Fitoterapia funciona? Entenda essa técnica da medicina complementar
A fitoterapia, uma das práticas médicas mais antigas da humanidade, tem resistido ao teste do tempo e continua sendo um componente vital da medicina moderna.
Essa técnica milenar, que utiliza plantas e extratos vegetais para tratar doenças e promover a saúde, oferece uma abordagem holística (ou seja, completa, e não desmembrada), bem como natural para cuidar do bem-estar.
Por isso, neste conteúdo, exploraremos as origens, princípios e aplicações da fitoterapia, destacando sua relevância contínua em um mundo cada vez mais voltado para soluções naturais de saúde.
Tudo sobre a fitoterapia: o que é e como ela funciona
A fitoterapia é uma técnica que faz parte da medicina alternativa e complementar. Ela utiliza plantas medicinais em suas diversas formas — como chás, extratos, tinturas, óleos essenciais, cápsulas e pomadas — para prevenir, aliviar e tratar doenças.
Origens e História
Origens antigas
A fitoterapia é uma das práticas médicas mais ancestrais da humanidade, com registros que datam de civilizações antigas como Egito, China, Índia e Grécia. No entanto, cada civilização desenvolveu seu próprio conhecimento e práticas em relação ao uso de plantas medicinais, muitas vezes integradas às suas crenças espirituais e culturais.
Transmissão de conhecimento
O conhecimento sobre as propriedades das plantas foi transmitido ao longo das gerações, tanto oralmente quanto por meio de textos antigos. Além disso, as rotas comerciais e conquistas territoriais também tiveram sua importância na troca desse conhecimento.
Nos últimos séculos, no entanto, o avanço da ciência permitiu a análise e a compreensão mais profunda dos princípios ativos das plantas, contribuindo para a validação e aperfeiçoamento das práticas fitoterápicas.
Formas de aplicação da fitoterapia
A fitoterapia oferece uma variedade de formas para consumir plantas medicinais. Por isso, essas diferentes maneiras permitem a personalização do tratamento e a adequação às necessidades de cada pessoa.
- Chás e infusões: preparação de bebidas a partir de folhas, flores, raízes ou outras partes da planta;
- Tinturas: extratos líquidos concentrados de plantas, geralmente diluídos em álcool ou glicerina;
- Cápsulas e comprimidos: formas convenientes de consumir extratos secos padronizados de plantas;
- Óleos essenciais: concentrados voláteis extraídos de plantas, usados principalmente na aromaterapia;
- Pomadas e cremes: preparações tópicas para tratar condições da pele ou aliviar dores musculares e articulares.
Quem pode prescrever fitoterápicos?
A prescrição de fitoterápicos pode variar de acordo com a legislação de cada país. Em geral, profissionais de saúde licenciados e capacitados, como médicos, farmacêuticos e, em alguns casos, nutricionistas e naturopatas, estão autorizados a prescrever fitoterápicos.
No Brasil, por exemplo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamenta os fitoterápicos e permite que médicos, como o clínico geral, entre outros profissionais da saúde, prescrevam esses medicamentos (desde que com a devida habilitação).
Em outros países, a regulamentação pode ser diferente, então é importante verificar as leis locais para entender quem está habilitado a prescrever fitoterápicos.
Além disso, é essencial que os profissionais de saúde tenham conhecimento adequado sobre as propriedades, indicações, contraindicações, interações e dosagens dos fitoterápicos para garantir uma prescrição segura e eficaz.
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O que a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz sobre o uso e aplicações da fitoterapia?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a importância e o potencial da fitoterapia no tratamento e prevenção de diversas doenças. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), 124 Estados Membros da OMS regulamentam os medicamentos fitoterápicos desde 2018.
A OMS apoia inovações globais, incluindo a adaptação de medicamentos e o uso de medicina, principalmente na busca de tratamentos potenciais contra a COVID-19.
Reconhecimento da medicina tradicional
A OMS valoriza a medicina tradicional, complementar e alternativa, destacando seu papel significativo em várias culturas, particularmente na África. Plantas medicinais, como a Artemisia annua, são consideradas para possíveis tratamentos devido aos potenciais benéficos, mas a OMS enfatiza a necessidade de testes rigorosos para determinar sua eficácia e segurança.
Apoio à pesquisa e desenvolvimento
Em 2000, os governos africanos adotaram uma resolução para que os Estados Membros forneçam dados sobre a segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos fitoterápicos. Por isso, a OMS tem colaborado com países para desenvolver produtos eficazes e seguros, fornecendo recursos financeiros e apoio técnico.
Cooperação internacional e regulamentação
A Cooperação Internacional para Medicamentos à Base de Plantas (IRCH), estabelecida em 2006, é uma rede global de autoridades reguladoras responsáveis pela regulamentação de medicamentos fitoterápicos.
A missão da IRCH é proteger e promover a saúde e segurança públicas por meio da melhoria da regulamentação para medicamentos à base de plantas.
Precauções e informações falsas
A OMS alerta contra a difusão de informações falsas e o uso de produtos não investigados para tratar a COVID-19, pois isso pode colocar a saúde das pessoas em risco e comprometer as medidas de prevenção da doença.
Portanto, é essencial que os medicamentos sejam submetidos a ensaios clínicos rigorosos para assegurar sua segurança e eficácia.
Em resumo, a OMS apoia o uso e as aplicações da fitoterapia, desde que sejam baseados em evidências científicas e cumpram os padrões internacionais de segurança e eficácia.
A organização trabalha em colaboração com países e pesquisadores para desenvolver novas terapias fitoterápicas eficazes e seguras, tanto na África quanto no resto do mundo.
Em suma, a fitoterapia é um tesouro ancestral que continua a enriquecer a medicina moderna com suas soluções naturais e holísticas para a saúde. Ao abraçar a sabedoria das plantas, podemos fortalecer nosso corpo, mente e espírito, promovendo um bem-estar integral.
Como uma ponte entre o passado e o presente, a fitoterapia convida os indivíduos a explorarem as profundezas da natureza e a redescobrirem os caminhos milenares da cura. Ela oferece uma conexão única com as tradições ancestrais, permitindo que as pessoas se reconectem com práticas de saúde há muito estabelecidas e ainda relevantes nos dias de hoje.
Fontes:
[…] Além de permitir a feitura do chá, o hibisco pode ainda ser comercializado na forma de extratos. Dessa forma, ele aparece também na composição de fórmulas fitoterápicas. […]
[…] Levar todas as medicações que faz uso, até aquelas que não estão prescritas formalmente, como medicações para o sono ou fitoterápicos; […]