Ícone do siteBlog dr.consulta

Bula do Fampyra

Como o Fampyra funciona?


Fampyra contém uma substância ativa chamada fampridina, que pertence a um grupo de medicamentos chamados bloqueadores do canal de potássio. Estes medicamentos impedem a saída do potássio das células nervosas que foram danificadas pela Esclerose Múltipla.

Fampyra facilita a passagem dos sinais pelos nervos, o que permite uma melhora na sua capacidade para andar.

Contraindicação do Fampyra

Não tome este medicamento se você:

Fale com seu médico e não tome Fampyra se alguma destas contraindicações se aplicar a você.

Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Como usar o Fampyra

Fampyra é um comprimido de liberação prolongada. Sempre use Fampyra exatamente como indicado pelo seu médico.

Os comprimidos de Fampyra vem acondicionados em cartuchos com 2 ou 4 frascos. Cada frasco contém 14 comprimidos e sílica gel como dessecante. Deixe o dessecante no frasco quando for tomar o comprimido.

Posologia do Fampyra


A dose usual de Fampyra é de 1 comprimido pela manhã e 1 comprimido à noite, ou a cada 12 horas, conforme orientação médica. Respeite um intervalo de 12 horas entre os comprimidos.

Engula o comprimido inteiro com um pouco de água. Você não deve dividir, esmagar, dissolver, chupar ou mastigar o comprimido. Isto pode aumentar os riscos de efeitos colaterais.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Fampyra?


Caso você esqueça de tomar um comprimido, não tome dois ao mesmo tempo para compensar a dose esquecida. Respeite sempre um intervalo de 12 horas entre os comprimidos.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou do seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Fampyra

Tenha cuidado ao utilizar Fampyra se você:

Fale com seu médico antes de tomar Fampyra se algumas destas situações se aplica a você.

Foram observadas reações alérgicas graves em pacientes tratados com Fampyra. Sinais de reação alérgica podem incluir vermelhidão, coceira, dificuldade em respirar, inchaço da face, lábios, língua ou garganta. Em muitos casos, estas reações ocorrem após a primeira dose. Procure socorro médico imediato se você desenvolver algum destes sinais ou sintomas.

Interações medicamentosas, alimentares e com testes laboratoriais

Fale com seu médico se você tomou recentemente ou ainda estiver tomando qualquer outro medicamento. Neste incluem-se fitoterápicos, medicamentos isentos de prescrição médica e outros medicamentos que contenham fampridina.

Não utilize Fampyra se você estiver tomando qualquer outro medicamento contendo fampridina (4-aminopiridina).

Outros medicamentos que afetam os rins

Seu médico estará atento se Fampyra for administrado ao mesmo tempo que outro medicamento que afete as funções dos rins, por exemplo, carvedilol, propranolol e metformina.

Interações alimentares

Fampyra deve ser ingerido sem alimentos, em jejum.

Início e avaliação do tratamento com Fampyra

Seu médico irá realizar uma prescrição inicial para 2 semanas. Após 2 semanas, seu tratamento será reavaliado.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Fampyra

A segurança de Fampyra foi avaliada em estudos clínicos controlados e no pós-marketing.

Os estudos clínicos em esclerose múltipla incluíram 1.075 pacientes tratados com Fampyra durante pelo menos 12 semanas, 819 pacientes por 6 meses, 628 pacientes durante pelo menos um ano e 526 pacientes durante pelo menos dois anos.

As reações adversas identificadas foram principalmente neurológicas e relacionadas à excitação do sistema nervoso, incluindo convulsão, insônia, ansiedade, alterações do equilíbrio, tontura, parestesia, tremor, cefaléia (dor de cabeça) e astenia. Estes dados são consistentes com a atividade farmacológica da fampridina.

A reação adversa de maior incidência, identificada a partir dos ensaios clínicos controlados por placebo em pacientes com esclerose múltipla tratados com a dose recomendada de Fampyra, é a infecção do trato urinário (em aproximadamente 12% dos pacientes, e 8% em pacientes que receberam placebo).

