Bula do Daklinza
Daklinza deve ser sempre utilizado com outros medicamentos para tratamento da infecção pelo vírus da hepatite C.
É muito importante que você também leia a bula dos outros medicamentos que utilizará juntamente com Daklinza. Se você tiver quaisquer dúvidas sobre estes medicamentos, fale com seu médico ou farmacêutico.
Como Daklinza funciona?
Daklinza diminui a quantidade de vírus da hepatite C em seu corpo e remove o vírus de seu sangue ao longo do tempo.
A hepatite C é uma doença causada pelo vírus HCV. Após infectar a pessoa ela pode se tornar portadora crônica deste vírus. A doença em sua forma crônica pode levar a uma inflamação do fígado (com fibrose do mesmo) podendo chegar ao estágio conhecido como cirrose onde o fígado deixa de desempenhar suas funções normalmente, podendo haver complicações que podem levar o paciente à morte.
Contraindicação do Daklinza
Não tome Daklinza:
Se você for alérgico a daclatasvir ou a qualquer um dos ingredientes de Daklinza listados acima.
Se estiver tomando algum destes medicamentos:
- Fenitoína, carbamazepina, oxcarbazepina ou fenobarbital, geralmente utilizados no tratamento de convulsões epiléticas;
- Rifampicina, rifabutina ou rifapentina, antibióticos geralmente utilizados para tratar a tuberculose;
- Dexametasona sistêmica, um esteroide usado para o tratamento de alergias e doenças inflamatórias;
- Medicamentos contendo Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum, uma preparação fitoterápica)
Estes medicamentos diminuem o efeito de Daklinza, portanto, seu tratamento pode não funcionar. Se você tomar qualquer um destes medicamentos, fale com seu médico imediatamente.
Como usar o Daklinza
Você deverá tomar Daklinza de acordo com as orientações de seu médico. Converse com seu médico ou farmacêutico caso tenha alguma dúvida sobre o tratamento.
A dose recomendada é de um comprimido revestido de Daklinza uma vez ao dia. Não mastigue ou quebre o comprimido. Daklinza pode ser tomado com ou sem alimentos.
Duração do tratamento
Tome Daklinza conforme a orientação de seu médico. A duração do tratamento pode ser de 12 ou 24 semanas. A duração do seu tratamento dependerá das condições de seu fígado, dos medicamentos que você utilizará com Daklinza e de você ter recebido tratamento contra hepatite C anteriormente.
Não pare de tomar Daklinza a menos que seu médico lhe oriente a fazer isso.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar Daklinza?
Caso tenha se esquecido de tomar uma dose de Daklinzaa e se lembre dentro de até 20 horas após o horário correto da dose, tome a dose que você esqueceu imediatamente e siga o tratamento normalmente.
No entanto, caso se lembre da dose perdida e tiverem passado mais de 20 horas do horário correto, não deverá tomar esta dose e a próxima dose deverá ser tomada no horário correto. Não dobre a dose.
A fim de orientá-lo melhor, no blíster de Daklinzaa está indicado para cada comprimido o dia da semana em que você deverá tomá-lo. No entanto, não existe diferença na composição dos comprimidos de Daklinza e por este motivo, caso você tome o comprimido referente a um dia da semana diferente do que está tomando não haverá prejuízo ao sucesso do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Daklinza
Como Daklinza deve ser sempre utilizado em combinação com outros medicamentos para tratamento da hepatite C, consulte também a bula destes medicamentos. Se você estiver inseguro com relação a alguma informação, fale com seu médico ou farmacêutico.
Informe seu médico imediatamente caso:
- Você esteja ou já foi alguma vez infectado pelo vírus da hepatite B;
- Se você já foi submetido à internação por problemas no fígado;
- Esteja grávida ou planejando engravidar;
- Você esteja fazendo uso de amiodarona, medicamento utilizado para o tratamento de arritmias cardíacas.
Crianças e Adolescentes
Daklinza não é recomendado para pacientes com menos de 18 anos de idade. Daklinza não foi suficientemente estudado em crianças e adolescentes.
Outros medicamentos e Daklinza
Daklinza pode afetar o efeito de outros medicamentos assim como outros medicamentos podem afetar o efeito de Daklinza. Fale com seu médico ou farmacêutico se você estiver tomando ou tenha tomado recentemente outros medicamentos, inclusive medicamentos obtidos sem prescrição e medicamentos fitoterápicos.
Interações Medicamentosas
Você não deve tomar Daklinza com certos medicamentos. Particularmente, não tome Daklinza se você estiver tomando qualquer um dos seguintes medicamentos:
- Fenitoína, carbamazepina, oxcarbazepina ou fenobarbital, geralmente utilizados para o tratamento de crises epiléticas;
- Rifampicina, rifabutina ou rifapentina, antibióticos geralmente utilizados para tratar a tuberculose;
- Dexametasona sistêmica, um esteroide utilizado para tratar alergias e doenças inflamatórias;
- Medicamentos contendo Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum, uma preparação fitoterápica).
É muito importante que você informe seu médico imediatamente caso esteja tomando algum dos seguintes medicamentos:
- Atazanavir, atazanavir/cobicistate, etravirina, nevirapina, efavirenz utilizados para tratamento de infecção pelo vírus do HIV;
- Boceprevir ou telaprevir, utilizados para tratamento da infecção pela hepatite C;
- Claritromicina, telitromicina ou eritromicina utilizados para o tratamento de infecções bacterianas;
- Etexilato de dabigatrana, utilizado para prevenir a formação de coágulos;
- Cetoconazol, itraconazol, posaconazol ou voriconazol, utilizados para tratamento de infecções fúngicas;
- Digoxina e amiodarona, utilizados para o tratamento de arritmias cardíacas e insuficiência cardíaca;
- Verapamil, diltiazem, nifedipina ou anlodipino, utilizados para diminuir a pressão arterial;
- Rosuvastatina, atorvastatina, fluvastatina, sinvastatina, pitavastatina ou pravastatina, utilizados para diminuir o colesterol no sangue.
Gravidez e contracepção
Informe ao seu médico caso esteja grávida, ache que está grávida ou esteja planejando engravidar. Se você engravidar, pare de tomar Daklinza e informe ao seu médico imediatamente.
Se você estiver grávida, não deve tomar Daklinza. Se houver possibilidade de engravidar, utilize um método eficaz de contracepção durante o tratamento e 5 semanas após o término do tratamento com Daklinza.
Daklinza pode ser utilizado com ribavirina. A ribavirina pode causar danos ao feto. É importante tomar cuidado extremo para evitar a gravidez em pacientes do sexo feminino bem como em parceiras do sexo feminino de pacientes do sexo masculino. Para informações detalhadas sobre contracepção, veja a bula da ribavirina.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Amamentação
Não se sabe se Daklinza passa para o leite materno. Você não deve amamentar enquanto estiver tomando Daklinza.
Dirigir ou operar máquinas
Alguns pacientes relataram tontura, dificuldade de concentração e problemas de visão enquanto estavam tomando Daklinza com outros medicamentos para tratamento da infecção pela hepatite C. Se você apresentar alguma destas reações adversas, não dirija ou opere máquinas.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.
Reações Adversas do Daklinza
Assim como todos os medicamentos, Daklinza pode causar reações adversas, embora nem todos os pacientes as apresentem. As reações adversas abaixo foram relatadas com o uso de Daklinza.
Muito comuns (afetam mais de 1 em cada 10 pessoas):
Anemia, neutropenia (diminuição do número de neutrófilos no sangue), apetite reduzido, insônia, dor de cabeça, tosse, falta de ar, náuseas, diarreia, coceira, pele seca, queda de cabelo, erupções cutâneas, dores nas articulações, dores musculares, cansaço, estado gripal, irritabilidade, fraqueza, febre.
Comuns (afetam 1 em cada 10 ou 100 pessoas):
Anemia, sintomas da gripe, herpes nos lábios, sinusite, irritação na garganta, alterações nas células brancas do sangue, depressão, ansiedade, alterações de humor, irritabilidade, distúrbios do sono, apatia, diminuição da libido, tontura, alterações da atenção, prejuízo da memória, alterações de sensibilidade, perda de paladar, coceira no olho, visão embaçada, olhos secos, dor nos olhos, diminuição da visão, zumbido, falta de ar, nariz entupido, tosse, sangramento nasal, dores abdominais, constipação, vômitos, refluxo gastroesofágico, estomatite, indigestão, boca seca, inflamação nos lábios, suores noturnos, rachaduras na pele, psoríase, inflamação na pele, dor nas costas, cãibras, sensação de mal estar, diminuição de peso.
Incomum (afetam 1 em cada 100 ou 1000 pessoas):
Enxaqueca, vermelhidão da pele.
Pós-comercialização
Foram observadas alterações na frequência cardíaca (arritmias cardíacas), incluindo diminuição severa da frequência cardíaca e bloqueio cardíaco, em pacientes que receberam amiodarona com Daklinza + sofosbuvir. Informe ao seu médico imediatamente caso esteja fazendo uso de amiodarona. Manchas avermelhadas (corpo e boca) foram reportadas com Daklinza quando utilizado em combinação com inibidor de protease NS3 do HCV indisponível comercialmente.
Informe ao seu médico imediatamente se tiver algum destes efeitos colaterais. Não tente tratar os seus sintomas com outros medicamentos.
Atenção: Este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Neste caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Composição do Daklinza
Cada comprimido de Daklinza (daclatasvir) contém:
30 mg de daclatasvir (equivalente a 33 mg de dicloridrato de daclatasvir) ou 60 mg de daclatasvir (equivalente a 66 mg de dicloridrato de daclatasvir).
Excipientes:
Lactose, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearato de magnésio, hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, azul de indigotina/laca de alumínio e óxido de ferro amarelo.
