Bula do Dipirona Sódica Sobral
Contraindicação do Dipirona Sódica – Sobral
A Dipirona monoidratada (substância ativa) não deve ser administrada a pacientes:
- Com hipersensibilidade à Dipirona monoidratada (substância ativa) ou a qualquer um dos componentes da formulação ou a outras pirazolonas (ex. fenazona, propifenazona) ou a pirazolidinas (ex. fenilbutazona, oxifembutazona) incluindo, por exemplo, experiência prévia de agranulocitose com uma destas substâncias;
- Com função da medula óssea prejudicada (ex. após tratamento citostático) ou doenças do sistema hematopoiético;
- Que tenham desenvolvido broncoespasmo ou outras reações anafilactoides (isto é urticária, rinite, angioedema) com analgésicos tais como salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno;
- Com porfiria hepática aguda intermitente (risco de indução de crises de porfiria);
- Com deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD) (risco de hemólise);
- Gravidez e lactação.
Este medicamento é contraindicado para menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg.
Categoria de risco na gravidez: D.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Exclusivo Solução injetável
Para uso intramuscular e não deve ser usado intravenoso em menores de 11 meses.
Como usar o Dipirona Sódica – Sobral
Insuficiência renal ou hepática
Em pacientes com insuficiência renal ou hepática recomenda-se que o uso de altas doses de dipirona seja evitado, uma vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes. Entretanto, para tratamento em curto prazo não é necessária redução da dose.
Não existe experiência com o uso de dipirona em longo prazo em pacientes com insuficiência renal ou hepática.
Idosos
Em pacientes idosos e pacientes debilitados deve-se considerar a possibilidade das funções hepática e renal estarem prejudicadas.
Comprimido efervescente
Dissolver o comprimido em meio copo de água e beber imediatamente após o término da dissolução.
1 comprimido até 4 vezes ao dia, para adultos e adolescentes acima de 15 anos. Se o efeito de uma única dose for insuficiente ou após o efeito analgésico ter diminuído, a dose pode ser repetida respeitando-se a posologia e a dose máxima diária, conforme descrito acima. A princípio, a dose e a via de administração escolhidas dependem do efeito analgésico desejado e das condições do paciente.
Em muitos casos, a administração oral ou retal é suficiente para obter analgesia satisfatória.
Quando for necessário um efeito analgésico de início rápido ou quando a administração por via oral ou retal for contraindicada, recomenda-se a administração por via intravenosa ou intramuscular.
O tratamento pode ser interrompido a qualquer instante sem provocar danos ao paciente, inerentes à retirada da medicação.
Não há estudos dos efeitos de Dipirona monoidratada (substância ativa), comprimidos efervescentes, administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Este medicamento não deve ser mastigado.
Comprimido simples 500mg e 1g
Tomar o comprimido com líquido (aproximadamente ½ a 1 copo), por via oral.
Adultos e adolescentes acima de 15 anos
Dipirona monoidratada (substância ativa) comprimidos 500 mg
1 a 2 comprimidos até 4 vezes ao dia.
Dipirona monoidratada (substância ativa) comprimidos 1 g
½ a 1 comprimido até 4 vezes ao dia.
Se o efeito de uma única dose for insuficiente ou após o efeito analgésico ter diminuído, a dose pode ser repetida respeitando-se a posologia e a dose máxima diária, conforme descrito acima. A princípio, a dose e a via de administração escolhidas dependem do efeito analgésico desejado e das condições do paciente.
Em muitos casos, a administração oral ou retal é suficiente para obter analgesia satisfatória.
Quando for necessário um efeito analgésico de início rápido ou quando a administração por via oral ou retal for contraindicada, recomenda-se a administração por via intravenosa ou intramuscular. O tratamento pode ser interrompido a qualquer instante sem provocar danos ao paciente, inerentes à retirada da medicação.
Não há estudos dos efeitos de Dipirona monoidratada (substância ativa) comprimidos administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Este medicamento não deve ser mastigado.
Gotas
- Coloque a bisnaga na posição vertical com a tampa para o lado de cima, gire-a até romper o lacre.
- Vire a bisnaga gotejadora para o lado de baixo e aperte-a para iniciar o gotejamento.
A princípio, a dose e a via de administração escolhidas dependem do efeito analgésico desejado e das condições do paciente.
Em muitos casos, a administração oral ou retal é suficiente para obter analgesia satisfatória.
Quando for necessário um efeito analgésico de início rápido ou quando a administração por via oral ou retal for contraindicada, recomenda-se a administração por via intravenosa ou intramuscular.
O tratamento pode ser interrompido a qualquer instante sem provocar danos ao paciente, inerentes à retirada da medicação.
Cada 1 mL = 20 gotas (quando a bisnaga for mantida na posição vertical para gotejar a quantidade pretendida de gotas.
Adultos e adolescentes acima de 15 anos
20 a 40 gotas em administração única ou até o máximo de 40 gotas 4 vezes ao dia.
Crianças
As crianças devem receber Dipirona monoidratada (substância ativa) Gotas conforme seu peso seguindo a orientação deste esquema:
Peso (média de idade) | Dose | Gotas |
5 a 8 kg (3 a 11 meses) | Dose única | 2 a 5 gotas |
Dose máxima diária | 20 (4 tomadas x 5 gotas) | |
9 a 15 kg (1 a 3 anos) | Dose única | 3 a 10 gotas |
Dose máxima diária | 40 (4 tomadas x 10 gotas) | |
16 a 23 kg (4 a 6 anos) | Dose única | 5 a 15 gotas |
Dose máxima diária | 60 (4 tomadas x 15 gotas) | |
24 a 30 kg (7 a 9 anos) | Dose única | 8 a 20 gotas |
Dose máxima diária | 80 (4 tomadas x 20 gotas) | |
31 a 45 kg (10 a 12 anos) | Dose única | 10 a 30 gotas |
Dose máxima diária | 120 (4 tomadas x 30 gotas) | |
46 a 53 kg (13 a 14 anos) | Dose única | 15 a 35 gotas |
Dose máxima diária | 140 (4 tomadas x 35 gotas) |
Crianças menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem ser tratadas com Dipirona monoidratada (substância ativa).