Reações Adversas ao medicamento em estudos clínicos

Como os estudos clínicos são conduzidos sob condições muito específicas, as taxas de reações adversas observadas nos estudos clínicos podem não refletir as taxas observadas na prática e não devem ser comparadas com as taxas em estudos clínicos de uma outra droga ou medicamento.

As informações sobre reações adversas a medicamentos em estudos clínicos é útil para identificar eventos adversos relacionados ao medicamento e taxas aproximadas.

A Tabela 1 lista os eventos adversos mais frequentes que ocorreram durante o tratamento ativo em ? 1% dos pacientes com esclerose múltipla tratados com Fampyra em comparação com placebo, em ensaios clínicos controlados.

Tabela 1: Eventos adversos que ocorreram durante o tratamento, com incidência ? 1% nos pacientes com esclerose múltipla tratados com Fampyra e em taxa maior ou igual a 1% comparado ao placebo

Eventos Adversos

Placebo (N=238)

Fampyra 10 mg duas vezes ao dia (N= 400)

Infecção do trato urinário

20 (8.4%)

48 (12.0%)

Insônia

9 (3.8%)

35 (8.8%)

Vertigem

10 (4.2%)

29 (7.3%)

Cefaléia

9 (3.8%)

28 (7.0%)

Náusea

6 (2.5%)

28 (7.0%)

Astenia

9 (3.8%)

27 (6.8%)

Dor nas costas

5 (2.1%)

20 (5.0%)

Transtorno de equilíbrio

3 (1.3%)

19 (4.8%)

Parestesia

6 (2.5%)

16 (4.0%)

Nasofaringite

4 (1.7%)

14 (3.5%)

Constipação

5 (2.1%)

13 (3.3%)

Dor faringolaríngea

2 (0.8%)

8 (2.0%)

Dispepsia

2 (0.8%)

8 (2.0%)

Vômito

1 (0.4%)

7 (1.8%)

Ansiedade

1 (0.4%)

6 (1.5%)

Influenza

0 (0%)

6 (1.5%)

Outras infecções virais

1 (0.4%)

6 (1.5%)

Prurido

1 (0.4%)

6 (1.5%)

Tremor

0 (0%)

4 (1.0%)

Dispnéia

0 (0%)

4 (1.0%)

Baixa contagem de células brancas

0 (0%)

4 (1.0%)

Hipertrigliceridemia

0 (0%)

4 (1.0%)

Outros eventos adversos observados durante os ensaios clínicos

A seguir apresentamos uma lista dos eventos adversos relatados por pacientes tratados com fampridina em qualquer dose e qualquer formulação na população de segurança (n = 1510). Essa população inclui pacientes que receberam fampridina durante os estudos de farmacologia clínica, estudos controlados com placebo em pacientes com esclerose múltipla, estudos controlados com placebo em pacientes com lesão da medula espinhal e estudos não controlados.

Eventos que já foram incluídos na Tabela 1 foram excluídos. Embora os eventos relatados tenham ocorrido durante o tratamento com fampridina, eles não foram necessariamente causados pela fampridina.

Os eventos são classificados por sistema de órgãos e frequência, conforme a seguinte definição:

Doenças do sangue e do sistema linfático

Incomuns:

Anemia, dor de linfonodo.

Raros:

Leucopenia, neutropenia.

Cardiovascular

Comuns:

Palpitações, taquicardia.

Não comuns:

Bloqueio atrioventricular de primeiro grau, bloqueio de ramo direito, precordialgia, doença arterial coronariana, extra-sístoles ventriculares, hipertrofia ventricular.

Raros:

Bloqueio de ramo esquerdo, dilatação ventricular.

Distúrbios do ouvido e do labirinto

Comuns:

Tinitus, vertigens.

Incomuns:

Otalgia, surdez bilateral.

Disturbios endócrinos

Incomuns:

Bócio.

Raros:

Cisto na tireóide.

Distúrbios oculares

Comuns:

Visão turva, distúrbios visuais.

Incomuns:

Blefarospasmo, cegueira, conjuntivite, diplopia, hemorragia ocular, distúrbio de movimento dos olhos, aumento da secreção lacrimal, hiperemia ocular, fotopsia, escotoma.

Raros:

Ptose palpebral.

