Bula do Extavia
Como o Extavia funciona?
Converse com o seu médico para obter maiores esclarecimentos sobre a ação do produto e sua utilização.
Contraindicação do Extavia
O produto é contraindicado para pacientes alérgicos à betainterferona natural ou recombinante ou a qualquer outro ingrediente de Extavia. O produto deve ser utilizado com precaução em pacientes que apresentam outras doenças, portanto, é importante informar ao médico sobre qualquer doença atual ou anterior.
Como usar o Extavia
Instrução para autoadministração
As instruções seguintes destinam-se a explicar como se deve preparar Extavia para administração e como você deve injetar em si próprio. Leia atentamente as instruções e siga-as passo a passo. O seu médico ou enfermeiro (a) irão ajudá-lo a aprender o processo de autoadministração. Não tente injetar em si próprio até ter a certeza de que compreendeu como preparar a injeção e administrá-la.
Parte I: Instruções passo a passo
Conselhos gerais
Tenha um bom começo!
Você verá que dentro de algumas semanas o seu tratamento passará a ser uma parte natural da sua rotina. No começo você pode considerar as seguintes dicas úteis.
- Estabeleça um espaço permanente de armazenamento num local apropriado, fora do alcance das crianças, de modo que o seu Extavia e o restante material sejam sempre fáceis de encontrar.
- Tente administrar sua injeção no mesmo horário todos os dias. Deste modo será mais fácil lembrar e planejar um horário quando você não será interrompido.
- Prepare cada dose apenas quando estiver pronto para recebê-la. Após misturar o Extavia, a injeção deve ser administrada imediatamente.
Tenha em mente as seguintes dicas importantes.
- Seja consistente.
- Mantenha as suas seringas e o recipiente para descarte de seringas fora do alcance das crianças; se possível, tranque este material.
- Nunca reutilize seringas nem agulhas.
- Utilize sempre uma técnica estéril (asséptica) conforme descrito.
- Sempre coloque as seringas usadas no recipiente para descarte adequado.
Preparando-se para receber sua medicação
Escolha de um local de injeção.
Antes de preparar a sua medicação, escolha o local onde será a injeção. Você deve injetar Extavia na camada de gordura entre a pele e o músculo (isto é, subcutaneamente a cerca de 8 a 12 mm abaixo da pele). Os melhores locais para administração de injeções são aqueles em que a pele está relaxada e macia e que estejam afastados de articulações, nervos e ossos, como, por exemplo, o abdômen, o braço, a coxa ou as nádegas.
Importante:
nunca use uma área onde sinta caroços, inchaços, nódulos firmes, dor ou uma zona da pele que esteja descolorada, com concavidades, crostas ou fissuras. Fale com o seu médico ou com o profissional de saúde sobre estas ou quaisquer outras situações anormais que possa encontrar.
O local de injeção deve ser alternado em cada aplicação. Se algumas áreas forem muito difíceis de alcançar, você pode precisar que um familiar ou um amigo o ajude com as injeções. Siga a sequência descrita no esquema no fim do Anexo, você voltará ao seu primeiro local de injeção após 8 aplicações (16 dias). Isto dará a cada local a possibilidade de se recuperar totalmente antes de receber uma nova injeção.
Consulte o esquema de rotação no final deste Anexo para saber como escolher um local para a injeção. Também está incluído um exemplo de registo das aplicações que lhe dará uma ideia de como controlar os seus locais de injeção e as respectivas datas.
Você vai precisar do medicamento:
- 1 frasco de Extavia injetável (com pó para solução injetável).
- 1 seringa preenchida com diluente para Extavia (solução de cloreto de sódio (0,54% (p/v)).
Para reconstituir e aplicar o seu medicamento você vai precisar dos seguintes componentes:
- 1 agulha adequada para reconstituição.
- 1 agulha de calibre 30 para injeção.
- Lenços umedecidos com álcool.
