Contraindicação do Fumarato Bisoprolol + Hidroclorotiazida – Unichem
Este medicamento é contraindicado em pacientes com
- Hipersensibilidade ao bisoprolol, à hidroclorotiazida, outras tiazidas, sulfonamidas ou a qualquer dos excipientes;
- Insuficiência cardíaca aguda ou durante episódios de descompensação da insuficiência cardíaca que requeiram terapêutica inotrópica intravenosa;
- Choque cardiogênico;
- Bloqueio atrioventricular de segundo ou terceiro grau (sem marca-passo);
- Síndrome do nó sinusal;
- Bloqueio sinoatrial;
- Bradicardia sintomática;
- Asma brônquica grave;
- Formas graves da Síndrome de Raynaud ou formas graves de doença arterial oclusiva periférica;
- Feocromocitoma não tratado;
- Insuficiência renal grave (clearance da creatinina lt; 30 mL/min);
- Insuficiência hepática grave;
- Acidose metabólica;
- Hipopotassemia refratária .
Este medicamento é contraindicado em crianças de qualquer faixa etária.
Como usar o Fumarato Bisoprolol + Hidroclorotiazida – Unichem
Os comprimidos devem ser engolidos inteiros, com algum líquido, pela manhã, com ou sem alimento.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
A dose inicial usual é de um comprimido deste medicamento 2,5/6,25 mg uma vez ao dia. Se o efeito anti-hipertensivo for insuficiente, pode-se aumentar a dose para um comprimido deste medicamento 5/6,25 mg uma vez ao dia. Caso a resposta ainda seja insuficiente, a dose pode ser aumentada para um comprimido deste medicamento 10/6,25 mg uma vez ao dia.
Duração do tratamento
O tratamento com este medicamento gradativa do tratamento com bisoprolol, pois a interrupção abrupta do bisoprolol pode ocasionar deterioração aguda da condição do paciente, em particular naqueles com doença cardíaca isquêmica.
Doses perdidas
Caso uma tomada seja esquecida, esta deve ser realizada tão logo possível no mesmo dia.
Caso contrário, tomar a próxima dose no dia seguinte, no horário habitual.
Uso em presença de insuficiência renal ou hepática
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada ou insuficiência renal leve à moderada (clearance de creatinina gt; 30ml/min).
Uso em idosos
Normalmente não é necessário ajuste de dose em idosos.
Uso pediátrico
A experiência com este medicamento em uso pediátrico é limitada; desta forma, o emprego em crianças não pode ser recomendado.
Precauções do Fumarato Bisoprolol + Hidroclorotiazida – Unichem
O tratamento com bisoprolol não deve ser interrompido abruptamente a menos que claramente indicado, pois a interrupção abrupta do bisoprolol pode ocasionar deterioração aguda da condição do paciente, em particular naqueles com doença cardíaca isquêmica.
Este medicamento deve ser utilizado com cautela em casos de
- Insuficiência cardíaca concomitante;
- Diabetes mellitus com grandes flutuações nos níveis da glicemia, uma vez que sintomas de hipoglicemia (como taquicardia, palpitações ou sudorese) podem ser mascarados;
- Jejum rigoroso;
- Bloqueio AV de primeiro grau;
- Angina de Prinzmetal;
- Doença arterial obstrutiva periférica (pode ocorrer agravamento dos sintomas, em especial no início do tratamento);
- Hipovolemia;
- Função renal comprometida.
Como outros betabloqueadores, o bisoprolol pode aumentar tanto a sensibilização relacionada a alérgenos quanto a severidade das reações anafiláticas. Isto também se aplica à terapia de dessensibilização. Tratamento com epinefrina nem sempre pode produzir o efeito terapêutico esperado.
Pacientes com psoríase ou com histórico de psoríase deverão somente fazer uso de betabloquadores (como o bisoprolol) após cuidadoso balanço risco versus benefício.
