Este medicamento é destinado ao tratamento de:
- Hipertensão arterial leve a moderada;
- Edema devido a distúrbios cardíacos, hepáticos e renais.
- Edemas devido a queimaduras.
Furosemida (substância ativa) Solução Injetável 10 mg/mL
Este medicamento é destinado ao tratamento de:
- Edemas devido a doenças cardíacas e doenças hepáticas (ascite);
- Edemas devido a doenças renais (na síndrome nefrótica, a terapia da doença causal tem prioridade);
- Insuficiência cardíaca aguda, especialmente no edema pulmonar (administração conjunta com outras medidas terapêuticas);
- Eliminação urinária reduzida devido à gestose (após restauração do volume de líquidos ao normal) ;
- Edemas cerebrais como medida de suporte;
- Edemas devido a queimaduras;
- Crises hipertensivas (em adição a outras medidas anti-hipertensivas);
- Indução de diurese forçada em envenenamentos.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Lasix®.
Contraindicação do Furosemida – Hipolabor
Furosemida (substância ativa) não deve ser usado em pacientes com:
- Insuficiência renal com anúria;
- Pré-coma e coma associado à encefalopatia hepática;
- Hipopotassemia severa;
- Hiponatremia severa;
- Hipovolemia (com ou sem hipotensão) ou desidratação;
- Hipersensibilidade à Furosemida (substância ativa), às sulfonamidas ou a qualquer componente da fórmula.
Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes.
Não há contraindicação relativa a faixas etárias.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Lasix®.
Como usar o Furosemida – Hipolabor
A dose deve ser a menor possível para atingir o efeito desejado.
Exclusivo Furosemida (substância ativa) Comprimido 40 mg
Os comprimidos devem ser ingeridos com líquido, por via oral e com o estômago vazio.
É vantajoso tomar a dose diária de uma só vez, escolhendo-se o horário mais prático, de tal forma que não fique perturbado o ritmo normal de vida do paciente pela rapidez da diurese.
Exclusivo Furosemida (substância ativa) Solução Injetável 10 mg/mL
A administração intravenosa de Furosemida (substância ativa) é indicada em todos os casos onde a administração oral (Furosemida (substância ativa) comprimidos) não é possível ou é ineficaz (por exemplo: absorção intestinal prejudicada) ou em casos onde um rápido efeito é necessário.
A administração intravenosa de Furosemida (substância ativa) solução injetável deve ser realizada lentamente, não excedendo a velocidade de infusão de 4 mg/min. Em pacientes com insuficiência renal severa (creatinina sérica gt; 5 mg/dL), recomenda-se não exceder a velocidade de infusão de 2,5 mg/min.
A administração intramuscular deve ser restrita a casos excepcionais nos quais a administração oral (Furosemida (substância ativa) comprimidos) ou intravenosa (Furosemida (substância ativa) solução injetável) não são possíveis. A administração intramuscular não é adequada ao tratamento de condições agudas como edema pulmonar.
A substituição da administração parenteral (Furosemida (substância ativa) solução injetável) para oral (Furosemida (substância ativa) comprimidos) deve ser realizada assim que possível.
A solução injetável de Furosemida (substância ativa) tem pH aproximado a 9 sem capacidade de tamponamento. Por esta razão, o ingrediente ativo pode precipitar em valores de pH inferiores a 7. Portanto, no caso de diluição de Furosemida (substância ativa) solução injetável, deve-se ter cautela para que o pH da solução esteja dentro de uma variação de levemente alcalino para neutro. Solução salina normal é adequada como diluente.
Furosemida (substância ativa) solução injetável não deve ser misturada com outros medicamentos na mesma seringa de injeção ou durante infusão.
Posologia do Furosemida (substância ativa)
Furosemida (substância ativa) Solução Injetável 10 mg/mL
A menos que seja prescrito de modo diferente, recomenda-se o seguinte esquema:
Adultos
O tratamento geralmente é iniciado com 20 a 80 mg por dia. A dose de manutenção é de 20 a 40 mg por dia.
