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Bula do Coversyl

Como o Coversyl funciona?

Coversyl é um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA). Esse mecanismo de dilatação dos vasos sanguíneos, torna mais fácil para o coração bombear o sangue através deles.

Coversyl age no controle da pressão arterial, com sua manutenção dentro dos limites fisiológicos. A atividade anti-hipertensiva de Coversyl é máxima entre a 4ª e a 6ª hora após a administração de uma única dose e é mantida por no mínimo 24 horas.

Contraindicação do Coversyl

Coversyl não deve ser utilizado nas seguintes situações

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Atenção: Este medicamento contém açúcar (lactose), portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

Como usar o Coversyl

Sempre tome o medicamento exatamente como o seu médico ou farmacêutico o orientou. Se você estiver com dúvidas entre em contato com seu médico ou farmacêutico.

Tome o comprimido com um copo de água, preferencialmente na mesma hora todos os dias, pela manhã, antes de uma refeição. O seu médico irá decidir sobre a dose correta para você.

As doses recomendadas são as seguintes

Hipertenção arterial essencial

A dosagem usual é de 4 mg por dia em uma tomada única pela manhã. Dependendo da resposta ao tratamento, a dosagem deve ser gradualmente ajustada em intervalos de 1 mês, até uma dose única máxima de 8 mg por dia. Em idosos, iniciar o tratamento com a menor dosagem (2 mg por dia, pela manhã, equivalente a metade de um comprimido Coversyl) e se necessário, aumentar para 4 mg após 1 mês de tratamento.

Insuficiência cardíaca congestiva

A dose inicial recomendada é de 2mg ao dia (equivalente a metade de um comprimido Coversyl), após duas semanas, a dose pode ser aumentada para 4mg uma vez ao dia, que é a dose máxima recomendada para insuficiência cardíaca, sempre em tomada única diária, preferencialmente pela manhã.

Prevenção da recorrência do Acidente Vascular Cerebral (derrame)

Em pacientes com história de doença cerebrovascular, Coversyl deve ser introduzido em uma dose inicial de 2mg ao dia (equivalente a metade de um comprimido Coversyl), durante duas semanas. Em seguida, a dose deve ser aumentada para 4mg ao dia, durante outras duas semanas e então associado à indapamida. O tratamento deve ser iniciado a qualquer momento após o evento inicial (AVC ou ataque isquêmico transitório) de duas semanas até vários anos.

Redução do risco de eventos cardiovasculares e pacientes portadores de doença arterial coronariana (DAC) estável

Em pacientes com história prévia de DAC, Coversyl deve ser administrado na dose de 8mg, sempre em uma única tomada, preferencialmente pela manhã. O tratamento deve ser iniciado a qualquer momento após o evento coronário inicial, podendo ser mantido até vários anos.

Como o tratamento com Coversyl 4mg normalmente é crônico, você deve falar com seu médico antes de interromper o uso deste medicamento. Se você tem outras dúvidas em relação ao uso deste medicamento, pergunte ao médico ou farmacêutico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Coversyl?

É importante tomar o seu medicamento todos os dias, uma vez que o tratamento realizado de maneira regular tem melhores resultados. Caso você esqueça de tomar Coversyl no horário receitado pelo seu médico, tome-o assim que se lembrar. Porém, se já estiver próximo ao horário de tomar a dose seguinte, pule a dose esquecida e tome a próxima, continuando normalmente o esquema de doses receitado pelo seu médico. Neste caso, não tome o medicamento duas vezes para compensar a dose esquecida. O esquecimento da dose pode, entretanto, comprometer a eficácia do tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Coversyl

Se alguma das seguintes condições se aplicar a você, por favor informe ao seu médico ou farmacêutico antes de tomar Coversyl

Você deve informar ao seu médico se acha que está grávida (ou poderá engravidar). Coversyl 4mg não é recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebê se utilizado a partir deste estágio.

Excipientes

Coversyl contém lactose. Se você foi informado pelo seu médico que você possui intolerância a alguns açúcares, informe ao médico antes de iniciar o tratamento com este medicamento.

Atenção: Este medicamento contém açúcar (lactose), portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

Interações medicamentosas

Informe o seu médico se estiver tomando, tiver tomado recentemente ou irá tomar qualquer outro medicamento.

O tratamento com Coversyl pode ser afetado por outros medicamentos.

