Tratamento de curto prazo das seguintes condições agudas:
- Estados dolorosos inflamatórios pós-traumáticos como, por exemplo, os causados por entorses;
- Dor e inflamação no pós-operatório como, por exemplo, após cirurgias ortopédicas ou odontológicas;
- Condições dolorosas e, ou inflamatórias em ginecologia como, por exemplo, dismenorreia primária ou anexite;
- Síndromes dolorosas da coluna vertebral;
- Reumatismo não articular;
- No tratamento da dor, da inflamação e da febre que acompanham os processos infecciosos de ouvido, nariz ou garganta como, por exemplo, nas faringoamigdalites e otites, respeitando os princípios terapêuticos gerais de que a doença básica deve ser adequadamente tratada. Febre isolada não é uma indicação.
Uso pediátrico (pacientes entre 1 e 14 anos de idade)
- Artrite Juvenil Crônica.
Para tratamento de pacientes abaixo de 14 anos estão disponíveis somente as apresentações em gotas e em suspensão.
Contraindicação do Diclofenaco Resinato – Biosintética
Este medicamento é contraindicado para:
- Hipersensibilidade conhecida à substância ativa ou a qualquer outro componente da formulação;
- Úlcera gástrica ou intestinal ativa, sangramento ou perfuração;
- No último trimestre de gravidez;
- Falência hepática;
- Falência renal;
- Insuficiência cardíaca grave;
Como outros agentes anti-inflamatórios não-esteroidais, o Diclofenaco Resinato (substância ativa) também é contraindicado em pacientes nos quais crises de asma, urticária ou rinite aguda são causadas pelo ácido acetilsalicílico ou por outros fármacos com atividade inibidora da prostaglandina-sintetase.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com falência hepática e falência renal.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência cardíaca grave.
No 3° trimestre este medicamento pertence à categoria de risco de gravidez D.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Como usar o Diclofenaco Resinato – Biosintética
Como uma recomendação geral, a dose deve ser individualmente ajustada.
As reações adversas podem ser minimizadas utilizando a menor dose efetiva no período de tempo mais curto necessário para controlar os sintomas.
As gotas devem ser ingeridas.
O Diclofenaco Resinato (substância ativa) gotas não é solúvel em água, sucos de frutas, leite, etc.
O frasco deve ser bem agitado por 1 minuto antes da abertura.
O número de gotas necessário deve ser contado em uma colher e o conteúdo da colher deve ser ingerido, preferencialmente durante as refeições.
Para administrar corretamente o medicamento, siga as instruções da figura a seguir
Agite bem antes de usar.
Utilize uma colher.
Posologia
População alvo geral
Estão disponíveis outras formas farmacêuticas para uso adulto. Entretanto, em alguns casos específicos o Diclofenaco Resinato (substância ativa) gotas pode ser indicado para uso adulto.
A dose inicial diária, neste caso, é de 100 a 150mg.
Em casos mais leves, 75 a 100mg diariamente geralmente são suficientes.
A dose total diária deve ser dividida em 2 a 3 ingestões separadas.
Posologia para populações especiais
Pacientes pediátricos
O Diclofenaco Resinato (substância ativa) gotas é particularmente adequado para uso pediátrico uma vez que pode-se ajustar a dose individualmente de acordo com o peso corpóreo da criança, conforme esquema terapêutico (1 gota = 0,5mg).
Crianças com um ano ou mais e adolescentes, dependendo da gravidade da afecção, devem receber doses diárias de 0,5 a 2mg por kg de peso corpóreo (1 a 4 gotas), divididas em duas a três ingestões.
Para adolescentes de 14 anos ou mais
75 a 100mg diariamente, divididos em 2 ou 3 tomadas, são geralmente suficientes.
A dose diária máxima de 150mg não deve ser excedida.
Pacientes geriátricos (pacientes com 65 anos ou mais)
Não é necessário ajuste da dose inicial para idosos.
Doença cardiovascular estabelecida ou fatores de risco cardiovascular significativos
O tratamento com Diclofenaco Resinato (substância ativa) geralmente não é recomendado em pacientes com doença cardiovascular estabelecida ou hipertensão não controlada.