Os sintomas de tireotoxicose podem ser mascarados pelo tratamento com bisoprolol.
Em pacientes com feocromocitoma, o bisoprolol somente deve ser administrado após bloqueio dos alfa-receptores.
Em pacientes submetidos à anestesia geral, o betabloqueio reduz a incidência de arritmias e isquemia do miocárdio durante indução e intubação, e o período pós-operatório.
Normalmente recomenda-se que se mantenha o betabloqueio no período perioperatório. O anestesista deve estar ciente do betabloqueio devido à possibilidade de interações com outros medicamentos, resultando em bradiarritimias, atenuação da taquicardia reflexa e diminuição da capacidade reflexa para compensar a perda de sangue. Caso seja considerado necessário interromper o tratamento com o betabloqueador antes da cirurgia, isso deve ser feito gradualmente e completado cerca de 48 horas antes da anestesia.
Embora betabloqueadores cardiosseletivos (beta1) possam apresentar menos efeitos sobre a função pulmonar do que os betabloqueadores não-seletivos, como acontece com todos os betabloqueadores, estes devem ser evitados em pacientes com doenças obstrutivas das vias aéreas, amenos que existam razões clínicas relevantes para seu uso. Nessas situações, este medicamento pode ser usado com cautela. Na asma brônquica ou em outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas, que podem se mostrar sintomáticas, indica-se terapia broncodilatadora concomitante. Pode ocorrer aumento ocasional na resistência das vias aéreas em pacientes asmáticos, requerendo assim uma dose maior de estimulantes beta2.
Reações de fotossensibilidade podem ocorrer com diuréticos tiazídicos. Caso ocorram reações de fotossensibilidade, recomenda-se a proteção das áreas expostas ao sol ou à luz UVA artificial. Em casos graves, pode ser necessário suspender o tratamento.
A administração contínua de hidroclorotiazida pode provocar distúrbios hidroeletrolíticos, em particular hipopotassemia e hiponatremia, como também hipomagnesemia, hipocloremia e hipocalcemia. A hipopotassemia facilita o desenvolvimento de arritmias graves, particularmente torsade de pointes, que pode ser fatal.
Durante terapia de longa duração com este medicamento, recomenda-se monitorar eletrólitos séricos (especialmente potássio, sódio, cálcio), creatinina e ureia, lipídeos séricos (colesterol e triglicerídeos) e ácido úrico, assim como a glicemia.
Em pacientes com hiperuricemia, o risco de ataques de gota pode estar aumentado.
Pode haver piora do quadro de alcalose metabólica em função de distúrbio da homeostase hidroeletrolítica.
Em pacientes com colelitíase, colecistite aguda foi relatada.
A hidroclorotiazida, uma sulfonamida, pode provocar uma reação idiossincrática resultando em miopia transitória aguda e glaucoma agudo de ângulo fechado. Os sintomas incluem diminuição aguda da acuidade visual ou dor ocular, ocorrendo normalmente no período de horas a semanas após o início do tratamento. O glaucoma agudo de ângulo fechado não tratado pode levar à perda permanente da visão. O tratamento primário é a descontinuação da hidroclorotiazida o mais rapidamente possível. Poderá ser necessário tratamento médico ou cirúrgico imediato se a pressão intraocular permanecer fora de controle. Os fatores de risco para o desenvolvimento de glaucoma agudo de ângulo fechado podem incluir história de alergia à penicilina ou às sulfonamidas.
Gravidez
Categoria de risco C
.
O bisoprolol apresenta ações farmacológicas que podem causar efeitos nocivos sobre a gravidez e/ou no feto/recém-nascido. Em geral, os betabloqueadores reduzem a perfusão placentária, o que tem sido associado com retardo de crescimento, morte intrauterina, aborto ou parto prematuro. Os efeitos adversos (por exemplo, hipoglicemia e bradicardia) podem ocorrer no feto e no recém-nascido.