Estes incluem

Interações com alimentos

Tomar Coversyl preferencialmente antes da refeição.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a saúde.

Reações Adversas do Coversyl

Como todos os medicamentos, podem ocorrer algumas reações adversas em determinados pacientes, embora nem todos as apresente.

Interrompa o uso deste medicamento ou procure um médico imediatamente, se você tiver alguma das seguintes reações adversas

Por ordem decrescente de frequência, as reações adversas podem incluir

Reações comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Dor de cabeça, tontura, vertigem, sensação de formigamento, distúrbios de visão, zumbido (sensação de ruído nos ouvidos), cefaleia leve devido à diminuição da pressão arterial (sensação de cabeça vazia), tosse, falta de ar, alterações gastrointestinais (náuseas, vômitos, dor abdominal, alteração do paladar, dispepsia ou dificuldade de digestão, diarreia, constipação), reações alérgicas (tais como erupções cutâneas, comichão), câimbras musculares, sensação de fraqueza.

Reações incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Alterações de humor, perturbações do sono, broncoespasmo (aperto do peito, respiração ofegante e falta de ar), secura da boca, angiodema (sintomas como chiado, inchaço da face, língua ou garganta), comichão ou erupção cutânea grave, formação de bolhas pela pele, problemas renais, impotência, sudorese, excesso de eosinofilia (tipo de células brancas sanguínea), sonolência, desmaio, palpitações, taquicardia, vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos), reação de fotossensibilidade, (aumento da sensibilidade da pele ao sol), artralgia (dor nas articulações), mialgia (dor muscular), dor no peito, mal-estar, edema periférico, febre, queda, alteração nos parâmetros laboratoriais: nível sanguíneo elevado de potássio reversível com a descontinuação, baixo nível de sódio, hipoglicemia (nível muito baixo de açúcar no sangue) no caso de pacientes diabéticos, aumento da ureia no sangue e aumento da creatinina no sangue.

Reações raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Alterações nos parâmetros laboratoriais: aumento do nível das enzimas no fígado, nível elevado de bilirrubina.

Reações muito raras (ocorre em 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Confusão, alterações cardiovasculares (batimento cardíaco irregular, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral), pneumonia eosinófila (um tipo raro de pneumonia), rinite (nariz entupido ou escorrendo), eritema multiforme, insuficiência renal aguda, alterações em valores dos parâmetros sanguíneos, tais como um menor número de glóbulos brancos e vermelhos, baixa na hemoglobina, baixa de plaquetas, inflamação do pâncreas (que causa dor intensa no abdômen e nas costas), hepatite.

Reportando as reações adversas

Se você tiver alguma dessas reações adversas, informe seu médico ou farmacêutico. Isto inclui qualquer reação adversa possível não listada nesta bula.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC).

População Especial do Coversyl

Crianças e adolescentes

Coversyl não é recomendado para uso em crianças e adolescentes.

Efeitos na capacidade de condução de veículos e operação de máquinas

Coversyl normalmente não afeta o estado de alerta, contudo podem ocorrer em alguns pacientes tonturas ou fraqueza devido à pressão arterial baixa. Se você foi afetado desta maneira, sua habilidade para dirigir ou operar máquinas pode estar comprometida.

Gravidez e Lactação

Se você está grávida ou amamentando, acha que está grávida ou planejando engravidar, informe ao seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.

Gravidez

Você deve informar ao seu médico se acha que está grávida (ou poderá engravidar). O seu médico normalmente vai aconselhá-la a interromper o uso de Coversyl antes de engravidar ou assim que você descobrir que está grávida, e a aconselhará a tomar outro medicamento em vez de Coversy.

Coversyl não é recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebê se utilizado a partir deste estágio.

Lactação

Informe ao seu médico se você está amamentando ou se vai começar a amamentar. Coversyl não é recomendado para mulheres que estejam amamentando, e seu médico poderá escolher outro tratamento, caso você deseje amamentar, especialmente se o bebê for recém nascido ou prematuro.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Composição do Coversyl

4mg

Cada comprimido de Coversyl 4mg contém:

Perindopril, sal de terc-butilamina*4,00 mg
Excipientes q.s.p1 comprimido

*Correspondente a 3,338 mg de perindopril.