A dose máxima depende da resposta do paciente.
A duração do tratamento é determinada pelo médico.
Crianças
Se possível, a Furosemida (substância ativa) deve ser administrada por via oral para lactentes e crianças abaixo de 15 anos de idade.
A posologia recomendada é de 2 mg/kg de peso corporal, até um máximo de 40 mg por dia. A duração do tratamento é determinada pelo médico.
Não há estudos dos efeitos de Furosemida (substância ativa) administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Furosemida (substância ativa) Solução Injetável 10 mg/mL
A menos que seja prescrito de modo diferente, recomenda-se o seguinte esquema:
Adultos e adolescentes acima de 15 anos
A dose inicial para adultos e adolescentes de 15 anos em diante é de 20 a 40 mg (1 a 2 ampolas) de Furosemida (substância ativa) por via intravenosa ou via intramuscular.
Se após uma dose única de 20 a 40 mg de Furosemida (substância ativa) (1 a 2 ampolas) o efeito diurético não for satisfatório, a dose pode ser gradualmente aumentada, em intervalos de 2 horas, de 20 mg (1 ampola) a cada vez, até que seja obtida diurese satisfatória. A dose individual assim estabelecida deve depois ser administrada uma ou duas vezes por dia.
A duração do tratamento deve ser determinada pelo médico, dependendo da natureza e gravidade da doença.
Lactentes e crianças abaixo de 15 anos
É indicada a administração parenteral (se necessário, infusão gota a gota) somente em condições de risco de vida.
Para injeção intravenosa ou intramuscular, o esquema de posologia é de 1 mg de Furosemida (substância ativa) por kg de peso corporal até um máximo diário de 20 mg (1 ampola).
A terapia deve ser mudada para administração oral (Furosemida (substância ativa) comprimidos) tão logo seja possível.
Populações especiais
Edema pulmonar agudo
Administrar uma dose inicial de 40 mg de Furosemida (substância ativa) (2 ampolas) por via intravenosa. Se a condição do paciente requerer, injetar uma dose adicional de 20 a 40 mg de Furosemida (substância ativa) (1 a 2
ampolas) após 20 minutos. A posologia indicada para o tratamento é de 100 mg a 300 mg ao dia, por um período máximo de 48 horas.
Diurese forçada
Administrar 20 a 40 mg de Furosemida (substância ativa) (1 a 2 ampolas) em adição à infusão de solução de eletrólitos. O tratamento posterior depende da eliminação de urina e deve incluir a substituição de perdas de líquido e de eletrólitos. No envenenamento com substâncias ácidas ou básicas, a taxa de eliminação pode ser aumentada ainda mais pela alcalinização ou acidificação da urina, respectivamente. A posologia indicada para o tratamento é de 100 mg a 300 mg ao dia, por um período máximo de 48 horas.
Não há estudos dos efeitos de Furosemida (substância ativa) solução injetável administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via intravenosa ou intramuscular.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Lasix®.
Precauções do Furosemida – Hipolabor
O fluxo urinário deve ser assegurado. Em pacientes com obstrução parcial do fluxo urinário (por exemplo: em pacientes com alterações de esvaziamento da bexiga, hiperplasia prostática ou estreitamento da uretra), a produção aumentada de urina pode provocar ou agravar a doença. Deste modo, estes pacientes necessitam de monitorização cuidadosa, especialmente durante a fase inicial do tratamento.
O tratamento com Furosemida (substância ativa) necessita de supervisão médica regular. O monitoramento cuidadoso é particularmente necessário em pacientes com:
- Hipotensão;
- Indesejável diminuição pronunciada na pressão arterial constituir-se-ia em um risco especial (ex.: estenoses significantes de artérias coronárias ou de vasos cerebrais);
- Diabetes mellitus latente ou manifesta;
- Gota ou hiperuricemia assintomática (controle regular do ácido úrico);
- Síndrome hepatorenal, isto é, comprometimento da função renal associado com doença hepática severa;
- Hipoproteinemia, ex.: associada à síndrome nefrótica (o efeito da Furosemida (substância ativa) pode ser atenuado e sua ototoxicidade potencializada). É recomendada a titulação cuidadosa das doses da Furosemida (substância ativa).