Superdosagem do Daklinza
Se você acidentalmente tomar uma quantidade de Daklinza maior do que deveria, converse com um médico ou vá imediatamente ao pronto-socorro mais próximo.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Daklinza
Potencial de que outros medicamentos afetem Daclatasvir (substância ativa)
Daclatasvir (substância ativa) é um substrato de CYP3A4. Indutores moderados ou potentes de CYP3A4 podem diminuir os níveis plasmáticos e o efeito terapêutico de Daclatasvir (substância ativa). Inibidores potentes de CYP3A4 (por exemplo: claritromicina, eritromicina, itraconazol, cetoconazol, ritonavir) podem aumentar os níveis plasmáticos de Daclatasvir (substância ativa) (ver Tabela 8). Daclatasvir (substância ativa) também é um substrato do transportador glicoproteina-P (P-gp) e do transportador 1 de cátions orgânicos (OCT 1), porém a coadministração de agentes que modifiquem apenas as atividades de P-gp ou OCT1 (sem efeito concomitante sobre CYP3A4) tem pouca probabilidade de apresentar um efeito clinicamente expressivo sobre a exposição a Daclatasvir (substância ativa).
Potencial de que Daclatasvir (substância ativa) afete outros medicamentos
Daclatasvir (substância ativa) é um inibidor de P-gp, do polipeptídeo transportador de ânions orgânicos (OATP) 1B1 e 1B3 e da proteína de resistência ao câncer de mama (BCRP). A administração de Daclatasvir (substância ativa) pode aumentar a exposição sistêmica a medicamentos que sejam substratos de P-gp, OATP 1B1 ou 1B3 ou BCRP, o que poderia aumentar ou prolongar seu efeito terapêutico e as reações adversas. Deve-se ter cautela se o medicamento apresentar uma faixa terapêutica estreita. Daclatasvir (substância ativa), in vitro, não inibiu (IC50 gt; 40 ?M) as enzimas CYP 1A2, 2B6, 2C8, 2C9, 2C19 ou 2D6.
Daclatasvir (substância ativa) não apresentou um efeito clinicamente expressivo sobre a farmacocinética de midazolam, um substrato de CYP3A4 sensível. In vitro, Daclatasvir (substância ativa) é um inibidor dos transportadores de captação renal, transportadores de ânions orgânicos (OAT) 1 e 3 e do OCT 2, mas não se espera que tenha um efeito clínico sobre a farmacocinética dos substratos desses transportadores.
Resumo tabular de informações sobre interações medicamentosas
Consultar as respectivas bulas para obter informações sobre interações medicamentosas de outros medicamentos do regime. A recomendação mais conservadora deve ser seguida.
A Tabela 8 apresenta informações dos estudos de interações medicamentosas com Daclatasvir (substância ativa), incluindo as recomendações clínicas para interações medicamentosas estabelecidas ou possivelmente significativas. Um aumento clinicamente relevante da concentração é indicado como “?”, uma diminuição clinicamente relevante como “?” e a ausência de alteração clinicamente relevante como “?”. Se disponíveis, as razões das médias geométricas para AUC, Cmáx e Cmín são mostradas com intervalos de confiança (CI) de 90% entre parênteses. Os estudos apresentados na Tabela 9 foram conduzidos em adultos saudáveis, exceto quando indicado de outro modo.
Tabela 9: Informações sobre interações medicamentosas de Daclatasvir (substância ativa) com outros medicamentos
Medicamentos por área terapêutica | Interação | Recomendações sobre a coadministração |
Antivirais, HCV | ||
Sofosbuvir 400 mg uma vez ao dia Estudo conduzido em pacientes com infecção crônica pelo HCV. | ? Daclatasvir (substância ativa)* ? GS-331007** *A comparação para Daclatasvir (substância ativa) foi efetuada com uma referência histórica (dados de três estudos com 60 mg de Daclatasvir (substância ativa) uma vez ao dia mais alfapeginterferona e ribavirina). **GS-331007 é o principal metabólito circulante do pró-medicamento sofosbuvir. | Nenhum ajuste da dose de Daclatasvir (substância ativa) ou sofosbuvir é necessário. |
Inibidores de Protease | ||
Boceprevir | Interação não estudada. Esperado devido à inibição da CYP3A4 por boceprevir: | A dose de Daclatasvir (substância ativa) deve ser reduzida para 30 mg uma vez ao dia quando coadministrado com boceprevir ou outro potente inibidor de CYP3A4. |
Simeprevir 150 mg uma vez ao dia | ? Daclatasvir (substância ativa) ? Simeprevir | Nenhum ajuste da dose de Daclatasvir (substância ativa) ou simeprevir é necessário. |
Telaprevir, 500 mg a cada 12 h Telaprevir, 750 mg a cada 8 h | ? Daclatasvir (substância ativa) ? Telaprevir ? Daclatasvir (substância ativa) ? Telaprevir Inibição de CYP3A4 por telaprevir. | A dose de Daclatasvir (substância ativa) deve ser reduzida para 30 mg uma vez ao dia quando coadministrado com telaprevir ou outro potente inibidor de CYP3A4. |
Outros antivirais | ||
Alfapeginterferona 180 ?g uma vez por semana e ribavirina 1.000 ou 1.200 mg/dia divididos em duas doses Estudo conduzido em pacientes com infecção crônica por HCV | ? Daclatasvir (substância ativa) ? Alfapeginterferona ? Ribavirina *Os parâmetros de PK para Daclatasvir (substância ativa) quando administrado com alfapeginterferona e ribavirina neste estudo foram semelhantes aos observados em um estudo com indivíduos infectados por HCV no qual foi administrado Daclatasvir (substância ativa) em monoterapia por 14 dias. Os níveis de vale (mínimos) de PK de alfapeginterferona em pacientes que receberam alfapeginterferona, ribavirina e Daclatasvir (substância ativa) foram semelhantes aos observados em pacientes que receberam peginterferon alfa, ribavirina e placebo. | Não é necessário ajuste de dose de Daclatasvir (substância ativa), alfapeginterferona e ribavirina. |
Antivirais HIV ou HBV | ||
Atazanavir 300 mg/ritonavir 100 mg uma vez ao dia (Daclatasvir (substância ativa) 20 mg uma vez ao dia) | ? Daclatasvir (substância ativa) Inibição de CYP3A4 por ritonavir. * Os resultados são normalizados para a dose de 60 mg. | A dose de Daclatasvir (substância ativa) deve ser reduzida para 30 mg uma vez ao dia quando coadministrado com atazanavir/ritonavir ou atazanavir/cobicistate. |
Atazanavir/cobicistate | Interação não estudada Esperada inibição do CYP3A4 por atazanavir/cobicistate: | |
Darunavir 800 mg/ritonavir 100 mg uma vez ao dia Darunavir 600 mg/ritonavir 100 mg | ? Daclatasvir (substância ativa) ? Darunavir * Os resultados são normalizados para a dose de 60 mg. | Não é necessário ajuste de dose de Daclatasvir (substância ativa), darunavir/ritonavir, lopinavir/ritonavir ou darunavir/cobicistate. |
Lopinavir 400 mg/ritonavir 100 mg duas vezes ao dia (Daclatasvir (substância ativa) 30 mg uma vez ao dia) | ? Daclatasvir (substância ativa) * Os resultados são normalizados para a dose de 60 mg. | |
Darunavir/cobicistate | Interação não estudada Esperado: | |
Inibidores da transcriptase reversa nucleosídeos/nucleotídeos (NRTIs) | ||
Fumarato de tenofovir Desoproxila 300 mg uma vez ao dia | ? Daclatasvir (substância ativa) ?Tenofovir | Não é necessário ajuste de dose de Daclatasvir (substância ativa) ou tenofovir. |
Lamivudina + Zidovudina | Interação não estudada. Esperado: | Não é necessário ajuste da dose de Daclatasvir (substância ativa) ou do NRTI. |
Inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeos (NNRTIs) | ||
Efavirenz 600 mg uma vez ao dia | ? Daclatasvir (substância ativa) Indução de CYP3A4 por efavirenz * Os resultados são normalizados para a dose de 60 mg. | A dose de Daclatasvir (substância ativa) deve ser aumentada para 90 mg uma vez ao dia quando coadministrado com efavirenz ou outro indutor moderado de CYP3A4. |
Etravirina | Interação não estudada. Esperado devido à indução da CYP3A4 pela etravirina e nevirapina: | A dose de Daclatasvir (substância ativa) deve ser aumentada para 90 mg uma vez ao dia quando coadministrado com etravirina, nevirapina ou outro indutor moderado de CYP3A4. |
Rilpivirina | Interação não estudada. Esperado: | Não é necessário ajuste de dose de Daclatasvir (substância ativa) ou de rilpivirina. |
Inibidores de integrase | ||
Dolutegravir 50 mg uma vez ao dia | ? Daclatasvir (substância ativa) ? Dolutegravir Inibição de P-gp e BCRP por Daclatasvir (substância ativa) | Não é necessário ajuste de dose de Daclatasvir (substância ativa) ou de dolutegravir. |
Raltegravir | Interação não estudada. Esperado: | Não é necessário ajuste de dose de Daclatasvir (substância ativa) ou de raltegravir. |
Elvitegravir | Interação não estudada para esta combinação de dose fixa. Esperado devido à inibição da CYP3A4 pelo cobicistate: | A dose de Daclatasvir (substância ativa) deve ser reduzida para 30 mg uma vez ao dia quando coadministrado com cobicistate ou com outros inibidores potentes de CYP3A4. |
Inibidores da fusão | ||
Enfuvirtida | Interação não estudada. Esperado: | Não é necessário ajuste de dose de Daclatasvir (substância ativa) ou enfuvirtida. |