Se o efeito de uma única dose for insuficiente ou após o efeito analgésico ter diminuído, a dose pode ser repetida respeitando-se a posologia e a dose máxima diária, conforme descrito em posologia.
Não há estudos dos efeitos de Dipirona monoidratada (substância ativa) Gotas administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, recomenda-se que o uso de altas doses de dipirona seja evitado, uma vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes. Entretanto, para tratamento em curto prazo não é necessária redução da dose.
Não existe experiência com o uso de dipirona em longo prazo em pacientes com insuficiência renal ou hepática.
Em pacientes idosos e pacientes debilitados deve-se considerar a possibilidade das funções hepática e renal estarem prejudicadas.
Xarope
Recomenda-se que, para a administração da solução oral, seja utilizada a seringa dosadora que acompanha o frasco na embalagem.
Instruções para uso da seringa dosadora
- Coloque a tampa interna que acompanha a seringa dosadora no frasco de Dipirona monoidratada (substância ativa) Infantil.
- Encaixe a seringa dosadora no orifício da tampa interna do frasco, vire o frasco de cabeça para baixo e puxe o êmbolo até a marca correspondente à dosagem indicada para o paciente.
- Administre o conteúdo da seringa diretamente na boca do paciente.
- Após a administração, lave a seringa com água e guarde-a na respectiva caixa para que possa ser utilizada novamente.
Não é necessário agitar o produto.
A seringa foi desenvolvida exclusivamente para a administração de Dipirona monoidratada (substância ativa) Infantil e não deve ser utilizada para administração de outros medicamentos.
A princípio, a dose e a via de administração escolhidas dependem do efeito analgésico desejado e das condições do paciente. Em muitos casos, a administração oral ou retal é suficiente para obter analgesia satisfatória. Quando for necessário um efeito analgésico de início rápido ou quando a administração por via oral ou retal for contraindicada, recomenda-se a administração por via intravenosa ou intramuscular.
O tratamento pode ser interrompido a qualquer instante sem provocar danos ao paciente, inerentes à retirada da medicação.
Adultos e adolescentes acima de 15 anos
10 a 20 mL em administração única ou até o máximo de 20 mL, 4 vezes ao dia.
Crianças
As crianças devem receber Dipirona monoidratada (substância ativa) Infantil conforme seu peso seguindo a orientação deste esquema:
Peso (média de idade) | Dose | Xarope (em mL) |
5 a 8 kg (3 a 11 meses) | Dose única | 1,25 a 2,5 |
Dose máxima diária | 10 (4 tomadas x 2,5 mL) | |
9 a 15 kg (1 a 3 anos) | Dose única | 2,5 a 5 |
Dose máxima diária | 20 (4 tomadas x 5 mL) | |
16 a 23 kg (4 a 6 anos) | Dose única | 3,75 a 7,5 |
Dose máxima diária | 30 (4 tomadas x 7,5 mL) | |
24 a 30 kg (7 a 9 anos) | Dose única | 5 a 10 |
Dose máxima diária | 40 (4 tomadas x 10 mL) | |
31 a 45 kg (10 a 12 anos) | Dose única | 7,5 a 15 |
Dose máxima diária | 60 (4 tomadas x 15 mL) | |
46 a 53 kg (13 a 14 anos) | Dose única | 8,75 a 17,5 |
Dose máxima diária | 70 (4 tomadas x 17,5 mL) |
*Utilizar seringa dosadora.
Crianças menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem ser tratadas com Dipirona monoidratada (substância ativa).
Se o efeito de uma única dose for insuficiente ou após o efeito analgésico ter diminuído, a dose pode ser repetida respeitando-se a posologia e a dose máxima diária, conforme descrito acima.
Não há estudos dos efeitos de Dipirona monoidratada (substância ativa) Infantil administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Para pacientes diabéticos, recomenda-se a administração de comprimidos ou gotas ao invés de solução oral (Dipirona monoidratada (substância ativa) Infantil). Os carboidratos contidos em 5 mL de solução oral correspondem a 3,5 g de glicose.
Solução injetável
Dipirona monoidratada (substância ativa) injetável pode ser administrada por via intravenosa ou intramuscular.
Para assegurar que a administração parenteral de dipirona possa ser interrompida ao primeiro sinal de reação anafilática/anafilactoide e para minimizar o risco de reações hipotensivas isoladas, é necessário que os pacientes estejam deitados e sob supervisão médica. Além disto, a administração intravenosa deve ser muito lenta, a uma velocidade de infusão que não exceda 1 mL (500 mg de dipirona)/minuto, para prevenir reações hipotensivas.
Incompatibilidades/compatibilidades
Dipirona monoidratada (substância ativa) pode ser diluída em solução de glicose a 5%, solução de cloreto de sódio a 0,9% ou solução de Ringer-lactato. Entretanto, tais soluções devem ser administradas imediatamente, uma vez que suas estabilidades são limitadas. Devido à possibilidade de incompatibilidade, a solução de dipirona não deve ser administrada juntamente com outros medicamentos injetáveis.
A princípio, a dose e a via de administração escolhidas dependem do efeito analgésico desejado e das condições do paciente. Em muitos casos, a administração oral (Dipirona monoidratada (substância ativa) comprimidos, solução oral ou gotas) ou retal (Dipirona monoidratada (substância ativa) supositórios) é suficiente para obter analgesia satisfatória. Quando for necessário um efeito analgésico de início rápido ou quando a administração por via oral ou retal é contraindicada, recomenda-se a administração de Dipirona monoidratada (substância ativa) injetável por via intravenosa ou intramuscular.
O tratamento pode ser interrompido a qualquer instante sem provocar danos ao paciente, inerentes à retirada da medicação. Quando da escolha da via de administração, deve-se considerar que a via parenteral está associada com maior risco de reações anafiláticas/anafilactoides.
Caso a administração parenteral de dipirona seja considerada em crianças entre 3 e 11 meses de idade, deve-se utilizar apenas a via intramuscular.
Para todas as formas farmacêuticas, os efeitos analgésico e antipirético são alcançados 30 a 60 minutos após a administração e geralmente duram cerca de 4 horas.
