A dismenorreia, ou cólica menstrual, afeta cerca de 40% a 90% das mulheres em idade reprodutiva
Dismenorreia, uma palavra de origem grega que significa menstruação difícil, atinge entre 40% a 90% das mulheres em idade reprodutiva. Existem dois tipos de dismenorreia: a primária e a secundária. Em 80% dos casos, as cólicas estão associadas à dismenorreia primária e costumam aparecer nos primeiros anos após a primeira menstruação, também chamada menarca.
A dismenorreia primária é provocada por um aumento na produção da prostaglandina, que é produzida pela camada que reveste o útero, o endométrio. O excesso de prostaglandina durante o período menstrual provoca fortes contrações do útero, o que faz com ele pressione os vasos sanguíneos que estão à sua volta, dificultando o envio de oxigênio a algumas partes do útero. É essa falta de oxigênio que causa a dor.
Já a dismenorreia secundária está associada a distúrbios nos órgãos reprodutivos femininos, como nos ovários ou no próprio útero, e pode estar associada à endometriose, a um mioma ou a uma doença inflamatória pélvica, uma infecção causada por uma bactéria que começa dentro do útero e pode se espalhar pelas trompas. A dismenorreia secundária apresenta os mesmos sintomas da primária.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito com base nos sintomas apresentados pela paciente e no exame clínico, mas pode haver necessidade de um exame complementar de imagem, como a ultrassonografia transvaginal, ressonância magnética e até mesmo cirurgia, como uma laparoscopia – exame que observa toda a cavidade abdominal – ou uma histeroscopia, que observa o interior do útero.
Tratamento da dismenorreia
No caso da dismenorreia primária, o tratamento geralmente é feito com o uso de anti-inflamatórios, indicados pelo médico, e que devem ser tomados um pouco antes ou no início da dor e repetidos em intervalos de seis a oito horas. Pode-se também associar o uso de anti-espasmódicos quando necessário. A utilização de anticoncepcionais pode aliviar os sintomas.
Para as mulheres que sofrem de dismenorreia secundária, o médico pode indicar o uso de anticoncepcionais, que bloqueiam o ciclo hormonal natural e a ovulação, impedindo a produção excessiva de prostaglandina. As pílulas são eficazes em até 90% dos casos mais graves de dismenorreia. O uso de anti-inflamatórios também se faz nesses casos quando se há dor.
Tomar banhos quentes ou usar bolsa de água quente sobre o abdômen pode ajudar a aliviar o desconforto da dismenorreia moderada, e a prática regular de meditação, ioga ou de qualquer outra atividade física, independentemente da medicação, contribui para diminuir a dor e melhorar a sensação de bem-estar. Além disso, os médicos recomendam uma dieta leve para os dias de dor mais intensa.
Caso tenha qualquer dor ou sintoma diferente do habitual, [more title=”agende uma consulta com um médico que atua na área de ginecologia agora mesmo” link=”https://www.drconsulta.com/servicos/consultas/ginecologista“]