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Bula do Dompgran

Como o Dompgran funciona?

A Dompgran é um medicamento que torna mais rápida a movimentação do alimento através do esôfago, estômago e intestinos, de tal maneira que o alimento não fique parado por muito tempo em um mesmo local, ou haja refluxo do mesmo.

O controle dos sintomas é observado progressivamente com o decorrer do tratamento.

Contraindicação do Dompgran

Este medicamento é contraindicado se você

Apresentar sensibilidade (alergia) a qualquer um de seus componentes; sofrer de prolactinoma, uma doença da hipófise; tiver dores de estômago severas ou fezes escuras persistentes; tiver doença hepática (do fígado); estiver utilizando certos medicamentos que desaceleram o metabolismo (a quebra) de outros medicamentos no corpo e que também possam afetar o ritmo cardíaco, como: itraconazol, cetoconazol, posaconazol ou voriconazol, que são usados para tratar infecções fúngicas; eritromicina, claritromicina ou telitromicina, que são antibióticos; amiodarona, um medicamento para o coração; ritonavir ou saquinavir, que são medicamentos para tratar HIV/AIDS; telaprevir, que é um medicamento para hepatite C.

Você deve parar de tomar Dompgran e entrar em contato imediatamente com seu médico se você apresentar ritmo cardíaco anormal.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Como usar o Dompgran

Síndromes dispépticas

Adultos e adolescentes ? 12 anos de idade e com peso ? 35 kg e criancas com peso ? 35 kg

A dose de Dompgran deve ser a menor dose eficaz para a situação individual (tipicamente 30 mg/dia) e pode ser aumentada, se necessário, a uma dose diária oral máxima de 40 mg.

Geralmente, a duração máxima de tratamento não deve exceder uma semana para o tratamento de náusea aguda e vômito. Se a náusea ou o vômito persistirem por mais de uma semana, o paciente deverá consultar seu médico.

Para as outras indicações, a duração inicial do tratamento é de até quatro semanas. Se o tratamento exceder quatro semanas, os pacientes e a necessidade de continuação do tratamento devem ser reavaliados.

10 mg (1 comprimido) 3 vezes ao dia, 15 a 30 minutos antes das refeições e, se necessário, 10 mg (1 comprimido) ao deitar, respeitando a dose diária máxima de 40 mg (4 comprimidos de 10 mg).

Náuseas e vômitos

Adultos e adolescentes ? 12 anos e com peso ? 35 kg e criancas com peso ? 35 kg

A dose de Dompgran deve ser a menor dose eficaz para a situação individual (tipicamente 30mg/dia) e pode ser aumentada, se necessário, até uma dose diária oral máxima de 40 mg. A duração inicial do tratamento é de até quatro semanas. Se o tratamento exceder quatro semanas, os pacientes e a necessidade de continuação do tratamento devem ser reavaliados.

10 mg (1 comprimido) 3 vezes ao dia, 15 a 30 minutos antes das refeições e, se necessário, 10 mg (1 comprimido) ao deitar, respeitando a dose diária máxima de 40 mg (4 comprimidos de 10 mg).

Nota:

Insuficiência renal

Como a meia-vida de eliminação de domperidona é prolongada nos pacientes com insuficiência renal grave (creatinina sérica gt; 6 mg/100 mL, ou seja, gt; 0,6 mmol/L), a frequência da administração de Dompgran deve ser reduzida para 1 ou 2 vezes ao dia, dependendo da severidade do distúrbio, e pode ser necessário reduzir a dose. Pacientes com insuficiência renal grave devem ser avaliados regularmente.

Insuficiência hepática

A Dompgran é contraindicado para pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-Pugh 7 a 9) ou grave (Child-Pugh gt; 9). Não é necessário ajuste de dose para pacientes com insuficiência hepática leve (Child-Pugh 5 a 6).

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Dompgran?

Se você se esquecer de tomar seu medicamento, tome a próxima dose normalmente e continue com seu medicamento como recomendado pelo médico. Não dobre a dose.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Dompgran

Antes de tomar Dompgran, você deverá informar ao seu médico se

Você deve parar de tomar Dompgran e entrar em contato imediatamente com seu médico se você apresentar ritmo cardíaco anormal.