Visto que reações de hipotensão após administração da forma injetável podem ser dose-dependentes, a indicação de doses únicas maiores do que 1 g de dipirona por via parenteral deve ser cuidadosamente considerada. Se o efeito de uma única dose for insuficiente ou após o efeito analgésico ter diminuído, a dose pode ser repetida respeitando-se a posologia e a dose máxima diária, conforme descrito abaixo.
As seguintes dosagens são recomendadas:
Adultos e adolescentes acima de 15 anos
Em dose única de 2 a 5 mL (IV ou IM); dose máxima diária de 10 mL.
Crianças e lactentes
Em crianças com idade inferior a 1 ano, Dipirona monoidratada (substância ativa) Injetável deve ser administrada somente pela via intramuscular.
As crianças devem receber Dipirona monoidratada (substância ativa) Injetável conforme seu peso segundo a orientação deste esquema:
Peso | Intravenosa (IV) | Intramuscular (IM) |
Lactentes de 5 a 8 kg | – | 0,1 – 0,2 mL |
Crianças de 9 a15 kg | 0,2 – 0,5 mL | |
Crianças de 16 a 23 kg | 0,3 – 0,8 mL | |
Crianças de 24 a 30 kg | 0,4 – 1,0 mL | |
Crianças de 31 a 45 kg | 0,5 – 1,5 mL | |
Crianças de 46 a 53 kg | 0,8 – 1,8 mL |
Caso necessário, Dipirona monoidratada (substância ativa) Injetável pode ser administrada até 4 vezes ao dia.
Não há estudos dos efeitos de Dipirona monoidratada (substância ativa) Injetável administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via intravenosa ou intramuscular.
Supositório
Os supositórios devem ser aplicados por via retal (anal).
Instruções para aplicação
Os supositórios de Dipirona monoidratada (substância ativa) são indicados especialmente para reduzir a febre ou aliviar a dor em pacientes com dificuldade para engolir comprimidos e líquidos. Dipirona monoidratada (substância ativa) também pode substituir, de acordo com orientação médica, a aplicação de analgésicos injetáveis.
Para obter a máxima eficácia analgésica/antitérmica de Dipirona monoidratada (substância ativa) Supositórios, siga corretamente as instruções abaixo:
- Mantenha sempre a embalagem do supositório em local fresco. Caso os supositórios se apresentem amolecidos pelo calor, mergulhe a embalagem de alumínio por alguns segundos em água gelada para que voltem à consistência original.
- Seguindo o picote na embalagem de alumínio destaque apenas o supositório a ser utilizado.
- Antes de aplicar o supositório, lave bem as mãos e, se possível, desinfete-as com álcool.
- A embalagem de alumínio de Dipirona monoidratada (substância ativa) já vem com uma pré-abertura que facilita a retirada do supositório. Basta forçar esta pré-abertura e o supositório sairá, inteiro, pronto para ser usado.
- Com o dedo polegar e o indicador afaste as nádegas e introduza o supositório na cavidade anal.
- Comprima suavemente uma nádega contra a outra, durante alguns segundos, para evitar que o supositório volte.
Aplicar 1 supositório até 4 vezes ao dia.
Crianças menores de 4 anos ou pesando menos de 16 kg não devem ser tratadas com supositórios.
A princípio, a dose e a via de administração escolhidas dependem do efeito analgésico desejado e das condições do paciente. Em muitos casos, a administração oral ou retal é suficiente para obter analgesia satisfatória.
Quando for necessário um efeito analgésico de início rápido ou quando a administração por via oral ou retal for contraindicada, recomenda-se a administração por via intravenosa ou intramuscular. Se o efeito de uma única dose for insuficiente ou após o efeito analgésico ter diminuído, a dose pode ser repetida respeitando-se a posologia e a dose máxima diária, conforme descrito acima.
O tratamento pode ser interrompido a qualquer instante sem provocar danos ao paciente, inerentes à retirada da medicação.
Não há estudos dos efeitos de Dipirona monoidratada (substância ativa) Supositórios administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via retal.
Este medicamento não deve ser partido.
Precauções do Dipirona Sódica – Sobral
Agranulocitose
Induzida pela Dipirona monoidratada (substância ativa) é uma casualidade de origem imunoalérgica, durável por pelo menos 1 semana. Embora essa reação seja muito rara, pode ser grave que implique em risco à vida, podendo ser fatal. Não é dose-dependente e pode ocorrer em qualquer momento durante o tratamento. Todos os pacientes devem ser advertidos a interromper o uso da medicação e consultar seu médico imediatamente se alguns dos seguintes sinais ou sintomas, possivelmente relacionados a neutropenia, ocorrerem: febre, calafrios, dor de garganta, ulceração na cavidade oral. Em caso de ocorrência de neutropenia (menos de 1500 neutrófilos/mm3) o tratamento deve ser imediatamente descontinuado e a contagem sanguínea completa deve ser urgentemente controlada e monitorada até retornar aos níveis normais.
Pancitopenia
Em caso de pancitopenia o tratamento deve ser imediatamente descontinuado e uma completa monitorização sanguínea deve ser realizada até normalização dos valores. Todos os pacientes devem ser aconselhados a procurar atendimento médico imediato se desenvolverem sinais e sintomas sugestivos de discrasias do sangue (mal estar geral p. ex., infecção, febre persistente, nódoas negras, sangramento, palidez) durante o uso de medicamentos contendo Dipirona monoidratada (substância ativa).
Choque anafilático
Essa reação ocorre principalmente em pacientes sensíveis. Portanto, a Dipirona monoidratada (substância ativa) deve ser usada com cautela em pacientes que apresentem alergia atópica ou asma.
Reações cutâneas graves
Reações cutâneas com risco à vida, como síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) e Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) têm sido relatadas com o uso de Dipirona monoidratada (substância ativa). Se desenvolverem sinais ou sintomas de SSJ ou NET (tais como exantema progressivo muitas vezes com bolhas ou lesões da mucosa), o tratamento com a Dipirona monoidratada (substância ativa) deve ser descontinuado imediatamente e não deve ser retomado. Os pacientes devem ser avisados dos sinais e sintomas e acompanhados de perto para reações de pele, particularmente nas primeiras semanas de tratamento.
