soluções alcalinas, portanto, não misturar com produtos como a injeção de bicarbonato de sódio a 5%. Não usar a dobutamina em conjunto com outros medicamentos ou diluentes contendo bissulfito de sódio e etanol.
A dobutamina é também incompatível com:
Succinato sódico de hidrocortisona, cefazolina, cefamandol, cefalotina neutra, penicilina, ácido etacrínico e heparina sódica.
Compatibilidades:
Quando administrada por tubos tipo Y, a dobutamina é compatível com dopamina, lidocaína, verapamil, cloreto de potássio.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O cloridrato de dobutamina é para uso injetável e, portanto, deve ser administrado em serviços profissionais autorizados. Deve ser administrado por via intravenosa, exclusivamente por infusão intravenosa.
Posologia do Cloridrato de Dobutamina ABL Brasil
Atenção: as doses são dadas em termos de dobutamina.
Doses e velocidades de infusão
Para aumentar o débito cardíaco geralmente se emprega uma dose de 2,5 a 10 mcg/kg/min. Recomenda-se iniciar com a dose menor (2,5 mcg/kg/min). O ajuste das doses e a duração do tratamento são determinados pelo médico, de acordo com a resposta clínica individual. Alguns pacientes podem necessitar de doses mais elevadas que as usuais.
Adultos
A infusão de dobutamina deve ser iniciada com a dose mais baixa (2,5 mcg/kg/min) e titulada a intervalos de alguns minutos, guiada pela resposta do paciente. As doses geralmente se situam entre 2,5 a 10 mcg/kg/min na maioria dos pacientes.
Frequentemente doses até 20 mcg/kg/min são necessárias para melhora adequada da hemodinâmica. Em raras ocasiões doses de até 40 mcg/kg/min foram reportadas.
Na tabela 1 são fornecidas as velocidades de infusão, em função das concentrações e das doses desejadas de dobutamina.
Crianças
Doses geralmente de 5 a 20 mcg/kg/min, mas considerando as particularidades da resposta clínica.
Na tabela 1 são fornecidas as velocidades de infusão, em função das concentrações e das doses desejadas de dobutamina.
Tabela 1 – Velocidade de infusão em função da concentração e da dose desejada de dobutamina:
(**) É a velocidade (em mL/kg/min) necessária para proporcionar a dose desejada de dobutamina referida na coluna da esquerda.
Observar que são fornecidos números (mL/kg/min) para cálculo das velocidades para as três principais diluições utilizadas de dobutamina (250 mcg/mL, 500 mcg/mL e 1000 mcg/mL).
Precauções do Cloridrato De Dobutamina – ABL Brasil
Pacientes alérgicos à dobutamina podem apresentar reações como erupção na pele, coceira no couro cabeludo, eosinofilia (aumento de eosinófilos no sangue), febre e broncoespasmo (contração dos brônquios). O cloridrato de dobutamina contém bissulfito de sódio, que pode causar reações alérgicas, incluindo sintomas anafiláticos e episódios asmáticos menos graves ou com risco de morte em indivíduos sensíveis a esse composto. A sensibilidade ao sulfito tem sido observada com maior frequência em pessoas asmáticas.
Durante o tratamento com dobutamina, devem ser monitoradas a pressão arterial, a frequência cardíaca e a taxa de infusão.
Podem ocorrer quedas repentinas na pressão arterial, que geralmente retorna a níveis normais com a diminuição da dose ou a interrupção da administração. Se o paciente apresentar pressão baixa devido ao baixo volume de sangue, pode ser necessário o tratamento com soluções repositoras de volume antes que se inicie o tratamento com dobutamina.
A dobutamina pode provocar aumento dos batimentos do coração e da pressão arterial, que geralmente são revertidos pela redução da dose administrada. Pacientes com fibrilação atrial (ritmo irregular dos batimentos cardíacos) e hipertensão (pressão alta) préexistentes possuem maior chance de apresentar estas reações.
A dobutamina pode precipitar ou exacerbar atividade ectópica ventricular (tipo de alteração do batimento cardíaco), mas isso raramente tem causado taquicardia ventricular (aumento da frequência dos batimentos cardíacos).
