O que observar na cor da menstruação e quando buscar ajuda

Variações na cor da menstruação são comuns e, na maioria das vezes, não indicam questões graves.

No entanto, a avaliação médica é importante, já que em alguns casos também podem sinalizar desequilíbrios hormonais ou condições ginecológicas.

Explicações para mudanças na cor da menstruação

A tonalidade do sangue pode oscilar do vermelho ao marrom, dependendo do tempo que o fluido permanece no útero ou na vagina antes de ser eliminado.

Uma das explicações para isso é o processo oxidativo natural que ocorre quando ele entra em contato com o ar. Além disso, quanto mais tempo demora para sair do corpo, mais escuro tende a ficar.

Fatores como o fluxo, alterações na produção de hormônios, espessura do endométrio (tecido que reveste o útero) e o uso de métodos contraceptivos também podem influenciar.

Principais cores do sangue menstrual

Vermelho vivo

Frequente nos primeiros dias e sugere que está sendo expelido rapidamente, sem oxidação. Em ciclos regulares, não costuma levantar preocupações.

Marrom escuro

É comum no começo ou no final do período menstrual, quando o fluxo é mais leve e demora mais para sair do corpo. Apesar da aparência, trata-se de sangue antigo e, normalmente, não representa risco.

Rosado

Esse tom pode surgir quando há mistura com secreções vaginais, geralmente se o volume é baixo, há o uso de anticoncepcionais ou durante o início da gestação. 

Também pode estar relacionado à deficiência de ferro ou, segundo estudo publicado na Revista de Medicina, da Universidade de São Paulo (USP), refletir certa desregulação hormonal, especialmente quando persistente e sem outras causas aparentes. Assim, exige suporte profissional.

Vermelho escuro com coágulos

Pode acontecer em dias de sangramento intenso e, em muitos casos, se associa à descamação do endométrio. Porém, se os coágulos forem constantes ou maiores do que uma moeda, recomenda-se procurar assistência médica.

Quando a coloração pode indicar alterações ginecológicas

Além das citadas acima, outras mudanças na cor e no padrão devem ser observadas com atenção, como:

• dor intensa ou diferente do habitual;
• coloração muito escura com odor forte;
• presença de manifestações paralelas, como febre ou mal-estar;
• menstruação prolongada, por mais de sete dias;
• ausência menstrual por mais de três meses (sem gravidez);
• sangramentos entre os ciclos.

Essas características podem estar relacionadas a condições como miomas, endometriose, pólipos uterinos, síndrome dos ovários policísticos (SOP) e desequilíbrios na liberação dos hormônios.

O acompanhamento com ginecologista é essencial para identificar a origem, realizar exames e ter acesso ao tratamento adequado. Conforme destacado em revisão da Revista Femina, métodos contraceptivos podem ser utilizados para regular o ciclo e reduzir sintomas, quando necessário.

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Vale reforçar que a cor da menstruação é um indicativo importante da saúde ginecológica. Assim, manter uma rotina de cuidados e o monitoramento especializado periódico é indispensável para garantir o bem-estar.

Por fim, hábitos saudáveis como alimentação equilibrada, prática de atividade física regular e sono de qualidade também ajudam na regulação hormonal e na prevenção de alterações.

Fontes:

• Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício;
• Revista de Medicina;
• Revista Femina.