Excipientes:

celulose microcristalina, lactose monoidratada, dióxido de silício, estearato de magnésio.

8mg

Cada comprimido de Coversyl 8mg contém:

Perindopril, sal de terc-butilamina*8,00 mg
Excipientes q.s.p1 comprimido

*Correspondente a 6,676 mg de perindopril.

Excipientes:

celulose microcristalina, lactose monoidratada, dióxido de silício, estearato de magnésio, laca complexo alumínio/cobre de clorofilina.

Superdosagem do Coversyl

Se você tomar muitos comprimidos procure o departamento de emergência mais próximo ou entre em contato com o seu médico imediatamente.

O efeito mais provável no caso de superdosagem de Coversyl é a hipotensão arterial (pressão arterial baixa) que pode fazer com que você sinta tonteira ou desmaie. Se isto acontecer, deitar e ficar com as pernas elevadas pode ajudar.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Coversyl

Dados de ensaios clínicos tem demonstrado que o duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA), através do uso combinado de inibidores da ECA, bloqueadores dos receptores da angiotensina II ou alisquireno está associado a uma maior frequência de eventos adversos, como hipotensão, hipercalemia e diminuição da função renal (incluindo insuficiência renal aguda) em comparação com o uso de um agente único SRAA.

Medicamentos que induzem hipercalemia

Alguns medicamentos ou classes terapêuticas podem aumentar a ocorrência de hipercalemia: alisquireno sais de potássio, diuréticos poupadores de potássio, inibidores da ECA, antagonistas receptores de angiotensina II, AINES, heparina, agentes imunossupressores como ciclosporina ou tacrolimus, trimetoprim. A combinação desses medicamentos aumenta o risco de hipercalemia.

Associações contraindicadas

Alisquireno

Em diabéticos ou pacientes com disfunção renal, há risco de hipercalemia, piora da função renal e aumento da morbidade e mortalidade cardiovascular.

Associações não recomendadas

Alisquireno

Em outros pacientes que não os diabéticos ou com disfunção renal, há risco de hipercalemia, piora da função renal e aumento da morbidade e mortalidade cardiovascular.

Associação de inibidor ECA com bloqueador do receptor de angiotensina

Foi reportado na literatura que pacientes com doença aterosclerótica estabelecida, insuficiência cardíaca ou com diabetes com lesão de órgão final, a combinação de um inibidor da ECA com bloqueador do receptor de angiotensina está associada com uma maior frequência de hipotensão, síncope, hipercalemia, piora na função renal (incluindo insuficiência renal aguda) quando comparado ao uso de um único agente do sistema renina-angiotensina-aldosterona.

O bloqueio duplo (ex: combinação de um inibidor da ECA com um antagonista receptor da angiotensina II) deve ser limitado a casos identificados individualmente, com um monitoramento rigoroso da função renal, níveis de potássio e pressão arterial.

Estramustina

Risco de aumento de efeitos adversos como edema angioneurótico (angioedema).

Diuréticos poupadores de potássio (triantereno, amilorida) e sais de potássio

Lítio 

Aumentos reversíveis das concentrações séricas de lítio e toxicidade foram relatados durante a administração concomitante de lítio com inibidores da ECA. O uso de perindopril com lítio não é recomendado, contudo se esta associação for necessária, um monitoramento cuidadoso dos níveis séricos de lítio deve ser realizado.

Associações que exigem precauções de uso

Agentes antidiabéticos (insulinas, agentes hipoglicemiantes orais)

Estudos epidemiológicos sugerem que a administração concomitante de inibidores da ECA e antidiabéticos (insulinas, agentes hipoglicemiantes orais) pode aumentar o efeito hipoglicemiante com risco de hipoglicemia. A ocorrência deste efeito é mais provável durante as primeiras semanas de tratamento combinado e em pacientes com disfunção renal.

Baclofeno

Aumenta os efeitos anti-hipertensivos. Monitorar a pressão arterial do paciente e adaptar a dosagem do agente antihipertensivo se necessários.

Diuréticos não poupadores de potássio

Em pacientes que utilizam diuréticos, e especialmente nos que tem depleção de volume e/ou sal, pode ocorrer uma redução excessiva da pressão arterial após o início da terapia com um inibidor da ECA. A possibilidade de efeitos hipotensores pode ser reduzida pela descontinuação do diurético, pelo o aumento do volume ou ingestão de sal antes do início da terapia que deve ser iniciada com doses baixas e aumento progressivo do perindopril.