A dobutamina não melhora as condições de pacientes que apresentam enchimento e/ou esvaziamento ventricular prejudicado devido a obstrução mecânica importante.
A segurança do uso de dobutamina após infarto agudo do miocárdio ainda não foi estabelecida. Pacientes que possuem risco de apresentar uma ruptura cardíaca durante o teste com dobutamina devem ser cuidadosamente avaliados.
A dobutamina pode diminuir as concentrações de potássio no sangue.
Interações medicamentosas
A dobutamina pode:
- Aumentar os efeitos pressores dos vasoconstritores (ex.: epinefrina, norepinefrina, levonordefrina). Pode também aumentar a vasoconstrição (contração dos vasos sanguíneos) com ergotamina; ergonovina; metilergonovina; metisergida; oxitocina;
- Aumentar os riscos de arritmias cardíacas e de hipertensão arterial grave com antidepressivos tricíclicos (ex.: amitriptilina, nortriptilina), maprotilina;
- Ter sua ação inibida ou inibir a ação de betabloqueadores (ex .: propranolol, metoprolol). Durante o tratamento com betabloqueadores, baixas doses de dobutamina poderão manifestar graus variados de atividade alfa adrenérgica, como vasoconstrição;
- Sofrer ou provocar aumento de reações adversas graves com cocaína, IMAO* (inibidores da monoamina-oxidase), incluindo furazolidona, procarbazina e selegilina;
*Pacientes que receberam IMAO até 3 semanas antes podem exigir doses de simpatomiméticos (como a dobutamina) muito menores que as habituais (chegando mesmo a um décimo da dose usual), para tentar evitar reações adversas graves.
- Aumentar os riscos de arritmias cardíacas com digitálicos (ex.: digoxina);
- Aumentar a ação ou ter sua ação aumentada por doxapram.
O uso concomitante de dobutamina e nitroprussiato resulta no aumento do débito cardíaco (volume de sangue bombeado pelo coração) e, geralmente em uma menor pressão pulmonar de oclusão do que quando estes medicamentos são utilizados sozinhos.
Anestésicos hidrocarbonetos halogenados (ex.: halotano, isoflurano) podem sensibilizar o miocárdio (músculo do coração) aos efeitos da dobutamina, há risco de ocorrer arritmia grave.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Reações Adversas do Cloridrato De Dobutamina – ABL Brasil
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
Aumento da pressão arterial, aumento dos batimentos do coração, aumento de batimentos ventriculares prematuros, náusea, dor de cabeça, dor anginosa, dor no peito, palpitações, dificuldade de respirar.
Outras reações:
Flebite no local da aplicação (inflamação das veias), necrose da pele, erupção na pele, trombocitopenia (diminuição das plaquetas no sangue), diminuição da concentração de potássio no sangue.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Cloridrato De Dobutamina – ABL Brasil
Trabalho de Parto
O efeito da dobutamina no trabalho de parto é desconhecido.
Uso na gravidez
Categoria de risco B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso na amamentação
Não se sabe se este medicamento é excretado no leite materno humano. Por precaução recomenda-se que a amamentação seja interrompida enquanto durar o tratamento.
Uso em idosos
Não há diferenças nas respostas entre idosos e indivíduos mais jovens, mas uma maior sensibilidade entre os indivíduos idosos não pode ser descartada. A dose deve ser escolhida com cautela nesses pacientes, pois eles possuem maior possibilidade de apresentar diminuição da função do fígado, dos rins ou do coração e pelas terapias e doenças concomitantes.
Uso em crianças
A dobutamina aumenta o débito cardíaco (volume de sangue bombeado pelo coração em um determinado período) e a pressão sistêmica em crianças de todas as idades. Em neonatos prematuros, a dobutamina é menos efetiva que a dopamina em aumentar a pressão sanguínea sistêmica sem causar taquicardia e não oferece benefícios adicionais quando administrada a pacientes recebendo dopamina.
