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Aproveite a consulta com pediatra da melhor forma

dr.consulta - imagem mostra pé de bebê sendo analisado por uma médica em consulta com pediatra

A Pediatria é a área de medicina responsável por cuidar da saúde de crianças, normalmente, até os 16 anos.

Saber o que é avaliado na consulta com pediatra e até de quanto em quanto tempo ir é essencial para um atendimento mais assertivo. 

Como funciona o acompanhamento pediátrico?

Nem todo mundo sabe, mas é recomendado que a relação entre família e o médico se inicie ainda durante a gestação da mãe.

Assim, além de estreitar relações e criar uma atmosfera de confiança, é possível passar as informações necessárias para que o profissional da saúde acompanhe o desenvolvimento do bebê e crie um cuidado personalizado após seu nascimento.

A consulta com o pediatra, que deve continuar até a adolescência, é importante por diversos motivos. Incluindo a influência na formação do sistema imunológico e na evolução da saúde do seu filho.

É por meio desse contato que se torna possível acompanhar a alimentação, os hábitos, o crescimento e o desenvolvimento adequados para cada criança.

A rotina de consultas com esse profissional é indispensável também para:

É necessário levar o bebê ao pediatra todo mês?

É importante ressaltar que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) afirma que a rotina de consultas vai depender, principalmente, da necessidade da criança. Mas, no geral, é recomendado:

Ainda segundo o órgão, a primeira consulta com o pediatra após o nascimento do bebê deve acontecer entre sete e dez dias.

Quais exames o pediatra pode pedir?

Logo após o nascimento, existem alguns exames que devem ser feitos para garantir a saúde e o desenvolvimento adequado do recém-nascido. São eles: teste do pezinho, teste do olhinho, teste da orelhinha e teste do coraçãozinho.

Após essa triagem inicial, o pediatra pode solicitar alguns outros testes que ajudam a identificar ou avaliar condições como anemia e deficiência de ferro. Os principais exames nesse sentido são:

A partir dos dez anos também é recomendado, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a realização de exames para monitorar os níveis de colesterol alto e triglicérides, como perfil lipídico (lipidograma).

No entanto, se houver histórico de antecedentes familiares de colesterol elevado, a recomendação é a partir dos dois anos.

É importante ressaltar que esses são os principais exames, mas o médico pode solicitar outros de acordo com a necessidade do bebê ou criança.

Por isso, é muito importante que haja um diálogo aberto entre o pediatra e a família para que, na consulta, sejam abordados pontos como comportamento ou sinais que seu filho vem apresentando, alimentação, hábitos diários, entre outros.

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9 dúvidas comuns na consulta com o pediatra

É comum, principalmente para pais de primeira viagem, que surjam inúmeras dúvidas sobre a saúde da criança. Algumas são bem comuns e abrangem a maioria das famílias.

Vale conhecê-las e, claro, elaborar as suas próprias questões, levando a rotina da sua casa em consideração.

1. Em qual posição o bebê deve dormir no berço?

A SBP recomenda que os neném sejam colocados no berço de barriga para cima até completarem, pelo menos, um ano. Evite também o uso de objetos fofos como travesseiros, “naninhas”, cobertas e lençóis soltos.

Estudos comprovaram que há menos risco de morte súbita em crianças que dormem nessa posição.

Imagem ilustrativa (GettyImages)

2. Quais os primeiros alimentos que devem ser incluídos na dieta infantil?

A introdução alimentar deve ser iniciada após o sexto mês de vida, mesmo que ela continue em aleitamento, segundo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Alguns casos podem ser beneficiados com a alimentação complementar precoce, mas isso deve ser conversado justamente com o médico pediatra que acompanha a família.

Em geral, o bebê pode seguir a alimentação da família (com vegetais, frutas, cereais, carnes, leguminosas), mas com uma textura da preparação adaptada a sua idade.

Lembrando que alimentos in natura são os que fornecem os nutrientes necessários para um crescimento saudável. Alimentos ultraprocessados, por sua vez, devem ser evitados não somente pelos pequenos, mas também por adultos.

3. Como saber a quantidade correta de amamentação?

Não existe uma quantidade correta de amamentação. A criança deve ser amamentada sob livre demanda, ou seja, sempre que sentir fome.

No entanto, indicativos clínicos como ganho de peso, crescimento adequado e funções fisiológicas presentes revelam uma quantidade de volume de leite materno suficiente para o bebê.

4. É normal o bebê ter refluxo?

É comum, sim, que eles vomitem ou regurgitem, especialmente nos primeiros meses. Se o bebê está saudável, ganhando peso e não apresenta outros sintomas, isso é considerado normal.

Essas crianças são muitas vezes chamadas de “vomitadoras felizes” porque, apesar de vomitarem, estão bem e crescendo como esperado.

O refluxo, nesses casos, é apenas parte dos processos naturais do corpo do bebê e geralmente não requer tratamento. Apenas uma pequena porcentagem dos casos pode precisar de atenção médica.


5. Por que agasalhar o bebê pode causar febre e desidratação?

Eles têm um sistema de regulação de temperatura corporal ainda imaturo. Assim, quando muito agasalhados, não conseguem dissipar o calor de maneira eficiente, o que pode levar ao superaquecimento e aumento da temperatura corporal, resultando em febre.

Esse quadro, por sua vez, aumenta a perda de líquidos, o que pode rapidamente levar à desidratação.

6. Ter gripe é uma condição assim tão frequente?

Há um número razoável de resfriados que a uma pessoa pode pegar durante o ano. Estudos, como o publicado na revista científica Lancet, mostram que crianças saudáveis podem ter até 8 infecções no ano, em média, principalmente aquelas que frequentam escolas, berçários e creches desde muito cedo.

7. Existem vacinas que só podem ser aplicadas em clínicas particulares?

O calendário vacinal proposto pelo Ministério da Saúde contempla uma grande parte das vacinas recomendadas, mas, sim, existem aquelas que estão disponíveis somente em clínicas privadas. É importante seguir as recomendações do pediatra sobre a necessidade ou não de a criança fazer essa imunização.

8. É indicado dar chupeta ao recém-nascido?

A criança, especialmente em seu primeiro ano de vida, tem uma necessidade fisiológica de sucção. Esse ato, que pode vir também por meio da chupeta, promove a liberação de endorfina, um hormônio que produz um efeito de modulação da dor, do humor e da ansiedade, provocando uma sensação de prazer e bem-estar ao bebê.

No entanto, a SBP recomenda cautela, pois o uso precoce desse item pode interferir na amamentação, fazendo até com que a criança mame menos.

Se optar pelo uso da chupeta, a American Academy of Pediatrics (AAP) aconselha esperar até que a amamentação esteja bem estabelecida, geralmente após o primeiro mês de vida, antes de introduzi-la.

Ainda se for esse o caminho, de acordo com o Ministério da Saúde, a idade que deve ser estabelecida como limite para o uso da chupeta é três anos, mas sua eliminação deve ser iniciada por volta dos dois anos para um melhor desenvolvimento da arcada dentária.

9. Quando incluir a pasta dental com flúor na limpeza bucal?

A maioria dos cremes dentais indicados para crianças de até cinco anos não contém flúor, mas a AAP orienta que, assim que o primeiro dentinho apontar, a cavidade oral seja higienizada com creme dental com flúor.

No dia a dia, é normal aparecer novas dúvidas. Não tenha vergonha de tirá-las na consulta com o pediatra. Afinal, o bom diálogo com o médico faz toda a diferença na formação e na evolução da saúde do bebê.

Fontes:

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