Você também vai precisar de um recipiente adequado para descartar as seringas e agulhas usadas.
Alternativamente, você pode utilizar um kit de aplicação para a administração de Extavia que contém adaptadores para reconstituir o seu medicamento, agulhas de calibre 30 para injetar o seu medicamento e lenços umedecidos com álcool, assim como as instruções de utilização destes componentes.
As agulhas de calibre 30 fornecidas com o kit de aplicação para a administração de Extavia podem ser usadas quer para injeção manual.
Para a assepsia da pele utilize um antisséptico apropriado.
Reconstituição da solução passo a passo
- Lave muito bem as mãos com água e sabão antes de iniciar o procedimento.
- Abra o frasco-ampola de Extavia e coloque-o sobre a mesa. É melhor usar o polegar em vez da unha, uma vez que pode quebrá-la.
- Limpe o topo do frasco-ampola com um lenço umedecido com álcool, movendo-o apenas numa direção e deixe-o sobre o topo do frasco.
- Retire a seringa preenchida com diluente da embalagem. Remova a tampa da seringa rosqueando-a. Tenha cuidado para não tocar na extremidade exposta da seringa. Não empurre o êmbolo.
- Retire a agulha adequada para reconstituição do seu invólucro e coloque-a firmemente na ponta (bocal) da seringa. Retire a proteção da agulha. Não toque na agulha.
- Segurando no frasco-ampola de Extavia sobre uma superfície estável, introduza lentamente a agulha da seringa (que contém 1,2 mL de líquido) por completo, através da tampa do frasco-ampola.
- Empurre lentamente o êmbolo, direcionando a agulha para o lado para permitir que o líquido escorra no interior do frasco-ampola.
Injetar o diluente diretamente no pó provoca a formação excessiva de espuma.
Transfira todo o diluente para o frasco-ampola. Solte o êmbolo.
- Depois que o diluente da seringa for completamente injetado no frasco-ampola de Extavia, segure no frasco com o polegar, indicador e dedo médio com a agulha e a seringa apoiadas na sua mão e agite cuidadosamente o frasco-ampola até o pó de Extavia se dissolver completamente.
Não agite o frasco para injetáveis.
- Examine cuidadosamente a solução. Esta deve estar límpida e sem partículas. Se a solução estiver descolorada ou contiver partículas, elimine-a e recomece com nova seringa e frasco-ampola retirados da sua embalagem.
No caso de presença de espuma – o que pode acontecer se o frasco for agitado ou misturado muito vigorosamente – deixe o frasco repousar até que a espuma se dissipe.
Preparo da solução injetável
- Para aspirar a solução de volta para dentro da seringa, vire o conjunto seringa-frasco-ampola de modo que a agulha fique apontada para cima. Recue ligeiramente a agulha no interior do frasco de modo que a sua ponta fique no ponto mais baixo do frasco-ampola.
Mantenha a ponta da agulha no líquido e puxe lentamente o êmbolo para aspirar toda a solução para a seringa.
- Qualquer ar em excesso sobe para o topo da solução. Remova as bolhas de ar batendo suavemente na seringa e empurre o êmbolo até a marcação de 1 mL, ou até ao volume prescrito pelo seu médico.
Se muita solução entrar no frasco-ampola juntamente com as bolhas de ar, puxe ligeiramente o êmbolo e aspire novamente a solução do frasco-ampola para dentro da seringa. Repita este passo até que todo ar tenha sido retirado e a seringa contenha 1 mL de solução reconstituída.
- Desconecte a seringa da agulha. Deixe a agulha no frasco-ampola.
- Tire a agulha de calibre 30 do seu invólucro e coloque-a firmemente na ponta (bocal) da seringa.
- Descarte o frasco-ampola e a porção restante não utilizada da solução no recipiente adequado para descarte.
- Você agora está pronto para administrar a injeção.