Na hipertensão arterial, quando a terapia prévia com diurético possa ter causado depleção de sal/volume, ou o diurético deve ser interrompido antes de se iniciar com o inibidor de ECA, neste caso, um diurético não poupador de potássio, pode ser posteriormente reintroduzido ou o inibidor de ECA deve ser iniciado com uma dose baixa e aumentado progressivamente.

Na insuficiência cardíaca congestiva tratada com diurético, o inibidor ECA deve ser iniciado com uma dosagem muito baixa, possivelmente após a redução da dosagem do diurético não poupador de potássio associado. Em todos os casos, a função renal (níveis de creatinina) deve ser monitorada durante as primeiras semanas de tratamento com inibidor da ECA.

Diuréticos poupadores de potássio: (eplerenona, espironolactona)

Com eplerenona ou espironolactona em doses diárias entre 12,5mg a 50mg e com doses baixas de inibidores da ECA: No tratamento de insuficiência cardíaca classe II – IV (NYHA) com fração de ejeção menor que 40% e tratamento prévio com uma associação de inibidor da ECA e diurético de alça, risco de hipercalemia, potencialmente fatal, especialmente em caso de não observância das recomendações da prescrição para esta combinação.

Antes de iniciar a combinação, deve-se verificar a ausência de hipercalemia e disfunção renal. Um rigoroso monitoramento do calemia e creatinemia é recomendado no primeiro mês do tratamento uma vez por semana inicialmente e, mensalmente, por conseguinte.

Anti-inflamatório não esteroidal (AINEs) incluindo aspirina gt; 3 g por dia

Quando inibidores da ECA são administrados simultaneamente com os anti-inflamatórios não esteroidais (ex: ácido acetilsalicílico em regimes posológicos anti-inflamatórios, inibidores da COX-2 e AINES não seletivos) pode ocorrer uma atenuação do efeito anti-hipertensivo.

O uso concomitante de AINE e os inibidores da ECA podem levar a um aumento do risco de piora da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, e um aumento nos níveis de potássio sérico, especialmente em pacientes com prejuízo da função renal pré-existente. Esta combinação deve ser administrada com cautela, especialmente nos idosos.

Os pacientes devem ser hidratados adequadamente e deve-se monitorar a função renal depois de iniciar a terapia concomitante e então periodicamente.

Associações que devem ser avaliadas cuidadosamente

O uso concomitante destes medicamentos pode aumentar o efeito hipotensor do perindopril. A utilização concomitante de nitroglicerina e outros nitratos, ou outros vasodilatadores pode reduzir ainda mais a pressão arterial.

Gliptinas (linagliptina, saxagliptina, sitagliptina, vildagliptina)

Aumento do risco de angioedema devido diminuição da atividade da dipeptil peptidase IV (DPP-IV) pela gliptina, em pacientes em uso concomitante com inibidor da ECA.

Antidepressivos tricíclicos/antipsicóticos/anestésicos

O uso concomitante de alguns medicamentos anestésicos, antidepressivos tricíclicos e antipsicóticos com inibidores da ECA pode provocar uma redução adicional da pressão arterial.

Simpaticomiméticos

Os simpaticomiméticos podem reduzir os efeitos anti-hipertensivos dos inibidores da ECA.

Ouro

Foram reportadas, raramente, reações nitritóides (sintomas que incluem rubor facial, náuseas, vômitos e hipotensão) em pacientes com terapia concomitante de ouro injetável (aurotiomalato de sódio) e inibidor da ECA, incluindo perindopril.

Ação da Substância Coversyl

Resultados de eficácia

Hipertensão

O perindopril é ativo em todos os estágios da hipertensão: leve, moderada ou grave. Uma redução nas pressões arteriais sistólicas e diastólica é observada tanto no paciente em posição supina quanto ortostática.

O perindopril reduz a resistência vascular periférica, levando a uma redução na pressão arterial. Como consequência, o fluxo sanguíneo periférico aumenta, sem nenhum efeito na frequência cardíaca.

Geralmente ocorre o aumento no fluxo sanguíneo renal, enquanto a taxa de filtração glomerular (TFG) permanece inalterada.