Se o tratamento com betabloqueadores é necessário, deve-se dar preferência aos bloqueadores adrenérgicos beta1 seletivos. Diuréticos podem dar origem à isquemia fetoplacentária com o risco de hipotrofia fetal. A hidroclorotiazida é suspeita de causar trombocitopenia em neonatos. O uso deste medicamento não é recomendado durante a gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação
O uso deste medicamento não é recomendado durante a lactação, uma vez que a hidroclorotiazida é excretada no leite materno em quantidades mínimas e o bisoprolol também pode ser. A hidroclorotiazida pode inibir a produção de leite.
Fertilidade
Não são conhecidos dados sobre a fertilidade para a associação do produto. O bisoprolol ou a hidroclorotiazida não apresentaram influência sobre a fertilidade ou sobre o desempenho geral de reprodução em estudos com animais.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Em geral, este medicamento possui pouca ou nenhuma influência na habilidade de dirigir e operar máquinas. Entretanto, dependendo da resposta individual do paciente ao tratamento, a habilidade de dirigir veículos ou de operar máquinas pode estar prejudicada.
Isso deve ser considerado particularmente no início do tratamento, no caso de troca da medicação ou quando há interação com álcool.
Este medicamento pode causar doping.
Reações Adversas do Fumarato Bisoprolol + Hidroclorotiazida – Unichem
Podem ocorrer as reações indesejáveis descritas a seguir.
As frequências são definidas em
- Muito comuns (gt; 1/10);
- Comuns (gt; 1/100 e lt; 1/10);
- Incomuns (gt; 1/1.000 e lt; 1/100);
- Raras (gt; 1/10.000 e lt; 1/1.000);
- Muito raras (lt; 1/10.000);
- Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Distúrbios do sangue e sistema linfático
Raros
Leucopenia, trombocitopenia.
Muito raros
Agranulocitose.
Distúrbios do metabolismo e nutrição
Incomuns
Perda de apetite, hiperglicemia, hiperuricemia, distúrbios hidroeletrolíticos (particularmente hipopotassemia e hiponatremia, como também hipomagnesemia, hipocloremia e hipercalcemia).
Muito raros
Alcalose metabólica.
Distúrbios psiquiátricas
Incomuns
Depressão, distúrbios do sono.
Raros
Pesadelos, alucinações.
Distúrbios do sistema nervoso
Comuns
Tontura*, cefaleia*.
Distúrbios oculares
Raros
Fluxo lacrimal reduzido (a ser considerado caso o paciente use lentes de contato), distúrbios visuais.
Muito raras
Conjuntivite.
Distúrbios do ouvido e labirinto
Raros
Distúrbios da audição.
Distúrbios cardíacos
Incomuns
Bradicardia, distúrbios da condução AV, agravamento de insuficiência cardíaca pré-existente.
Distúrbios vasculares
Comuns
Sensação de frio ou dormência nas extremidades. Incomuns: hipotensão ortostática.
Raros
Síncope.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino
Incomuns
Broncoespasmo em pacientes com asma brônquica ou histórico de doença obstrutiva das vias aéreas.
Raros
Rinite alérgica.
Frequência não conhecida
Doença pulmonar intersticial.
Distúrbios gastrointestinais
Comuns
Queixas gastrointestinais como náusea, vômito, diarreia, constipação.
Incomuns
Dores abdominais.
Muito raros
Pancreatite.
Distúrbios hepatobiliares
Raros
Hepatite, icterícia.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo
Raros
Reações de hipersensibilidade tais como prurido, rubor, erupções cutâneas, fotodermatite, púrpura, urticária.
Muito raros
Alopecia, lupus eritematoso cutâneo. Betabloqueadores podem provocar ou piorar a psoríase ou induzir erupções semelhantes à psoríase.
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo
Incomuns
Fraqueza muscular, cãibras musculares.