Se necessário, pacientes com doença cardiovascular estabelecida, hipertensão não controlada, ou fatores de risco significativos para doenças cardiovasculares, devem ser tratados com Diclofenaco Resinato (substância ativa) somente após avaliação cuidadosa e somente para doses diárias ? 100mg, se tratado por mais do que 4 semanas.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência cardíaca grave.
Insuficiência renal
O Diclofenaco Resinato (substância ativa) é contraindicado a pacientes com insuficiência renal.
Não foram realizados estudos específicos em pacientes com insuficiência renal, portanto não pode ser feita recomendação no ajuste específico da dose.
Recomenda-se cautela quando este medicamento é administrado a pacientes com insuficiência renal leve a moderada.
Insuficiência hepática
O Diclofenaco Resinato (substância ativa) é contraindicado a pacientes com insuficiência hepática.
Não foram realizados estudos específicos em pacientes com insuficiência hepática, portanto não pode ser feita recomendação no ajuste específico da dose.
Recomenda-se cautela quando este medicamento é administrado a pacientes com insuficiência hepática leve a moderada.
Precauções do Diclofenaco Resinato – Biosintética
Efeitos gastrintestinais
Sangramento, ulcerações ou perfuração gastrintestinal, que podem ser fatais, foram relatados com todos os AINEs, incluindo diclofenaco, podendo ocorrer a qualquer momento durante o tratamento com ou sem sintomas de advertência ou história prévia de eventos gastrintestinais sérios. Estes, em geral, apresentam consequências mais sérias em pacientes idosos.
Se ocorrer sangramento ou ulceração gastrintestinal em pacientes recebendo Diclofenaco Resinato (substância ativa), o medicamento deve ser descontinuado.
Assim como com outros AINEs, incluindo diclofenaco, acompanhamento médico rigoroso é imprescindível e deve-se ter cautela particular quando prescrever este medicamento a pacientes com sintomas indicativos de distúrbios gastrintestinais ou histórico sugestivo de ulceração gástrica ou intestinal, sangramento ou perfuração.
O risco de sangramento gastrintestinal é maior com o aumento das doses de AINEs e em pacientes com histórico de úlcera, complicando particularmente em casos de hemorragia ou perfuração, e em pacientes idosos.
Para reduzir o risco de toxicidade gastrintestinal em pacientes com histórico de úlcera, complicando particularmente em casos de hemorragia ou perfuração, e em pacientes idosos, o tratamento deve ser iniciado e mantido com a menor dose eficaz.
Para estes pacientes, uma terapia concomitante com agentes protetores (ex.: inibidores da bomba de próton) deve ser considerada, e também para pacientes que precisam usar concomitantemente medicamentos com ácido acetilsalicílico em baixa dose ou outros medicamentos que podem aumentar o risco gastrintestinal.
Pacientes com histórico de toxicidade gastrintestinal, particularmente os idosos, devem reportar quaisquer sintomas abdominais não usuais (especialmente sangramento gastrintestinal).
Para pacientes tomando medicações concomitantes que podem aumentar o risco de ulceração ou sangramento, como por exemplo, corticoides sistêmicos, anticoagulantes, agentes antiplaquetários ou inibidores seletivos da recaptação de serotonina, recomenda-se cuidado especial ao usar Diclofenaco Resinato (substância ativa).
Acompanhamento médico estreito e cautela devem ser exercidos em pacientes com colite ulcerativa ou Doença de Crohn, uma vez que esta condição pode ser exacerbada.
Efeitos cardiovasculares
O tratamento com AINEs, incluindo o diclofenaco, particularmente em doses elevadas e de longa duração, pode ser associado com um pequeno aumento no risco de eventos trombóticos cardiovasculares graves (incluindo infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral).
O tratamento com este medicamento geralmente não é recomendado a pacientes com doença cardiovascular estabelecida (insuficiência cardíaca congestiva, doença cardíaca isquêmica, doença arterial periférica) ou hipertensão não controlada.
Se necessário, os pacientes com doença cardiovascular estabelecida, hipertensão não controlada, ou fatores de risco para doença cardiovascular (ex., hipertensão, hiperlipidemia, diabetes mellitus e tabagismo) devem ser tratados com Diclofenaco Resinato (substância ativa) só depois de cuidadosa avaliação e apenas em doses ? 100mg ao dia, quando o tratamento continuar por mais de 4 semanas.
Como os riscos cardiovasculares do diclofenaco podem aumentar com a dose e duração da exposição, a menor dose diária efetiva deve ser utilizada no menor período possível.