Se, por qualquer motivo, não for possível aplicar Extavia imediatamente, você pode conservar a solução reconstituída na seringa na geladeira por até 3 horas antes de a utilizar. Certifique-se de que a tampa da agulha está fixada corretamente enquanto a seringa é armazenada na geladeira.
Não congele a solução e não espere mais de 3 horas para a administrar.
Se passarem mais de 3 horas, descarte o medicamento e prepare uma nova injeção. Quando for utilizar a solução, aqueça-a entre as mãos antes de a injetar para evitar dores.
Administração da injeção manualmente
- Escolha um local para a injeção (ver os conselhos no início e os desenhos no final deste Anexo) e anote este local no seu registo de medicação.
- Utilize um lenço umedecido com álcool para limpar a pele no local da injeção. Deixe a pele secar com o ar.
Elimine o lenço.
Para a assepsia da pele utilize um antisséptico apropriado.
- Remova a tampa da agulha, puxando a tampa sem rosquear.
- Aperte suavemente a pele em torno do local onde foi feita a assepsia (de modo a levantá-lo ligeiramente).
- Segurando na seringa como se fosse um lápis ou um dardo, introduza a agulha na pele num ângulo de 90°, com um movimento rápido e firme.
- Aplique o medicamento empurrando o êmbolo de maneira lenta e firme. (Empurre completamente o êmbolo até a seringa ficar vazia).
- Elimine a seringa no recipiente para descarte.
Revisão rápida do procedimento
Retire o material necessário (1 frasco-ampola, 1 seringa preenchida, 2 lenços umedecidos com álcool, agulha adequada para reconstituição, agulha de calibre 30 para injeção).
Retire a tampa do frasco-ampola e limpe a tampa de borracha com um lenço umedecido com álcool.
Retire da embalagem a agulha adequada para reconstituição e prenda-a na seringa da qual você removeu a tampa da ponta anteriormente.
Empurre completamente o êmbolo para transferir o diluente da seringa para o frasco-ampola.
Vire o conjunto da seringa-frasco-ampola ao contrário, depois puxe o êmbolo para aspirar a solução.
Desconecte a seringa da agulha, deixando a agulha no frasco-ampola e descarte ambos.
Retire da embalagem a agulha de calibre 30 e conecte-a na seringa.
Remova a tampa da agulha imediatamente antes da injeção — agora você está pronto para administrar a injeção.
Nota:
A injeção deve ser administrada imediatamente após a mistura (se houver um atraso na injeção, manter a solução na geladeira e injetá-la num período máximo de 3 horas). Não congele a solução.
Parte II: Alternando os locais de injeção
Você deve escolher um novo local para cada aplicação para permitir que o local se recupere e para ajudar a prevenir infecções. As recomendações sobre quais áreas escolher estão na primeira parte deste Anexo. É aconselhável saber qual o local onde você planeja administrar a injeção antes de preparar a sua seringa. O esquema indicado no diagrama que se segue irá ajudá-lo a alternar adequadamente os locais. Por exemplo, se administrar a primeira injeção no lado direito do abdômen, escolha, para a segunda injeção, o lado esquerdo, depois passe para a coxa direita para a terceira injeção, e continue através do diagrama até ter usado todas as áreas adequadas do corpo. Mantenha um registo do local e da data da última injeção. Uma maneira de fazer isto é anotar a informação na ficha de registo de medicação inclusa.
Seguindo este esquema, você chegará novamente ao primeiro local de aplicação (p.ex.: o lado direito do abdômen) após 8 injeções (16 dias). Isto se chama Ciclo de Rotação. No esquema exemplificado, cada área é dividida novamente em 6 locais de injeção (que no total perfazem 48 locais de injeção), parte esquerda, direita, superior, média e inferior de cada área. Se você voltar a uma zona após um Ciclo de Rotação, escolha o local de injeção mais distante dentro desta área. Se uma área ficar dolorida, fale com o seu médico ou enfermeiro sobre a escolha de outros locais de injeção.