Distúrbios da mama e sistema reprodutivo
Raros
Distúrbios da potência.
Distúrbios gerais
Comuns
Fadiga*.
Incomuns
Astenia.
Muito raros
Dor torácica.
Exames de diagnóstico
Incomuns
Aumento dos níveis de amilase, aumento reversível da creatina e ureia séricas, aumento dos níveis de triglicerídeos e colesterol, glicosúria.
Raros
Aumento das enzimas hepáticas (TGO, TGP).
*Estes sintomas ocorrem, especialmente, no início do tratamento. São geralmente leves e desaparecem na maioria das vezes nas primeiras 1-2 semanas.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Interação Medicamentosa do Fumarato Bisoprolol + Hidroclorotiazida – Unichem
Associações não recomendadas
Lítio
Este medicamento pode intensificar os efeitos cardiotóxico e neurotóxico do lítio através da redução da excreção do mesmo.
Antagonistas de cálcio do tipo verapamil e, num menor grau, do tipo diltiazem
Influência negativa na contratilidade e na condução atrioventricular. A administração intravenosa de verapamil em pacientes sob tratamento com betabloqueadores pode levar à hipotensão profunda e bloqueio atrioventricular.
Agentes anti-hipertensivos com ação central (como clonidina, metildopa, moxonodina, rilmenidina)
O uso concomitante pode levar a uma redução da frequência cardíaca e do débito cardíaco, assim como à vasodilatação. A retirada abrupta, especialmente se anterior à descontinuação do betabloqueador, pode aumentar o risco de “hipertensão de rebote”.
Associações a serem empregadas com cautela
Antagonistas de cálcio do tipo di-hidropiridinas (como nifedipino, anlodipino)
O uso concomitante pode aumentar o risco de hipotensão. Não se pode excluir um aumento do risco de deterioração da função de bombeamento ventricular em pacientes com insuficiência cardíaca.
Agentes anti-hipertensivos
O uso concomitante com medicamentos anti-hipertensivos, bem como com outros fármacos com potencial para redução da pressão arterial (como antidepressivos tricíclicos, barbitúricos, fenotiazinas), pode aumentar o risco de hipotensão.
Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA) (como captopril, enalapril), antagonistas de angiotensina II
Risco de queda acentuada da pressão arterial e/ou insuficiência renal aguda durante o início de tratamento com inibidores da ECA em pacientes com depleção de sódio pré-existente (particularmente em pacientes com estenose da artéria renal). Caso a terapia diurética anterior tenha produzido depleção de sódio, deve-se interromper o diurético três dias antes de se iniciar o tratamento com inibidores da ECA ou iniciar o tratamento com inibidores da ECA em baixas doses.
Antiarrítmicos classe I (como quinidina, disopiramida, lidocaína, fenitoína, flecainida, propafenona)
O efeito sobre o tempo de condução atrioventricular pode ser potencializado e o efeito inotrópico negativo aumentado.
Agentes antiarrítmicos classe III (como amiodarona)
O efeito sobre o tempo de condução atrioventricular pode ser potencializado.
Agentes antiarrítmicos que podem induzir torsade de pointes (Classe IA, como quinidina, hidroquinidina, disopiramida, e Classe III, como. amiodarona, sotalol, dofetilida, ibutilida)
A hipopotassemia pode facilitar a ocorrência de torsades de pointes.
Agentes não antiarrítmicos que podem induzir torsade de pointes (como astemizol, eritromicina iv, halofantrina, pentamidina, esparfloxacino, terfenadina, vincamina)
A hipopotassemia pode facilitar a ocorrência de torsade de pointes.
Agentes parassimpatomiméticos
O uso concomitante pode aumentar o efeito sobre o tempo de condução atrioventricular e o risco de bradicardia.
Betabloqueadores tópicos (como colírios para tratamento de glaucoma)
Podem aumentar os efeitos sistêmicos do bisoprolol.