Os comprimidos contêm lactose e podem não ser adequados se você tiver

Se você apresentar qualquer uma destas condições, converse com seu médico antes de tomar Dompgran.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Dompgran

Você pode ter efeitos indesejáveis ao usar Dompgran. A seguir estão listados alguns efeitos adversos (também denominados reações adversas a medicamentos) relacionados ao tratamento com Dompgran.

As seguintes reações adversas foram relatadas por pacientes tratados com domperidona, em 45 estudos clínicos

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Distúrbios psiquiátricos

Depressão, ansiedade, diminuição da libido/perda da libido.

Distúrbios do sistema nervoso

Cefaleia (dor de cabeça), sonolência, acatisia (inquietação psicomotora em que há grande dificuldade para permanecer parado, sentado ou imóvel, com sensação interna de forte tensão).

Distúrbios gastrintestinais

Diarreia.

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo

Erupção cutânea, prurido (coceira).

Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas

Aumento das mamas/ginecomastia, sensibilidade das mamas ao toque, galactorreia (secreção de leite em grande quantidade), amenorreia (falta ou suspensão da menstruação), dor nas mamas, menstruação irregular, distúrbios da lactação.

Distúrbios gerais e condições no local da administração

Astenia (fraqueza muscular).

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Distúrbios do sistema imunológico

Hipersensibilidade (alergia).

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo

Urticária (irritação da pele caracterizada por placas vermelhas e coceira).

Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas

Descarga mamilar, inchaço das mamas.

Adicionalmente às reações adversas relatadas durante os estudos clínicos e listadas previamente, as seguintes reações adversas também foram relatadas durante a experiência de pós-comercialização (frequência baseada nas taxas de relatos espontâneos).

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Distúrbios do sistema imunológico

Reação anafilática (incluindo choque anafilático).

Distúrbios psiquiátricos

Agitação, nervosismo.

Distúrbios do sistema nervoso

Tontura, distúrbios extrapiramidais, convulsão.

Distúrbios cardíacos

Morte cardíaca súbita*, arritmia ventricular grave*.

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo

Angioedema (inchaço da derme e submucosa).

Distúrbios renal e urinário

Retenção urinária.

Investigação

Testes da função hepatica anormais, aumento da prolactina no sangue.

*Baseado em dados epidemiológicos.

População pediátrica

Durante a experiência de pós-comercialização, não houve diferenças entre o perfil de segurança de adultos e crianças, com exceção de distúrbios extrapiramidais que ocorrem principalmente em recém-nascidos e lactentes (até um ano de idade) e outros eventos adversos relacionados ao sistema nervoso central, como convulsão e agitação, que foram relatados principalmente em lactentes e crianças.

Interrompa o tratamento com Dompgran e contate seu médico imediatamente se você tiver qualquer um desses eventos indesejáveis anteriormente descritos.

Se qualquer um desses efeitos se tornarem preocupantes ou se você tiver qualquer outro efeito indesejável, consulte seu médico.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

População Especial do Dompgran

Crianças

Os seguintes efeitos adversos podem ocorrer com maior frequência em crianças do que em adultos:

A quantidade de Dompgran a ser administrada para uma criança deverá ser a menor necessária e pelo menor período e deve ser medida com precisão.

Para evitar superdose em crianças, use suspensão oral.

Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Você não deve dirigir veículos ou operar máquinas se estiver cansado, sonolento ou com tontura após tomar seu medicamento.

Gravidez

Os dados sobre o uso da domperidona durante a gestação são limitados. Um estudo em ratas mostrou toxicidade reprodutiva em uma dose alta, tóxica para a mãe.

O risco potencial em humanos é desconhecido. Portanto, Dompgran deve ser usado durante a gravidez apenas quando justificado pelo benefício terapêutico antecipado.

Se você estiver grávida ou suspeita que possa estar grávida, informe seu médico, pois ele decidirá se você poderá tomar Dompgran.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Amamentação

A quantidade de domperidona que poderia ser ingerida por um lactente através do leite materno é baixa. A dose máxima relativa para o lactente (em %) é estimada como 0,1% do peso materno ajustado à dose. Não se sabe se isto é nocivo ao recém-nascido. Por essa razão, não é recomendado que você amamente se estiver tomando Dompgran.

Composição do Dompgran

Cada comprimido contém:

10 mg de domperidona.

Excipientes:

lactose monoidratada, amido, celulose microcristalina, crospovidona, copovidona, laurilsulfato de sódio, óleo vegetal hidrogenado e estearato de magnésio.