Composição do Cloridrato De Dobutamina – ABL Brasil
Apresentações
Dobutamina 250 mg/20 mL:
Cada ampola contém cloridrato de dobutamina equivalente a 250 mg de dobutamina na forma de solução injetável. Embalagem contendo 20 ampolas com 20 mL cada.
Via intravenosa, exclusivamente por infusão intravenosa.
Uso adulto e pediátrico.
Composição
Dobutamina 250 mg/20 mL:
Cada 1 mL de solução contém 14,1 mg de cloridrato de dobutamina equivalente a 12,5 mg de dobutamina.
Excipientes:
bissulfito de sódio e água para injetáveis.
Obs:
pode ser utilizado ácido clorídrico e/ou hidróxido de sódio durante a fabricação para ajustar o pH.
Superdosagem do Cloridrato De Dobutamina – ABL Brasil
Sinais e sintomas
Ao utilizar uma dose excessiva, o paciente pode apresentar: falta de apetite, náusea, vômitos, tremor, ansiedade, palpitações, dor de cabeça, dificuldade de respirar e dor no peito. Também podem ocorrer aumento ou diminuição da pressão, aumento dos batimentos do coração, isquemia miocárdica (diminuição do fluxo de sangue para o músculo do coração) e fibrilação ventricular.
Tratamento
Em caso de superdosagem deve-se interromper a administração do medicamento, garantir o funcionamento respiratório e adotar medidas para tratamento dos sinais e sintomas.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800-722-6001 se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Cloridrato De Dobutamina – ABL Brasil
O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) pode:
- Aumentar os efeitos pressores dos vasoconstritores (ex.: epinefrina, norepinefrina, levonordefrina). Pode também aumentar a vasoconstrição com ergotamina; ergonovina; metilergonovina; metisergida; oxitocina.
- Aumentar os riscos de arritmias cardíacas e de hipertensão arterial grave com antidepressivos tricíclicos (ex.: amitriptilina, nortriptilina); maprotilina.
- Ter sua ação inibida ou inibir a ação de betabloqueadores (ex.: propranolol, metoprolol). Durante o tratamento com betabloqueadores, baixas doses de Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) poderão manifestar graus variados de atividade alfa adrenérgica, como vasoconstrição.
- Sofrer ou provocar aumento de reações adversas graves com cocaína; IMAO* (inibidores da monoamina-oxidase), incluindo furazolidona, procarbazina e selegilina.- aumentar os riscos de arritmias cardíacas com digitálicos (ex.: digoxina).
- Aumentar a ação ou ter sua ação aumentada por doxapram.
*Pacientes que receberam IMAO até 3 semanas antes podem exigir doses de simpatomiméticos muito menores que as habituais (chegando mesmo a um décimo da dose usual), para tentar evitar reações adversas graves.
O uso concomitante de Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) e nitroprussiato resulta no aumento do débito cardíaco e, geralmente em uma menor pressão pulmonar de oclusão do que quando estes medicamentos são utilizados sozinhos.
Anestésicos hidrocarbonetos halogenados (ex.: halotano, isoflurano) podem sensibilizar o miocárdio aos efeitos do Cloridrato de Dobutamina (substância ativa); há risco de ocorrer arritmia grave.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Dobutrex®.
Ação da Substância Cloridrato De Dobutamina – ABL Brasil
Resultados de Eficácia
O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) é um derivado de dopamina com propriedades inotrópicas pronunciadas e efeitos cronotrópicos e arritmogênicos menos pronunciados que o isoproterenol. O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) foi avaliada em duas doses, 5 mcg/kg/min e 10 mcg/kg/min, em dois grupos de 10 pacientes cada, durante emergência de bypass cardiopulmonar. Um terceiro grupo com 5 pacientes foi estudado com isoproterenol na dose de 0,02 mcg/kg/min. O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) aumentou o índice cardíaco em 16% com dose de 5 mcg/kg/min e em 28% com dose de 10 mcg/kg/min e o isoproterenol aumentou o índice cardíaco em 9%.