Esquema de rotação
Para ajudar você a alternar devidamente os locais de injeção, recomendamos que mantenha um registo da data e do local da injeção. Você pode utilizar o seguinte esquema de rotação.
Efetue cada ciclo de rotação em sequência. Cada ciclo é constituído por 8 injeções (16 dias), que são administradas por ordem da área 1 até à área 8. Seguindo esta sequência, você dará a cada zona a possibilidade de se recuperar antes de receber uma nova injeção.
Ciclo de rotação 1 | Parte superior esquerda de cada área |
Ciclo de rotação 2 | Parte inferior direita de cada área |
Ciclo de rotação 3 | Parte média esquerda de cada área |
Ciclo de rotação 4 | Parte superior direita de cada área |
Ciclo de rotação 5 | Parte inferior esquerda de cada área |
Ciclo de rotação 6 | Parte média direita de cada área |
Parte III: registro de medicação de Extavia
Instruções para controlar os seus locais de injeção e respectivas datas:
- Comece pela sua primeira injeção (ou a sua última injeção, caso não seja um novo utilizador de Extavia).
- Escolha um local de injeção. Se você já estiver utilizando Extavia, comece pela área que não foi usada durante o último ciclo de rotação, isto é, nos últimos 16 dias.
- Após a injeção, registe o local utilizado e a respectiva data na tabela do seu registo de medicações (Consulte o exemplo: Controle dos locais de injeção e respectivas datas).
O tratamento com Extavia deve ser realizado com a supervisão de um médico experiente no tratamento da Esclerose Múltipla.
Posologia do Extavia
A dose recomendada de Extavia é de 0,25 mg (8 milhões de UI), contida em 1 mL da solução reconstituída, devendo ser injetada por via subcutânea, em dias alternados.
Geralmente, a titulação da dose é recomendada no início do tratamento.
Os pacientes devem iniciar o tratamento com 0,0625 mg (0,25 mL), por via subcutânea, em dias alternados, e aumentar a dose gradualmente para 0,25 mg (1,0 mL), em dias alternados. O período de titulação pode ser ajustado de acordo com a tolerabilidade individual.
Siga cuidadosamente as orientações do seu médico. Qualquer reação inesperada deve ser comunicada imediatamente ao médico.
A aplicação do produto pode ser feita pelo médico, por um assistente, ou pelo próprio paciente, desde que este tenha sido cuidadosa e suficientemente orientado e treinado.
Para a autoadministração de Extavia, siga as instruções detalhadas, em anexo, para a preparação da solução e para a autoinjeção subcutânea.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Extavia?
Se ocorrer esquecimento da aplicação de uma injeção, deve-se aplicá-la tão logo o fato seja lembrado. A injeção seguinte deve ser administrada 48 horas mais tarde.
Não administre uma dose dobrada para compensar doses individuais esquecidas.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Extavia
Não se deve utilizar Extavia em pacientes com menos de 18 anos de idade, pois o produto não foi investigado nesta faixa de idade.
Extavia deve ser administrado com precaução em pacientes com antecedentes de convulsões, história ou ocorrência de depressão ou ideias suicidas ou em pacientes que apresentem perturbações cardíacas. A administração também deve ser cuidadosa se o paciente estiver tomando outros medicamentos.
Microangiopatia Trombótica
Durante o tratamento pode ocorrer formação de coágulos em pequenos vasos sanguíneos. Estes coágulos podem afetar seus rins. Isto pode ocorrer depois de semanas a anos após iniciar o uso de Extavia (betainterferona 1b). Se necessário, o médico poderá solicitar exames de sangue (contagem de plaquetas), da função dos seus rins e verificar sua pressão sanguínea. Caso você note sangramentos ou hematomas (manchas roxas), diminuição na quantidade de urina, inchaço nas pernas, ou desenvolvimento de pressão sanguínea alta, reporte imediatamente estes sintomas ao seu médico.