Antagonistas do recepetor de CCR5 | ||
Maraviroque | Interação não estudada. Esperado: | Não é necessário ajuste de dose de Daclatasvir (substância ativa) ou maraviroque. |
Agentes redutores de ácido | ||
Antagonistas do receptor H2 | ||
Famotidina 40 mg em dose única | ? Daclatasvir (substância ativa) Aumento do pH gástrico | Não é necessário ajuste de dose de Daclatasvir (substância ativa). |
Inibidores da bomba de prótons | ||
Omeprazol 40 mg uma vez ao dia | ? Daclatasvir (substância ativa) Aumento do pH gástrico | Não é necessário ajuste de dose de Daclatasvir (substância ativa). |
Antibacterianos | ||
Claritromicina | Interação não estudada. Esperado devido à inibição da CYP3A4 pelo antibacteriano: | A dose de Daclatasvir (substância ativa) deve ser reduzida para 30 mg uma vez ao dia quando coadministrado com claritromicina, telitromicina ou outro potente inibidor de CYP3A4. |
Eritromicina | Interação não estudada. Esperado pela inibição da CYP3A4 pelo antibacteriano: | A administração de Daclatasvir (substância ativa) com eritromicina pode resultar no aumento da concentração de Daclatasvir (substância ativa). É recomendado tomar precaução. |
Azitromicina | Interação não estudada. Esperado: | Não é necessário ajuste de dose de Daclatasvir (substância ativa), azitromicina ou ciprofloxacino. |
Anticoagulantes | ||
Etexilato de dabigatrana | Interação não estudada. Esperado devido à inibição de P-gp por Daclatasvir (substância ativa): | É recomendado o monitoramento de segurança quando é iniciado o tratamento com Daclatasvir (substância ativa) em pacientes recebendo etexilato de dabigatrana ou outros substratos de P-gp intestinal que tenham faixa terapêutica estreita. |
Varfarina | Interação não estudada. Esperado: | Não é necessário ajuste de dose de Daclatasvir (substância ativa) ou varfarina. |
Anticonvulsionantes | ||
Carbamazepina | Interação não estudada. Esperado devido à indução da CYP3A4 pelo anticonvulsivante: | A coadministração de Daclatasvir (substância ativa) com carbamazepina, oxcarbazepina, fenobarbital, fenitoína ou outros indutores potentes de CYP3A4 é contraindicada. |
Antidepressivos | ||
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina | ||
Escitalopram 10 mg uma vez ao dia | ? Daclatasvir (substância ativa) ? Escitalopram | Não é necessário ajuste de dose de Daclatasvir (substância ativa) ou escitalopram. |
Antifúngicos | ||
Cetoconazol 400 mg uma vez ao dia | ? Daclatasvir (substância ativa) Inibição de CYP3A4 por cetoconazol | A dose de Daclatasvir (substância ativa) deve ser reduzida para 30 mg uma vez ao dia quando coadministrado com inibidores potentes de CYP3A4. |
Itraconazol | Interação não estudada. Esperado devido à inibição de CYP3A4 pelo antifúngico: | |
Fluconazol | Interação não estudada. Esperado devido à inibição de CYP3A4 pelo antifúngico: | É esperado aumento modesto da concentração de Daclatasvir (substância ativa), mas não é necessário ajuste de dose de Daclatasvir (substância ativa) ou de fluconazol. |
Antimicobacterianos | ||
Rifampicina 600 mg uma vez ao dia | ? Daclatasvir (substância ativa) Indução de CYP3A4 por rifampicina | A coadministração de Daclatasvir (substância ativa) com rifampicina, rifabutina, rifapentina ou outros indutores potentes de CYP3A4 é contraindicada |
Rifabutina | Interação não estudada. Esperado devido à indução de CYP3A4 pelo antimicobacteriano: | |
Agentes Cardiovasculares | ||
Antiarrítmicos | ||
Amiodarona | Interação não estudada. | Para pacientes que não tenham alternativa de antiarrítmico, é recomendado monitoramento se a amiodarona for administrada com Daclatasvir (substância ativa) + sofosbuvir. Consulte a bula da amiodarona e do sofosbuvir. |
Digoxina | ? Digoxina Inibição de P-gp por Daclatasvir (substância ativa) | Digoxina e outros substratos de P- gp com uma faixa terapêutica estreita devem ser usados com cautela quando coadministrados com Daclatasvir (substância ativa). A dose mais baixa de digoxina deve ser prescrita inicialmente. As concentrações séricas de digoxina devem ser monitoradas e usadas para titulação da dose de digoxina visando obter o efeito clínico desejado. |
Bloqueadores do canal de cálcio | ||
Diltiazem | Interação não estudada. Esperado devido à inibição de CYP3A4 pelo bloqueador do canal de cálcio: | A administração de Daclatasvir (substância ativa) com qualquer um destes bloqueadores do canal de cálcio pode resultar no aumento da concentração de Daclatasvir (substância ativa). É recomendado uso com cautela. |
Verapamil | Interação não estudada. Esperado devido à inibição de CYP3A4 e P- gp pelo verapamil: | A administração de Daclatasvir (substância ativa) com verapamil pode resultar em concentração aumentada de Daclatasvir (substância ativa). É recomendado uso com cautela. |
Corticoesteroides | ||
Dexametasona sistêmica | Interação não estudada. Esperado devido à indução de CYP3A4 por dexametasona: | A coadministração de Daclatasvir (substância ativa) com dexametasona sistêmica ou outros indutores potentes de CYP3A4 é contraindicado. |
Suplementos Fitoterápicos | ||
Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) | Interação não estudada. Esperado devido à indução de CYP3A4 pela erva-de-são-joão: | A coadministração de Daclatasvir (substância ativa) com erva-de-são-joão ou outros indutores potentes de CYP3A4 é contraindicada. |
Contraceptivos Hormonais | ||
Etinilestradiol 35 ?g uma vez ao dia por 21 dias + norgestimato 0,180/0,215/0,250 mg uma vez ao dia por 7/7/7 dias | ? Etinilestradiol ? Norelgestromina ? Norgestrel | Não há um efeito clinicamente expressivo sobre a farmacocinética de contraceptivos orais. Com base nas vias de clearance de Daclatasvir (substância ativa) e no perfil farmacocinético conhecido de contraceptivos orais, a coadministração não deve ter efeitos clinicamente expressivos sobre a farmacocinética de Daclatasvir (substância ativa). |
Imunossupressores | ||
Ciclosporina 400 mg em dose única | ? Daclatasvir (substância ativa) ? Ciclosporina | Não é necessário ajuste de dose de dose do produto medicinal quando Daclatasvir (substância ativa) é coadministrado com ciclosporina, tacrolimo, sirolimo ou mofetil micofenolato. |
Tacrolimo 5 mg em dose única | ? Daclatasvir (substância ativa) ? Tacrolimo | |
Sirolimo | Interação não estudada. Esperado: | |
Agentes redutores de Lipideos | ||
Inibidores da HMG-CoA redutase | ||
Rosuvastatina 10 mg em dose única | ? Rosuvastatina Inibição de OATP 1B1, OATP 1B3 e BCRP por Daclatasvir (substância ativa) | Deve-se ter cautela quando Daclatasvir (substância ativa) for coadministrado com rosuvastatina ou outros substratos de OATP 1B1, OATP 1B3 ou BCRP. |
Atorvastatina | Interação não estudada. Esperado devido à inibição de OATP 1B1 e/ou BCRP por Daclatasvir (substância ativa): | |
Analgésicos Narcóticos | ||
Buprenorfina/naloxona, manutenção estável com 8/2 mg a 24/6 mg uma vez ao dia | ? Daclatasvir (substância ativa) ? Buprenorfina ? Norbuprenorfina | Não é necessário ajuste de dose de Daclatasvir (substância ativa) ou de buprenorfina. |
Metadona, manutenção estável com 40-120 mg uma vez ao dia | ? Daclatasvir (substância ativa) AUC: 1,08 (0,94; 1,24) | Não é necessário ajuste de dose de Daclatasvir (substância ativa) ou metadona. |
Sedativos | ||
Benzodiazepínicos | ||
Midazolam 5 mg em dose única | ? Midazolam | Não é necessário ajuste de dose de midazolam ou outros substratos de CYP3A4. |
Triazolam | Interação não estudada. Esperado: |
Não são esperados efeitos clinicamente relevantes na farmacocinética dos medicamentos quando Daclatasvir (substância ativa) é coadministrado com qualquer um dos seguintes produtos: inibidores de PDE-5, medicamentos da classe dos inibidores de ACE (exemplo: enalapril), medicamentos da classe dos antagonistas de receptores de angiotensina II (exemplos: losartana, irbesartana, olmesartana, candesartana, valsartana), disopiramida, propafenona, flecainida, mexilitina, quinidina ou antiácidos.
Ação da Substância Daklinza
Resultados da eficácia
A eficácia e segurança de Daclatasvir (substância ativa) para o tratamento da infecção crônica pelo HCV foram avaliadas em combinação com alfapeginterferona e ribavirina e em combinação com sofosbuvir com ou sem ribavirina. Os valores de RNA de HCV foram medidos durante os estudos clínicos usando o teste de COBAS TaqMan HCV (versão 2.0) para uso com o High Pure System.
O ensaio apresentou um limite inferior de quantificação (LLOQ) de 25 UI por mL. A resposta virológica sustentada (RVS) foi estabelecida como desfecho primário para determinar a taxa de cura virológica do HCV, que foi definida como RNA de HCV abaixo do LLOQ na Semana 12 pós-tratamento.