Superdosagem do Dompgran

Superdose tem sido relatada principalmente em lactentes e crianças.

Sinais e sintomas

Se você ingeriu uma grande quantidade de Dompgran você poderá apresentar agitação, alterações no estado de consciência ou transe, convulsões, estado confusional, sonolência, movimentos descontrolados como movimento irregular dos olhos, ou postura anormal, como torção do pescoço (reações extrapiramidais).

Tratamento

Não existe nenhum antídoto específico contra a domperidona, mas no caso de uma grande superdose, uma lavagem gástrica dentro de uma hora de ingestão, assim como a administração de carvão ativado, podem ser úteis.

Supervisão médica e medidas de suporte são recomendadas. Medicamentos anticolinérgicos ou antiparkinsonianos podem ser úteis no controle das reações extrapiramidais.

Você deve procurar atendimento médico imediatamente, especialmente se quem tomou uma superdosagem do medicamento foi uma criança.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder. 

Interação Medicamentosa do Dompgran

A principal via metabólica da Domperidona (substância ativa) é através do CYP3A4. Dados “in vitro” e em humanos demonstram que o uso concomitante de fármacos que inibem esta enzima de forma significativa pode resultar em níveis plasmáticos elevados de Domperidona (substância ativa).

Quando a Domperidona (substância ativa) foi coadministrada com inibidores potentes da CYP3A4 que demonstraram causar prolongamento do intervalo QT, foram observadas alterações clinicamente significativas nos intervalos QT. Portanto, a coadministração de Domperidona (substância ativa) com certos medicamentos é contraindicada.

Deve-se ter cautela quando Domperidona (substância ativa) é coadministrada com inibidores potentes da CYP3A4 que não demonstraram causar prolongamento do intervalo QT ou medicamentos que demonstraram causar prolongamento do intervalo QT.

A administração concomitante de medicamentos anticolinérgicos (exemplos: dextrometorfano, difenidramina) pode antagonizar o efeito antidispéptico de Domperidona (substância ativa).

Teoricamente, como o Domperidona (substância ativa) tem um efeito gastrocinético, ele pode influenciar na absorção de fármacos administrados concomitantemente por via oral, particularmente aqueles com liberação prolongada ou formulações com comprimidos de liberação entérica. Contudo, em pacientes já estabilizados num tratamento com digoxina ou paracetamol, o uso simultâneo da Domperidona (substância ativa) não influencia os níveis sanguíneos destes medicamentos.

Domperidona (substância ativa) pode também ser administrado com:

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Motilium®.

Interação Alimentícia do Dompgran

É recomendado o uso de Domperidona (substância ativa) antes das refeições. Se ele for tomado após as refeições, a absorção do medicamento será retardada.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Motilium®.

Ação da Substância Dompgran

Resultados de Eficácia


De Loose realizou um estudo cruzado duplo-cego, controlado por placebo e comparativo, em 67 pacientes adultos com dispepsia crônica. Os pacientes receberam 10 mg de Domperidona (substância ativa) em modo cego, 10 mg de metoclopramida ou de placebo 4 vezes ao dia durante períodos consecutivos de 2 semanas. A Domperidona (substância ativa) (91% com resultados bons ou excelentes) foi estatística e significativamente superior à metoclopramida (74% com resultados bons ou excelentes, p lt; 0,02) e ao placebo (31% com resultados bons ou excelentes, p lt; 0,001) na melhora global dos sintomas. Além disso, a Domperidona (substância ativa) foi estatística e significativamente superior ao placebo (p ? 0,001) para todos os 9 sintomas (eructação, plenitude após uma refeição pesada, incapacidade de terminar uma refeição normal, distensão abdominal, queimação epigástrica, azia, regurgitações, náuseas e vômitos) e estatística e significativamente superior à metoclopramida (0,001 ? p ? 0,05) para 7 de 9 sintomas, excluindo eructação e distensão abdominal.

Van de Mierop e colaboradores realizaram um estudo duplo-cego, controlado por placebo, em 32 pacientes adultos com dispepsia pós-prandial crônica. Os pacientes foram randomizados para receber 20 mg de Domperidona (substância ativa) (n = 17) ou placebo (n = 15) 3 vezes ao dia antes das refeições por 4 semanas.