A necessidade do paciente para o alívio sintomático e a resposta à terapia deve ser reavaliada periodicamente, especialmente quando o tratamento continuar por mais de 4 semanas.
Os pacientes devem estar atentos para os sinais e sintomas de eventos aterotrombóticos sérios (ex., dor no peito, falta de ar, fraqueza, fala arrastada), que podem ocorrer sem avisos.
Os pacientes devem ser instruídos a procurar o médico imediatamente em caso de um evento como estes.
Efeitos hematológicos
O uso de Diclofenaco Resinato (substância ativa) é recomendado somente para tratamento de curta duração. Porém, se este medicamento for administrado por períodos prolongados, é aconselhável, como ocorre com outros AINEs, o monitoramento do hemograma.
Assim como outros AINEs, o Diclofenaco Resinato (substância ativa) pode inibir temporariamente a agregação plaquetária.
Os pacientes com distúrbios hemostáticos devem ser cuidadosamente monitorados.
Efeitos respiratórios (asma pré-existente)
Em pacientes com asma, rinites alérgicas sazonais, inchaço na mucosa nasal (ex.: pólipos nasais), doenças pulmonares obstrutivas crônicas ou infecções crônicas do trato respiratório (especialmente se relacionado a sintomas alérgicos como rinites), reações devido aos AINEs como exacerbação da asma (chamada como intolerância a analgésicos/asma induzida por analgésicos), edema de Quincke ou urticária, são mais frequentes que em outros pacientes.
Desta forma, recomenda-se precaução especial para estes pacientes (prontidão para emergência).
Esta recomendação aplica-se também a pacientes alérgicos a outras substâncias, como por exemplo, aparecimento de reações cutâneas, prurido ou urticária.
Efeitos hepatobiliares
Acompanhamento médico estreito é necessário quando prescrito Diclofenaco Resinato (substância ativa) a pacientes com função hepática debilitada, uma vez que esta condição pode ser exacerbada.
Do mesmo modo que com outros AINEs, incluindo diclofenaco, pode ocorrer elevação dos níveis de uma ou mais enzimas hepáticas.
Durante tratamentos prolongados com este medicamento, é recomendado o monitoramento constante da função hepática como medida preventiva.
Se os testes anormais para a função hepática persistirem ou piorarem, se os sinais e sintomas clínicos consistentes com a doença hepática se desenvolverem, ou se outras manifestações ocorrerem (ex. eosinofilia, rash), o Diclofenaco Resinato (substância ativa) deve ser descontinuado.
Hepatite poderá ocorrer com o uso de diclofenaco sem sintomas prodrômicos.
Deve-se ter cautela ao administrar este medicamento a pacientes com porfiria hepática, uma vez que o medicamento pode desencadear uma crise.
Reações cutâneas
Reações cutâneas sérias, algumas delas fatais, incluindo dermatite esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica foram relatadas muito raramente associadas ao uso de AINEs, incluindo Diclofenaco Resinato (substância ativa).
Os pacientes aparentemente tem maior risco para estas reações logo no início do tratamento, com o início da reação ocorrendo, na maioria dos casos, no primeiro mês de tratamento.
O Diclofenaco Resinato (substância ativa) deve ser descontinuado no primeiro aparecimento de rash cutâneo, lesões nas mucosas ou qualquer outro sinal de hipersensibilidade.
Assim como com outros AINEs, reações alérgicas incluindo reações anafiláticas/anafilactoides, podem também ocorrer em casos raros com diclofenaco, sem exposição prévia ao medicamento.
Efeitos renais
Efeitos renais como retenção de líquidos e edema foram reportados em associação à terapia com AINEs, incluindo diclofenaco, deve ser dedicada atenção especial a pacientes com deficiência da função cardíaca ou renal, história de hipertensão, pacientes idosos, pacientes sob tratamento concomitante com diuréticos ou outros medicamentos que podem impactar significativamente na função renal e àqueles com depleção substancial do volume extracelular de qualquer origem, por exemplo, nas condições pré ou pós-operatória no caso de cirurgias de grande porte.
Nestes casos, ao utilizar Diclofenaco Resinato (substância ativa), é recomendado o monitoramento da função renal como medida preventiva.
A descontinuação do tratamento é seguida pela recuperação do estado de pré-tratamento.