Durante tratamento com Furosemida (substância ativa) é geralmente recomendada a monitorização regular dos níveis de sódio, potássio e creatinina séricos; é necessária monitorização particularmente cuidadosa em casos de pacientes com alto risco de desenvolvimento de alterações eletrolíticas ou em caso de perda adicional significativa de fluidos (por exemplo, devido a vômitos, diarreia ou suor intenso). Hipovolemia ou desidratação, bem como qualquer alteração eletrolítica ou ácido – base significativas devem ser corrigidas. Isto pode requerer a descontinuação temporária da Furosemida (substância ativa).
Existe a possibilidade de agravar ou iniciar manifestação de lúpus eritematoso sistêmico.
Gravidez e lactação
A Furosemida (substância ativa) atravessa a barreira placentária. Portanto, não deve ser administrada durante a gravidez a menos que estritamente indicada e por curtos períodos de tempo. O tratamento durante a gravidez requer monitorização do crescimento fetal.
A Furosemida (substância ativa) passa para o leite e pode inibir a lactação. As mulheres não devem amamentar se estiverem sendo tratadas com Furosemida (substância ativa).
Categoria de risco na gravidez: categoria C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Populações especiais
Pacientes idosos
A eliminação de Furosemida (substância ativa) é diminuída devido à redução na função renal.
A ação diurética da Furosemida (substância ativa) pode levar ou contribuir para hipovolemia e desidratação, especialmente em pacientes idosos. A depleção grave de fluidos pode levar a hemoconcentração com tendência ao desenvolvimento de tromboses.
Crianças
O monitoramento cuidadoso é necessário em crianças prematuras devido ao possível desenvolvimento de nefrolitíase e nefrocalcinose; a função renal deverá ser monitorizada e deverá ser realizada uma ultrassonografia renal.
Caso a Furosemida (substância ativa) seja administrada a crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida, pode aumentar o risco de persistência de ducto de Botallo.
Alterações na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas
Alguns efeitos adversos (como queda acentuada indesejável da pressão sanguínea) podem prejudicar a capacidade do paciente em se concentrar e reagir e, portanto, constitui um risco em situações em que suas habilidades são especialmente importantes, como dirigir ou operar máquinas.
Sensibilidade cruzada
Pacientes hipersensíveis a antibióticos do tipo sulfonamidas ou sulfoniluréias podem apresentar sensibilidade cruzada com o medicamento.
Este medicamento pode causar doping.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Lasix®.
Reações Adversas do Furosemida – Hipolabor
A seguinte taxa de frequência é utilizada, quando aplicável:
- Reação muito comum (gt; 1/10).
- Reação comum (gt; 1/100 e ? 1/10).
- Reação incomum (gt; 1/1.000 e ? 1/100).
- Reação rara (gt; 1/10.000 e ? 1/1.000).
- Reação muito rara (? 1/10.000).
- Desconhecido: não pode ser estimada por dados disponíveis.
Distúrbios metabólico e nutricional
Muito Comum
Distúrbios eletrolíticos (incluindo sintomáticos), desidratação e hipovolemia, especialmente em pacientes idosos, aumento nos níveis séricos de creatinina e triglicérides.
Comum
Hiponatremia, hipocloremia, hipopotassemia, aumento nos níveis séricos de colesterol e ácido úrico, crises de gota e aumento no volume urinário.
Incomum
Tolerância à glicose diminuída; o diabetes mellitus latente pode se manifestar.
Desconhecido
Hipocalcemia, hipomagnesemia, aumento nos níveis séricos de ureia e alcalose metabólica, Síndrome de Bartter no contexto de uso inadequado e/ou a longo prazo da Furosemida (substância ativa).