A tampa removível da seringa preenchida de Extavia contém um derivado do látex de borracha natural. Embora o derivado do látex de borracha natural não seja detectado na tampa, a segurança do uso da seringa preenchida de Extavia em pacientes sensíveis ao látex não foi estudada.
Alguns medicamentos podem ter a atividade modificada por Extavia, devido a isto, deve-se informar ao médico sobre qualquer medicamento que esteja tomando antes do início ou durante o tratamento.
Informações ao paciente
Antes de iniciar o uso de um medicamento, é importante ler as informações contidas na bula, verificar o prazo de validade e a integridade da embalagem. Mantenha a bula do produto sempre em mãos para qualquer consulta que se faça necessária.
Reações Adversas do Extavia
Como todos os medicamentos, Extavia pode causar reações adversas.
Foram observados frequentemente sintomas semelhantes aos gripais (febre, calafrio, dor nas articulações, mal-estar, transpiração, dor de cabeça ou dor muscular). A ocorrência destas reações diminui com o passar do tempo. Geralmente, um aumento gradual da dose é recomendado no início do tratamento a fim de aumentar a tolerabilidade de Extavia. Sintomas semelhantes aos gripais também podem ser reduzidos com a administração de anti-inflamatórios não- esteroidais. Consulte seu médico para maiores informações.
Podem ocorrer frequentemente reações no local da injeção, incluindo vermelhidão, inchaço, alteração de cor, inflamação, dor, aumento de sensibilidade local, rachaduras na pele e destruição de tecido (necrose) e reações não específicas. A ocorrência de reações no local da injeção geralmente diminui com o passar do tempo. Pode ocorrer o aparecimento de lúpus eritematoso induzido por drogas em uma frequência desconhecida.
Se ocorrerem rachaduras na pele que possam ser associadas a inchaço ou escoamento de fluido a partir do local da injeção, consulte o médico antes de continuar o tratamento com Extavia.
Foram relatados efeitos adversos relacionados ao Sistema Nervoso Central (SNC), incluindo estados depressivos e ideias suicidas. Se tais sintomas ocorrerem durante o tratamento, o médico deve ser imediatamente informado.
Reações sérias de hipersensibilidade são raras, porém, se ocorrerem, procure o médico imediatamente.
Nas doses recomendadas podem ocorrer alterações em parâmetros sanguíneos ou mesmo desenvolvimento de outros sintomas associados ao uso do medicamento.
Pode ocorrer microangiopatia trombótica (coágulos nos pequenos vasos sanguíneos, os quais podem afetar os seus rins).
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
População Especial do Extavia
Dirigir e operar máquinas
Durante o tratamento com Extavia, recomenda-se cautela quando o paciente dirigir veículos ou operar máquinas, pois a sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Gravidez e amamentação
Informe imediatamente seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.
Informe ao médico se estiver amamentando, para que os procedimentos adequados possam ser adotados.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Composição do Extavia
Apresentações
Extavia 0,25 mg/mL – embalagem contendo 15 frascos-ampola com liofilizado de 0,3 mg de betainterferona 1b recombinante + 15 seringas de 2,25 mL preenchidas com 1,2 mL de diluente.
Via subcutânea.
Uso adulto.
Composição
Cada frasco-ampola com o liofilizado é formulado de maneira a conter:
0,3 mg (9,6 milhões de UI) de betainterferona 1b recombinante.
Excipientes:
albumina humana e manitol.
Cada seringa preenchida com diluente contém:
1,2 mL de solução de cloreto de sódio 0,54% para a reconstituição de Extavia (betainterferona 1b).
Após a reconstituição, cada 1 mL da solução contém:
0,25 mg (8 milhões de UI) de betainterferona 1b recombinante.