Na avaliação global de eficácia, a Domperidona (substância ativa) (71% com resultados bons ou excelentes) foi estatística e significativamente superior ao placebo (13% com resposta boa ou excelente, p lt; 0,001).

Englert e Schlich conduziram um estudo cruzado de 8 semanas, duplo-cego, controlado por placebo, em pacientes adultos com dispepsia pós-prandial crônica. Os pacientes (n = 48) receberam 10 mg de Domperidona (substância ativa) ou placebo 3 vezes ao dia antes das refeições por 4 semanas, antes de serem transferidos à outra medicação em estudo por 4 semanas. A Domperidona (substância ativa) foi estatística e significativamente superior ao placebo (0,001 lt; p = 0,026) para o alívio de todos os sintomas (eructação, sensação de plenitude após as refeições, distensão abdominal, queimação na parte superior do abdômen, azia, regurgitação ácida, náuseas e vômitos).

De Loore e colaboradores realizaram um estudo duplo-cego, controlado por placebo e ativo, em crianças e lactentes que tiveram vômitos e regurgitação crônicos. Um total de 47 pacientes (3 semanas a 8 anos de idade) foram randomizados para receber 1 gota/kg de peso corporal 3 vezes por dia antes das refeições de 0,3 mg/gota de Domperidona (substância ativa), 0,3 mg/gota de metoclopramida ou placebo por 2 semanas. A Domperidona (substância ativa) foi estatística e significativamente superior ao placebo (p lt; 0,001) e à metoclopramida (p lt; 0,05) no controle da náusea e vômitos, após 2 semanas de tratamento.

Clara realizou um estudo duplo-cego, controlado por placebo em crianças que tiveram regurgitação excessiva crônica ou vômito verdadeiro. Um total de 32 pacientes (2,5 meses a 10 anos de idade) foram randomizados para receber 0,3 mg/gota de Domperidona (substância ativa) ou placebo por 4 semanas. Durante as primeiras 2 semanas de tratamento, os pacientes receberam 1 gota/kg de peso corporal 3 vezes por dia antes das refeições; durante as últimas 2 semanas de tratamento, os pacientes receberam 2 gotas/kg de peso corporal 3 vezes por dia antes das refeições. No final do tratamento, a Domperidona (substância ativa) foi estatisticamente superior ao placebo (p lt; 0,05) em relação ao desaparecimento de náuseas ou ânsia de vômito, vômitos e regurgitação.

Esseboom e colaboradores realizaram um estudo duplo-cego, controlado por placebo e ativo, para avaliar as náuseas e vômitos tardios em pacientes adultos com câncer de mama metastático ou carcinoma ovariano avançado que estavam recebendo quimioterapia para câncer altamente emetogênica. Um total de 60 pacientes (20/grupo) que apresentavam êmese totalmente suprimida no dia da quimioterapia foram randomizados para receber tratamento em modo cego com 20 mg de Domperidona (substância ativa), 8 mg de ondansetrona, ou placebo 3 vezes por dia durante 5 dias consecutivos após a quimioterapia. A Domperidona (substância ativa) (2/20 pacientes sintomáticos) foi estatisticamente superior à ondansetrona (9/20 pacientes sintomáticos, p lt; 0,05) e ao placebo (18/20 pacientes sintomáticos, p lt; 0,001) no alívio de náuseas e vômitos tardios em pacientes que estavam recebendo quimioterapia para câncer altamente emetogênica. Quinn e colaboradores realizaram um estudo cruzado, cego, controlado por placebo, em 20 pacientes com parkinsonismo tratados com bromocriptina. Os pacientes receberam 50 mg de Domperidona (substância ativa), ou placebo 3 vezes por dia antes de cada dose de bromocriptina.

Os pacientes foram divididos em dois grupos:

Grupo A (n = 10) recebeu placebo, Domperidona (substância ativa), placebo, Domperidona (substância ativa), na Fase I, II, III e IV, respectivamente, e 2) Grupo B (n = 10) recebeu Domperidona (substância ativa), placebo, Domperidona (substância ativa) na Fase I (sem Fase II), III e IV, respectivamente.

