A alergia alimentar é uma desordem imunológica que acomete uma boa parcela da população. Quem sofre com essa condição pode experimentar alguns sintomas, como diarreia, inchaço, coceira e falta de ar, após ingerir determinados alimentos.
Os sinais da alergia alimentar surgem até 2 horas após o consumo do alimento alergênico e incluem desde coceiras leves até o choque anafilático, quadro que pode levar à morte se não controlado. Por isso, é importante investigar o problema para prevenir reações mais graves.
Preparamos este texto para explicar o que é a alergia alimentar, quais são os alimentos que mais causam a doença e como evitar as respostas alérgicas. Confira!
O que é a alergia alimentar?
A alergia alimentar é uma resposta do sistema imune a certos alimentos. O resultado é a produção exacerbada de histamina, um mediador bioquímico que desencadeia reações incômodas, como edemas, rubor e coceira.
A histamina também regula a fisiologia intestinal e estimula a diminuição da pressão arterial. Algumas reações graves podem ocorrer e são características do choque anafilático: edema de garganta e língua, falta de ar, desmaio e coma.
Vale ressaltar que algumas reações adversas aos alimentos não são mediadas pelo sistema imunológico. Nesse caso, devemos falar em intolerância alimentar, uma condição que depende de outras características que não a resposta imune. As intolerâncias, como a intolerância à lactose, costumam provocar sintomas digestivos (gases e diarreia).
Quais são os alimentos mais frequentemente associados à alergia?
Qualquer alimento tem o potencial de provocar alergia em uma pessoa sensível. Entretanto, boa parte é causada por 5 tipos de alimento. Vamos conhecê-los?
1. Leite
O leite tem dois componentes que estão frequentemente associados a desordens alimentares: a lactose e a caseína. Desses, apenas a caseína tem potencial de desencadear alergias, condição conhecida alergia à proteína do leite de vaca (APLV).
Essa doença surge na infância precoce e dificilmente se mantém na fase adulta. Quem tem alergia ao leite também reage aos seus derivados, como iogurtes e queijos. A resposta alérgica ao leite pode ser imediata ou tardia, o que muitas vezes atrasa o seu diagnóstico.
2. Ovo
A alergia ao ovo é uma reação do organismo a proteínas encontradas em grande quantidade na clara e, em pequenos traços, na gema. Ela costuma se manifestar mais intensamente quando o ovo é consumido cru, uma vez que o aquecimento causa a desnaturação dos componentes alergênicos.
Diversos alimentos, além de vacinas e medicamentos, apresentam ovo (ou algum de seus componentes) na formulação. Por isso, o alérgico deve sempre informar sua condição ao profissional de saúde antes de se vacinar ou tomar qualquer remédio.
3. Trigo
O trigo tem dois componentes com potencial para gerar reações adversas. Enquanto os portadores da doença celíaca têm dificuldades em digerir o glúten, os alérgicos ao trigo reagem, especificamente, à proteína gliadina.
Ao contrário dos celíacos, os alérgicos ao trigo não têm, necessariamente, problemas em ingerir outros cereais que contêm glúten, como a cevada e o centeio.
4. Amendoim
A alergia ao amendoim é mais comum em indivíduos que apresentam alergia a nozes, soja e leite. Além disso, há também a suspeita de que ela seja herdada geneticamente, uma vez que filhos de pais alérgicos têm maior propensão a manifestar a doença.
5. Frutos do mar
As reações alérgicas ao caranguejo, lagosta, camarão, siri, lula e polvo são comuns, e se manifestam tanto em adultos quanto em crianças. Os sintomas vão desde urticária até graves reações anafiláticas.
Como evitar e tratar as respostas alérgicas?
Quando a alergia alimentar aparece, o tratamento é feito com o uso de remédios anti-histamínicos ou corticoides. Nos casos mais graves, é necessário buscar imediatamente ajuda médica para reversão do choque anafilático.
Uma vez descoberta a causa da alergia alimentar, o tratamento consiste em evitar o consumo de produtos que contenham o alimento desencadeador da alergia.
Se você apresenta sintomas de alergia alimentar, marque uma consulta com um médico alergologista. Com o acompanhamento adequado e mudanças na rotina de alimentação, é possível conviver com a alergia e levar uma vida normal.