Reações anafiláticas/anafilactoides
Em particular, os seguintes pacientes apresentam risco especial para possíveis reações anafiláticas graves relacionadas à Dipirona monoidratada (substância ativa):
- Pacientes com asma brônquica, particularmente aqueles com rinossinusite poliposa concomitante;
- Pacientes com urticária crônica;
- Pacientes com intolerância ao álcool, por exemplo, pacientes que reagem até mesmo a pequenas quantidades de bebidas alcoólicas, apresentando sintomas como espirros, lacrimejamento e rubor pronunciado da face. A intolerância ao álcool pode ser indicativa da síndrome de asma analgésica prévia não diagnosticada;
- Pacientes com intolerância a corantes (ex. tartrazina) ou a conservantes (ex. benzoatos).
Antes da administração de Dipirona monoidratada (substância ativa) monoidratada, os pacientes devem ser questionados especificamente. Em pacientes que estão sob risco potencial para reações anafiláticas, a Dipirona monoidratada (substância ativa) monoidratada só deve ser administrada após cuidadosa avaliação dos possíveis riscos em relação aos benefícios esperados. Se a Dipirona monoidratada (substância ativa) monoidratada for administrada em tais circunstâncias, é requerido que seja realizada sob supervisão médica e em locais onde recursos para tratamento de emergência estejam disponíveis.
Os pacientes que apresentaram uma reação anafilática ou outra reação imunológica a outras pirazolidas, pirazolidinas e outros analgésicos não narcóticos, também apresentam risco alto de responder de forma semelhante à Dipirona monoidratada (substância ativa) monoidratada.
Reações hipotensivas isoladas
A administração de Dipirona monoidratada (substância ativa) pode causar reações hipotensivas isoladas. Essas reações são possivelmente dose-dependentes e ocorrem com maior probabilidade após administração parenteral.
Para evitar as reações hipotensivas graves desse tipo:
- Reverter a hemodinâmica em pacientes com hipotensão preexistente, em pacientes com redução dos fluidos corpóreos ou desidratação, ou com instabilidade circulatória ou com insuficiência circulatória incipiente;
- Deve-se ter cautela em pacientes com febre alta.
Nestes pacientes, a Dipirona monoidratada (substância ativa) deve ser utilizada com extrema cautela e a administração da Dipirona monoidratada (substância ativa) monoidratda em tais circunstâncias deve ser realizada sob cuidadosa supervisão médica. Podem ser necessárias medidas preventivas (como estabilização da circulação) para reduzir o risco de reação hipotensiva.
A Dipirona monoidratada (substância ativa) só deve ser utilizada sob cuidadoso monitoramento hemodinâmico em pacientes nos quais a diminuição da pressão sanguínea deve ser evitada, tais como pacientes com doença cardíaca coronariana severa ou estenose dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro.
Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, recomenda-se que o uso de altas doses de Dipirona monoidratada (substância ativa) seja evitado, uma vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes.
Gravidez
A Dipirona monoidratada (substância ativa) atravessa a barreira placentária. Não existem evidências de que o medicamento seja prejudicial ao feto: a Dipirona monoidratada (substância ativa) não apresentou efeitos teratogênicos em ratos e coelhos, e fetotoxicidade foi observada apenas com doses muito elevadas que foram tóxicas as mães. Entretanto, não existem dados clínicos suficientes sobre o uso de Dipirona monoidratada (substância ativa) durante a gravidez. Recomenda-se não utilizar Dipirona monoidratada (substância ativa) durante os primeiros 3 meses da gravidez.
Durante o segundo trimestre da gravidez só deve ocorrer o uso de Dipirona monoidratada (substância ativa) após cuidadosa avaliação do potencial risco/benefício pelo médico. Dipirona monoidratada (substância ativa) não deve ser utilizada durante os 3 últimos meses da gravidez, uma vez que, embora a Dipirona monoidratada (substância ativa) seja uma fraca inibidora da síntese de prostaglandinas, a possibilidade de fechamento prematuro do ducto arterial e de complicações perinatais devido ao prejuízo da agregação plaquetária da mãe e do recém-nascido não pode ser excluída.
Lactação
Os metabólitos da Dipirona monoidratada (substância ativa) são excretados no leite materno. A lactação deve ser evitada durante e por até 48 horas após a administração de Dipirona monoidratada (substância ativa).
Pacientes idosos
Deve-se considerar a possibilidade das funções hepática e renal estarem prejudicadas.
Crianças
Menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem ser tratadas com Dipirona monoidratada (substância ativa). A Dipirona monoidratada (substância ativa) monoidratada comprimidos não é recomendada para menores de 15 anos.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Para as doses recomendadas, nenhum efeito adverso na habilidade de se concentrar e reagir é conhecido. Entretanto, pelo menos com doses elevadas, deve-se levar em consideração que as habilidades para se concentrar e reagir podem estar prejudicadas, constituindo risco em situações onde estas habilidades são de importância especial (por exemplo, operar carros ou máquinas), especialmente quando álcool foi consumido.
Sensibilidade cruzada
Pacientes que apresentam reações anafilactoides à Dipirona monoidratada (substância ativa) podem apresentar um risco especial para reações semelhantes a outros analgésicos não narcóticos.
Pacientes que apresentam reações anafiláticas ou outras imunologicamente-mediadas, ou seja, reações alérgicas (ex. agranulocitose) à Dipirona monoidratada (substância ativa) podem apresentar um risco especial para reações semelhantes a outras pirazolonas ou pirazolidinas.
Reações Adversas do Dipirona Sódica – Sobral
As frequências das reações adversas estão listadas a seguir de acordo com a seguinte convenção:
- Reação muito comum (gt; 1/10);
- Reação comum (gt; 1/100 e lt; 1/10);
- Reação incomum (gt; 1/1.000 e lt; 1/100);
- Reação rara (gt; 1/10.000 e lt; 1/1.000);
- Reação muito rara (lt; 1/10.000).