Doenças gastrointestinais

Comuns:

Desconforto abdominal, boca seca, flatulência, desconforto no estômago, dor de dente.

Incomuns:

Hérnia abdominal, dor abdominal inferior, sensibilidade abdominal, disfagia, desconforto epigástrico, gastrite, hemorragia hemorroidal, hipoestesia oral, síndrome do intestino irritável.

Raros:

Colite, hematemese.

Distúrbios gerais e alterações no local de administração

Comuns:

Desconforto no peito, dor torácica, calafrios, sensação de calor, distúrbios da marcha, sintomas de influenza, irritabilidade.

Incomuns:

Complicação relacionada com cateter, cisto, edema, eritema no local da injeção, dor suprapúbica, sensibilidade.

Distúrbios do sistema imunitário

Comuns:

Hipersensibilidade, alergia sazonal.

Infecções e infestações

Comuns: bronquite, cistite, infecção do ouvido, infecção fúngica, herpes simplex, abscesso dentário, infecção micótica vulvovaginal.

Incomuns:

Infecção bacteriana, candidíase, infecção do trato urinário por Escherichia, infecção do olho, foliculite, infecção por herpesvírus, labirintite, laringite, infecção localizada, candidíase oral, otite externa, faringite, faringite estreptocócica, rinite, infecção da pele, abscesso subcutâneo, outras infecções dentárias.

Raros:

Abscesso oral, pielonefrite bacteriana, infecção clostridiana, abscesso gengival, paroníquia, infecção vaginal.

Intoxicações e complicações processuais

Comuns:

Lesão nas costas, entorse articular, tensão muscular, dor de procedimentos, laceração da pele, queimadura térmica.

Incomuns:

Mordida por artrópodes, picada por artrópodes, abrasão da córnea, epicondilite, escara, fratura de fíbula, fratura de mão, lesão articular, laceração, lesão ligamentar, lesão no pescoço, fratura de patela, lesão óssea, queimaduras, lesões de tendão, fratura de dentes, fratura no punho.

Raros:

Fratura, distensão de ligamento.

Investigações

Comuns:

Hipercolesterolemia, creatina fosfoquinase aumentada, aumento da trigliceridemia, aumento da temperatura corporal, aumento da contagem de células brancas do sangue.

Incomuns:

Aumento de aspartato aminotransferase, aumento de creatinina sérica, aumento de lactato desidrogenase sérico, hiperfosfatemia, hipocalemia, hipercalemia, hiperuremia, sopro cardíaco, sopro carotídeo, presença de cristais na urina, inversão da onda T do eletrocardiograma, outras alterações no eletrocardiograma, hemograma anormal, taquicardia, bradicardia, frequência cardíaca irregular, aumento de enzimas hepáticas, linfopenia, diminuição da contagem de monócitos, neutropenia, plaquetopenia, eritropenia, policitenia, hematuria micro e macroscópica, aumento de peso, leucocituria.

Raros:

Colesterol sanguíneo anormal, a pressão sistólica ventrícular direita aumentada, tiroxina aumentada, citologia urinária anormal.

Distúrbios metabólicos e nutricionais

Comuns:

Falta de apetite, hipercolesterolemia.

Incomuns:

Diabetes mellitus, hipocalemia.

Raros:

Polidipsia.

Distúrbios musculoesqueléticos e dos tecidos conjuntivos

Comuns:

Bursite, dor da parede torácica, rigidez muscular, desconforto músculoesquelético, osteosporose.

Incomuns:

Dor óssea, espasmo cervical, dor na virilha, instabilidade articular, desconforto nos membros, espasmos musculares, dor músculo-esquelética peitoral, osteoartrite, osteopenia, dor no maxilar, sensação de peso.

Raros:

Dedo em gatilho.

Neoplasias benignas e malignas (incluindo cistos e pólipos)

Comuns:

Câncer de mama, leiomioma uterino.

Raros:

Lentigo.

Distúrbios do sistema nervoso

Comuns:

Enxaqueca, nevralgia, sonolência, nevralgia trigeminal.