Interações com AINEs
O uso concomitante de Diclofenaco Resinato (substância ativa) com outros AINEs sistêmicos incluindo inibidores seletivos da COX-2 deve ser evitado devido ao potencial aumento de reações adversas.
Mascarando sinais de infecções
O Diclofenaco Resinato (substância ativa), assim como outros AINEs, pode mascarar os sinais e sintomas de infecção devido à suas propriedades farmacodinâmicas.
Pacientes idosos
Recomenda-se precaução em idosos por motivos médicos básicos.
Em particular, recomenda-se que a dose mais baixa eficaz seja utilizada em pacientes idosos debilitados ou naqueles com baixo peso corporal.
Crianças e adolescentes
O Diclofenaco Resinato (substância ativa) gotas somente é indicado para crianças acima de 1 ano de idade.
O diclofenaco não é indicado para crianças abaixo de 14 anos, com exceção de casos de artrite juvenil crônica. Neste caso de artrite juvenil crônica, somente estão disponíveis, para crianças a partir de 1 ano de idade, o Diclofenaco Resinato (substância ativa) suspensão oral (gotas).
Mulheres em idade fértil
Não há dados que sugerem quaisquer recomendações para as mulheres em idade fértil.
Gravidez
O uso de diclofenaco em mulheres grávidas não foi estudado. Desta forma, o Diclofenaco Resinato (substância ativa) não deve ser usado nos 2 primeiros trimestres de gravidez a não ser que o benefício esperado para mãe justifique o risco potencial para o feto.
Assim como outros AINEs, o uso do diclofenaco é contraindicado nos três últimos meses de gestação pela possibilidade de ocorrer inércia uterina e, ou fechamento prematuro do canal arterial.
Estudos em animais não demonstraram nenhum efeito prejudicial direto ou indireto na gravidez, no desenvolvimento embrionário/fetal, no nascimento ou no desenvolvimento pós-natal.
No 1° e 2° trimestres este medicamento pertence à categoria de risco de gravidez C.
No 3° trimestre este medicamento pertence à categoria de risco de gravidez D.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Lactação
Assim como outros AINEs, pequenas quantidades de diclofenaco passam para o leite materno. Desta forma, este medicamento não deve ser administrado durante a amamentação para evitar efeitos indesejáveis no recém-nascido.
Fertilidade
Assim como outros AINEs, o uso de Diclofenaco Resinato (substância ativa) pode prejudicar a fertilidade feminina e por isto, deve ser evitado por mulheres que estão tentando engravidar.
Para mulheres que tenham dificuldade de engravidar ou cuja fertilidade está sob investigação, a descontinuação deste medicamento deve ser considerada.
Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas
O uso de Diclofenaco Resinato (substância ativa) é improvável de afetar a capacidade de dirigir, operar máquinas ou fazer outras atividades que requeiram atenção especial.
Reações Adversas do Diclofenaco Resinato – Biosintética
As reações adversas a partir de estudos clínicos e/ou relatos espontâneos ou relatos da literatura estão listadas de acordo com o sistema de classe de órgãos do MedDRA.
Dentro de cada classe de órgão, as reações adversas estão listadas por frequência, com as reações mais frequentes primeiro.
Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade. Além disso, a categoria de frequência correspondente para cada reação adversa baseia-se na seguinte convenção (CIOMS III):
- Muito comum: gt;1/10;
- Comum: ? 1/100; lt; 1/10;
- Incomum: ? 1/1.000; lt; 1/100;
- Rara: ? 1/10.000; lt; 1/1.000;
- Muito rara: lt; 1/10.000.
As reações adversas a seguir incluem aquelas reportadas com este medicamento e/ou outras formas farmacêuticas contendo diclofenaco em uso por curto ou longo prazo.
Distúrbios do sangue e sistema linfático
Muito rara
Trombocitopenia, leucopenia, anemia (incluindo hemolítica e aplástica) e agranulocitose.
Distúrbios do sistema imunológico
Rara
- Reações de hipersensibilidade
- Reações anafiláticas;
- Anafilactoides (incluindo hipotensão e choque).
Muito rara
- Angioedema (incluindo edema facial).
Distúrbios psiquiátricos
Muito rara
- Desorientação;
- Depressão;
- Insônia;
- Pesadelos;
- Irritabilidade;
- Distúrbios psicóticos.