Os resultados para os pacientes do Grupo A são os seguintes:

Durante a Fase I (placebo), 9 de 10 pacientes apresentaram náuseas ou náuseas e vômitos; durante a Fase II (Domperidona (substância ativa)), 7 de 9 pacientes foram protegidos destes eventos gastrintestinais; durante a Fase III (placebo), 6 de 10 pacientes tiveram náusea; e durante a Fase IV (Domperidona (substância ativa)), náusea não foi apresentada pelos pacientes que tiveram este evento durante a Fase III. Os resultados para os pacientes do Grupo B são os seguintes: durante a Fase I (Domperidona (substância ativa)), nenhum paciente apresentou náuseas, e 1 de 10 pacientes apresentou vômitos; durante a Fase III (placebo), 7 de 10 pacientes tiveram náuseas; durante a Fase IV (Domperidona (substância ativa)), náusea não foi apresentada pelos pacientes que tiveram este evento durante a Fase III.

Referências

1) Clara R. Chronic regurgitation and vomiting treated with Domperidone (R 33 812). A multicenter evaluation. Acta Pediatr Belg. 1979; 32:203-207.
2) De Loore I, Van Ravensteyn H, Ameryckx L. Domperidone drops in the symptomatic treatment of chronic paediatric vomiting and regurgitation. A comparison with metoclopramide. Postgrad Med J. 1979; 55 (Suppl. 1):40-42.
3) De Loose F. Domperidone in chronic dyspepsia: a pilot open study and a multicentre general practice crossover comparison with metoclopramide and placebo. Pharmatherapeutica 1979; 2:140-146.
4) Englert W, Schlich D. A double-blind crossover trial of domperidone in chronic postprandial dyspepsia. Postgrad Med J 1979; 55 (Suppl. 1):28-29.
5) Esseboom EU, Rojer RA, Borm JJJ, Statius van Eps LW. Prophylaxis of delayed nausea and vomiting after cancer chemotherapy. Netherlands J Med. 1995; 47:12-17.
6) Quinn N, Illas A, Lhermitte F, Agid Y. Bromocriptine and domperidone in the treatment of Parkinson disease. Neurology. 1981; 31:662-667.
7) Van de Mierop L, Rutgeerts B, Van den Langenbergh, Staessen A. Oral domperidone in chronic postprandial dyspepsia: A double-blind placebo-controlled evaluation. Digestion 1979; 19:244-250.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Motilium®.

Características Farmacológicas


Os distúrbios digestivos provocados por uma discinesia esôfago-gastro-duodenal pós-prandial, correspondem hoje a uma das síndromes mais frequentes que se apresentam na prática clínica. Pelas suas manifestações funcionais – distensão gástrica, azia, pirose ou mesmo dores epigástricas – esta síndrome traduz, frequentemente, uma desarmonia motora do esfíncter inferior do esôfago, das contrações antrais e do ritmo de abertura e fechamento do esfíncter pilórico. Consequentemente à sua ação antidopaminérgica, Domperidona (substância ativa) restaura a harmonia rítmica motora do esôfago, estômago e duodeno, possibilitando a reorganização da sequência das etapas digestivas. Além disso, a Domperidona (substância ativa) possui potente ação antiemética.

Propriedades farmacodinâmicas

Domperidona (substância ativa) contém Domperidona (substância ativa), um antagonista da dopamina com propriedades antieméticas. A Domperidona (substância ativa) não atravessa imediatamente a barreira hematoencefálica. Nos usuários de Domperidona (substância ativa), especialmente em adultos, os efeitos extrapiramidais são muito raros, mas a Domperidona (substância ativa) estimula a liberação de prolactina a partir da hipófise. Os seus efeitos antieméticos podem ser devidos a uma combinação de um efeito periférico (gastrocinético) com o antagonismo dos receptores dopaminérgicos na zona quimioreceptora de gatilho, que fica fora da barreira hematoencefálica na área postrema.

Estudos em animais e as baixas concentrações encontradas no cérebro indicam um efeito periférico predominante da Domperidona (substância ativa) nos receptores dopaminérgicos.

Estudos em humanos mostram que a Domperidona (substância ativa) oral aumenta a pressão esofágica inferior, melhora a motilidade antroduodenal e acelera o esvaziamento gástrico. Não há qualquer efeito sobre a secreção gástrica.