Incomuns:

Amnésia, disestesia, disgeusia, letargia, sinal de Lhermitte, disfunção motora, mioclonia, neuralgia, nistagmo, paralisia do nervo peroneal, ciática, cefaléia na área do seio, síncope.

Raros:

Síndrome anticolinérgica, titubeação.

Distúrbios psiquiátricos

Comuns:

Sonhos anormais, estado confusional, nervosismo, alterações do sono.

Incomuns:

Alucinação, ataque de pânico, paranóia.

Distúrbios renais e urinários

Comuns:

Disúria, urgência miccional, incontinência urinária, retenção urinária.

Incomuns:

Espasmo da bexiga, nefrolitíase, noctúria, poliúria, piúria, incapacidade de controlar urina, hesitação urinária.

Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama

Incomuns:

Menorragia.

Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino

Comuns:

Congestão nasal, congestão do seio.

Incomuns:

Asma, atelectasia, epistaxe, soluços, eritema da faringe, rinorréia, chiado.

Raros:

Secura nasal, perturbações dos seios.

Distúrbios dos tecidos cutâneos e subcutâneos

Comuns:

Bolha, equimose, hiperidrose, úlcera na pele.

Incomuns:

Alopecia, suor frio, pele seca, unhas encravadas, livedo reticular, púrpura, exantema macular, sarna, lesão de pele.

Raros:

Erupção medicamentosa, hipotricose, fissuras na pele, telangiectasia.

Distúrbios vasculares

Comuns:

Rubor, hipertensão, vasoconstrição periférica.

Incomuns:

Trombose venosa profunda, rubor, hematoma, hipotensão, flebite.

Raros:

Trombose.

Convulsões:

Casos de convulsão foram pouco frequentes nos ensaios clínicos controlados e nos estudos abertos com fampridina (5/532, 0,9% e 5/660, 0,76%, respectivamente). A maioria destes incidentes foi associada com sobredose não passível de controle, altas doses sistêmicas, ou níveis plasmáticos elevados de fampridina.

Reações Adversas pós-comercialização do medicamento

As seguintes reações adversas foram identificadas durante a experiência pós-comercialização com fampridina:

Convulsões, exacerbação da neuralgia do trigêmeo (agravamento da dor no nervo da face) em pacientes com histórico de neuralgia do trigêmeo e reações de hipersensibilidade (reações alérgicas graves, incluindo reações anafiláticas/anafilactóides, tais como inchaço na língua e na garganta (edema faríngeo).

Para a maioria dos casos de anafilaxia, uma relação com a fampridina não pode ser excluída.

Após a comercialização de Fampyra, houve relatos de que pacientes com esclerose múltipla e história anterior de neuralgia do trigêmeo que foram tratados com fampridina – cerca de um mês após o início do uso da medicação – evoluíram piora e/ou reincidiva da neuralgia. Não é possível precisar uma estimativa da frequência desses casos, ou estabelecer relação causal à exposição à fampridina.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.

População Especial do Fampyra

Uso pediátrico

Fampyra não deve ser utilizado por crianças e adolescentes abaixo de 18 anos de idade.

Uso em idosos

Antes de iniciar o tratamento e durante o tratamento seu médico avaliará o funcionamento de seus rins.

Gravidez e lactação

Fale com seu médico antes de tomar qualquer medicamento.

Se você está grávida ou planejando engravidar, fale com seu médico antes de tomar Fampyra. Ele vai considerar o benefício do seu tratamento com este medicamento e o risco para o seu bebê.

Você não deve amamentar enquanto estiver em tratamento com Fampyra.

O medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.

Habilidade de dirigir e utilizar máquinas

Fampyra pode afetar a habilidade em dirigir ou utilizar máquinas, pois pode causar tonturas. Certifique-se de que você não está afetado por este sintoma, antes de dirigir ou utilizar máquinas.

Composição do Fampyra

Apresentações

Fampyra Comprimidos revestidos de liberação prolongada – 10 mg.

Cartucho com 2 frascos com 14 comprimidos cada.

Cartucho com 4 frascos com 14 comprimidos cada.

Via oral.

Uso adulto acima de 18 anos.

Composição

Cada comprimido revestido contém

Fampridina 10 mg.