Insulina e antidiabéticos orais
Aumento do efeito hipoglicemiante. O bloqueio dos beta-adrenoreceptores pode mascarar os sintomas de hipoglicemia.
Anestésicos
Atenuação da taquicardia reflexa e aumento do risco de hipotensão.
Glicosídeos cardíacos (digitálicos)
Aumento no tempo de condução atrioventricular, redução da freqüência cardíaca. Se ocorrer hipopotassemia e/ou hipomagnesemia durante o tratamento com este medicamento, o miocárdio pode demonstrar sensibilidade aumentada aos glicosídeos cardíacos, levando a um efeito aumentado e a eventos adversos dos glicosídeos.
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs)
Podem reduzir o efeito hipotensor. Em pacientes que desenvolvem hipovolemia, a administração concomitante de AINEs pode desencadear insuficiência renal aguda.
Agentes beta-simpatomiméticos como isoprenalina, dobutamina)
A associação com o bisoprolol pode reduzir o efeito de ambos os fármacos.
Agentes simpaticomiméticos que ativam adrenorreceptores alfa e beta (como norepinefrina, epinefrina)
A associação de bisoprolol pode desmascarar os efeitos vasoconstritores mediados pelos alfa-adrenorreceptores destes medicamentos, ocasionando aumento da pressão arterial e exacerbação da claudicação intermitente. Tais interações são consideradas mais prováveis com betabloqueadores não seletivos.
Medicamentos espoliadores de potássio (ex.: corticosteroides, ACTH-hormônio adrenocorticotrópico, carbenoxolona, anfotericina B, furosemida, laxantes)
O uso concomitante pode resultar no aumento da perda de potássio.
Metildopa
Hemólise devido à formação de anticorpos para hidroclorotiazida foi descrita em casos isolados.
Agentes redutores de ácido úrico
Seus efeitos podem ser atenuados com administração concomitante deste medicamento.
Colestiramina, colestipol
Reduzem a absorção da hidroclorotiazida.
Associações a serem consideradas
Mefloquina
Aumento do risco de bradicardia.
Inibidores de monoamina oxidase (exceto inibidores MAO-B)
Podem potencializar o efeito hipotensivo dos betabloqueadores mas também o risco de crise hipertensiva.
Corticosteroides
Efeito anti-hipertensivo reduzido (retenção de água e sódio induzida por corticosteroides).
Rifampicina
Redução leve da meia-vida do bisoprolol possivelmente devida à indução de enzimas hepáticas que metabolizam o medicamento. Normalmente não há necessidade de ajuste da dose.
Derivados da ergotamina
Exacerbação dos distúrbios circulatórios periféricos.
Salicilatos
Na administração de altas doses de salicilatos, o efeito tóxico dos salicilatos no sistema nervoso central pode ser intensificado.
Interação Alimentícia do Fumarato Bisoprolol + Hidroclorotiazida – Unichem
Alimentos e álcool
A ingestão com alimentos não prejudica a absorção do bisoprolol. O medicamento não deve ser tomado com bebidas alcoólicas.
Ação da Substância Fumarato Bisoprolol + Hidroclorotiazida – Unichem
Resultados de Eficácia
Os efeitos de bisoprolol e hidroclorotiazida foram aditivos no que diz respeito às reduções das pressões diastólica e sistólica.
A dose de hidroclorotiazida de 6,25 mg/dia produziu significativamente menos hipopotassemia e menores aumentos do ácido úrico que a dose de 25 mg/dia. A combinação de baixa dose de bisoprolol e hidroclorotiazida reduziu a pressão arterial diastólica a níveis inferiores a 90 mmHg em 61% dos pacientes e demonstrou um perfil de segurança comparável ao placebo.
Não foram observadas alterações significativas nos níveis de glicose, cálcio, colesterol ou triglicerídeos com bisoprolol, hidroclorotiazida ou a combinação dos dois fármacos.
