Bula do Galvus
Galvus é um medicamento usado para tratar pacientes com diabetes mellitus tipo 2, cuja condição não pode ser controlada pela dieta e exercício sozinhos. Ele ajuda a controlar os níveis sanguíneos de açúcar. Tais medicamentos são conhecidos como antidiabéticos orais.
Galvus é indicado em combinação com insulina (com ou sem metformina), apenas quando uma dose estável de insulina, aliado à dieta e exercício físico, não resultarem em controle glicêmico adequado.
Como o Galvus funciona?
O diabetes mellitus tipo 2 se desenvolve quando o corpo não produz quantidade suficiente de insulina ou se a insulina produzida pelo seu corpo não funciona adequadamente. Também pode se desenvolver se o corpo produz muito glucagon.
A insulina é uma substância que ajuda a diminuir o nível de açúcar no seu corpo, especialmente após a alimentação. O glucagon é uma substância que induz a produção de açúcar pelo fígado causando o aumento do nível de açúcar sanguíneo. Ambas as substâncias são produzidas pelo pâncreas.
Galvus atua fazendo o pâncreas produzir mais insulina e menos glucagon. Galvus ajuda a controlar os níveis sanguíneos de açúcar.
Seu médico prescreverá Galvus tanto sozinho quanto em combinação a outro antidiabético dependendo da sua condição.
É importante que você continue a seguir a dieta e/ou exercício recomendados a você enquanto estiver em tratamento com Galvus.
Se você tiver alguma dúvida sobre o porquê desse medicamento ter sido indicado a você, pergunte ao seu médico.
Contraindicação do Galvus
Não tome Galvus se você for alérgico (hipersensível) à vildagliptina ou a qualquer outro excipiente de Galvus.
Como usar o Galvus
Siga cuidadosamente todas as instruções dadas a você pelo seu médico, mesmo se forem diferentes das informações contidas nessa bula.
Não tome mais Galvus do que o seu médico prescreveu.
Quando e como tomar Galvus
Galvus deve ser tomado pela manhã (50 mg uma vez ao dia), ou pela manhã e à noite (50 mg duas vezes ao dia).
Os comprimidos devem ser engolidos inteiros com um copo de água.
Posologia do Galvus
Seu médico falará exatamente quantos comprimidos de Galvus tomar.
A dose usual de Galvus é 50mg ou 100mg por dia. A dose de 50mg deve ser tomada com o 50mg uma vez ao dia (manhã).
A dose de 100 mg deve ser tomada como 50 mg duas vezes ao dia (manhã e noite).
Dependendo da sua resposta ao tratamento, seu médico pode sugerir uma dose maior ou menor.
Seu médico prescreverá Galvus tanto sozinho quanto em combinação a outro antidiabético, dependendo da sua condição.
O limite máximo diário de administração é 100 mg/dia.
Por quanto tempo tomar Galvus
Continue tomando Galvus todos os dias por quanto tempo o seu médico disser para fazê-lo.
Você pode continuar nesse tratamento por um longo período de tempo. O seu médico monitorará regularmente sua condição para verificar que o tratamento está surtindo o efeito desejável.
Se seu médico o orientou a interromper o tratamento com Galvus devido a problemas no fígado, você não deve recomeçar o tratamento com Galvus.
Se você tiver dúvida sobre quanto tempo tomar Galvus, fale com o seu médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Galvus?
Se você se esquecer de tomar Galvus, tome-o assim que você se lembrar.
Tome a sua próxima dose no horário usual. Entretanto, se está quase no horário da próxima dose, não tome a dose esquecida.
Não tome uma dose dobrada para compensar o comprimido esquecido.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Galvus
Siga cuidadosamente todas as instruções dadas a você pelo seu médico mesmo se forem diferentes das informações contidas nessa bula.
Tome cuidados especiais com Galvus se você:
- Está ou planeja ficar grávida;
- Está amamentando;
- Tem problemas no rim;
- Tem problemas no fígado;
- Sofre de insuficiência cardíaca, seu médico irá decidir se prescreverá Galvus ou não, dependendo do grau da sua condição.
Galvus não é um substituto da insulina. Você não deve, portanto, receber Galvus para o tratamento de diabetes mellitus tipo 1 (ou seja, se seu corpo não produz insulina) nem para o tratamento de uma condição chamada cetoacidose diabética.
Se qualquer uma das condições acima se aplicar a você, fale com o seu médico antes de tomar Galvus.
Existe uma possibilidade de hipoglicemia quando o produto for administrado em combinação com sulfonilureia ou com insulina.