Distúrbios cardíacos
Síndrome de Kounis (aparecimento simultâneo de eventos coronarianos agudos e reações alérgicas ou anafilactoides. Engloba conceitos como infarto alérgico e angina alérgica).
Distúrbios do sistema imunológico
A Dipirona monoidratada (substância ativa) pode causar choque anafilático, reações anafiláticas/anafilactoides que podem se tornar graves com risco à vida e, em alguns casos, serem fatais. Estas reações podem ocorrer mesmo após Dipirona monoidratada (substância ativa) ter sido utilizada previamente em muitas ocasiões sem complicações.
Estas reações medicamentosas podem desenvolver-se imediatamente após a administração de Dipirona monoidratada (substância ativa) ou horas mais tarde; contudo, a tendência normal é que estes eventos ocorram na primeira hora após a administração.
Normalmente, reações anafiláticas/anafilactoides leves manifestam-se na forma de sintomas cutâneos ou nas mucosas (tais como: prurido, ardor, rubor, urticária, edema), dispneia e, menos frequentemente, doenças/queixas gastrintestinais.
Estas reações leves podem progredir para formas graves com urticária generalizada, angioedema grave (até mesmo envolvendo a laringe), broncoespasmo graves, arritmias cardíacas, queda da pressão sanguínea (algumas vezes precedida por aumento da pressão sanguínea) e choque circulatório.
Em pacientes com síndrome da asma analgésica, reações de intolerância aparecem tipicamente na forma de ataques asmáticos.
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Além das manifestações de mucosas e cutâneas de reações anafiláticas/anafilactoides mencionadas acima, podem ocorrer ocasionalmente erupções medicamentosas fixas; raramente exantema e, em casos isolados, síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica grave, envolvendo erupção cutânea na pele e mucosas) ou síndrome de Lyell ou Necrólise Epidérmica Tóxica (síndrome bolhosa rara e grave, caracterizada clinicamente por necrose em grandes áreas da epiderme. Confere ao paciente aspecto de grande queimadura). Deve-se interromper imediatamente o uso de medicamentos suspeitos.
Distúrbios do sangue e sistema linfático
Anemia aplástica, agranulocitose e pancitopenia, incluindo casos fatais, leucopenia e trombocitopenia. Estas reações são consideradas imunológicas por natureza. Elas podem ocorrer mesmo após Dipirona monoidratada (substância ativa) monoidratada ter sido utilizada previamente em muitas ocasiões, sem complicações.
Os sinais típicos de agranulocitose incluem lesões inflamatórias na mucosa (ex. orofaríngea, anorretal, genital), inflamação na garganta, febre (mesmo inesperadamente persistente ou recorrente). Entretanto, em pacientes recebendo terapia com antibiótico, os sinais típicos de agranulocitose podem ser mínimos. A taxa de sedimentação eritrocitária é extensivamente aumentada, enquanto que o aumento de nódulos linfáticos é tipicamente leve ou ausente.
Os sinais típicos de trombocitopenia incluem uma maior tendência para sangramento e aparecimento de petéquias na pele e membranas mucosas.
Distúrbios vasculares
Podem ocorrer ocasionalmente após a administração, reações hipotensivas transitórias isoladas (possivelmente por mediação farmacológica e não acompanhadas por outros sinais de reações anafiláticas/anafilactoides); em casos raros, estas reações apresentam-se sob a forma de queda crítica da pressão sanguínea.
Distúrbios renais e urinários
Em casos muito raros, especialmente em pacientes com histórico de doença renal, pode ocorrer piora aguda da função renal (insuficiência renal aguda), em alguns casos com oligúria, anúria ou proteinúria. Em casos isolados, pode ocorrer nefrite intersticial aguda.
Uma coloração avermelhada pode ser observada algumas vezes na urina. Isso pode ocorrer devido à presença do metabólito ácido rubazônico, em baixas concentrações.
Distúrbios gastrintestinais
Foram reportados casos de sangramento gastrintestinal
Atenção:
este produto é um medicamento que possui nova forma farmacêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA.
Riscos do Dipirona Sódica – Sobral
Não use este medicamento durante a gravidez e em crianças menores de três meses de idade. |
Interação Medicamentosa do Dipirona Sódica – Sobral
Ciclosporinas
A Dipirona monoidratada (substância ativa) pode causar redução dos níveis plasmáticos de ciclosporina. As concentrações da ciclosporina devem, portanto, ser monitoradas quando a Dipirona monoidratada (substância ativa) é administrada concomitantemente.
Metotrexato
A administração concomitante da Dipirona monoidratada (substância ativa) com metotrexato pode aumentar a hematotoxicidade do metotrexato particularmente em pacientes idosos. Portanto, esta combinação deve ser evitada.
Ácido acetilsalicílico
A Dipirona monoidratada (substância ativa) pode reduzir o efeito do ácido acetilsalicílico na agregação plaquetária, quando administrados concomitantemente. Portanto, essa combinação deve ser usada com precaução em pacientes que tomam baixa dose de ácido acetilsalicílico para cardioproteção.
Bupropiona
A Dipirona monoidratada (substância ativa) pode causar a redução na concentração sanguínea de bupropiona. Portanto, recomendase cautela quando a Dipirona monoidratada (substância ativa) e a bupropiona são administradas concomitantemente.
Medicamento-exames laboratoriais
Foram reportadas interferências em testes laboratoriais que utilizam reações de Trinder (por exemplo: testes para medir níveis séricos de creatinina, triglicérides, colesterol HDL e ácido úrico) em pacientes utilizando Dipirona monoidratada (substância ativa).
Interação Alimentícia do Dipirona Sódica – Sobral
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre alimentos e Dipirona monoidratada (substância ativa).