Características Farmacológicas
Este medicamento consiste na associação do bisoprolol, um betabloqueador beta-1 seletivo, com a hidroclorotiazida, um diurético tiazídico.
Estudos clínicos demonstraram os efeitos anti- hipertensivos aditivos destes dois fármacos, bem como a eficácia da menor dose (2,5 mg / 6,25 mg) no tratamento da hipertensão de leve a moderada. Os efeitos farmacodinâmicos, incluindo hipopotassemia (hidroclorotiazida), bradicardia, astenia e cefaleia (bisoprolol) são dose-dependentes. A combinação dos dois fármacos objetiva reduzir estes efeitos.
Farmacodinâmica
Bisoprolol
O bisoprolol é um bloqueador adrenérgico beta-1 altamente seletivo sem atividade simpáticomimética intrínseca e sem atividade estabilizadora de membrana significativa. Assim como outros bloqueadores adrenérgicos beta-1, o mecanismo da ação anti-hipertensiva do bisoprolol ainda não foi completamente estabelecido. Entretanto, foi demonstrado que o bisoprolol produz redução marcante da renina plasmática e redução do ritmo cardíaco.
Hidroclorotiazida
A hidroclorotiazida é um diurético tiazídico com atividade anti-hipertensiva. Seu efeito diurético deve-se à inibição do transporte ativo de Na+ dos túbulos renais para o sangue, afetando a reabsorção de Na+.
Farmacocinética
Bisoprolol
Absorção
Tmax varia de 1-4 horas. A biodisponibilidade é elevada (88%), com efeito de primeira passagem hepático muito baixo. A absorção não é afetada pela presença de alimentos; A cinética é linear para doses de 5-40 mg.
Distribuição
A ligação às proteínas plasmáticas é de 30% e o volume de distribuição é elevado (aproximadamente 3 L/kg).
Biotransformação
40% da dose do bisoprolol é metabolizada no fígado. Os metabólitos são inativos.
Eliminação
A meia-vida de eliminação plasmática é de 11 horas. As depurações renal e hepática (clearance) são aproximadamente comparáveis e metade da dose (inalterada), assim como seus metabólitos, é excretada na urina. O clearance total é de aproximadamente 15 L/h.
Hidroclorotiazida
Absorção
A biodisponibilidade da hidroclorotiazida mostra variabilidade interindividual, variando de 60-80%. Tmax varia de 1,5-5 horas (média de aproximadamente 4 horas).
Distribuição
A ligação às proteínas plasmáticas é de 40%.
Eliminação
A hidroclorotiazida não é metabolizada, sendo quase completamente eliminada na forma inalterada por filtração glomerular e secreção tubular ativa. A meia-vida terminal da hidroclorotiazida é de aproximadamente 8 horas. O clearance renal da hidroclorotiazida é reduzido e a meia-vida de eliminação prolongada em pacientes com insuficiência renal e/ou cardíaca. O mesmo se aplica aos pacientes idosos, os quais também demonstram um aumento na Cmax. A hidroclorotiazida atravessa a barreira hematoencefálica e é excretada no leite humano.
Dados de segurança pré-clínica
O bisoprolol e a hidroclorotiazida não demonstraram ser prejudiciais em humanos de acordo com os testes padrão de toxicidade pré-clínica (testes de toxicidade a longo prazo, de mutagenicidade, de genotoxicidade e de carcinogenicidade).
Tal como outros betabloqueadores, o bisoprolol em doses elevadas demonstrou, em modelos animais, causar efeitos tóxicos na mãe (diminuição da ingestão de alimentos e aumento de peso corporal) e no embrião/feto (aumento da reabsorção tardia, diminuição do peso ao nascimento, atraso no desenvolvimento físico até ao fim do aleitamento). No entanto, tanto o bisoprolol como a hidroclorotiazida não foram teratogênicos. Não houve aumento na toxicidade quando ambos os fármacos foram dados em associação.