Superdosagem do Extavia
Caso ocorra superdose acidental, deve-se consultar o médico.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Extavia
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Ação da Substância Extavia
Resultados de eficácia
Pacientes portadores da forma secundária progressiva tratados com Betainterferona 1b (substância ativa) apresentaram retardamento de até 12 meses na progressão da incapacidade, mesmo considerando o período para atingir estágios altamente incapacitantes, ou seja, aqueles onde o paciente depende de cadeira de rodas para qualquer locomoção. Este retardamento no avanço da incapacidade foi observado em pacientes com ou sem exacerbações e em todos os níveis de incapacidade investigados (EDSS – escala expandida do grau de incapacidade – 3 a 6,5).
Tanto os pacientes portadores de Esclerose Múltipla recorrente-remitente quanto os portadores de Esclerose Múltipla secundária progressiva que receberam Betainterferona 1b (substância ativa) apresentaram redução na frequência (30%) e na gravidade das exacerbações clínicas, bem como um prolongamento do intervalo sem surtos. O número de hospitalizações e a utilização de esteroides devido à doença foram reduzidos.
Adicionalmente, tanto na Esclerose Múltipla recorrente-remitente, quanto na forma secundária progressiva, Betainterferona 1b (substância ativa) demonstrou efeito benéfico significativo sobre a extensão das lesões (avaliado por Imagem por Ressonância Magnética – IRM, ponderada em T2) e novas lesões ativas tanto em pacientes que apresentam EMRR (avaliado a cada 6 semanas por IRM) quanto em pacientes que apresentam EMSP (avaliado mensalmente por IRM ponderada em T1, realçada por gadolínio, do 1o ao 6o mês e do 19o ao 24o mês de tratamento). Sabe-se que existe correlação entre o aumento da extensão das lesões avaliadas por IRM e o aumento da incapacidade avaliada pela escala expandida do grau de incapacidade (EDSS).
Características Farmacológicas
Grupo Farmacoterapêutico:
citocinas, interferonas.
Código ATC:
L03AB08.
Farmacodinâmica
As interferonas pertencem à família das citocinas (proteínas naturais) e possuem pesos moleculares em torno de 15.000 a 21.000 daltons. Os três grupos principais de interferonas foram classificados em alfa, beta e gama. Alfainterferona, betainterferona e gamainterferona apresentam atividades biológicas que se sobrepõem, apesar de serem, também, distintas. As atividades biológicas da Betainterferona 1b (substância ativa) são restritas à espécie e, portanto, as informações farmacológicas mais pertinentes baseiam-se em estudos efetuados em culturas de células humanas ou em estudos in vivo em seres humanos.
Foi demonstrado que a Betainterferona 1b (substância ativa) possui atividade antiviral e imunorreguladora. Os mecanismos pelos quais a Betainterferona 1b (substância ativa) exerce sua ação na Esclerose Múltipla não estão totalmente esclarecidos. Entretanto, sabe-se que as propriedades da Betainterferona 1b (substância ativa), como modificador de resposta biológica, são mediadas pela sua interação com receptores celulares específicos encontrados na superfície de células humanas. A ligação da Betainterferona 1b (substância ativa) a estes receptores induz a expressão de certo número de produtos de genes, os quais se acredita serem os mediadores das ações biológicas da Betainterferona 1b (substância ativa). Alguns destes produtos foram avaliados no soro e em frações celulares de sangue colhido de pacientes tratados com Betainterferona 1b (substância ativa). A Betainterferona 1b (substância ativa) diminui a afinidade de ligação e aumenta a interiorização e degradação do receptor de gamainterferona. A Betainterferona 1b (substância ativa) também aumenta a atividade supressora das células mononucleares do sangue periférico.
Não foram realizadas investigações isoladas com referência à influência de Betainterferona 1b (substância ativa) sobre o sistema cardiovascular, respiratório e sobre a função de órgãos endócrinos.