Excipientes:

hipromelose, celulose microcristalina, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, dióxido de titânio e macrogol.

Superdosagem do Fampyra

Contate imediatamente seu médico se você tomar muitos comprimidos de Fampyra.

Em caso de superdosagem você pode apresentar suor, tremores, confusão, amnésia (perda de memória) e convulsões (ataques). Você pode, também, observar outros efeitos colaterais não listados aqui.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou a bula do medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Fampyra

Foram realizados estudos de interações medicamentosas com Fampridina (substância ativa) apenas em adultos.

O tratamento concomitante com outros medicamentos contendo fampridina (4-aminopiridina) é contraindicado.

Fampridina (substância ativa) é excretada principalmente pelos rins com secreção renal ativa responsável por aproximadamente 60% da excreção. OCT2 é o transportador responsável pela secreção ativa de fampridina. Assim, o uso concomitante de fampridina com medicamentos inibidores de OCT2, por exemplo, cimetidina, é contraindicado e é recomendada cautela para o uso concomitante de fampridina com medicamentos que são substratos de OCT2, tais como, carvedilol, propranolol e metformina.

Interferonas:

Fampridina (substância ativa) foi administrada concomitantemente com betainterferonas e nenhuma interação farmacocinética entre os medicamentos foi observada.

Baclofeno:

Fampridina (substância ativa) foi administrada concomitantemente com baclofeno e nenhuma interação farmacocinética entre os medicamentos foi observada.

Interação Alimentícia do Fampyra

Quando os comprimidos de Fampridina (substância ativa) são administrados com alimentos, observou-se um aumento de Cmáx em 15-23%. Uma vez que há uma relação clara entre Cmáx e reações adversas relacionadas à dose, recomenda-se utilizar Fampridina (substância ativa) sem alimentos.

Ação da Substância Fampyra

Resultados de Eficácia

Dois estudos fase III, randomizados, duplo-cego, controlado por placebo (MS-F203 e MS-F204) demonstraram a eficácia de Fampridina (substância ativa) 10 mg na melhora da capacidade de deambulação em pacientes com Esclerose Múltipla recorrenteremitente, secundariamente progressiva e primariamente progressiva. A maioria dos pacientes nesses estudos estava em uso de imunomoduladores (incluindo as interferonas, acetato de glatirâmer e natalizumabe), porém a magnitude da melhora da capacidade de locomoção foi independente da terapia concomitante. Não foram observadas diferenças na eficácia com base no grau de incapacidade, idade, sexo ou índice de massa corporal.

O endpoint primário foi a taxa de resposta na velocidade de caminhada, medida pelo Timed 25-foot Walk (T25FW), um teste quantitativo da capacidade para andar que tem demonstrado ser uma medida útil e confiável do complexo processo neurológico de caminhada. A análise da taxa de resposta determinou o número de pacientes que apresentaram melhora consistente na velocidade de andar durante o tratamento duplocego, ou seja, Timed Walk Responders. Um respondedor (responder) foi definido como um paciente que consistentemente teve uma velocidade maior ao caminhar por, pelo menos, três visitas de um total de quatro possíveis durante o período do tratamento duplo-cego em comparação ao valor máximo entre cinco visitas sem tratamento não-duplo-cego. O significado clínico do endpoint primário (timed walk response) foi validado, demonstrando uma associação significativa entre a melhora na velocidade de andar com a melhora da auto-avaliação do paciente na incapacidade de andar, nos 12 itens da Multiple Sclerosis Walking Scale (MSWS12). O questionário da MSWS12 mede a impressão do paciente quanto aos efeitos de sua incapacidade de andar relacionada a Esclerose Múltipla ao longo das duas semanas anteriores, na
habilidade para executar série de atividades cotidianas como ficar em pé, subir escadas, mover-se ao redor da casa e fazer pequenas caminhadas fora de casa.