Distúrbios vasculares
Muito comum (para infusão intravenosa)
Hipotensão incluindo hipotensão ortostática.
Raro
Vasculite.
Desconhecido
Trombose
Distúrbios renal e urinário
Comum
Aumento no volume urinário.
Raro
Nefrite tubulointersticial.
Desconhecido
Aumento nos níveis de sódio e cloreto na urina; retenção urinária (em pacientes com obstrução parcial do fluxo urinário); nefrocalcinose/nefrolitíase em crianças prematuras, falência renal.
Distúrbios gastrintestinais
Incomum
Náuseas.
Raro
Vômitos, diarreia.
Muito raro
Pancreatite aguda.
Distúrbios hepatobiliares
Muito raro
Colestase, aumento nas transaminases.
Distúrbios auditivos e labirinto
Incomum
Alterações na audição, embora geralmente de caráter transitório, particularmente em pacientes com insuficiência renal, hipoproteinemia (por exemplo: síndrome nefrótica) e/ou quando Furosemida (substância ativa) intravenosa for administrada rapidamente. Casos de surdez, algumas vezes irreversível, foram reportados após administração oral ou IV de Furosemida (substância ativa).
Muito raro
Tinido.
Distúrbios no tecido subcutâneo e pele
Incomum
Prurido, urticária, rash, dermatites bolhosas, eritema multiforme, penfigoide, dermatite esfoliativa, púrpura, reação de fotossensibilidade.
Desconhecido
Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, PEGA (Pustulose Exantemática Generalizada Aguda) e DRESS (rash ao fármaco com eosinofilia e sintomas sistêmicos), reações liquenoides.
Distúrbios do sistema imune
Raro
Reações anafiláticas ou anafilactoides severas (por exemplo, com choque).
Desconhecido
Agravamento ou início de manifestação de lúpus eritematoso sistêmico.
Distúrbios do sistema nervoso
Raro
Parestesia.
Comum
Encefalopatia hepática em pacientes com insuficiência hepatocelular.
Desconhecido
Vertigem, desmaio ou perda de consciência, cefaleia.
Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo
Comum
Hemoconcentração.
Incomum
Trombocitopenia.
Raro
Leucopenia, eosinofilia.
Muito raro
Agranulocitose, anemia aplástica ou anemia hemolítica.
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo
Desconhecido
Casos de rabdomiólise foram relatados, muitas vezes na situação de hipopotassemia severa.
Distúrbios congênito e genético/familiar
Desconhecido
Risco aumentado de persistência do ducto arterioso quando Furosemida (substância ativa) for administrada a crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida.
Distúrbios gerais
Raro
Febre.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Lasix®.
Interação Medicamentosa do Furosemida – Hipolabor
Associações desaconselhadas
Hidrato de cloral
Sensação de calor, perspiração, agitação, náusea, aumento da pressão arterial e taquicardia podem ocorrer em casos isolados após a administração intravenosa da Furosemida (substância ativa) dentro de 24 horas da ingestão de hidrato de cloral. Portanto, não é recomendado o uso concomitante de Furosemida (substância ativa) e hidrato de cloral.
Antibióticos aminoglicosídicos e outros medicamentos que podem causar ototoxicidade
A Furosemida (substância ativa) pode potencializar a ototoxicidade de antibióticos aminoglicosídicos e de outros fármacos ototóxicos, visto que os efeitos resultantes sobre a audição podem ser irreversíveis.
Esta combinação de fármacos deve ser restrita à indicação médica.
Precauções de uso
Cisplatina
Existe risco de ototoxicidade quando da administração concomitante de cisplatina e Furosemida (substância ativa). Além disto, a nefrotoxicidade da cisplatina pode ser aumentada caso a Furosemida (substância ativa) não seja administrada em baixas doses (por exemplo, 40 mg em pacientes com função renal normal) e com balanço de fluidos positivo quando utilizada para obter-se diurese forçada durante o tratamento com cisplatina.