Daclatasvir (substância ativa) em combinação com alfapeginterferona e ribavirina
O tratamento com Daclatasvir (substância ativa), alfapeginterferona e ribavirina (pegIFN/RBV) foi avaliado em dois estudos clínicos randomizados, duplo-cegos, controlados em adultos virgens de tratamento com infecção crônica pelo HCV e doença hepática compensada (incluindo cirrose). O estudo AI444052 recrutou pacientes com infecção por HCV do genótipo 1 e o estudo AI444042 recrutou pacientes com infecção por HCV do genótipo 4.
Estudo AI444052:
Os pacientes receberam Daclatasvir (substância ativa) 60 mg uma vez ao dia (n=402) ou telaprevir 750 mg três vezes ao dia (n=200) com pegIFN/RBV. Os pacientes receberam por 24 semanas Daclatasvir (substância ativa)/pegIFN/RBV ou 12 semanas de telaprevir/pegIFN/RBV seguido de 12 semanas de pegIFN/RBV. Os pacientes em qualquer um dos grupos que apresentaram RNA de HCV indetectável nas Semanas 4 e 12 de tratamento (eRVR) completaram o tratamento na Semana 24.
Pacientes que não obtiveram RNA de HCV indetectável nas Semanas 4 e 12 receberam 24 semanas adicionais de pegIFN/RBV.
Os 602 pacientes tratados tinham mediana de idade de 48 anos (faixa: 18 a 71 anos); 92% dos pacientes eram brancos; 5% eram negros/afroamericanos; 1% eram asiáticos; 7% eram hispânicos ou latinos. Trinta e três por cento tinham HCV do genótipo 1a e 67% tinham HCV do genótipo 1b; 11% dos pacientes apresentavam cirrose compensada e 76% apresentavam os genótipos não-CC rs12979860 de IL-28B. A resposta antiviral foi rápida (RNA de HCV menor que o LLOQ na Semana 4 para 93% do grupo tratado com Daclatasvir (substância ativa) e 97% do grupo tratado com telaprevir que apresentava genótipo 1b; e 78% dos pacientes do grupo tratado com Daclatasvir (substância ativa) e 83% do grupo tratado com telaprevir que apresentava genótipo 1a). Entre os pacientes com genótipo 1b de HCV, o valor de RVS12 foi consistentemente maior para os pacientes tratados com Daclatasvir (substância ativa)/pegIFN/RBV do que para o grupo tratado com telaprevir/pegIFN/RBV em todos os subgrupos, incluindo idade, sexo, carga viral basal, estado cirrótico e genótipo de IL28B. O estudo alcançou seu objetivo primário, demonstrando não-inferioridade para o valor de RVS12 entre os pacientes com genótipo 1b para o tratamento com Daclatasvir (substância ativa)/pegIFN/RBV quando comparado ao tratamento com telaprevir/pegIFN/RBV (veja Tabela 1).
Tabela 1: Desfechos do Tratamento no Estudo AI444052, Daclatasvir (substância ativa) comparado com telaprevir em combinação com pegIFN/RBV, em pacientes virgens de tratamento com HCV de genótipo 1
a Pacientes que tinham dados ausentes na Semana 12 pós-tratamento foram considerados como respondedores se o próximo valor disponível de RNA de HCV foi menor que o LLOQ.
b Análise modificada da intenção-de-tratar (pacientes com dados ausentes na Semana 12 pós-tratamento foram considerados como falhados). Diferença (Daclatasvir (substância ativa)/pegIFN/RBV – telaprevir/pegIFN/RBV) no valor de RVS (IC de 95 %) para HCV de genótipo 1b (desfecho primário): 4,3% (-3,3; 11,9). Um limite inferior do intervalo de confiança de 95% para a diferença maior do que -12% indica não-inferioridade.
c eRVR = HCV-RNA indetectável nas Semanas 4 e 12.
d Insucesso virológico durante o tratamento inclui pacientes com escape virológico para Daclatasvir (substância ativa) + pegIFN/RBV (aumento confirmado de RNA de HCV gt;1 log10 em relação ao nadir ou RNA de HCV ?LLOQ confirmado após resultado indetectável durante o tratamento) e pacientes de qualquer um dos grupos de tratamento que preencheram os critérios de futilidade do tratamento definidos no protocolo, ou com RNA de HCV ausente ou detectável ao final do tratamento. Recidiva foi definida como RNA de HCV ?LLOQ detectável confirmado durante o acompanhamento entre pacientes com HCV indetectável ao final do tratamento.
Estudo AI444042:
Os pacientes receberam Daclatasvir (substância ativa) 60 mg uma vez ao dia (n=82) ou placebo (n=42) com pegIFN/RBV por 24 semanas. Pacientes no grupo de tratamento de Daclatasvir (substância ativa) que não apresentaram RNA de HCV indetectável nas Semanas 4 e 12 e todos os pacientes do grupo que receberam placebo também receberam pegIFN/RBV por 24 semanas adicionais. Os pacientes tratados apresentaram mediana de idade de 49 anos (faixa: 20 a 71 anos); 77% dos pacientes eram brancos; 19% eram negros/afroamericanos; 4% eram hispânicos ou latinos. Dez por cento dos pacientes apresentavam cirrose compensada e 75% apresentavam genótipos não-CC rs12979860 de IL-28B. Os desfechos do estudo AI444042 são apresentados na Tabela 2.
A resposta antiviral foi rápida (na Semana 4, 91% dos pacientes tratados com Daclatasvir (substância ativa) apresentaram RNA de HCV lt;LLOQ). Os valores de RVS12 foram maiores em pacientes com genótipo CC de IL-28B em relação àqueles com genótipos não-CC e para pacientes com RNA de HCV basal menor que 800.000 UI/mL, mas consistentemente maiores no grupo tratado com Daclatasvir (substância ativa) em relação ao grupo tratado com placebo dentre todos os subgrupos.
Tabela 2: Desfechos do Tratamento, Estudo AI444042, Daclatasvir (substância ativa) em combinação com pegIFN/RBV em pacientes virgens de tratamento com HCV Genótipo 4
Parâmetro | Daclatasvir (substância ativa) + pegIFN/RBV | placebo + pegIFN/RBV N=42 |
RVSa | 67 (82%) | 18 (43%) |
Sem cirrose | 56/69 (81%)b | 17/38 (45%) |
Com cirrose | 7/9 (78%)b | 1/4 (25%) |
eRVRc atingido | 52/55 (95%) | NA |
eRVR não atingido | 15/27 (56%) | NA |
Falha virológicad | ||
Falha virológica durante o tratamento | 8 (10%) | 15 (36%) |
Recidiva | 2/74 (3%) | 8/27 (30%) |
a Pacientes que apresentaram dados ausentes na Semana 12 de acompanhamento foram considerados respondedores se o próximo valor de HCV de RNA disponível foi lt;LLOQ.
b O estado cirrótico não foi reportado para quatro pacientes no grupo de tratamento com Daclatasvir (substância ativa) + pegIFN/RBV.
c eRVR = RNA de HCV indetectável nas Semanas 4 e 12. A abordagem de tratamento orientada pela resposta não foi utilizada no grupo tratado com placebo + pegIFN/RBV.
d Falha virológica durante o tratamento inclui escape virológico (aumento confirmado da carga viral gt;1log10 em relação ao nadir ou qualquer valor confirmado de RNA de HCV ? LLOQ após valor confirmado lt;LLOQ durante o tratamento), os pacientes que preencheram os critérios de futilidade do tratamento definidos no protocolo e os pacientes com dados ausentes ou RNA de HCV detectável ao final do tratamento. A recidiva foi definida como RNA de HCV detectável confirmado ?LLOQ durante o acompanhamento entre os pacientes com HCV indetectável ao final do tratamento.
Daclatasvir (substância ativa) em combinação com sofosbuvir em pacientes com HCV de genótipo 1, 2 ou 3
A segurança e eficácia de Daclatasvir (substância ativa) 60 mg uma vez ao dia em combinação com sofosbuvir 400 mg uma vez ao dia no tratamento de pacientes com infecção crônica por HCV foram avaliadas em dois estudos abertos (AI444040 e ALLY-3). No estudo AI444040, 211 adultos com infecção por HCV genótipo 1, 2 ou 3 e sem cirrose receberam Daclatasvir (substância ativa) e sofosbuvir, com ou sem ribavirina. Entre os 167 pacientes com infecção por HCV do genótipo 1, 126 eram virgens de tratamento e 41 haviam falhado em terapia anterior com tratamento com inibidor de protease (IP), boceprevir ou telaprevir. Todos os 44 pacientes com infecção por HCV do genótipo 2 (n=26) ou 3 (n=18) eram virgens de tratamento. A duração do tratamento foi de 12 semanas para os 82 pacientes virgens de tratamento com HCV de genótipo 1 e de 24 semanas para todos os outros pacientes. Os 211 pacientes apresentavam mediana de idade de 54 anos (faixa: 20 a 70 anos); 53% dos pacientes eram homens, 83% eram brancos, 12% eram negros, 2% asiáticos e 20% eram hispânicos/latinos. A pontuação média do FibroTest (um ensaio diagnóstico não-invasivo validado para estado de fibrose hepática) foi 0,460 (variação de 0,03 a 0,89). A conversão da pontuação do FibroTest para a pontuação METAVIR correspondente sugere que 15 % de todos os pacientes (22% dos pacientes falhados anteriormente com IP, 14% dos pacientes com genótipos 2 e 3) apresentavam fibrose hepática F3/F4 ou F4. A maior parte dos pacientes (71%, incluindo 98% de falhados anteriormente com IP) apresentou genótipos não-CC rs12979860 de IL-28B.