Distúrbios do sistema nervoso
Comum
- Cefaleia;
- Tontura.
Rara
- Sonolência.
Muito rara
- Parestesia;
- Distúrbios da memória;
- Convulsões;
- Ansiedade;
- Tremores;
- Meningite asséptica;
- Disgeusia;
- Acidente cerebrovascular.
Distúrbios oculares
Muito rara
- Comprometimento da visão;
- Visão borrada;
- Diplopia.
Distúrbios do labirinto e do ouvido
Comum
- Vertigem.
Muito rara
- Zumbido;
- Deficiência auditiva.
Distúrbios cardíacos
Incomum*
- Infarto do miocárdio;
- Insuficiência cardíaca;
- Palpitação;
- Dores no peito.
Distúrbios vasculares
Muito rara
- Hipertensão;
- Vasculite.
Distúrbios mediastinais, torácico e respiratório
Rara
- Asma (incluindo dispneia).
Muito rara
- Pneumonite.
Distúrbios do trato gastrintestinal
Comum
- Epigastralgia;
- Náusea;
- Vômito;
- Diarreia;
- Dispepsia;
- Cólicas abdominais;
- Flatulência;
- Diminuição do apetite;
- Irritação local.
Rara
- Gastrites;
- Sangramento gastrintestinal;
- Hematêmese;
- Diarreia sanguinolenta;
- Melena;
- Úlcera gastrintestinal (com ou sem sangramento ou perfuração).
Muito rara
- Colites (incluindo colite hemorrágica e exacerbação da colite ulcerativa ou doença de Crohn);
- Constipação;
- Estomatite aftosa;
- Glossite;
- Distúrbios esofágicos;
- Doença intestinal diafragmática
- Pancreatite.
Distúrbios hepatobiliares
Comum
- Elevação das transaminases.
Rara
- Hepatite;
- Icterícia;
- Distúrbios hepáticos.
Muito rara
- Hepatite fulminante;
- Necrose hepática;
- Insuficiência hepática.
Distúrbios da pele dos tecidos subcutâneos
Comum
- Rash.
Rara
- Urticária.
Muito rara
- Dermatite bolhosa;
- Eczema;
- Eritema;
- Eritema multiforme;
- Síndrome de Stevens-Johnson;
- Síndrome de Lyell (necrólise epidérmica tóxica);
- Dermatite esfoliativa;
- Alopecia;
- Reação de fotossensibilidade;
- Púrpura;
- Púrpura de Henoch-Schonlein alérgica;
- Prurido.
Distúrbios urinários e renais
Muito rara
- Insuficiência renal aguda;
- Hematúria;
- Proteinúria;
- Síndrome nefrótica;
- Nefrite tubulointersticial;
- Necrose papilar renal.
Distúrbios gerais e no local da administração
Rara
- Edema.
*A frequência reflete os dados do tratamento em longo prazo com uma dose elevada (150mg por dia).
Descrição das reações adversas selecionadas
Eventos aterotrombóticos
Dados de meta-análise e farmacoepidemiológicos apontam em relação a um pequeno aumento do risco de eventos aterotrombóticos (ex., infarto do miocárdio), associado ao uso de diclofenaco, particularmente em doses elevadas (150mg por dia) e durante tratamento a longo prazo.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.?
Interação Medicamentosa do Diclofenaco Resinato – Biosintética
As interações a seguir incluem aquelas observadas com Diclofenaco Resinato (substância ativa) gotas e/ou outras formas farmacêuticas contendo diclofenaco:
Interações observadas a serem consideradas
Inibidores potentes da CYP2C9
Recomenda-se precaução ao prescrever diclofenaco juntamente com inibidores potentes da CYP2C9 (como voriconazol), que poderia resultar em um significante aumento no pico de concentração plasmática e exposição ao diclofenaco, devido à inibição do metabolismo do diclofenaco.
Lítio
Se usados concomitantemente, diclofenaco pode elevar as concentrações plasmáticas de lítio. Neste caso, recomenda-se monitoramento do nível de lítio sérico.
Digoxina
Se usados concomitantemente, diclofenaco pode elevar as concentrações plasmáticas de digoxina. Neste caso, recomenda-se monitoramento do nível de digoxina sérica.