Sucralfato
A administração concomitante de Furosemida (substância ativa) por via oral e sucralfato deve ser evitada, pois o sucralfato reduz a absorção intestinal da Furosemida (substância ativa) e, consequentemente, seu efeito. Aguardar pelo menos um período de 2 horas entre uma administração e outra.
Sais de lítio
A Furosemida (substância ativa) diminui a excreção de sais de lítio e pode causar aumento dos níveis séricos de lítio, resultando em aumento do risco de toxicidade do lítio, incluindo aumento do risco de efeitos cardiotóxicos e neurotóxicos do lítio. Desta forma, recomenda-se que os níveis séricos de lítio sejam cuidadosamente monitorizados em pacientes que recebem esta combinação.
Medicamentos inibidores da ECA
Pacientes que estão recebendo diuréticos podem sofrer hipotensão severa e deterioração da função renal, incluindo casos de insuficiência renal, especialmente quando um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II é administrado pela primeira vez ou tem sua dose aumentada pela primeira vez. Deve-se considerar a interrupção da administração da Furosemida (substância ativa) temporariamente ou ao menos reduzir a dose de Furosemida (substância ativa) por 3 dias antes de iniciar o tratamento com ou antes de aumentar a dose de um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II.
Risperidona
Em estudos placebo controlados com risperidona em pacientes idosos com demência, uma maior incidência de mortalidade foi observada em pacientes tratados com Furosemida (substância ativa) mais risperidona (7,3%: idade média de 89 anos, entre 75 – 97 anos) quando comparados com pacientes tratados somente com risperidona (3,1%: idade média de 84 anos, entre 70 – 96 anos) ou somente Furosemida (substância ativa) (4,1%, idade média de 80 anos, entre 67-90 anos). O uso concomitante de risperidona com outros diuréticos (principalmente diuréticos tiazídicos usados em baixa dose) não foi associado com achados semelhantes.
Não foi identificado um mecanismo patofisiológico para explicar este achado, e não foi observado um padrão consistente para a causa das mortes. Todavia, cautela deve ser adotada e os riscos e benefícios desta combinação ou com tratamento concomitante com outros diuréticos potentes devem ser considerados antes da decisão de uso.
Não houve aumento na incidência de mortalidade entre pacientes usando outros diuréticos, assim como em tratamento concomitante com risperidona. Independentemente do tratamento, a desidratação foi um fator de risco geral de mortalidade e, portanto, deve ser evitada em pacientes idosos com demência.
Levotiroxina
Altas doses de Furosemida (substância ativa) podem inibir a ligação de hormônios tiroidianos às proteínas carreadoras/ transportadoras e, assim, levar a um aumento transitório inicial de hormônio tiroidiano livre, seguido de uma redução geral nos níveis de hormônio tiroidiano total. Os níveis de hormônio tiroidiano devem ser monitorados.
Associações a considerar
Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs)
Agentes anti-inflamatórios não esteroidais (incluindo ácido acetilsalicílico) podem atenuar a ação da Furosemida (substância ativa) e sua administração concomitante pode causar insuficiência renal aguda no caso de hipovolemia ou desidratação pré-existente. Em pacientes com hipovolemia ou desidratação, a administração de AINEs pode causar uma diminuição aguda da função renal.
A toxicidade do salicilato pode ser aumentada pela Furosemida (substância ativa).
Fenitoína
Pode ocorrer diminuição do efeito da Furosemida (substância ativa) após administração concomitante de fenitoína.
Fármacos nefrotóxicos
A Furosemida (substância ativa) pode potencializar os efeitos nocivos de fármacos nefrotóxicos nos rins.
Corticosteroides, carbenoxolona, alcaçuz e laxantes: o uso concomitante de Furosemida (substância ativa) com corticosteroides, carbenoxolona e alcaçuz em grandes quantidades e o uso prolongado de laxantes, pode aumentar o risco de desenvolvimento de hipopotassemia.