A atividade anti-hipertensiva é máxima entre a 4ª e 6ª hora após a administração de uma dose única e é mantida por no mínimo 24 horas: os efeitos no vale são aproximadamente 87-100% dos efeitos no pico.

A diminuição da pressão arterial ocorre rapidamente. Em pacientes que respondem ao tratamento, a normalização da pressão arterial é alcançada dentro de 1 mês de tratamento e é mantida sem ocorrência de taquifilaxia.

A interrupção do tratamento não causa efeito rebote.

O perindopril reduz a hipertrofia ventricular esquerda.

Em humanos, o perindopril demonstrou propriedades vasodilatadoras, promovendo aumento da elasticidade das artérias de grande calibre e redução da relação média-luz das artérias de pequeno calibre.

Quando necessário, a combinação com um diurético tiazídico resulta em um efeito sinérgico aditivo. Esta associação de um inibidor da ECA com um tiazídico também pode diminuir o risco de hipocalemia induzida pelo tratamento diurético.

Insuficiência cardíaca

O perindopril reduz o trabalho cardíaco por uma diminuição na pré e pós-carga.

Estudos realizados em pacientes com insuficiência cardíaca demonstraram

Em estudos comparativos, a primeira administração de 2 mg de perindopril em pacientes com insuficiência cardíaca leve a moderada não foi associada a qualquer redução significativa da pressão arterial em comparação com o placebo.

Doença cerebrovascular

Um estudo multicêntrico, internacional, duplo cego, randomizado e controlado com placebo (Progress) avaliou o impacto de um esquema terapêutico de 4 anos (Perindopril Erbumina (substância ativa), sozinho ou em combinação com o diurético indapamida) sobre o risco de recorrência do AVC (acidente vascular cerebral) em pacientes com história de doença cerebrovascular.

O desfecho primário foi AVC.

Após um período de “run in” inicial com Perindopril Erbumina (substância ativa) 2 mg durante duas semanas uma vez ao dia, 4 mg foram administrados por mais duas semanas quando necessário, a dose poderia ser ampliada para até 8 mg. Em seguida, 6105 pacientes foram randomizados para placebo (n=3054) ou Perindopril Erbumina (substância ativa) sozinho ou associado à indapamida (n=3051). Indapamida foi associada exceto quando o paciente tinha uma indicação formal ou contraindicação para o uso de diurético. 

Estes tratamentos eram prescritos em adição às terapias convencionais já em uso para tratamento do AVC e/ou hipertensão ou qualquer outra patologia associada.

Todos os pacientes randomizados tinham uma história pregressa de doença cerebrovascular (AVC ou Ataque Isquêmico Transitório) nos últimos 5 anos. Não havia critério para inclusão baseado em cifras tensionais: 2916 pacientes eram hipertensos e 3189 eram normotensos.

Após uma média de acompanhamento de 3,9 anos, houve uma redução da pressão arterial (sistólica e diastólica) em média de 9,0/4,0 mmHg e uma redução significativa de 28% (95% CI [17; 38], plt;0.0001) no risco de recorrência do AVC (tanto isquêmico quanto hemorrágico) foi observada no grupo de pacientes tratados em comparação com o grupo placebo (10,1% vs 13,8%).

Além disso, ainda foram observadas reduções significativas no risco de:

Estes benefícios terapêuticos foram observados independente do fato do paciente ser hipertenso ou não, independente da idade, sexo, subtipo do AVC ou presença de diabetes.

Os resultados do Progress demonstram que esta terapia por cinco anos resultaria em se evitar um AVC para cada 23 pacientes tratados e um evento cardiovascular maior a cada 18 pacientes tratados.

Doença arterial coronariana estável

O estudo EUROPA foi um estudo multicêntrico, internacional, randomizado, duplo cego e controlado por placebo que teve uma duração de 4 anos.

Doze mil duzentos e dezoito (12218) pacientes com idade superior a 18 anos foram randomizados para perindopril 8 mg (n=6110) ou placebo (n=6108).

 A população em estudo apresentava evidências de doença arterial coronariana sem sinais clínicos de insuficiência cardíaca. De um modo geral, 90% dos pacientes tiveram um infarto prévio do miocárdio e/ou uma revascularização coronariana prévia. A maioria dos pacientes recebeu a medicação em estudo além da terapêutica convencional incluindo inibidores plaquetários, agentes hipolipemiantes e betabloqueadores.