Diuréticos e agentes anti-hipertensivos
Assim como outros AINEs, o uso concomitante de diclofenaco com diuréticos ou anti-hipertensivos (ex.: beta-bloqueadores, inibidores da ECA), pode diminuir o efeito anti-hipertensivo.
Desta forma, esta combinação deve ser administrada com cautela e pacientes, especialmente idosos, devem ter sua pressão sanguínea periodicamente monitorada.
Os pacientes devem estar adequadamente hidratados e deve-se considerar o monitoramento da função renal após o início da terapia concomitante e periodicamente durante o tratamento, particularmente para diuréticos e inibidores da ECA devido ao aumento do risco de nefrotoxicidade.
Ciclosporina
Diclofenaco, assim como outros AINEs, pode aumentar a toxicidade nos rins, causada pela ciclosporina, devido ao seu efeito nas prostaglandinas renais.
Desta forma, diclofenaco deve ser administrado em doses inferiores àquelas usadas em pacientes que não estão em tratamento com ciclosporina.
Medicamentos conhecidos por causar hipercalemia
Tratamento concomitante com diuréticos poupadores de potássio, ciclosporina, tacrolimo ou trimetoprima podem estar associados com o aumento dos níveis séricos de potássio, o qual deve ser monitorado frequentemente.
Antibacterianos quinolônicos
Houve relatos isolados de convulsões que podem estar associadas ao uso concomitante de quinolonas e AINEs.
Interações previstas a serem consideradas
Outros AINEs e corticoides
A administração concomitante de diclofenaco e outros AINEs sistêmicos ou corticoides, pode aumentar a frequência de efeitos gastrintestinais indesejáveis.
Anticoagulantes e agentes antiplaquetários
Deve-se ter cautela no uso concomitante uma vez que pode aumentar o risco de hemorragias.
Embora investigações clínicas não indiquem que diclofenaco possa afetar a ação dos anticoagulantes, existem casos isolados do aumento do risco de hemorragia em pacientes recebendo diclofenaco e anticoagulantes concomitantemente. Desta maneira, recomenda-se monitoramento próximo nestes pacientes.
Inibidores seletivos da recaptação da serotonina
A administração concomitante com AINEs sistêmicos, incluindo diclofenaco e inibidores seletivos da recaptação da serotonina, pode aumentar o risco de sangramento gastrintestinal.
Antidiabéticos
Estudos clínicos têm demonstrado que o diclofenaco pode ser administrado juntamente com agentes antidiabéticos orais sem influenciar em seus efeitos clínicos. Entretanto, existem relatos isolados de efeitos hipo e hiperglicemiantes, determinando a necessidade de ajuste posológico dos agentes antidiabéticos durante o tratamento com diclofenaco.
Por esta razão, o monitoramento dos níveis de glicose no sangue deve ser realizado como medida preventiva durante a terapia concomitante.
Fenitoína
Quando se utiliza fenitoína concomitantemente com o diclofenaco, o acompanhamento das concentrações plasmáticas de fenitoína é recomendado devido a um esperado aumento na exposição à fenitoína.
Metotrexato
Deve-se ter cautela quando AINEs, incluindo diclofenaco, são administrados menos de 24 horas antes ou após tratamento com metotrexato uma vez que pode elevar a concentração sérica do metotrexato, aumentando a sua toxicidade.
Indutores da CYP2C9
Cautela é recomendada na coprescrição de diclofenaco e indutores da CYP2C9 (tais como a rifampicina), o que poderia resultar em uma diminuição significativa plasmática e exposição do diclofenaco.
Ação da Substância Diclofenaco Resinato – Biosintética
Resultados da eficácia
Diversos estudos clínicos têm demonstrado que o diclofenaco potássico possui eficácia na redução das dores de crises de enxaqueca.
Doses únicas de 50 a 100mg de diclofenaco potássico aliviam enxaquecas e os efeitos do medicamento via oral pode ser observado após 90 minutos da ingestão.
O diclofenaco potássico em comprimidos de liberação imediata é indicado para tratamento de dor, quando um alívio rápido da dor é desejado.
Observou-se a eficácia do diclofenaco potássico em uma variedade de síndromes de dor, incluindo dor pós-operatórias (após cirurgias ginecológicas, orais ou ortopédicas), osteoartrite dos joelhos e dismenorreia primária.