Outros medicamentos, por exemplo, preparações de digitálicos e medicamentos que induzem a síndrome de prolongamento do intervalo QT: algumas alterações eletrolíticas (por exemplo, hipopotassemia, hipomagnesemia) podem aumentar a toxicidade destes fármacos.
Se agentes anti-hipertensivos, diuréticos ou outros fármacos que potencialmente diminuem a pressão sanguínea são administrados concomitantemente com a Furosemida (substância ativa), uma queda mais pronunciada da pressão sanguínea pode ser esperada.
Probenecida, metotrexato e outros fármacos que, assim como a Furosemida (substância ativa), são secretados significativamente por via tubular renal, podem reduzir o efeito da Furosemida (substância ativa). Por outro lado, a Furosemida (substância ativa) pode diminuir a eliminação renal desses fármacos. Em caso de tratamento com altas doses (em particular, de ambos Furosemida (substância ativa) e outros fármacos), pode haver aumento dos níveis séricos e dos riscos de efeitos adversos devido à Furosemida (substância ativa) ou à medicação concomitante.
Antidiabéticos e medicamentos hipertensores simpatomiméticos (ex: epinefrina, norepinefrina)
Os efeitos destes fármacos podem ser reduzidos quando administrados com Furosemida (substância ativa).
Teofilina ou relaxantes musculares do tipo curare
Os efeitos destes fármacos podem aumentar quando administrados com Furosemida (substância ativa).
Cefalosporinas
Insuficiência renal pode se desenvolver em pacientes recebendo simultaneamente tratamento com Furosemida (substância ativa) e altas doses de certas cefalosporinas.
Ciclosporina A
O uso concomitante de ciclosporina A e Furosemida (substância ativa) está associado com aumento do risco de artrite gotosa subsequente à hiperuricemia induzida por Furosemida (substância ativa) e à insuficiência da ciclosporina na excreção renal de urato.
Radiocontraste
Pacientes de alto risco para nefropatia por radiocontraste tratados com Furosemida (substância ativa) demonstraram maior incidência de deteriorização na função renal após receberem radiocontraste quando comparados o pacientes de alto risco que receberam somente hidratação intravenosa antes de receberem radiocontraste.
Medicamento – Exame laboratoriais
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de Furosemida (substância ativa) em exames laboratoriais.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Lasix®.
Interação Alimentícia do Furosemida – Hipolabor
Pode ocorrer alteração da absorção de Furosemida (substância ativa) quando administrada com alimentos, portanto, recomenda-se que os comprimidos sejam tomados com o estômago vazio.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Lasix®.
Ação da Substância Furosemida – Hipolabor
Resultado de Eficácia
O uso da Furosemida (substância ativa) tem indicação desde o período neonatal (Benitz et al, 1995) até a idade adulta (Avery,1981) nos casos de edema das mais variadas formas, insuficiência cardíaca, indução de diurese e crises hipertensivas.
O estudo de Magrini F et al. (1987) confirma a eficácia de Furosemida (substância ativa) nos casos de insuficiência cardíaca e aumento da resistência vascular coronariana. O estudo de Paterna S. et al (1999) também mostrou, com muita propriedade, a eficácia e a boa tolerabilidade de Furosemida (substância ativa) no tratamento de 30 pacientes adultos, com idades entre 65 e 85 anos portadores de insuficiência cardíaca congestiva. Este efeito também foi demonstrado no estudo de Gottlieb SS et al. (1998).
O benefício e a segurança do uso de Furosemida (substância ativa) em 46 crianças que foram submetidas a cirurgias cardíacas e usaram de forma contínua o medicamento Furosemida (substância ativa) foram confirmadas no estudo randomizado de Klinge JM et al. (1997).
O estudo randomizado de Van der Vorst MM et al (2006), envolvendo 44 pacientes portadores de insuficiência cardíaca nos graus III e IV, demonstrou que Furosemida (substância ativa) via oral também é eficaz, mesmo em quadros graves, como os envolvidos no estudo. Assim como no estudo de Paterna S et al (1999), Eterno FT et al. (1998) confirmaram que o uso de diuréticos como a Furosemida (substância ativa) melhora a compensação cardíaca, reduz edemas e melhora, em curto prazo, a capacidade física e a qualidade de vida dos pacientes.