O principal critério de eficácia foi composto por mortalidade cardiovascular, infarto do miocárdio não fatal e/ou parada cardíaca com reanimação bem sucedida. O tratamento com perindopril 8 mg uma vez por dia resultou em uma significativa redução absoluta no desfecho primário de 1,9% (redução do risco relativo (RRR) de 20%, 95%IC [9,4; 28,6]–plt;0,001).

Em pacientes com história de infarto do miocárdio e/ou revascularização, foi observada uma redução absoluta de 2,2% correspondente a uma RRR de 22,4% (95%IC [12,0; 31,6] – plt;0,001) no desfecho primário em comparação com o placebo.

Uso pediátrico

A segurança e a eficácia do perindopril em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos não foram estabelecidas. Em um estudo clínico aberto, não comparativo em 62 crianças hipertensas com idade de 2 a 15 anos, com uma taxa de filtração glomerular gt; 30 ml / min / 1,73 m2, os pacientes receberam perindopril com uma dose média de 0,07 mg / kg. A dose foi individualizada de acordo com o perfil do paciente e a resposta da pressão sanguínea até uma dose máxima de 0,135 mg / kg / dia.

59 pacientes completaram o período de três meses, e 36 pacientes completaram o período de extensão do estudo, ou seja, foram seguidos, pelo menos, 24 meses (média de duração do estudo: 44 meses).

Pressão arterial sistólica e diastólica mantiveram-se estáveis desde a inclusão da última avaliação em pacientes previamente tratados com outros tratamentos anti-hipertensivos, e diminuiu em pacientes sem tratamento prévio.

Mais de 75% das crianças tiveram a pressão arterial sistólica e diastólica abaixo do 95° percentil na sua última avaliação.

A segurança foi consistente com o perfil de segurança conhecido do perindopril.

Dados de ensaios clínicos do duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona

Dois grandes estudos randomizados e controlados (ONTARGET (ONgoing Telmisartan Alone and in combination with Ramipril Global Endpoint Trial) e VA NEPHRON-D (The Veterans Affairs Nephropathy in Diabetes) têm examinado o uso da combinação de um inibidor da ECA com um bloqueador do receptor da angiotensina II.

ONTARGET foi um estudo realizado em pacientes com história de doença cardiovascular ou cerebrovascular, ou diabetes mellitus tipo 2 acompanhadas de evidência de lesão de órgãos-alvo. VA NEPHRON-D foi um estudo em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e nefropatia diabética.

Estes estudos não demonstraram qualquer efeito benéfico significativo na função renal e / ou resultados cardiovasculares e mortalidade, enquanto foi observado um aumento do risco de hipercalemia, lesão renal aguda e / ou hipotensão, em comparação com a monoterapia.

Dadas as suas propriedades farmacodinâmicas semelhantes, estes resultados são também relevantes para outros inibidores da ECA e bloqueadores dos receptores da angiotensina II.

Inibidores da ECA e bloqueadores dos receptores da angiotensina II não devem, portanto, serem utilizados concomitantemente em pacientes com nefropatia diabética.

ALTITUDE (Aliskiren Trial in Type 2 Diabetes Using Cardiovascular and Renal Disease Endpoints) foi um estudo destinado a testar o benefício da adição de alisquireno a uma terapia padrão de um inibidor da ECA ou um bloqueador do receptor da angiotensina II em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e doença renal crônica, doença cardiovascular, ou ambos.

O estudo foi interrompido precocemente devido a um risco aumentado de resultados adversos. Morte cardiovascular e acidente vascular cerebral foram numericamente mais frequentes no grupo de alisquireno do que no grupo do placebo e os eventos adversos e os eventos adversos graves de interesse (hipercalemia, hipotensão e disfunção renal) foram notificadas mais frequentemente no grupo do alisquireno do que no grupo placebo.

Características farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

Grupo farmacêutico:

Inibidores da ECA.

Mecanismo de ação

O Perindopril Erbumina (substância ativa) é um inibidor da enzima de conversão da angiotensina I em angiotensina II (Enzima Conversora de Angiotensina – ECA). A enzima de conversão, ou quininase, é uma exopeptidase que permite a conversão da angiotensina I no vasoconstritor angiotensina II, assim como causa a degradação do vasodilatador bradicinina em um heptapeptídeo inativo.