A resposta foi rápida (mais de 97% dos pacientes apresentaram RNA de HCV lt;LLOQ na Semana 4), e não foi influenciada pelo subtipo do HCV (1a/1b), pelo genótipo IL28B ou pelo uso de ribavirina. Enquanto o uso da ribavirina não resultou em aumento da eficácia, a frequência de reações adversas comumente associadas ao uso de terapia com ribavirina (erupção cutânea, tosse, anemia, dispneia, insônia e ansiedade) foi maior entre os pacientes neste estudo que receberam ribavirina em relação ao grupo que não recebeu. Pacientes virgens de tratamento com HCV do genótipo 1 que receberam 12 semanas de tratamento apresentaram resposta similar aos pacientes tratados por 24 semanas.
A RVS e desfechos para pacientes sem RVS no estudo AI444040 são mostrados por população de pacientes na Tabela 3.
Tabela 3: Desfechos do tratamento, Estudo AI444040, Daclatasvir (substância ativa) em combinação com sofosbuvir (± ribavirina) em pacientes com HCV dos genótipos 1, 2 ou 3
a No estudo AI444040, 31 indivíduos receberam uma introdução de 7 dias de monoterapia com sofosbuvir. Com a exclusão desses indivíduos, as taxas de RVS em indivíduos virgens de tratamento corresponderam a 99% (110/111) para o HCV do genótipo 1, 94% (16/17) para HCV de genótipo 2 e 100% (11/11) para o HCV do genótipo 3.
b Pacientes com dados ausentes na Semana 12 de acompanhamento foram considerados como respondedores se a próxima quantificação de RNA de HCV foi lt;LLOQ. Um paciente virgem de tratamento apresentou dados ausentes para a Semana 12 e Semana 24 pós-tratamento.
c Calculado utilizando a pontuação FibroTest.
d Escape virológico foi definido como aumento confirmado da carga viral de pelo menos 1 log10 em relação ao nadir ou qualquer RNA de HCV confirmado ? LLOQ durante ou após a Semana 8 de tratamento. Recidiva foi definida como RNA de HCV ? LLOQ durante o acompanhamento após RNA de HCV lt; LLOQ no final do tratamento.
No estudo ALLY-3 (AI444218), a combinação de Daclatasvir (substância ativa) e sofosbuvir administrados por 12 semanas foi avaliada em 152 adultos infectados com HCV genótipo 3, 101 pacientes eram virgens de tratamento e 51 pacientes eram falhados com terapia antiviral prévia. A mediana de idade foi de 55 anos (faixa: 24 a 73), 90% dos pacientes eram brancos, 4% eram negros/afroamericanos, 5% eram asiáticos, 16% eram hispânicos ou latinos. A maioria dos pacientes (71%) tinha uma carga viral inicial alta (nível de HCV RNA ? 800,000 IU/mL). Vinte e um por cento dos pacientes tinham cirrose compensada. A maioria dos pacientes (61%) tinha IL-28B rs 12979860 genótipo não-CC.
RVS12 foi atingida por 90% dos pacientes virgens de tratamento e por 86% dos pacientes previamente tratados com genótipo 3. A resposta foi rápida (carga viral na Semana 4 mostrou que mais de 95% dos pacientes responderam à terapia) e não foi influenciada pelo genótipo IL28B. As taxas de RVS12 foram menores entre os pacientes infectados por HCV de genótipo 3 com cirrose em comparação com pacientes sem cirrose (veja Tabela 4).
Tabela 4: Desfechos do tratamento de Daclatasvir (substância ativa) em combinação com sofosbuvir por 12 semanas em pacientes com HCV genótipo 3a no estudo ALLY 3
a Todos os pacientes tinham infecção por HCV genótipo 3a.
b A maioria dos pacientes previamente tratados tinham recebido terapia baseada em interferon, mas 7 pacientes receberam sofosbuvir + ribavirina e 2 pacientes receberam inibidor de ciclofilina.
c Pacientes com dados ausentes na Semana 12 de acompanhamento foram considerados respondedores se o próximo valor disponível de RNA de HCV foi lt; LLOQ. Para as taxas de RVS pela presença ou ausência de polimorfirmos.
d Cirrose foi determinada pela biópsia do fígado para 14 pacientes, FibroScan gt;14.6 kPa para 11 pacientes ou valor do FibroTest ? 0.75 e aspartato aminotransferase (AST): índice da relação aspartato aminotransferase sobre plaquetas (APRI) gt; 2 para 7 pacientes. Para 11 pacientes, o estado cirrótico foi perdido ou inconclusivo (valor de FibroTest gt;0.48 a lt;0.75 ou APRI gt;1 para ? 2).
e Recidiva foi definida como RNA de HCV ?LLOQ durante o acompanhamento após RNA de HCV indetectável no final do tratamento.
Daclatasvir (substância ativa) em combinação com sofosbuvir em pacientes coinfectados com HCV/HIV
A eficácia e segurança de Daclatasvir (substância ativa) para o tratamento de 12 semanas em combinação com sofosbuvir foram avaliadas em um estudo aberto (ALLY-2, AI444216) em pacientes virgens de tramento e em pacientes previamente tratados com infecção crônica por hepatite C e coinfectados com HIV. A dose de Daclatasvir (substância ativa) foi de 60 mg uma vez ao dia [dose ajustada para o uso concomitante com antiretroviral: 30 mg uma vez ao dia para regimes com inibidores de protease (IP) potencializados com ritonavir e 90 mg uma vez ao dia para regimes com inibidores de transcriptase reversa não-nucleosídeos (ITRNN)] e a dose de sofosbuvir foi de 400 mg uma vez ao dia.
Os 153 pacientes tratados apresentavam uma mediana de idade de 53 anos (faixa: 24 a 71); 63% dos pacientes eram brancos; 33% eram negros/afroamericanos; 1% era asiático, e 18% eram hispânicos ou latinos. Sessenta e oito por cento dos pacientes apresentavam HCV genótipo 1a, 15% apresentavam HCV genótipo 1b, 8% apresentavam genótipo 2, 7% apresentavam genótipo 3 e 2% apresentavam genótipo 4. Dezesseis por cento dos pacientes apresentavam cirrose compensada e 45% dos pacientes apresentavam fibrose hepática F3 e F4 (calculado usando a pontuação do Fibrotest); 73% dos pacientes apresentavam IL-28B rs 12979860 genótipo não-CC. Terapia concomitante para HIV incluiu regimes baseados em IPs para 46% dos pacientes, regimes baseados em ITRNNs para 26% dos pacientes e outros regimes para 27% dos pacientes.
A taxa de RVS foi de 96% (68/71) para pacientes virgens de tratamento com HCV genótipo 1a, 97% (32/33) para pacientes previamente tratados com genótipo 1a e 100% para os 23 pacientes com genótipo 1b. Taxa de 100% de RVS foi também alcançada em 13 pacientes com genótipo 2, 10 pacientes com genótipo 3 e 3 pacientes com genótipo 4. Para os pacientes que apresentavam fibrose hepática F3 e F4, o tratamento de 12 semanas de Daclatasvir (substância ativa) com sofosbuvir resultou em um RVS de 98% (40/41) para os pacientes virgens de tratamento e 96% (27/28) para os pacientes previamente tratados. As taxas de RVS em negros/afroamericanos foi de 98% (49/50). Os resultados do tratamento são apresentados na Tabela 5:
Tabela 5: Resultados do tratamento, estudo ALLY-2, Daclatasvir (substância ativa) em combinação com sofosbuvir por 12 semanas em pacientes coinfectados com HCV/HIV
Parâmetro | Virgens de tratamento | Previamente tratados |
RVSa | 98 (97%) | 51 (98%) |
Resultado para pacientes sem RVS | ||
Escape virológicob | 0 | 0 |
Detectável no final do tratamento | 1 (1%) | 0 |
Recidivab | 1/100 (1%) | 1/52 (2%) |
Dados pós-tratamento ausentes | 1/100 (1%) | 0 |
a Pacientes com dados ausentes na Semana 12 de acompanhamento foram considerados como respondedores se a próxima quantificação disponível de RNA de HCV foi lt;LLOQ.
b Escape virológico foi definido como aumento confirmado da carga viral de pelo menos 1 log10 em relação ao nadir ou qualquer RNA de HCV confirmado ? LLOQ após declinio prévio para lt;LLOQ. Recidiva foi definida como RNA de HCV ? LLOQ durante o acompanhamento após RNA de HCV indetectável no final do tratamento.
Daclatasvir (substância ativa) em combinação com sofosbuvir e ribavirina em pacientes com cirrose avançada ou com recorrência de HCV pós-transplante hepático
A eficácia e segurança de Daclatasvir (substância ativa) em pacientes com cirrose avançada (classes Child-Pugh A, B ou C) ou com recorrência de HCV pós-transplante hepático foram avaliadas em um estudo aberto com sofosbuvir e ribavirina (ALLY-1, AI44215) que incluiu 113 pacientes com infecção crônica por HCV e cirrose avançada (n=60) ou recorrência de HCV pós-transplante hepático (n=53). Pacientes com infecção por HCV genótipo 1, 2, 3, 4, 5, ou 6 foram elegíveis para o estudo. Pacientes receberam Daclatasvir (substância ativa) 60 mg uma vez ao dia, sofosbuvir 400 mg uma vez ao dia e ribavirina por 12 semanas e foram monitorados por 24 semanas após o tratamento. A dose inicial recomendada de ribavirina foi de 600 mg uma vez ao dia com alimentação, podendo ser modificada baseada nos valores de hemoglobina e clearance de creatinina. Se tolerada, a dose de ribavirina poderia ser titulada até 1000 mg/dia.