Efeito no intervalo QT/QTc e na eletrofisiologia cardíaca

Conforme estabelecido em guias do ICH-E14, foi realizado um estudo completo de intervalo QT em pacientes saudáveis. Este estudo foi conduzido utilizando as doses supraterapêuticas recomendadas (10 e 20 mg, administrado 4 vezes ao dia) e incluiu um placebo, um comparador ativo e um controle positivo. Neste estudo observou-se uma diferença máxima do intervalo QTc entre a Domperidona (substância ativa) e o placebo em médias dos mínimos quadrados na alteração em relação ao basal de 3,4 mseg para 20 mg de Domperidona (substância ativa) administrada 4 vezes ao dia, no Dia 4 e o intervalo de confiança de 90% bicaudal (1,0; 5,9 mseg) não excedeu 10 mseg. O prolongamento no intervalo QT observado neste estudo quando a Domperidona (substância ativa) foi administrada de acordo com o esquema posológico recomendado, não é clinicamente relevante.

Esta falta de relevância clínica é corroborada pela farmacocinética e pelos dados de intervalo QTc a partir de dois estudos anteriores, os quais envolveram o tratamento de 5 dias com 20 mg e 40 mg de Domperidona (substância ativa), administrada 4 vezes ao dia. Os eletrocardiogramas foram gravados antes do estudo, 1 hora após a dose da manhã (aproximadamente no tmáx) no Dia 5 e 3 dias após. Em ambos estudos, não foi observada diferença no intervalo QTc entre o tratamento ativo e o placebo. Portanto, foi concluído que a administração de doses diárias de 80 e 160 mg de Domperidona (substância ativa) não teve efeito clinicamente significativo no intervalo QTc de pacientes saudáveis.

Lactentes e crianças ? 12 anos de idade

Foi realizado um estudo prospectivo multicêntrico, duplo cego, randomizado, controlado por placebo e de grupos paralelos para avaliação da segurança e eficácia da Domperidona (substância ativa) em 292 crianças com gastroenterite aguda com idade entre 6 meses e 12 anos (idade mediana de 7 anos). Além do tratamento de reidratação oral (TRO), pacientes randomizados receberam suspensão oral de Domperidona (substância ativa) a 0,25 mg/kg (até um máximo de 30 mg de Domperidona (substância ativa)/dia) ou placebo, 3 vezes ao dia, por até 7 dias. Este estudo não alcançou o objetivo principal, que foi demonstrar que a suspensão de Domperidona (substância ativa) mais TRO é mais eficaz do que placebo mais TRO na redução da porcentagem de indivíduos sem episódios de vômito durante as primeiras 48 horas após a primeira administração do tratamento.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Em pacientes em jejum, a Domperidona (substância ativa) é rapidamente absorvida após administração oral, com concentrações plasmáticas máximas ocorrendo aproximadamente 60 minutos após administração. Os principais parâmetros farmacocinéticos após administração de doses únicas ou múltiplas (administradas 4 vezes ao dia) de comprimidos de 10 mg de Domperidona (substância ativa) a pacientes saudáveis são apresentados na tabela abaixo. Os valores de Cmax e ASC da Domperidona (substância ativa) aumentaram proporcionalmente à dose no intervalo de dose de 10 mg a 20 mg.

Principais parâmetros farmacocinéticos de Domperidona (substância ativa) após a administração de doses únicas e múltiplas (administradas 4 vezes ao dia) de comprimidos de 10 mg de Domperidona (substância ativa) a pacientes saúdáveis

Parâmetro farmacocinético

Doses de 10 mg de Domperidona (substância ativa) administradas quatro vezes ao dia

Média

Dia 1

Dia 4

n

40

40

Cmín, ng/mL

NA

5,26 (CV: 31,1%)

Cmáx, ng/mL

11,6 (CV: 50,8%)

17,3 (CV: 35,4%)

Tmáx, ha

1,02 (intervalo: 0,52 – 5,02)

1,02 (intervalo: 0,50 – 4,03)

ASC5h, ng.h/mL

20,4 (CV: 34,4%)

47,8 (CV: 30,5%)

a Mediana (intervalo).
AUC: área sob a curva.
NA: não aplicável.
CV: coeficiente de variação.
Fonte: Estudo DOM-DYP-1001.

A baixa biodisponibilidade absoluta da Domperidona (substância ativa) oral (aproximadamente 15%) é devida a um extensivo metabolismo na primeira passagem pela parede intestinal e fígado. Apesar da
biodisponibilidade da Domperidona (substância ativa) ser aumentada nos indivíduos normais quando tomada após as refeições, pacientes com queixas gastrintestinais devem tomar a Domperidona (substância ativa) 15-30 minutos antes das refeições. A redução da acidez gástrica perturba a absorção da Domperidona (substância ativa). A biodisponibilidade oral de Domperidona (substância ativa) é diminuída pela administração prévia e concomitante de cimetidina e bicarbonato de sódio. O tempo do pico de absorção é ligeiramente retardado e a AUC levemente aumentada quando o medicamento é tomado por via oral após as refeições.