Uma parte significativamente maior de pacientes que tomaram Fampridina (substância ativa) 10 mg tiveram uma melhora consistente na velocidade de caminhada quando comparada aos pacientes que tomaram placebo, como medido pelo T25FW, (estudo MS-F203: 34,8% vs 8,3%, p lt;0,001; estudo MS-F204: 42,9% vs 9,3%, p lt;0,001). A taxa de resposta maior na coorte de Fampridina (substância ativa) foi observada em todos os tipos de Esclerose Múltipla incluídos nos estudos, independente de estarem em tratamento com DMTs (Disease Modifying Therapies) ou não. Os pacientes Timed Walk Responders também demonstraram uma melhora estatisticamente significativa na média de velocidade de caminhada (ou seja, na magnitude da resposta de caminhada cronometrada) em comparação com placebo (resultados combinados: 25,3% vs 5,8%, p lt;0,001), conforme relatado por porcentagem de mudança de pontuação da T25FW base.

A melhora apareceu rapidamente (dentro de algumas semanas) após o início do tratamento.

Com base na mudança de pontos da MSWS-12, os pacientes Timed Walk Responders que tomaram Fampridina (substância ativa) também demonstraram uma melhora estatisticamente e clinicamente significante na capacidade de executar uma série de atividades cotidianas como ficar em pé, subir escadas, mover-se ao redor da casa e fazer pequenas caminhadas fora de casa. Da mesma forma, a pontuação no SIG (Subject Global Impression) e no CGI (Clinician Global Impression) demonstrou que os pacientes respondedores em uso de Fampridina (substância ativa) apresentaram uma melhora significativamente maior que os não-respondedores.

Também foram demonstradas melhoras significativas na força das pernas, medida pela Lower Extremity Manual Muscle Test (LEMMT), observada no grupo de tratamento com Fampridina (substância ativa) 10mg comparado ao placebo (p lt;0,003) (estudo MS-F203). Além disso, os resultados combinados indicam uma redução significativa na escala de Ashworth (p lt;0,001), que mede o grau de espasticidade muscular, no tratamento com Fampridina (substância ativa) em comparação ao grupo placebo.

Características Farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas:

Mecanismo de ação:

A fampridina é um bloqueador dos canais de potássio; é uma droga lipossolúvel que atravessa facilmente a barreira hematoencefálica. A Esclerose Múltipla é uma patologia caracterizada pela desmielinização, que é a destruição da bainha de mielina dos neurônios do cérebro e da medula espinhal. A fampridina age através do bloqueio dos canais de potássio nos neurônios desmielinizados, o que reduz a fuga de corrente dos axônios, restaurando a condução neuronal.

Efeitos Farmacodinâmicos:

Em estudos conduzidos em aninais com neurônios desmielinizados, a fampridina mostrou uma ação reforçadora do potencial de condução nas concentrações de aproximadamente 1 ?M (94 ng/mL) com valores de IC50 na faixa de 2-3 ?M (188-282 ng/mL). Em contrapartida, o potencial de ação dos axônios mielinizados mostrou pouca ou nenhuma sensibilidade à fampridina em concentrações abaixo de 100 ?M.

Ao reduzir a fuga de corrente dos axônios desmielinizados e melhorando a condução neuronal, Fampridina (substância ativa) pode afetar uma série de processos neurológicos, que incluem a transmissão de impulsos entre as regiões cerebrais afetadas e entre o cérebro e a medula espinhal. Entre os potenciais efeitos desta melhora da transmissão estão uma maior ativação do neurônio motor inferior e a saída subseqüente nas fibras musculares que, por sua vez, pode levar ao aumento da força muscular através da melhora na função sensorial e na coordenação ao andar.

Com Fampridina (substância ativa), os canais de potássio voltagem-dependentes expostos são bloqueados, modificando a condução neuronal e a formação do potencial de ação, potencialmente restaurando a função neuronal em alguns pacientes com Esclerose Múltipla.

Propriedades Farmacocinéticas:

Absorção:

A fampridina administrada oralmente é rápida e completamente absorvida pelo trato gastrointestinal. A biodisponibilidade absoluta dos comprimidos de liberação prolongada de Fampridina (substância ativa) não foi avaliada, mas a biodisponibilidade relativa (em comparação com uma solução aquosa oral) é de 95%. O comprimido de liberação prolongada de Fampridina (substância ativa) tem um atraso na absorção de fampridina demonstrado por um aumento lento até um pico de concentração mais baixo, sem qualquer efeito sobre o grau de absorção.