Os 113 pacientes tratados no ALLY-1 tinham uma mediana de idade de 59 anos (faixa: 19-82); 67% dos pacientes eram homens, 96% eram brancos, 4% eram negros e 1% era asiático. A maioria dos pacientes (60%) era previamente tratada e a maioria (71%) tinha um nível de RNA de HCV inicial maior ou igual a 800.000 IU/mL. Cinquenta e oito por cento dos pacientes tinham HCV genótipo 1a, 19% tinham HCV genótipo 1b, 4% tinham genótipo 2, 15% tinham genótipo 3, 4% tinham genótipo 4 e 1% tinha genótipo 6. Dentre os 60 pacientes participantes do coorte de cirróticos, 20% eram Child-Pugh A, 53% eram Child-Pugh B e 27% eram Child-Pugh C. A maioria (55%) dos 53 pacientes no coorte de pós-transplante tinham fibrose F3 ou F4 (baseado nos resultados do FibroTest). Dos 113 pacientes, 23% tinham IL-28B rs 12979860 genótipo CC.
Os resultados de RVS bem como os desfechos em pacientes sem RVS do estudo ALLY-1 estão demonstrados por população na Tabela 6:
Tabela 6: Desfechos do tratamento no ALLY-1: Daclatasvir (substância ativa) em combinação com sofosbuvir e ribavirina em pacientes com cirrose avançada ou com recorrência de HCV pós-transplante hepático
Desfechos do tratamento | Cirrose avançada | Pós-transplante |
RVS Todos | 50 (83%) | 50 (94%) |
Desfechos para pacientes sem RVS HCV de RNA detectável no final do tratamento Recorrênciaa | 1 (2%) | 0 3 (6%) |
a Taxas de recorrência são calculadas com denominador de pacientes com RNA de HCV não detectável no final do tratamento.
As taxas de RVS foram 82% (37/45) para pacientes com cirrose avançada com genótipo 1; 91% (10/11) Child-Pugh A, 92% (22/24) Child-Pugh B e 50% (5/10) Child-Pugh C. Para os pacientes pós-transplantados com genótipo 1, RVS foi 95% (39/41). Para o genótipo 3, taxas de RVS foram de 83% (5/6) para os pacientes com cirrose avançada e 91% (10/11) para os pacientes pós-transplantados. Para os genótipos 2, 4 e 6, as taxas de RVS foram 89% (8/9) para os pacientes com cirrose avançada e 100% (1/1, genótipo 6) para o paciente pós-transplantado.
As taxas de RVS foram comparáveis independentemente da idade, raça, sexo, estado do alelo IL28B ou nível basal de RNA de HCV. No coorte de cirróticos, 4 pacientes com carcinoma hepatocelular foram submetidos a transplante hepático após 1-71 dias de tratamento; 3 de 4 pacientes receberam 12 semanas de extensão de tratamento pós-transplante com Daclatasvir (substância ativa)/sofosbuvir/ribavirina e 1 paciente tratado por 23 dias antes do transplante, não recebeu extensão de tratamento. Todos os 4 pacientes atingiram RVS12.
Acompanhamento em longo prazo
Existem dados limitados disponíveis de um estudo de acompanhamento em andamento para avaliar a durabilidade da resposta até 3 anos após o tratamento com Daclatasvir (substância ativa) nos estudos de Fase 2 e 3. Entre os 287 pacientes que obtiveram RVS12 com Daclatasvir (substância ativa), alfapeginterferona e ribavirina com uma duração mediana do acompanhamento pós-RVS12 de aproximadamente 22 meses, 1% (4) dos pacientes apresentou recidiva.
Não houve recidiva entre os 28 pacientes que obtiveram RVS12 com Daclatasvir (substância ativa) e sofosbuvir (± ribavirina) com uma duração mediana de acompanhamento pós-RVS12 de aproximadamente 14,5 meses.
Características Farmacológicas
Farmacodinâmica
O efeito de 60 mg e 180 mg de Daclatasvir (substância ativa) sobre o intervalo QTc foi avaliado em um estudo QT completo, randomizado, parcialmente cego, controlado por placebo e com controle positivo em 56 indivíduos saudáveis. Doses únicas de 60 mg ou 180 mg de Daclatasvir (substância ativa) não tiveram um efeito clinicamente relevante sobre o intervalo QTc corrigido pelo método de Fridericia (QTcF). Não houve uma relação importante entre o aumento da concentração plasmática de Daclatasvir (substância ativa) e a alteração do intervalo QTc, QRS ou PR. Espera-se que uma dose de 180 mg de Daclatasvir (substância ativa) inclua as maiores concentrações plasmáticas esperadas do ponto de vista clínico.
Mecanismo de Ação
Daclatasvir (substância ativa) é um inibidor altamente seletivo do complexo de replicação NS5A do HCV.
Farmacocinética
As propriedades farmacocinéticas de Daclatasvir (substância ativa) foram avaliadas em indivíduos adultos saudáveis e em indivíduos com infecção crônica por HCV. Após doses orais múltiplas de 60 mg de Daclatasvir (substância ativa) uma vez ao dia em combinação com alfapeginterferona e ribavirina em indivíduos infectados por HCV, a média geométrica do Cmáx(CV%) de Daclatasvir (substância ativa) correspondeu a 1.534 (58) ng/mL, a AUC0-24h foi de 14.122 (70) ng•h/mL e Cmín correspondeu a 232 (83) ng/mL.
Absorção e biodisponibilidade
Daclatasvir (substância ativa) administrado como comprimido foi rapidamente absorvido após múltiplas doses orais, com as concentrações plasmáticas máximas ocorrendo entre 1 e 2 horas. A Cmáx, a AUC e a Cmín de Daclatasvir (substância ativa) aumentaram de um modo proporcional à dose. O estado de equilíbrio foi alcançado após 4 dias de administração uma vez ao dia. Com a dose de 60 mg, a exposição a Daclatasvir (substância ativa) foi semelhante entre indivíduos saudáveis e infectados por HCV.
Estudos in vitro com células Caco-2 humanas indicaram que Daclatasvir (substância ativa) é um substrato de P-gp. A biodisponibilidade absoluta da formulação em comprimido corresponde a 67%.
Efeito de alimentos sobre a absorção oral
Em indivíduos saudáveis, a administração de um comprimido de 60 mg de Daclatasvir (substância ativa) após uma refeição rica em gordura (aproximadamente 1.000 kcal, aproximadamente 50% derivados de gordura) diminuiu a Cmáx e a AUC de Daclatasvir (substância ativa) em 28% e 23%, respectivamente, em comparação com a administração em condições de jejum. A administração do comprimido de 60 mg de Daclatasvir (substância ativa) após uma refeição leve (aproximadamente 275 kcal, aproximadamente 15% derivado de gordura) não reduziu a exposição a Daclatasvir (substância ativa).
Distribuição
Em estado de equilíbrio, a ligação a proteínas de Daclatasvir (substância ativa) em indivíduos infectados por HCV correspondeu a aproximadamente 99% e foi independente da dose na faixa posológica estudada (1 mg a 100 mg). Em indivíduos que receberam o comprimido de 60 mg de Daclatasvir (substância ativa) por via oral seguido de uma dose intravenosa de 100 ?g de [13C,15N] de Daclatasvir (substância ativa), o volume de distribuição estimado no estado de equilíbrio correspondeu a 47 L. O Daclatasvir (substância ativa) é um inibidor de P-gp, OATP 1B1 e BCRP. O Daclatasvir (substância ativa) in vitro é um inibidor dos transportadores de captação renal, transportadores de ânions orgânicos (OAT) 1 e 3, e OCT2, mas não é esperado que tenha um efeito clínico na farmacocinética dos substratos destes transportadores.
Metabolismo
Estudos in vitro demonstraram que Daclatasvir (substância ativa) é um substrato de CYP3A, sendo que CYP3A4 é a principal isoforma de CYP responsável pelo metabolismo. Nenhum metabólito circulou em níveis acima de 5% da concentração original.
Eliminação
Após a administração oral de uma dose única de 14C-Daclatasvir (substância ativa) a indivíduos saudáveis, 88% da radioatividade total foi recuperada nas fezes (53% como medicamento inalterado) e 6,6% foram excretados na urina (principalmente como medicamento inalterado). Após a administração de doses múltiplas de Daclatasvir (substância ativa) a indivíduos infectados por HCV, a meia-vida de eliminação terminal de Daclatasvir (substância ativa) variou de 12 a 15 horas. Em indivíduos que receberam o comprimido de 60 mg de Daclatasvir (substância ativa) por via oral seguido de uma dose intravenosa de 100 ?g de [13C, 15N]-Daclatasvir (substância ativa), o clearance total correspondeu a 4,24 L/h.
Populações especiais
Insuficiência renal
Em comparação com indivíduos não infectados por HCV com função renal normal [clearance de creatinina (CLcr) de 90 mL/min, definido usando a fórmula de Cockcroft-Gault para CLcr], foi estimado que a AUC de Daclatasvir (substância ativa) seria 26%, 60% e 80% mais alta em indivíduos com valores de CLcr de 60, 30 e 15 mL/min, respectivamente. Foi estimado que a AUC de Daclatasvir (substância ativa) não ligado seria 18%, 39% e 51% maior em indivíduos com valores de CLcr de 60, 30 e 15 mL/min, respectivamente, em relação a indivíduos com função renal normal). Indivíduos com doença renal em estágio terminal que necessitam de hemodiálise apresentaram um aumento de 27% na AUC de Daclatasvir (substância ativa) e um aumento de 20% na AUC não ligada em comparação com indivíduos com função renal normal. Em uma análise farmacocinética populacional em indivíduos infectados por HCV com insuficiência renal leve a moderada, CLcr foi identificado como uma covariável estatisticamente significativa, com exposições mais altas em indivíduos com insuficiência renal moderada; contudo, é improvável que a magnitude do efeito influencie os parâmetros farmacocinéticos de Daclatasvir (substância ativa) de um modo clinicamente expressivo.