Ação da Substância Dipirona Sódica – Sobral
Resultados de Eficácia
Comprimido efervescente / Comprimido simples 500mg e 1g
A ação analgésica da Dipirona monoidratada (substância ativa) oral versus placebo foi avaliada em estudo clínico multicêntrico, randomizado, duplo-cego, cruzado, controlado por placebo, envolvendo 73 pacientes com crise de enxaqueca com ou sem aura, selecionados para receber 1g de Dipirona monoidratada (substância ativa) via oral ou placebo. A intensidade da dor foi medida através da escala verbal de dor antes e 1, 2, 4 e 24h após o tratamento. Melhora significativa da dor foi observada com Dipirona monoidratada (substância ativa), comparativamente ao placebo em todos os pontos medidos. As percentagens de ‘alívio da dor’ obtidas 1, 2 e 4 horas após a ingestão oral de 1g de Dipirona monoidratada (substância ativa) variaram de 42% a 57,1% versus 19,6% a 28,6% para o placebo (plt;0,001) (Tulunay et al, 2004).
Doses orais únicas de Dipirona monoidratada (substância ativa) 500mg e 1g versus ácido acetilsalicílico (AAS) 1g foram comparadas em estudo clínico multicêntrico, randomizado, duplo-cego, de grupos paralelos, controlado com placebo e comparador ativo, envolvendo 417 pacientes com cefaleia tensional episódica. O intervalo de tempo resultante da soma da média ponderada da diferença de intensidade da dor sobre ambos os episódios chegou a 12,20, 12,64, 10,56 e 8,10 para 500mg e 1g de Dipirona monoidratada (substância ativa), 1g de AAS e placebo, respectivamente (p lt;0,0001 para ambos os grupos Dipirona monoidratada (substância ativa) e p lt;0,0150 para AAS versus placebo). Observou-se uma tendência para início mais precoce de alívio da dor mais profunda com Dipirona monoidratada (substância ativa) 500mg e 1g sobre 1g de AAS. Todos os medicamentos foram seguros e bem tolerados (Martínez-Martín et al, 2001).
Exclusivo Comprimido simples 500mg e 1g
A ação antipirética e analgésica da Dipirona monoidratada (substância ativa) oral foi avaliada em estudos clínicos duplo-cego. Em um estudo duplo-cego com pacientes com febre tifóide, 25 pacientes receberam 500 mg de Dipirona monoidratada (substância ativa) VO e 28 receberam 500 mg de paracetamol VO. A temperatura retal e os registros de pulso foram monitorados a cada 30 minutos. Efeitos antipiréticos foram observados no grupo Dipirona monoidratada (substância ativa) e paracetamol aos 30 e 60 minutos respectivamente. Foram calculadas a área sob a curva tempo-temperatura tanto para a Dipirona monoidratada (substância ativa) (148ºC·h) quanto para o paracetamol (128ºC·h), a diferença entre as áreas foi significativamente maior para os pacientes que receberam Dipirona monoidratada (substância ativa). O total de antipirese nos dois grupos foi calculado pelos escores das somas de redução de temperatura até 6 horas após administração da medicação, que foi maior que 300 para os pacientes recebendo Dipirona monoidratada (substância ativa) e menor que 300 para os pacientes que receberam paracetamol (p lt; 0,05) (Ajgaonkar VS, 1988).
Gotas
Pacientes pediátricos
Estudo clínico comparativo, multinacional, randomizado, duplo-cego, comparou a eficácia antipirética de Dipirona monoidratada (substância ativa), paracetamol e ibuprofeno em 628 crianças com febre, com idade entre 6 meses a 6 anos. Os três fármacos foram eficazes em baixar a temperatura em 555 pacientes que completaram o estudo. Taxas de normalização de temperatura no grupo Dipirona monoidratada (substância ativa) e ibuprofeno (82% e 78%, respectivamente) foram significativamente maiores do que no grupo paracetamol (68%, p = 0,004). Depois de 4 a 6 horas, a temperatura média no grupo da Dipirona monoidratada (substância ativa) foi significativamente menor que os demais grupos, demonstrando maior normalização da temperatura com a Dipirona monoidratada (substância ativa) (Wong et al, 2001). Em outro estudo clínico aberto, não comparativo foi usada Dipirona monoidratada (substância ativa) oral na dose de 10-15 mg/kg cada 6-8 horas para avaliar a redução de temperatura em 93 pacientes pediátricos (3 meses a 12 anos) com febre (gt; 38,5ºC). Resposta boa ou satisfatória foi observada em 92% dos pacientes (Izhar T, 1999).
Pacientes adultos
Em estudo clínico, randomizado, duplo-cego, de grupos paralelos, controlado por placebo, foi comparada a eficácia analgésica de Dipirona monoidratada (substância ativa) solução oral 500 mg/mL (gotas), cetoprofeno formulação líquida (25 mg ou 50 mg) e placebo em 108 pacientes com idade acima de 18 anos (26 a 28 pacientes por tratamento) com dor pós episiotomia. Todos os tratamentos ativos foram significativamente superiores ao placebo para várias medidas de analgesia, incluindo 4-horas e 6-hora SPID e pontuações TOTPAR. A avaliação global foi considerada como ‘bom’ ou ‘excelente’ por mais de 75% dos pacientes nos grupos de tratamento ativo comparado com 7,4% dos pacientes no grupo placebo (Olson et al, 1999).
Xarope
A eficácia da Dipirona monoidratada (substância ativa) xarope foi avaliada em um estudo clínico comparando com xarope de paracetamol em 120 crianças febris com idade entre 4 e 10 anos. Infecções virais do trato respiratório foram as principais queixas e as temperaturas de base foram comparáveis em ambos os grupos (38,4°C para a Dipirona monoidratada (substância ativa) e 39,3°C para o paracetamol). Trinta minutos após uma única dose foi observada redução acentuada na febre com ambas as drogas. A Dipirona monoidratada (substância ativa) pareceu ser significativamente superior ao paracetamol, 1,5 h a 6 h após a ingestão da droga. O início da ação foi a mesma com ambas as drogas, mas o efeito atipirético durou mais tempo com a Dipirona monoidratada (substância ativa). A faixa de dose foi 13,2-22,3 mg/kg de Dipirona monoidratada (substância ativa) e 15,0-39,2 mg/kg de paracetamol. Altas doses de paracetamol não resultaram em um maior efeito antipirético (Adam, 1994).