Distribuição

A ligação a proteínas plasmáticas da Domperidona (substância ativa) é de 91-93%. Os estudos de distribuição com o fármaco radiomarcado em animais mostrou uma ampla distribuição tecidual, mas baixas concentrações no cérebro. Pequenas quantidades do medicamento atravessam a placenta em ratas.

Metabolismo

A Domperidona (substância ativa) sofre um rápido e extenso metabolismo hepático pela hidroxilação e N-dealquilação.

Experimentos do metabolismo “in vitro” com inibidores diagnósticos revelaram que o CYP3A4 é a principal forma do citocromo P-450 envolvida na N-dealquilação da Domperidona (substância ativa), enquanto que o CYP3A4, o CYP1A2 e o CYP2E1 estão envolvidos na hidroxilação aromática da Domperidona (substância ativa).

Excreção

As excreções urinária e fecal são respectivamente de 31 e 66% da dose oral. A proporção de medicamento excretado inalterado é pequena (10% da excreção fecal e aproximadamente 1% da excreção urinária). A meia-vida plasmática após a dose oral única é 7-9 horas em indivíduos saudáveis, mas é prolongada em pacientes com insuficiência renal severa.

Insuficiência hepática

Em indivíduos com insuficiência hepática moderada (escore de Pugh 7 a 9 e Child-Pugh B), a AUC e a Cmáx de Domperidona (substância ativa) é 2,9 e 1,5 vezes maiores, respectivamente, quando comparadas a indivíduos saudáveis. A fração não ligada é aumentada em 25% e a meia-vida de eliminação terminal é prolongada de 15 para 23 horas. Indivíduos com insuficiência hepática leve tem menor exposição sistêmica do que indivíduos saudáveis, baseando na Cmáx e AUC, sem alteração na ligação às proteínas plasmáticas ou na meia-vida terminal. Indivíduos com insuficiência hepática severa não foram estudados.

Insuficiência renal

Em pacientes com insuficiência renal severa (creatinina sérica gt; 6 mg/100 mL ou gt;0,6 mmol/L) a meia-vida de Domperidona (substância ativa) aumenta de 7,4 para 20,8 horas, mas os níveis plasmáticos do medicamento foram inferiores aos de voluntários com função renal normal. Uma pequena quantidade inalterada é excretada pela via renal (aproximadamente 1%).

Dados pré-clínicos

Em dose alta e tóxica para as ratas mães de 200 mg/kg/dia, foram observados efeitos teratogênicos nos ratos (anormalidades dos órgãos, tais como anoftalmia, microftalmia e deslocamento da artéria subclávia). A significância clínica desses achados é desconhecida. Não foi observada teratogenicidade em camundongos e coelhos.

Estudos eletrofisiológicos “in vitro” e “in vivo” mostraram que a Domperidona (substância ativa), em concentrações altas, pode prolongar o intervalo QTc.

Em ratos juvenis, um nível sem eventos adversos observados de 10 mg/kg foi observado após a administração de 30 dias de doses intraperitoniais repetidas, uma vez ao dia. Doses únicas intraperitoniais ou intravenosas mostraram valores de DL50 similares (intervalo médio 53-76 mg/kg) tanto em ratos juvenis como em adultos.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Motilium®.

Cuidados de Armazenamento do Dompgran

Manter o medicamento à temperatura ambiente (15 a 30ºC). Proteger da luz e manter em lugar seco.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Comprimido circular, branco, biconvexo e monossectado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Dompgran

Registro MS nº. 1.6773.0457.

Farm.Resp.:

Dra. Maria Betânia Pereira
CRF – SP nº 37.788

Registrado por:

Legrand Pharma Indústria Farmacêutica LTDA
Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença, Km 08,
Bairro Chácara Assay
CEP 13.186-901 – Hortolândia / SP
CNPJ nº. 05.044.984/0001-26
Indústria brasileira.

Fabricado por:

EMS S/A
Hortolândia/SP

Venda sob prescrição médica.

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