Em contraste, o Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) aumentou a frequência cardíaca em 6% e 15% com as doses 5 mcg/kg/min e 10 mcg/kg/min, respectivamente (não significante) e o isoproterenol aumentou a frequência em 44% (significante).(5)
Baixas doses de dobutamina melhoram a função sistólica e o relaxamento ventricular esquerdo em pacientes com movimentação normal da parede até mesmo em dosagens em que a frequência cardíaca geralmente não aumenta, enquanto não há efeito no índice de pressão de enchimento ventricular esquerdo.(6)
Em um estudo em que o Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) foi administrada por infusão intravenosa em 22 pacientes após cirurgia cardíaca aberta, pode-se concluir que o Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) é um potente agente inotrópico que aumenta o débito cardíaco sem causar taquicardia ou arritmia significante, podendo ser utilizada no tratamento de pacientes após cirurgia cardíaca aberta. Com o Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) foi possível obter um efeito no índice cardíaco comparável ao do isoproterenol, com menor alteração na frequência cardíaca.(7)
Os efeitos hemodinâmicos da infusão de dobutamina foram estudados nas dosagens de 2,5; 5 e 10 mcg/kg/min em 12 pacientes com doença arterial coronariana. O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) possui um potente efeito inotrópico positivo que não é acompanhado de aumento da frequência cardíaca, exceto em altas doses. Na menor dose, 2,5mcg/kg/min, a infusão de dobutamina aumentou significativamente o débito cardíaco; aumentos maiores ocorreram com as doses de 5 e 10 mcg/kg/min.(8)
Um estudo com 18 pacientes com doença arterial coronariana e 7 pacientes com cardiomiopatia avaliou a infusão de Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) em doses de 2,5 a 15mcg/kg/min. O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) produziu efeitos favoráveis na hemodinâmica, no volume sistólico e nas anormalidades de motilidade segmentar na maioria dos pacientes com insuficiência cardíaca congestiva sem efeito deletério no metabolismo do miocárdio.(9)
Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, a administração a curto prazo de Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) por 72 horas melhora a função endotelial vascular por pelo menos duas semanas.(10)
O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) é um agente inotrópico positivo efetivo em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva grave. Devido ao pequeno efeito na frequência cardíaca e na pressão aórtica (principais determinantes do consumo de oxigênio pelo miocárdio) pode ser utilizada na síndrome do débito cardíaco diminuído associada à doença cardíaca coronariana. Em um estudo com 12 pacientes recebendo Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) e 10 pacientes recebendo dopamina, o Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) apresentou aumento no índice cardíaco maior que a dopamina.(11)
Um estudo com 13 pacientes com insuficiência cardíaca congestiva grave comparou os efeitos hemodinâmicos sistêmicos e regionais do Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) e da dopamina. Os resultados demonstraram que o Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) (2,5 – 10 mcg/kg/min) aumenta progressivamente e previsivelmente o débito cardíaco através do aumento do volume sistólico, enquanto diminui simultaneamente a resistência vascular sistêmica e pulmonar e a pressão propulsora pulmonar. Não houve alteração na frequência cardíaca ou contrações ventriculares prematuras por minuto (PVCs/min) com estas doses. A dopamina (2-8 mcg/kg/min) aumentou o volume sistólico e o débito cardíaco com dos es de 4 mcg/kg/min. A dopamina em dose maior que 4 mcg/kg/min promoveu pequeno aumento adicional no débito cardíaco e na pressão propulsora pulmonar e no número de PVCs/min. Doses de dopamina maiores que 6 mcg/kg/min aumentaram a frequência cardíaca. Durante a infusão da dose de manutenção por 24 horas, apenas o Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) manteve um aumento significativo no volume sistólico, no débito cardíaco, no fluxo urinário, na concentração de sódio urinário, no clearance de creatinina e no fluxo sanguíneo periférico.(12)
No período pós-operatório recente, pacientes com doença cardíaca isquêmica apresentam distúrbios na performance do ventrículo esquerdo. O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) melhora estes distúrbios sem provocar efeitos deletérios na excitabilidade. Os efeitos hemodinâmicos estão relacionados à dose. Com baixas doses, de 2,5 mcg/kg por minuto, o Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) reduz a resistência vascular sistêmica e a pressão de enchimento. Com doses entre 5 e 7,5 mcg/kg por minuto a redução da resistência vascular sistêmica é mantida e aumenta, enquanto as pressões de enchimento retornam a níveis normais. Adicionalmente, o índice sistólico aumenta. Nas dosagens mais altas, de 10 a 15 mcg/kg por minuto o Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) produz um aumento significativo na frequência cardíaca podendo contribuir para o aumento do índice cardíaco.(13)
Em um estudo comparativo de Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) com dopamina, ambas melhoraram o débito cardíaco em pacientes com insuficiência cardíaca crônica por baixo débito. Entretanto, a dopamina tem maior probabilidade de causar elevação persistente da resistência vascular, de aumentar a pressão de enchimento do ventrículo esquerdo e de causar congestão pulmonar e edema. Por isso, deve-se ter preferência pelo Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) para aumentar o débito cardíaco nestes pacientes.(14)