Insuficiência hepática
As propriedades farmacocinéticas de Daclatasvir (substância ativa) após uma dose única de 30 mg foram estudadas em indivíduos não infectados por HCV com insuficiência hepática leve (Child-Pugh A), moderada (Child-Pugh B) e grave (Child-Pugh C) em comparação com indivíduos sem insuficiência hepática. A Cmáx e a AUC de Daclatasvir (substância ativa) total (medicamento livre e ligado a proteínas) foram menores em indivíduos com insuficiência hepática; contudo, a insuficiência hepática não apresentou um efeito clinicamente significativo sobre as concentrações de Daclatasvir (substância ativa) como medicamento livre.
População geriátrica
A análise farmacocinética populacional de dados dos estudos clínicos indicou que a idade não teve um efeito aparente sobre a farmacocinética de Daclatasvir (substância ativa).
População pediátrica e adolescente
A farmacocinética de Daclatasvir (substância ativa) não foi avaliada em pacientes pediátricos.
Sexo
A análise farmacocinética populacional de dados dos estudos clínicos identificou sexo como uma covariável estatisticamente significativa para o clearance oral aparente de Daclatasvir (substância ativa) (CL/F), em indivíduos do sexo feminino que apresentam CL/F mais baixo, porém a magnitude do efeito sobre a exposição a Daclatasvir (substância ativa) não é clinicamente importante.
Raça
A análise farmacocinética populacional dos dados dos estudos clínicos identificou raça como uma covariável estatisticamente significativa para o clearance oral aparente de Daclatasvir (substância ativa) (CL/F) e o volume de distribuição aparente (Vc/F), resultando em exposições ligeiramente mais altas em indivíduos negros em comparação com indivíduos caucasianos, porém a magnitude do efeito sobre a exposição a Daclatasvir (substância ativa) não é clinicamente importante.
Microbiologia
Mecanismo de Ação
Daclatasvir (substância ativa) é um inibidor de NS5A, uma proteína multifuncional que é um componente essencial do complexo de replicação do HCV. Daclatasvir (substância ativa) inibe a replicação do RNA viral e a montagem do vírion.
Dados in vitro e de modelagem computadorizada indicam que Daclatasvir (substância ativa) interage com a terminação N no Domínio 1 da proteína, o que pode causar distorções estruturais que interferem nas funções de NS5A.
Atividade antiviral
Daclatasvir (substância ativa) é um inibidor de comprimento total e replicons quiméricos que codificam sequências NS5A de isolados clínicos representanto os genótipos de 1-6 do HCV. Daclatasvir (substância ativa) teve mediana de valores de EC50 de 0,008nM (intervalo de 0,002-0,03 nM, n=35); 0,002 nM (intervalo de 0,0007-0,006 nM, n=30); 0,008 nM (intervalo de 0,005 a 0,02 nM, n=5); 0,2 nM (intervalo de 0,006-3,2 nM, n=17); e 0,003 nM (intervalo de 0,001-0,007 nM, n=4); contra os replicons híbridos contendo sequências de NS5A derivadas do indivíduo de genótipos 1a, 1b, 2, 3 e 4, respectivamente, sem polimorfismos associados à resistência a Daclatasvir (substância ativa) em NS5A detectáveis nas posições dos aminoácidos 28, 30, 31 ou 93. A atividade de Daclatasvir (substância ativa) foi reduzida contra os replicons derivados do indivíduo dos genótipos 1a, 1b, 2, 3 e 4 com polimorfismos associados à resistência nas posições 28, 30, 31 ou 93, com valores medianos de EC50 de 76 nM (intervalo de 4,6-2409 nM, n=5); 0,05 nM (intervalo de 0,002-10 nM, n=12); 17,5 nM (intervalo de 0,3-60 nM, n=16), 1835 nM (intervalo de 1,3-gt;5000 nM, n=8); 0,035 nM (intervalo de 0,007- 158 nM, n=10). A mediana dos valores de EC50 de replicons híbridos de NS5A derivados do indivíduo de Daclatasvir (substância ativa) de genótipo 5 foi de 0,004 nM (intervalo de 0,003-0,0019 nM, n=3) enquanto os valores de EC50 contra um único replicon derivado de HCV de genótipo 6 foi 0.054 nM.
Daclatasvir (substância ativa) exibiu interações aditivas a sinérgicas com interferon alfa, inibidores da protease NS3 do HCV, inibidores dos análogos nucleosídeos de NS5B de HCV e inibidores não nucleosídeos de NS5B de HCV em estudos de atividade viral em cultura de células combinados usando o sistema de replicon celular para HCV.
Resistência
Em cultura celular
Substituições conferindo resistência a Daclatasvir (substância ativa) nos genótipos 1-6 de HCV foram selecionadas no sistema de replicon celular e observadas na região do aminoácido N-terminal 100 de NS5A. A análise fenotípica de linhas de células de replicons estáveis do genótipo 1a mostrou que replicons variantes contendo substituições identificadas no genótipo 1a em M28T, Q30H, Q30R, L31V, e Y93C exibiram redução de susceptibilidade ao Daclatasvir (substância ativa) ? 500-vezes.
Para o genótipo 1b, as combinações de L31M/Y93H e L31V/Y93H exibiram redução de suscetibilidade ao Daclatasvir (substância ativa) ?8000-vezes.
Para o genótipo 2a, substituições em F28S, C92R e Y93H exibiram redução da suscetibilidade ao Daclatasvir (substância ativa) ? 470 vezes, enquanto para o genótipo 3a, Y93H exibiu redução da suscetibilidade ao Daclatasvir (substância ativa) em 2738 vezes. Para o genótipo 4a, R30G/S ou L30H/R ou Y93H/R identificados nos replicões de genótipo 4a exibiram susceptibilidade ao Daclatasvir (substância ativa) ? 143 vezes. Para o genótipo 5a, as combinações de L31F/K56R e L31V/K56R exibiram redução da suscetibilidade ao Daclatasvir (substância ativa) gt; 6000 vezes. Para o genótipo 6a, L31M, P32L, P32S e T58N exibiram redução da suscetibilidade ao Daclatasvir (substância ativa) ? 382 vezes.
Resistência cruzada
Replicons de HCV expressando substituições de resistência associadas a Daclatasvir (substância ativa) permaneceram completamente sensíveis a alfainterferona e a outros agentes anti-HCV com mecanismos de ação diferentes, como inibidores da protease de NS3 e da polimerase NS5B (nucleosídeos e não nucleosídeos).
Em estudos clínicos
Efeito de polimorfismos na linha basal de HCV sobre a resposta ao tratamento
Foram conduzidas análises para explorar a associação entre substituições na linha basal de aminoácidos NS5A de ocorrência natural (polimorfismos) e o resultado terapêutico. O impacto do polimorfismo de NS5A é específico para o regime.
Daclatasvir (substância ativa), alfapeginterferona e ribavirina:
Polimorfismos de NS5A pré-tratamento que sabidamente conferem perda da suscetibilidade a Daclatasvir (substância ativa) in vitro (genótipo 1a: M28T, Q30H/R, L31M/V, Y93H/N; genótipo 1b: L31M, Y93C/H; genótipo 4: L28M, L30R, M31V) foram observados em 9/125 (7%) dos pacientes virgens de tratamento com genótipo 1a de HCV, 8/50 (16%) com genótipo 1b de HCV e 57/94 (61%) de genótipo 4. A maioria dos pacientes [5/9 (56%) para o genótipo 1a, 6/8 (75%) para o genótipo 1b e 52/57 (91%) para genótipo 4] com esses polimorfismos associados à resistência em NS5A antes do tratamento obteve RVS.
Daclatasvir (substância ativa) e sofosbuvir:
Em uma análise dos estudos de Fase 2 e 3 em que os pacientes receberam Daclatasvir (substância ativa) e sofosbuvir com ou sem ribavirina por 12 ou 24 semanas, os polimorfismos basais em NS5a em posições de aminoácidos relacionadas com a resistência ao Daclatasvir (substância ativa) (28, 30, 31 ou 93) foram detectados em 19% dos pacientes (116/605) (32/295 de genótipo 1a, 15/75 de genótipo 1b, 33/36 de genótipo 2, 31/192 de genótipo 3, 4/6 de genótipo 4 e 1/1 de genótipo 6) com sequência basal de NS5A disponível. Este polimorfismos em NS5A incluíram M28T/V, Q30E/H/L/R, L31M ou Y93C/H/L/N/S em pacientes com genótipo 1a; R30K/M/Q, L31M ou Y93H e pacientes com genótipo 1b, F28L ou L31M em pacientes com genótipo 2; M28V, A30E/K/S/T/V, L31 ou Y93H em pacientes com genótipo 3; L28M ou L30R em pacientes com genótipo 4; e F28M/V e R30S em pacientes com genótipo 6.
No geral, as taxas de RVS12 para pacientes com ou sem polimorfismo basal em NS5A em 28, 30, 31 ou 93 foram 88% (102/116) e 96% (469/189), respectivamente (veja Tabela 7). Em pacientes sem cirrose, as taxas de SVR12 em pacientes com e sem polimorfismos basais de NS5A foram altas: 95% (83/87) e 99% (350/353), respectivamente. Em pacientes com cirrose, as taxas de RVS12 com e sem polimorfismos basais em NS5A foram 53% (11/21) e 85% (77/91), respectivamente. Polimorfismos em NS5A específicos para 10 pacientes com cirrose que falharam foram: M28T (n = 1), L31M (n = 2, ambos Child-Pugh B) e Y93N (n = 1) em pacientes com genótipo 1a; A30K (n = 1), Y93H (n = 3) e A30T (n = 1) em pacientes com genótipo 3; e L31M (n = 1, Child-Pugh C) em um paciente com genótipo 2. Todas as substituições em NS5A descritas em genótipo 1a, genótipo 2 e genótipo 3 conferiram uma redução maior que 100 vezes na atividade do Daclatasvir (substância ativa) in vitro, exceto para A30T o qual foi detectado somente no basal e não na falha. Para os 14 pacientes com cirrose que falharam sem polimorfismos em NS5A no basal, 6 pacientes tinham doença hepática Child-Pugh C.