Solução injetável
A Dipirona monoidratada (substância ativa) injetável foi comparada com placebo em estudos clínicos. Um estudo comparou Dipirona monoidratada (substância ativa) 1 g IV versus placebo para cefaleia tensional em 60 pacientes. Os pacientes que receberam Dipirona monoidratada (substância ativa) mostraram uma melhora estatisticamente significante da dor (p lt; 0,05) comparada com o placebo aos 30 minutos após administração. O ganho terapêutico foi de 30% em 30 minutos e 40% em 60 minutos, com resultados significativamente superiores para Dipirona monoidratada (substância ativa). Foram observadas reduções significativas na reincidência (Dipirona monoidratada (substância ativa) = 25%, placebo = 50%) e uso de medicação de resgate (Dipirona monoidratada (substância ativa) = 20%, placebo = 47,6%) para o grupo Dipirona monoidratada (substância ativa) (Bigal ME, 2002). Outro estudo comparou Dipirona monoidratada (substância ativa) 1 g IV com placebo para o alívio da cefaleia tipo migrânea com aura e sem aura. Foram utilizados sete parâmetros de avaliação analgésica e uma escala analógica para avaliar náuseas, fotofobia e fonofobia.
Os pacientes sem aura que receberam Dipirona monoidratada (substância ativa) demonstraram uma melhora estatisticamente superior com 30 minutos (29,5% no grupo Dipirona monoidratada (substância ativa) versus 10% no grupo placebo) e 60 minutos (65,9% com Dipirona monoidratada (substância ativa) e 16,7% com placebo) (p lt; 0,05). Os pacientes que apresentavam aura tiveram comportamento semelhante com 30% de melhora no grupo Dipirona monoidratada (substância ativa) versus 3,3% no grupo placebo com 30 minutos e 63,3% versus 13,3% para Dipirona monoidratada (substância ativa) e placebo, respectivamente com 60 minutos (p lt; 0,05). Houve melhora também em todos os sintomas associados quando comparados com indivíduos controle (Bigal ME, 2002).
Supositório
Em um estudo clínico fase II, prospectivo, randomizado e duplo cego, 300 mg de Dipirona monoidratada (substância ativa) supositório foi comparada com 100 mg de nimesulida supositório no controle da dor pós-operatória em 45 crianças com idade entre 4 e 8 anos e peso corporal entre 16,5 e 62,5 kg (mediana 29,12 +/- 10,48 kg). Após 1 dia de tratamento com Dipirona monoidratada (substância ativa), a dor foi avaliada como nula ou média em 71% dos pacientes e 29% dos pacientes ainda reportavam dor moderada. Após 2 dias de tratamento, 67% das crianças que ainda tiveram dor no dia anterior, estavam livres de sintomas.
Após 1 dia de tratamento com nimesulida, a dor foi avaliada como nula ou média em 73% dos pacientes e 27% dos pacientes ainda reportavam dor moderada. Após 2 dias de tratamento, 75% das crianças que ainda tiveram dor no dia anterior, estavam livres de sintomas. A eficácia do tratamento foi avaliada pelo observador como boa e muito boa em 75% dos casos no grupo que recebeu Dipirona monoidratada (substância ativa) e em 66% dos casos no grupo que recebeu nimesulida. Não houve diferença estatística quanto ao controle da dor nos dois grupos. Ambos os tratamentos foram bem tolerados, não tendo sido reportadas reações locais (Scharli et al, 1990).
Em outro estudo clínico aberto, 70 pacientes pediátricos com idade entre 1 a 12 anos foram avaliados quanto ao efeito antipirético da apresentação supositório (300 mg) de Dipirona monoidratada (substância ativa), buscando-se determinar a velocidade de absorção, pico de ação, duração de efeito e dose terapêutica eficaz (mg/kg peso). Todos os pacientes receberam uma única dose de apresentação estabelecendo-se, para efeito de análise comparativa, três faixas de dosagem quanto à dose terapêutica administrada (=21 mg/kg). Os dados obtidos permitiram concluir-se por boa velocidade de absorção pela mucosa retal (queda de 1,5-C obtida entre 90 e 120 minutos), pico de ação ao final de 180 minutos, duração de efeito antipirético superior a 6 horas e dose terapêutica eficaz entre 15 e 20 mg/kg peso (17,9 + ou – 1,6 mg/kg) (Almeida et al, 1986).
Referências bibliográficas:
Adam D, Stankov G. Treatment of fever in childhood. Eur J Pediatr 1994; 153: 394-402.
Ajgaonkar VS, Marathe SN, Virani AR. Dipyrone versus paracetamol: a double-blind study in typhoid fever. J Int Med Res. 1988 May-Jun;16(3):225-30.
Bigal ME, Bordini CA, Speciali JG. Intravenous dipyrone for the acute treatment of episodic tension-type headache: a randomized, placebo-controlled, double-blind study. Braz J Med Biol Res. 2002 Oct;35(10):1139- 45. Epub 2002 Oct 13.
Bigal ME, Bordini CA, Tepper SJ, Speciali JG. Intravenous dipyrone in the acute treatment of migraine without aura and migraine with aura: a randomized, double blind, placebo controlled study.Headache. 2002 Oct;42(9):862-71.
Tulunay FC, Ergün H, Gülmez SE, Ozbenli T, Ozmeno?lu M, Boz C, ErdemogluAK,Varlikbas A, Göksan B, Inan L. The efficacy and safety of dipyrone (Novalgin)tablets in the treatment of acute migraine attacks: a double-blind, cross-over,randomized, placebo-controlled, multi-center study. Funct Neurol. 2004 JulSep;19(3):197-202. PubMed PMID: 15595715.
Martínez-Martín P, Raffaelli E Jr, Titus F, Despuig J, Fragoso YD, Díez-Tejedor E, Liaño H, Leira R, Cornet ME, van Toor BS, Cámara J, Peil H, Vix JM, Ortiz P; Co-operative Study Group. Efficacy and safety of metamizol vs. acetylsalicylic acid in patients with moderate episodic tension-type headache: a randomized, double-blind, placebo- and active-controlled, multicentre study. Cephalalgia. 2001 Jun;21(5):604-10.
Scharli AF, Brulhart K, Monti T. Pharmacokinetics and Therapeutic Study: with nimesulide Suppositories in Children with Post-operative pain and inflammation. J Inter Med Research 1990; 18:315-321.