Referências Bibliográficas
1. Drug Information for the Health Care Professional – USP DI, 27th Edition, 2007, Thomson – Micromedex.
2. Handbook on Injectable Drugs – Lawrence A. Trissel, 15th edition, 2009, American Society of Health-System Pharmacists.
3. Drug Information, American Society of Health-System Pharmacists, 2010.
4. Martindale – The Complete Drug Reference, 36th Edition, 2009.
5. Tinker JH, Tarhan S, White R, Pluth J, Barnhorst DA. Dobutamine for inotropic during emergence from cardiopulmonary bypass. Anesthesiology. 1976 Apr;44(4): 281-286.
6. Görgülü S, Eren M, Uzunlar B, Uyarel H, Tezel T. Assessing the effect of low dose dobutamine on various diastolic function indexes. Anadolu Kardiyol Derg. 2004 Sep; 4(3): 227-30.
7. Sakamoto T, Yamada T. Hemodynamic effects of dobutamine in patients following open heart surgery. Circulation. 1977 Mar; 55(3): 525-533.
8. Magnani B, Ambrosioni E, Branzi A, Picchio F, Capitanucci P. Hemodynamic effects of dobutamine in patients with coronary artery disease. J Int Med Res. 1977; 5: 10-17.
9. Pozen RG, DiBianco R, Katz RJ, Bortz R, Myerburg RJ, Fletcher RD. Myocardial metabolic and hemodynamic effects of dobutamine in heart failure complicating coronary artery disease. Circulation. 1981 Jun; 63(6): 1279-1285.
10. Patel MB, Kaplan IV, Patni RN, Levy D, Strom JÁ, Shirani J, LeJemtel TH. Sustained improvement in flow-mediated vasodilation after short-term administration of dobutamine in patients with severe congestive heart failure. Circulation. 1999 Jan; 99(1): 60-64.
11. Stoner III JD, Bolen JL, Harrison DC. Comparison of dobutami ne and dopamine in treatment of severe heart failure. British Heart Journal. 1977; 39: 536- 539.
12. Leier CV, Heban PT, Huss P, Bush CA, Lewis RP. Comparative systemic and regional hemodynamic effects of dopamine and dobutamine in patients with cardiomiopathic heart failure. Circulation. 1978 Sep; 58(3): 466-475.
13. Pinaud M, Desjars P, Nicolas F. dobutamine in the treatment of depressed cardiac function. Intens. Care Med. 1978; 4: 105-110.
14. Loeb HS, Bredakis J, Gunnar RM. Superiority of dobutamine over dopamine for augmentation of cardiac output in patients with chronic low output cardiac failure. Circulation. 1977 Feb; 55(2): 375-381.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Dobutrex®.
Caraterísticas Farmacológicas
Descrição
O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) é uma catecolamina sintética, de nome químico cloridrato de 1, 2-benzenodiol, 4-[2-[[3-(4-hidroxifenil)-1-metilpropil]amino]etil]-, (±). Possui fórmula molecular C18H23NO3 e peso molecular 301,39.