Farmacocinética
Os níveis séricos de Betainterferona 1b (substância ativa) foram avaliados em pacientes e em voluntários por meio de ensaio biológico não completamente específico. Após a administração subcutânea da dose recomendada de 0,25 mg, as concentrações séricas de Betainterferona 1b (substância ativa) são baixas ou não detectáveis. Portanto, não há informações disponíveis sobre a farmacocinética de Betainterferona 1b (substância ativa) em pacientes que apresentam EM (Esclerose Múltipla) tratados com a dose recomendada.
Níveis séricos máximos de aproximadamente 40 UI/mL foram encontrados após 1 a 8 horas de injeção subcutânea de 0,5 mg de Betainterferona 1b (substância ativa) em voluntários sadios. Pelos resultados de vários ensaios efetuados com administração intravenosa de Betainterferona 1b (substância ativa), estimou-se que a média da taxa de depuração e da meia-vida da fase de eliminação do soro seriam de, no máximo, 30 mL/min/kg e de 5 horas, respectivamente.
As injeções de Betainterferona 1b (substância ativa) em dias alternados não promovem aumento no nível sérico e a farmacocinética não parece ser alterada durante a terapia.
Após administração subcutânea em voluntários sadios de 0,25 mg de Betainterferona 1b (substância ativa), em dias alternados, os níveis de marcadores de resposta biológica (neopterina, microglobulina beta-2 e a citocina imunossupressora IL-10) aumentaram significativamente acima dos níveis da linha de base dentro de 6 a 12 horas após a primeira dose de Betainterferona 1b (substância ativa). Os níveis de marcadores de resposta biológica alcançaram pico entre 40 e 124 horas e permaneceram elevados acima da linha de base durante os 7 dias (168 horas) do período de estudo. A relação entre os níveis séricos de Betainterferona 1b (substância ativa) ou os níveis de marcadores de resposta biológica induzida e o mecanismo pelo qual Betainterferona 1b (substância ativa) exerce seus efeitos na Esclerose Múltipla é desconhecido.
Dados de segurança pré-clínica
Não foram realizados estudos de toxicidade aguda. Uma vez que roedores não reagem à betainterferona humana, a avaliação do risco foi baseada em estudos de doses repetidas realizados em macacos Rhesus. Foi observada hipertermia transitória, assim como elevação transitória significativa nos linfócitos e diminuição transitória significativa em trombócitos e neutrófilos segmentados. Não foram conduzidos estudos de longa duração.
Os estudos reprodutivos em macacos Rhesus mostraram toxicidade materna e aumento na taxa de abortamento. Não ocorreu malformação nos animais sobreviventes. Não foram conduzidas investigações sobre a fertilidade. Não foi observada influência no ciclo estral em macacos. Em um único estudo de genotoxicidade (teste de Ames) não foram observados efeitos mutagênicos. Não foram realizados estudos de carcinogenicidade. Em um teste de transformação celular in vitro não houve indicação de potencial tumorigênico.
Cuidados de Armazenamento do Extavia
O medicamento, antes de ser reconstituído, deve ser guardado em sua embalagem original e deve ser mantido sob refrigeração (temperatura entre 2 a 8°C). Não congelar.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Se após a reconstituição Extavia não for injetado imediatamente, a solução reconstituída pode ser guardada sob refrigeração (não congelar) por até 3 horas.
Após preparo, manter a solução reconstituída por até 3 horas sob refrigeração (não congelar).
Características físicas
Extavia é formulado como um liofilizado, branco a quase branco, estéril.
Não utilize Extavia se houver presença de material particulado ou alteração de cor após reconstituição.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Extavia
MS – 1.0068.1081
Farm. Resp.:
Flavia Regina Pegorer
CRF-SP 18.150
Importado por:
Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90 São Paulo – SP
CNPJ:56.994.502/0001-30
Indústria Brasileira
Fabricado por:
Boehringer Ingelheim Pharma GmhB amp; Co. KG Biberach – Alemanha
Seringa preenchida com diluente fabricada por:
Vetter Pharma Fertigung GmbH amp; Co.KG
Ravensburg, Alemanha
Venda sob prescrição médica.