Referências bibliogáficas
Benitz WE amp; Tatro DS: The Pediatric Drug Handbook, 3rd. Mosby-Year Book, Inc, St Louis, MO, 1995.
Avery GB: Neonatology: Pathophysiology and Management of the Newborn, 2nd. JB Lippincott Company, Philadelphia, PA, 1981.
Magrini F, et al. Converting-enzyme inhibition and coronary blood flow. Circulation 1987 Jan;75(1 Pt 2):I168- 74.
Paterna S, et al. Tolerability and efficacy of high-dose furosemide and small-volume hypertonic saline solution in refractory congestive heart failure. Adv Ther 1999 Sep-Oct;16(5):219-28.
Klinge JM, et al. Intermittent administration of furosemide versus continuous infusion in the postoperative management of children following open heart surgery. Intensive Care Med 1997 Jun;23(6):693-7.
Van der Vorst MM, et al. Evaluation of furosemide regimens in neonates treated with extracorporeal membrane oxygenation. Crit Care 2006;10(6):R168.
Gottlieb SS, et al. The effects of diuresis on the pharmacokinetics of the loop diuretics furosemide and torsemide in patients with heart failure. Am J Med 1998 Jun;104(6):533-8.
Eterno FT, et al. Diuréticos melhoram a capacidade funcional em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva. Arq Bras Cardiol 1998;70(5):315-20.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Lasix®.
Características Farmacológicas
Mecanismo de ação
A Furosemida (substância ativa) é um diurético de alça que produz um efeito diurético potente com início de ação rápido e de curta duração. A Furosemida (substância ativa) bloqueia o sistema cotransportador de Na+K+2Cl- localizado na membrana celular luminal do ramo ascendente da alça de Henle; portanto, a eficácia da ação salurética da Furosemida (substância ativa) depende do fármaco alcançar o lúmen tubular via um mecanismo de transporte aniônico. A ação diurética resulta da inibição da reabsorção de cloreto de sódio neste segmento da alça de Henle. Como resultado, a excreção fracionada de sódio pode alcançar 35% da filtração glomerular de sódio. Os efeitos secundários do aumento da excreção de sódio são excreção urinária aumentada (devido ao gradiente osmótico) e aumento da secreção tubular distal de potássio. A excreção de íons cálcio e magnésio também é aumentada.
A Furosemida (substância ativa) interrompe o mecanismo de retorno (feedback) do túbulo glomerular da mácula densa, com o resultado de não atenuação da atividade salurética. A Furosemida (substância ativa) causa estimulação dose-dependente do sistema renina-angiotensina-aldosterona.
Na insuficiência cardíaca, a Furosemida (substância ativa) produz uma redução aguda da pré-carga cardíaca (pela dilatação da capacidade venosa). Este efeito vascular precoce parece ser mediado por prostaglandina e pressupõe uma função renal adequada com ativação do sistema renina-angiotensina e síntese de prostaglandina intacta. Além disso, devido ao seu efeito natriurético, a Furosemida (substância ativa) reduz a reatividade vascular das catecolaminas, que é elevada em pacientes hipertensos.
A eficácia anti-hipertensiva da Furosemida (substância ativa) é atribuída ao aumento da excreção de sódio, redução do volume sanguíneo e redução da resposta do músculo liso vascular ao estímulo vasoconstritor.
Propriedades farmacodinâmicas
O efeito diurético da Furosemida (substância ativa) ocorre dentro de 15 minutos após a administração da dose intravenosa e dentro de 1 hora após a administração da dose oral.
O aumento dose-dependente da diurese e natriurese foi demonstrado em indivíduos sadios recebendo doses de Furosemida (substância ativa) de 10 mg até 100 mg. A duração da ação é de aproximadamente 3 horas após uma dose intravenosa de 20 mg e de 3 a 6 horas após uma dose oral de 40 mg em indivíduos sadios.