Modelos de dose simples para dor incluem dor de dente (pós-extração do dente) e pós-cirurgia ginecológica, com eficácia do diclofenaco potássico de 50 e de 100mg comparados à aspirina 650mg, com uma duração prolongada de analgesia.
Modelos de doses múltiplas para dor incluiu pós-cirurgia ortopédica e dismenorreia primária. A dose inicial recomendada para a fórmula da liberação imediata é 50mg via oral a cada 8 horas.
Uma dose inicial de 100mg, seguida de 50mg a cada 8 horas, pode oferecer um alívio melhor para dores agudas recorrentes, como dismenorreia.
O diclofenaco tem efeito positivo especialmente na dor relativa à inflamação tecidual.
Diversos estudos demonstraram a diminuição do consumo de narcóticos devido ao decréscimo de dores pós-operatórias, quando foi administrado diclofenaco intramuscular, 75mg, uma ou duas vezes ao dia, ou a mesma dose, via endovenosa, em infusão de 5mg/hora.
O diclofenaco é efetivo na supressão dos sinais de inflamação pós-operatória.
Três doses diárias de diclofenaco, 50mg, aliviaram as dores e outros sinais da inflamação de diversos tipos de injúrias teciduais quando comparadas ao placebo em um estudo multicêntrico, duplo-cego com 229 pacientes.
Doses baixas de diclofenaco potássico (25mg) são melhores que placebo e semelhantes ao ibuprofeno no controle de febre, de 30 minutos a 6 horas após a administração, como observado em estudo multicêntrico, randomizado e duplo-cego com 356 pacientes.
Dores da coluna têm sua intensidade diminuída quando tratadas com diclofenaco, como demonstrou um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego entre 227 pacientes e em outro entre 124 pacientes tratados com doses de 25mg a 75mg por dia de diclofenaco potássico, administrado em múltiplas doses.
Estudos abertos e controlados demonstraram que anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), entre eles o diclofenaco, são efetivos no tratamento da cólica biliar.
Características Farmacológicas
Grupo farmacoterapêutico:
anti-inflamatórios e antirreumáticos não-esteroidais derivados do ácido acético e substâncias relacionadas.
Código ATC:
M01A B05.
Mecanismo de ação
Este medicamento contém o Diclofenaco Resinato (substância ativa), um composto não-esteroide com acentuadas propriedades antirreumática, analgésica, anti-inflamatória e antipirética.
O Diclofenaco Resinato (substância ativa) possui um rápido início de ação, o que o torna particularmente adequado para o tratamento de estados dolorosos e, ou inflamatórios agudos.
A inibição da biossíntese das prostaglandinas, demonstrada experimentalmente, é considerada fundamental no mecanismo de ação do diclofenaco.
As prostaglandinas desempenham papel importante na gênese da inflamação, dor e febre.
O Diclofenaco Resinato (substância ativa) in vitro, nas concentrações equivalentes àquelas alcançadas no homem, não suprime a biossíntese de proteoglicanos nas cartilagens.
Farmacodinâmica
Por meio de ensaios clínicos foi possível demonstrar que o Diclofenaco Resinato (substância ativa) exerce pronunciado efeito analgésico em estados dolorosos moderados ou graves.
Na presença de inflamação, por exemplo, causada por trauma ou após intervenção cirúrgica, o Diclofenaco Resinato (substância ativa) alivia rapidamente tanto a dor espontânea quanto a relacionada ao movimento e diminui o inchaço inflamatório e o edema do ferimento.
Farmacocinética
Absorção
O diclofenaco é completamente absorvido a partir da suspensão de resinato.
A absorção inicia-se imediatamente após a administração.
O pico da concentração plasmática de cerca de 0,9 mcg/mL (2,75 mcmol/L) é atingido em uma hora, após administração única das gotas em dose correspondendo a 50mg de diclofenaco potássico.
Como aproximadamente metade do diclofenaco é metabolizada durante sua primeira passagem pelo fígado (efeito de “primeira passagem”), a área sob a curva de concentração (AUC) após administração oral é cerca de metade daquela observada com uma dose parenteral equivalente.
O comportamento farmacocinético não se altera após administrações repetidas.
Não ocorre acúmulo desde que sejam observados os intervalos de dosagem recomendados.
Distribuição
99,7% do diclofenaco liga-se às proteínas séricas, predominantemente à albumina (99,4%).