A substituição em S282T associada à resistência ao sofosbuvir não foi detectada na sequência basal de NS5B de nenhum dos pacientes dos estudos de Fase 2 e 3 por sequenciamento baseado na população.
Tabela 7: Impacto dos polimorfismos em NS5A basais (nas posições 28, 30, 31 ou 93 dos aminoácidos) na Resposta de RVS12 em Pacientes Com/Sem cirrose no período basal tratados com Daclatasvir (substância ativa) e sofosbuvir com/sem ribavirina por 12 ou 24 semanas.
Taxas de RVS12 em Pacientes com Sequências de NS5A
| ||
Com Polimorfismos em NS5A Percebidos no Período Basala | Sem Polimorfismos em NS5A Percebidos no Período Basal | |
Geralb | 102/116 (88%) | 469/489 (96%) |
Pacientes com Cirrose Genótipo 1a |
11/21 (52%) |
77/91 (85%) |
Pacientes sem Cirrose Genótipo 1a |
83/87 (95%) | 350/353 (99%) |
a Dois pacientes com cirrose (1 de genótipo 3 e 1 de genótipo 4) cada um com cirrose Child-Pugh C que receberam Daclatasvir (substância ativa) e sofosbuvir com ribavirina foram classificados como falhas não-virológicas devido aos dados não estarem disponíveis para a análise integrada embora eles tenham atingido RVS12; ambos os pacientes tinham polimorfismos em NS5A no período basal (genótipo 3; A30K; genótipo 4: L28M) e não foram incluídos nesta análise;
b Para 53 pacientes após transplante hepático tratados com Daclatasvir (substância ativa) e sofosbuvir ± ribavirina por 12 semanas, a presença de polimorfismos em NS5A no período basal (em 28, 30, 31 ou 93) não pareceu impactar as taxas de resposta já que todos os pacientes (n=8) com estes polimorfimos atingiram RVS12. A linha de geral total da tabela inclui esta população de pacientes, mas eles não foram incluídos nas linhas para pacientes com e sem cirrose.
Substituições de resistência em pacientes que não obtiveram RVS
Daclatasvir (substância ativa), alfapeginterferona e ribavirina:
Entre os 210 pacientes (153 com genótipo 1a e 57 com genótipo 1b) virgens de tratamento e sem resposta anterior que apresentaram insucesso terapêutico, em geral emergiram variantes associadas à resistência em NS5A (139/153 para genótipo 1a e 49/57 para genótipo 1b).
As variantes de NS5A detectadas com mais frequência incluíram Q30E ou Q30R em combinação com L31M. A maioria dos insucessos com o genótipo 1a apresentou variantes de NS5A emergentes, detectadas em Q30 (127/139 [91%] dos pacientes) e a maioria de insucessos com o genótipo 1b apresentou variantes de NS5A emergentes detectadas em L31 (37/49 [76%]) e/ou Y93H (34/49 [69%]). Essas variantes NS5A foram detectadas juntas em 36/49 (74%) dos pacientes no momento do insucesso e surgiram juntas (25/36 [69%] dos pacientes com L31M/V-Y93H) ou, se uma surgisse, a outra era preexistente (11/36 [31%] dos pacientes).
Daclatasvir (substância ativa) e sofosbuvir:
Em uma análise de 629 pacientes que receberam Daclatasvir (substância ativa)/sofosbuvir com ou sem ribavirina em estudos de Fase 2 e 3, 44 pacientes (19 com genótipo 1a, dois com genótipo 1b, dois com genótipo 2 e 21 com genótipo 3) foram qualificados para análise de resistência devido à falha virológicas ou descontinuação do estudo e possuíam RNA de HCV maior que 1000 UI/mL.O sequenciamento após o período basal em NS5A e NS5B (cut-off do ensaio de 20%) foram disponíveis para 44/44 e 39/44 pacientes, respectivamente.
As variantes associadas à resistência a NS5A (RAVs) foram observadas em isolados após o período basal de 37/44 pacientes (13/19 com genótipo 1a, 1/2 com genótipo 1b, 2/2 com genótipo 2 e 21/21 com genótipo 3) não atingiram RVS.
Treze (68%) dos 19 pacientes com HCV de genótipo 1a que foram qualificados para os testes de resistência abrigavam 1 ou mais RAVs de NS5A nas posições M28, Q30, L31, H58 ou Y93. Cinco dos pacientes com genótipo 1a, também tinham doença hepática Child-Pugh C. Dois pacientes apresentavam as mesmas RAVs de NS5A no período basal e após o período basal (M28T ou Y93N). As susbtituições em Q30 foram mais frequentemente observadas (Q30/H/K/R; 10/19 [52,6%]). Dos dois pacientes com genótipo 1b que foram qualificados para testes de resistência, a deleção de NS5A-P32 foi observada em um paciente. Os dois pacientes com genótipo 2 que foram qualificados para testes de resistência apresentavam a mesma RAVs em NS5A no período basal e no período pós-basal (L31M). Dos 21 pacientes de genótipo 3 que foram qualificados para os testes de resistência, 21(100%) abrigavam um ou mais RAVs de NS5A nas posições 30, 31, 62 ou 93. As substituições em Y93 foram mais frequentemente observadas (17/21 [81%]) e foram observadas no período basal em 6 pacientes e somente após o período basal em 11 pacientes.
Entre os 7 pacientes que apresentavam RAVs de NS5A na falha, todos receberam Daclatasvir (substância ativa)/sofosbuvir poir 8 semanas. Todas as substituições em Q30 de genótipo 1a descritas, a deleção de P32 em genótipo 1b, L31M de genótipo 2 e Y93H de genótipo 3 conferiram redução da suscetibilidade ao Daclatasvir (substância ativa) in vitro (mudança nos valores de EC50 de 900 ou mais).
Persistência de substituições associadas à resistência
A persistência de substituições emergentes associadas à resistência em NS5A foi monitorada após o tratamento em pacientes que apresentaram insucesso terapêutico nos estudos clínicos de fase 2/3 com regimes contendo Daclatasvir (substância ativa). Em 133 pacientes virgens de tratamento e sem resposta anterior (103 de genótipo 1a e 30 de genótipo 1b) que não atingiram RVS24 e que foram monitorados por 48 semanas após o tratamento, as variantes associadas à resistência em NS5A genótipos 1a e 1b geralmente persistiram; a substituição por sequência selvagem foi detectada em 2/133 (2%, 2/103 de genótipo 1a e 0/30 de pacientes genótipo 1b) dos insucessos virológicos. Dados limitados sobre persistência de substituições associadas à resistência estão disponíveis no estudo ALLY-3.
Segurança não-clínica
Carcinogênese, mutagênese, prejuízo da fertilidade
Daclatasvir (substância ativa) não foi carcinogênico em camundongos com valores de AUC de 8,7 vezes a AUC da RHD ou em ratos com 4,7 vezes a AUC da RHD. Não foram observadas evidências de atividade mutagênica ou clastogênica em testes de mutagênese in vitro (Ames), ensaios de mutação em mamíferos usando células de ovário de hamster chinês ou um estudo de micronúcleo oral in vivo em ratos.
Daclatasvir (substância ativa) não teve efeito sobre a fertilidade em ratos machos ou fêmeas em qualquer dose testada. O valor mais alto de AUC em fêmeas não afetadas correspondeu a 18 vezes a AUC da RHD. Em ratos machos, os efeitos sobre desfechos reprodutivos foram limitados à redução dos pesos da próstata/vesículas seminais e a um aumento mínimo de espermatozoides dismórficos com 200 mg/kg/dia; contudo, nenhum achado afetou negativamente a fertilidade ou o número de conceptos viáveis gerados. A AUC associada a essa dose em machos correspondeu a 19 vezes a AUC da RHD.
Toxicologia animal
Em ratos jovens tratados com Daclatasvir (substância ativa) por 10 semanas, não houve novas toxicidades em relação às observadas em ratos adultos. A maior dose testada estava associada à hipertrofia da glândula adrenal, com valores de AUC correspondentes a 7,8 vezes a AUC da RHD. O valor de AUC no nível sem observação de efeito adverso (NOAEL) para toxicidade juvenil correspondeu a 3,1 vezes a AUC da RHD.
Cuidados de Armazenamento do Daklinza
Daklinza deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15° e 30ºC) por até 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: Vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Característica física
Daklinza 30 mg:
Comprimido revestido é verde, biconvexo, formato pentagonal com “BMS” gravado de um lado de “213” do outro lado.
Daklinza 60 mg:
Comprimido revestido de cor verde, biconvexo, formato pentagonal com “BMS” gravado em um lado e “215” gravado no outro lado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Daklinza
Reg. MS – 1.0180.0406
Responsável Técnico:
Dra. Elizabeth M. Oliveira – CRF-SP nº 12.529
Fabricado por:
AstraZeneca Pharmaceuticals LP
4601 Highway 62 East, Mount Vernon
Indiana – EUA
Embalado por:
Andersonbrecon Incorporated
4545 Assembly Drive, Rockford
IL – EUA
Importado por:
Bristol-Myers Squibb Farmacêutica Ltda.
Rua Verbo Divino, 1711
Chácara Santo Antônio – São Paulo – SP
CNPJ 56.998.982/0001-07
Sac: 0800 727 6160
Venda sob prescrição médica.