Almeida S; Cortes, F A S W; Nonino J O. Avaliação indireta da biodisponibilidade e da dose terapêutica eficaz de Dipirona monoidratada (substância ativa)/supositório no tratamento de hiperpirexia em pediatria / Indirect evaluation of the bioavailability and effective therapeutic dosage of dipyrone/suppository in the treatment of hyperpyrexia in pediatrics. Pediatric mod 1986; 21(7): 400-6.
Características Farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
A Dipirona monoidratada (substância ativa) é um derivado pirazolônico não narcótico com efeitos analgésico, antipirético e espasmolítico.
A Dipirona monoidratada (substância ativa) é uma pró-droga cuja metabolização gera a formação de vários metabólitos entre os quais há 2 com propriedades analgésicas: 4-metil-aminoantipirina (4-MAA) e o 4-amino-antipirina (4-AA).
Como a inibição da ciclo-oxigenase (COX-1, COX-2 ou ambas) não é suficiente para explicar este efeito antinociceptivo, outros mecanismos alternativos foram propostos, tais como:
Inibição de síntese de prostaglandinas preferencialmente no sistema nervoso central, dessensibilizacão dos nociceptores periféricos envolvendo atividade via óxido nítrico-GMPc no nociceptor, uma possível variante de COX-1 do sistema nervoso central seria o alvo específico e, mais recentemente, a proposta de que a Dipirona monoidratada (substância ativa) inibiria uma outra isoforma da ciclo-oxigenase, a COX-3.
Os efeitos analgésico e antipirético podem ser esperados em 30 a 60 minutos após a administração e geralmente duram cerca de 4 horas.
Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética da Dipirona monoidratada (substância ativa) e de seus metabólitos não está completamente elucidada, mas as seguintes informações podem ser fornecidas:
Após administração oral, a Dipirona monoidratada (substância ativa) é completamente hidrolisada em sua porção ativa, 4-Nmetilaminoantipirina (MAA). A biodisponibilidade absoluta da MAA é de aproximadamente 90%, sendo um pouco maior após administração oral quando comparada à administração intravenosa. A farmacocinética da MAA não se altera em qualquer extensão quando a Dipirona monoidratada (substância ativa) é administrada concomitantemente a alimentos.
Principalmente a MAA, mas também a 4-aminoantipirina (AA), contribuem para o efeito clínico. Os valores de AUC para AA constituem aproximadamente 25% do valor de AUC para MAA. Os metabólitos 4-Nacetilaminoantipirina (AAA) e 4-N-formilaminoantipirina (FAA) parecem não apresentar efeito clínico. São observadas farmacocinéticas não-lineares para todos os metabólitos. São necessários estudos adicionais antes que se chegue a uma conclusão sobre o significado clínico destes resultados. O acúmulo de metabólitos apresenta pequena relevância clínica em tratamentos de curto prazo.
O grau de ligação às proteínas plasmáticas é de 58% para MAA, 48% para AA, 18% para FAA e 14% para AAA.
Após administração intravenosa, a meia-vida plasmática é de aproximadamente 14 minutos para a Dipirona monoidratada (substância ativa). Aproximadamente 96% e 6% da dose radiomarcada administrada por via intravenosa foram excretadas na urina e fezes, respectivamente. Foram identificados 85% dos metabólitos que são excretados na urina, quando da administração oral de dose única, obtendo-se 3% ± 1% para MAA, 6% ± 3% para AA, 26% ± 8% para AAA e 23% ± 4% para FAA.
Após administração oral de dose única de 1g de Dipirona monoidratada (substância ativa), o clearance renal foi de 5mL ± 2mL/min para MAA, 38mL ± 13mL/min para AA, 61mL ± 8mL/min para AAA, e 49mL ± 5mL/min para FAA. As meias-vidas plasmáticas correspondentes foram de 2,7 ± 0,5 horas para MAA, 3,7 ± 1,3 horas para AA, 9,5 ± 1,5 horas para AAA, e 11,2 ± 1,5 horas para FAA.
Em pacientes idosos, a exposição (AUC) aumenta 2 a 3 vezes. Em pacientes com cirrose hepática, após administração oral de dose única, a meia-vida de MAA e FAA aumentou 3 vezes (10 horas), enquanto para AA e AAA este aumento não foi tão marcante.
Os pacientes com insuficiência renal não foram extensivamente estudados até o momento. Os dados disponíveis indicam que a eliminação de alguns metabólitos (AAA e FAA) é reduzida.
Dados de segurança pré-clínicos
Toxicidade aguda
As doses mínimas letais de Dipirona monoidratada (substância ativa) em camundongos e ratos são: aproximadamente 4000mg/kg de peso corporal por via oral, aproximadamente 2300mg de Dipirona monoidratada (substância ativa) por kg de peso corporal ou 400mg de MAA por kg de peso corporal por via intravenosa. Os sinais de intoxicação foram sedação taquipneia e convulsões pré-morte.
Toxicidade crônica
As injeções intravenosas de Dipirona monoidratada (substância ativa) em ratos (peso corporal 150mg/kg por dia) e cães (50mg/kg de peso corporal por dia) durante um período de 4 semanas foram toleradas.
Foram realizados estudos de toxicidade oral crônica ao longo de um período de 6 meses em ratos e cães:
Doses diárias de até 300mg de peso corporal/kg em ratos e até 100mg/kg de peso corporal de peso em cães não causaram sinais de intoxicação. Doses mais elevadas em ambas espécies causaram alterações químicas do soro e hemossiderose no fígado e baço, também foram detectados sinais de anemia e toxicidade da medula óssea.
Mutagenicidade
Estão descritos na literatura tanto resultados positivos bem como negativos. No entanto, estudos in vitro e in vivo com material específico grau Hoechst não deu indicação de um potencial mutagênico.
Carcinogenicidade
Em estudos em ratos e camundongos NMRI em tempo de vida, a Dipirona monoidratada (substância ativa) não mostrou efeitos cancerígenos.
Toxicidade reprodutiva
Estudos em ratos e coelhos não indicam potencial teratogênico.