O efeito da Furosemida (substância ativa) é reduzido, caso ocorra diminuição da secreção tubular ou da ligação da albumina intratubular ao fármaco.
Propriedades farmacocinéticas
A influência da administração concomitante de alimentos na absorção da Furosemida (substância ativa) depende da forma farmacêutica.
O volume de distribuição de Furosemida (substância ativa) é de 0,1 a 0,2 litros por kg de peso corpóreo. O volume de distribuição pode ser maior dependendo da doença de base.
A Furosemida (substância ativa) liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (mais de 98%), principalmente à albumina.
A Furosemida (substância ativa) é eliminada principalmente na forma de fármaco inalterado, primariamente pela secreção no túbulo proximal. Após administração intravenosa, 60 a 70% da dose de Furosemida (substância ativa) é excretada desta forma. O metabólito glicuronideo da Furosemida (substância ativa) equivale a 10 a 20% das substâncias recuperadas na urina. O restante da dose é excretado nas fezes, provavelmente após secreção biliar.
A Furosemida (substância ativa) é excretada no leite materno. A Furosemida (substância ativa) atravessa a barreira placentária e é transferida ao feto lentamente. Por esta razão, observa-se no feto e no recém-nascido as mesmas concentrações de Furosemida (substância ativa) que na mãe.
Exclusivo Furosemida (substância ativa) Comprimido 40 mg
A Furosemida (substância ativa) é rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal. O Tmáx é de 1 a 1,5 horas para os comprimidos de 40 mg. A absorção do fármaco demonstra grande variabilidade intra e interindividual.
A biodisponibilidade da Furosemida (substância ativa) em voluntários sadios é de aproximadamente 50% a 70% para os comprimidos. Em pacientes, a biodisponibilidade do fármaco é influenciada por vários fatores incluindo doenças de base, e pode ser reduzida a 30% (por exemplo, na síndrome nefrótica).
Exclusivo Furosemida (substância ativa) Solução Injetável 10 mg/mL
A meia-vida terminal da Furosemida (substância ativa) após a administração intravenosa é de aproximadamente 1 a 1,5 horas.
Insuficiência renal
A biodisponibilidade da Furosemida (substância ativa) não é alterada em pacientes com insuficiência renal terminal. Em insuficiência renal, a eliminação de Furosemida (substância ativa) é diminuída e a meia-vida prolongada; a meia-vida terminal pode ser de até 24 horas em pacientes com insuficiência renal severa.
Na síndrome nefrótica, a redução na concentração das proteínas plasmáticas leva à concentrações mais altas de Furosemida (substância ativa) livre. Por outro lado, a eficácia de Furosemida (substância ativa) é reduzida nestes pacientes devido à ligação intratubular da albumina e diminuição da secreção tubular.
A Furosemida (substância ativa) é pouco dialisável em pacientes sob hemodiálise, diálise peritoneal e CAPD (Diálise Peritonial Ambulatorial Contínua).
Insuficiência Hepática
Em insuficiência hepática, a meia-vida de Furosemida (substância ativa) é aumentada em 30% a 90%, principalmente devido ao maior volume de distribuição. Além disso, neste grupo de pacientes existe uma ampla variação em todos os parâmetros farmacocinéticos.
Idosos, insuficiência cardíaca congestiva e hipertensão severa
Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão severa ou em pacientes idosos, a eliminação de Furosemida (substância ativa) é diminuída devido à redução na função renal.
Pacientes pediátricos
Em crianças prematuras ou nascidas à termo, dependendo da maturidade dos rins, a eliminação de Furosemida (substância ativa) pode estar diminuída. O metabolismo do fármaco também é reduzido caso a capacidade de glucuronização da criança esteja prejudicada. A meia-vida terminal é menor do que 12 horas em crianças com mais de 33 semanas de idade pós-concepção. Em crianças com 2 meses ou mais, o “clearance” terminal é o mesmo dos adultos.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Lasix®.