Quando os comprimidos de Fampridina (substância ativa) são tomados com alimentos, a redução da área sob a curva de concentração plasmática-tempo (ASC0-?) de fampridina é de aproximadamente 2 a 7 % (dose de 10 mg). Esta pequena redução na AUC não deve causar uma redução da eficácia terapêutica.

Distribuição:

A fampridina é uma droga lipossolúvel, que atravessa facilmente a barreira hematoencefálica. A fampridina é amplamente desacoplada às proteínas plasmáticas (a fração de ligação variou entre 3-7% no plasma humano). A fampridina tem um volume de distribuição de aproximadamente 2,6 L/kg.

A fampridina não é um substrato para a P-glicoproteína.

Metabolismo:

A fampridina é metabolizada em humanos por oxidação a 3-hidroxi-4-aminopiridina e posterior conjugação ao sulfato de 3-hidroxi-4-aminopiridina. Nenhuma atividade farmacológica foi encontrada para os metabólitos da fampridina contra os canais de potássio selecionados in vitro.

A 3-hidroxilação da fampridina para 3-hidroxi-4-aminopiridina pelos microssomas do fígado humano pareceram ser catalisadas pelo Citocromo P450 2E1 (CYP2E1).

Houve evidência de inibição direta da CYP2E1 pela fampridina a 30 ?M (cerca de 12% de inibição), que é aproximadamente 100 vezes a concentração plasmática média de fampridina medida para um comprimido de 10 mg.

O tratamento de culturas de hepatócitos humanos com fampridina apresentou pouco ou nenhum efeito de indução na atividade das enzimas CYP1A2, CYP2B6, CYP2C9, CYP2C19, CYP2E1 ou CYP3A4/5.

Eliminação:

A principal via de eliminação da fampridina é a excreção renal, com aproximadamente 90% da dose recuperada na urina como fármaco inalterado dentro de 24 horas. A depuração renal (CLR 370 mL/min) é substancialmente maior do que a taxa de filtração glomerular devido à combinação de filtração glomerular e excreção ativa pelo transportador renal OCT2. A excreção fecal representa menos de 1% da dose administrada.

A fampridina é caracterizada por uma farmacocinética linear (dose-proporcional) com uma meia vida de eliminação terminal de aproximadamente 6 horas. Nos pacientes com função renal normal, as concentrações máximas no estado de equilíbrio são aproximadamente 1,5 vezes superiores aos de uma dose única, o que não é considerado clinicamente significativo. O estado de equilíbrio é esperado dentro de 48 horas após o início da administração. Em pacientes com insuficiência renal ocorre um acúmulo relativo ao grau de insuficiência.

Cuidados de Armazenamento do Fampyra

Fampyra deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Mantenha os comprimidos no frasco original para protegê-los da luz e da umidade.

O prazo de validade de Fampyra é de 18 meses a partir da data de fabricação, desde que observados os cuidados de conservação. Não utilize Fampyra após o vencimento do prazo de validade impresso no rótulo e no cartucho. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês impresso na embalagem.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Somente um frasco de Fampyra deve ser aberto por vez. Após a abertura, utilize o medicamento em 7 dias.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o médico ou o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Fampyra

Nº de lote, data de fabricação e validade: vide rótulo e cartucho.

Reg. MS: 1.6993.0003

Farm. Resp.:

Milton Castro
CRF GO nº 8070

Fabricado e embalado por:

Alkermes Pharma Ireland Ltd
Monksland Industrial Estate, Athlone,
Co. Westmeath, Irlanda

Registrado por:

Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda.
Avenida Doutor Cardoso de Melo, 1184 – 17° andar – Vila Olímpia
CEP 04548-004
São Paulo – SP
CNPJ 07.986.222/0001-74

Importado e comercializado por:

Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda.
Rodovia BR-153, s/n, Km 42 – Parte B
Subparte R – Zona Urbana – Parque Calixtópolis
CEP 75135-040
Anápolis – GO
CNPJ 07.986.222/0003-36

Biogen Atendimento ao Cliente:

0800 7240055

Venda sob prescrição médica.

Sair da versão mobile