O volume de distribuição aparente calculado é de 0,12-0,17 L/kg.
O diclofenaco penetra no fluído sinovial, onde as concentrações máximas são medidas de 2-4 horas após serem atingidos os valores de pico plasmático.
A meia-vida aparente de eliminação do fluido sinovial é de 3-6 horas.
Duas horas após atingidos os valores de pico plasmático, as concentrações da substância ativa já são mais altas no fluido sinovial que no plasma, permanecendo mais altas por até 12 horas.
O diclofenaco foi detectado em baixa concentração (100 ng/mL) no leite materno em uma lactante.
A quantidade estimada ingerida por uma criança que consuma leite materno é equivalente a uma dose de 0,03mg/kg/dia.
Biotransformação/metabolismo
A biotransformação do diclofenaco ocorre parcialmente por glicuronidação da molécula intacta, mas principalmente por hidroxilação e metoxilação simples e múltipla, resultando em vários metabólitos fenólicos (3’-hidroxi-, 4’-hidroxi-, 5- hidroxi-, 4’,5-dihidroxi- e 3’-hidroxi-4’-metoxi-diclofenaco), a maioria dos quais são convertidos a conjugados glicurônicos.
Dois desses metabólitos fenólicos são biologicamente ativos, mas em extensão muito menor que o diclofenaco.
Eliminação
O clearance (depuração) sistêmico total do diclofenaco do plasma é de 263 ± 56mL/min (valor médio ± DP).
A meia-vida terminal no plasma é de 1-2 horas.
Quatro dos metabólitos, incluindo os dois ativos, também têm meia-vida plasmática curta de 1-3 horas.
Um metabólito, 3’-hidroxi-4’-metoxi-diclofenaco, tem meia-vida plasmática mais longa. Entretanto, esse metabólito é virtualmente inativo.
Cerca de 60% da dose administrada é excretada na urina como conjugado glicurônico da molécula intacta e como metabólitos, a maioria dos quais são também convertidos a conjugados glicurônicos.
Menos de 1% é excretada como substância inalterada. O restante da dose é eliminado como metabólitos através da bile nas fezes.
Linearidade/não linearidade
A quantidade absorvida é linearmente proporcional ao tamanho da dose.
Populações especiais
Idosos
Não foram observadas diferenças idade-dependentes relevantes na absorção, metabolismo ou excreção do fármaco.
Insuficiência renal
Em pacientes com insuficiência renal não se pode inferir, a partir da cinética de dose-única, o acúmulo da substância ativa inalterada quando se aplica o esquema normal de dose.
A um clearance (depuração) de creatina lt; 10mL/min, os níveis plasmáticos de steady-state (estado de equilíbrio) calculados dos hidroximetabólitos são cerca de 4 vezes maiores que em indivíduos normais. Entretanto, os metabólitos são, ao final, excretados através da bile.
Insuficiência hepática
Em pacientes com hepatite crônica ou cirrose não descompensada, a cinética e metabolismo do diclofenaco é a mesma que em pacientes sem doença hepática.
Dados de segurança pré-clínicos
Dados pré-clínicos de estudos de toxicidade com doses agudas ou repetidas, bem como estudos de genotoxicidade, mutagenicidade e carcinogenicidade com diclofenaco revelaram que diclofenaco nas doses terapêuticas recomendadas não causa nenhum dano específico para humanos.
Em estudos pré-clínicos padrão com animais, não houve nenhuma evidência de que diclofenaco possui potencial efeito teratogênico em camundongos, ratos e coelhos.
O diclofenaco não influencia a fertilidade das matrizes (ratos). Exceto por efeitos fetais mínimos em doses maternais tóxicas.
O desenvolvimento pré, perinatal e pós-natal da prole também não foi afetado.
A administração de AINEs (incluindo diclofenaco) inibiu a ovulação em coelhos, a implantação e placentação em ratos e levou ao fechamento prematuro do canal arterial em ratas grávidas.
Doses maternais tóxicas de diclofenaco foram associadas com distocia, gestação prolongada, diminuição da sobrevivência fetal e retardo do crescimento intrauterino em ratos.
Os leves efeitos do diclofenaco sobre os parâmetros de reprodução e do parto, bem como a constrição do canal arterial no útero, são consequências farmacológicas desta classe de inibidores da síntese de prostaglandinas.