A inibição da ECA resulta na redução da angiotensina II no plasma, que leva ao aumento da atividade da renina plasmática (pela inibição do feedback negativo de liberação da renina) e à redução da secreção de aldosterona. Uma vez que a ECA inativa a bradicinina, a inibição da ECA também resulta em um aumento da atividade dos sistemas calicreínacinina circulantes e locais (e consequentemente também ativando o sistema prostaglandina).

É possível que este mecanismo contribua para ação hipotensora dos inibidores da ECA e seja parcialmente responsável por alguns dos seus efeitos adversos (como por exemplo, a tosse).

O Perindopril Erbumina (substância ativa) age pelo intermédio de seu metabólito ativo, o perindoprilato. Os outros metabólitos não demostram nenhuma inibição da atividade da ECA in vivo.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção

Após administração oral, a absorção do perindopril é rápida e o pico de concentração é atingido em 1 hora. A meiavida plasmática do perindopril é de 1 hora.

Perindopril é uma pró-droga. Vinte e sete por cento (27%) da dose de perindopril administrado, chega à circulação sanguínea como perindoprilato, metabólito ativo. Além do perindoprilato ativo, o perindopril produz cinco metabólitos, todos inativos.

O pico de concentração plasmática do perindoprilato é atingido em 3 a 4 horas.

A ingestão de alimentos reduz a conversão em perindoprilato, consequentemente a sua biodisponibilidade, desse modo, o perindopril sal de terc-butilamina deve ser administrado por via oral, em dose única diária pela manhã, antes da refeição.

Foi demonstrada uma relação linear entre a dose de perindopril e sua exposição plasmática.

Distribuição

O volume de distribuição é próximo de 0,2 L/Kg para o perindoprilato livre A ligação do perindoprilato as proteínas plasmáticas é de 20%, principalmente à enzima conversora da angiotensina, mas é dependente da concentração.

Eliminação

Perindoprilato é eliminado na urina e a meia-vida terminal da fração livre é de aproximadamente 17 horas, resultando em um estado de equilíbrio em 4 dias.

População especial

A eliminação do perindoprilato é reduzida em pacientes idosos, e também nos pacientes com insuficiência cardíaca ou renal. O ajuste da dosagem na insuficiência renal é desejável dependendo do grau da insuficiência (clearance de creatinina)

O clearance de diálise do perindoprilato é de 70ml/min.

Os parâmetros cinéticos do perindopril são modificados em pacientes com cirrose: o clearance hepático do perindopril é reduzido à metade. No entanto, a quantidade de perindoprilato formado não é reduzida e por essa razão não há necessidade de se fazer um ajuste na dosagem.

Dados de segurança pré-clínicos

Em estudos de toxicidade crônica oral (ratos e macacos), o órgão atingido foi o rim, com danos reversíveis.

Em estudos in vitro e in vivo não foi observada mutagenicidade.

Os estudos toxicológicos sobre a reprodução (camundongos, ratos, coelhos e macacos) não demonstraram sinais de embriotoxicidade ou teratogenicidade. Contudo, os inibidores da ECA, enquanto classe tem demonstrado provocar efeitos adversos no desenvolvimento fetal tardio, resultando em morte fetal e efeitos congênitos em roedores e coelhos: foram observadas lesões renais e um aumento na mortalidade peri e pós-natal. A fertilidade não foi prejudicada em ratos tanto em machos quanto fêmeas

Não foi observada carcinogenicidade em estudos a longo prazo em camundongos e ratos.

Cuidados de Armazenamento do Coversyl

Coversyl deve ser guardado na sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade. Nestas condições, este medicamento possui prazo de validade de 24 (vinte e quatro) meses, a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

4mg

Coversyl 4mg é apresentado sob a forma de comprimidos brancos, em forma de bastão, sulcados em ambas as faces.

8mg

Coversyl 8mg é apresentado sob a forma de comprimidos redondos de cor verde, biconvexos, sem revestimento, gravados comem uma das faces e na outra face.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Coversyl

MS N° 1.1278.0051

Farm. Responsável:

Patrícia Kasesky de Avellar
CRF-RJ n.o 6350

Fabricado por:

Les Laboratoires Servier Industrie 45520 Gidy – França.

Importado por:

Laboratórios Servier do Brasil Ltda
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