Farmacologia Clínica
O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) é um agente inotrópico de ação direta. Sua atividade primária resulta da estimulação dos receptores beta 1 do coração; tem poucos efeitos em receptores alfa 1 (vasoconstritor) e beta 2 (vasodilatador). A ação do Cloridrato de Dobutamina (substância ativa), ao contrário da dopamina, não depende da liberação de norepinefrina endógena e, portanto não depende das reservas cardíacas desse mediador.
O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) produz um menor aumento da frequência cardíaca e uma menor diminuição da resistência vascular periférica do que o isoproterenol. Em pacientes com depressão da função cardíaca, o Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) e o isoproterenol aumentam o débito cardíaco até níveis semelhantes.
A fraca elevação da pressão arterial se explica pela compensação do aumento do débito cardíaco concomitante com a diminuição da resistência vascular periférica. O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) aumenta o volume sistólico e o débito cardíaco. Diminui a pressão ventricular de enchimento (reduz a pré-carga) e as resistências vascular pulmonar e sistêmica total.
Como o Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) não age sobre receptores dopaminérgicos, não dilata seletivamente os vasos renais ou esplâncnicos; assim, o Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) pode melhorar o débito sanguíneo renal, a taxa de filtração glomerular, o débito urinário e a excreção de sódio.
Experimentos clínicos mostraram que o Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) não aumenta ou aumenta pouco o consumo de oxigênio pelo miocárdio, salvo nos casos onde a frequência cardíaca ou a pressão arterial, ou ambos, aumentou.
O Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) demonstrou facilitar a condução átrio-ventricular em estudos eletrofisiológicos no homem e em casos de pacientes com fibrilação ou flutter atrial. A alteração da concentração sináptica de catecolaminas, tanto com a reserpina quanto com antidepressivos tricíclicos, não altera as ações do Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) em animais, indicando que as ações do Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) não dependem de mecanismos pré-sinápticos.
A velocidade de infusão efetiva de Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) varia amplamente de paciente para paciente, e a titulação é sempre necessária.
Farmacocinética
O início da ação do Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) ocorre 1 a 2 minutos após o início da infusão, entretanto, podem ser necessários até 10 minutos quando a velocidade de infusão é baixa. As concentrações plasmáticas de Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) atingem o estado de equilíbrio aproximadamente 10 minutos após o início da infusão. A meia-vida plasmática do Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) em humanos é de 2 minutos.
A meia-vida de eliminação é de cerca de 9 minutos. A duração da ação é de menos de 5 minutos. A metabolização ocorre no fígado, gerando produtos inativos. As principais rotas de metabolismo do Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) são a metilação do grupo catecol e conjugação. Conjugados de Cloridrato de Dobutamina (substância ativa) e o seu principal metabólito, o 3-O-metildobutamina, são eliminados principalmente na urina e uma pequena parte nas fezes.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Dobutrex®.
Cuidados de Armazenamento do Cloridrato De Dobutamina – ABL Brasil
O cloridrato de dobutamina deve ser mantido em sua embalagem original até o momento da utilização, em temperatura ambiente (15°C a 30°C) e protegido da luz.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após preparo, manter em temperatura ambiente (15°C a 30°C) por até 24 horas.
Características físicas e organolépticas
Aspecto da solução concentrada:
Incolor a amarelo claro.
Aspecto da solução após diluição:
Incolor.
Soluções contendo dobutamina podem apresentar uma cor rósea, o que indica leve oxidação da formulação, mas sem perda da potência desde que os parâmetros de estabilidade sejam respeitados.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Cloridrato De Dobutamina – ABL Brasil
Registro MS 1.5562.0044.
Farm. Resp.:
Sidnei Bianchini Junior.
CRF-SP Nº 63.058.
Fabricado por:
Laboratórios Pfizer Ltda.
Guarulhos – SP.
Ou
Eurofarma Laboratórios S.A.
Itapevi – SP.
Registrado por
:
Antibióticos do Brasil Ltda.
Rod. Professor Zeferino Vaz, SP – 332, Km 135 – Cosmópolis – SP.
CNPJ 05.439.635/0001-03.
Indústria Brasileira.
Uso restrito a hospitais.
Venda sob prescrição médica.