Monitorando seu tratamento com Galvus
Seu médico deve assegurar que os seguintes testes sejam realizados:
- Testar regularmente o açúcar no sangue e na urina;
- Verificar sua função hepática (no início do tratamento, a cada 3 meses durante o primeiro ano de tratamento e regularmente após este período).
Se seu médico o orientou a interromper o tratamento com Galvus devido a problemas no fígado, você não deve recomeçar o tratamento com Galvus.
Informações importantes sobre alguns excipientes de Galvus
Galvus contém um excipiente chamado lactose (açúcar do leite). Se você tem grave intolerância à lactose, galactose ou má absorção de glicose-galactose, avise ao seu médico antes de tomar Galvus.
Pancreatite aguda
Pare de tomar Galvus e entre em contato com seu médico se você apresentar dores de estomago fortes e persistentes, com ou sem vômito, pois você pode estar com pancreatite.
Não existem dados conclusivos de redução de riscos micro e macrovasculares com o produto.
Mulheres amamentando
Não amamente durante o tratamento com Galvus.
Peça auxílio ao seu médico antes de tomar qualquer medicamento durante a amamentação.
Seu médico discutirá com você o risco potencial de tomar Galvus durante a amamentação.
Dirigindo e operando máquinas
Pacientes que sentirem tontura devem evitar dirigir veículos ou operar máquinas.
Reações Adversas do Galvus
Como todos os medicamentos, pacientes tratados com Galvus podem apresentaralgumas reações adversas, embora nem todos apresentem.
Alguns pacientes apresentaram as seguintes reações adversas enquanto tomavam Galvus sozinho ou em combinação com outro medicamento antidiabético.
Alguns sintomas necessitam de cuidados médicos imediatos
Você deve interromper o tratamento com Galvus e procurar imediatamente seu médico se você apresentar os seguintes sintomas:
- Face, língua ou garganta inchadas, dificuldade para engolir, dificuldade para respirar, aparecimento repentino de erupção cutânea ou urticária (sintomas de reação alérgica grave conhecida como “angioedema”);
- Pele e/ou olhos amarelados, náusea, perda de apetite, urina de coloração escura (possíveis sintomas de problemas no fígado);
- Dor de forte intensidade na região do estômago (possível sintoma de inflamação no pâncreas);
- Dor de cabeça, sonolência, fraqueza, tonturas, confusão, irritabilidade, fome, batimento cardíaco acelerado, sudorese, sensação nervosa (possíveis sintomas de baixo nível de açúcar no sangue conhecido como ‘hipoglicemia’).
Outras reações adversas
- Reações adversas comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reações adversas incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reações adversas enquanto tomavam Galvus em monoterapia
Comum
Tontura.
Incomuns
Dor de cabeça, constipação, mãos, tornozelos ou pés inchados (edema).
Reações adversas enquanto tomavam Galvus em combinação com metformina
Comuns
Tremor, dor de cabeça, tontura.
Reações adversas enquanto tomavam Galvus em combinação com uma sulfonilureia
Comuns
Tremor, dor de cabeça, tontura, fraqueza.
Reações adversas enquanto tomavam Galvus em combinação com uma glitazona
Comuns
Aumento de peso, mãos, tornozelos ou pés inchados (edema).
Incomum
Dor de cabeça.
Reações adversas enquanto tomavam Galvus em combinação com insulina (com ou sem metformina)
Comuns
Dor de cabeça, náusea, calafrios, hipoglicemia (baixa quantidade de açúcar no sangue), azia.
Incomuns
Diarreia, flatulência.
Reações adversas enquanto tomavam Galvus em combinação com metformina e sulfonilureia
Comuns
Tontura, tremor, fraqueza, baixo nível de glicose (açúcar) no sangue, sudorese excessiva.
Reações adversas enquanto tomavam Galvus em monoterapia ou em combinação com outra medicação antidiabética
Prurido, descamação de áreas da pele ou bolhas, dor nas articulações.
Se alguma dessas condições afetar você gravemente, fale com o seu médico.
Se você notar qualquer outra reação adversa não mencionada nessa bula, por favor, informe ao seu médico.
Atenção:
este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
População Especial do Galvus
Galvus e idosos
Galvus pode ser utilizado por pacientes idosos.
Galvus e crianças / adolescentes
Não há informações disponíveis sobre o uso de Galvus em crianças e adolescentes (com idade menor de 18 anos). O uso de Galvus nesses pacientes não é, portanto, recomendado.
Mulheres grávidas
Avise o seu médico se você está grávida, se você acha que está grávida ou se você está planejando ficar grávida. Seu médico discutirá com você o risco potencial de tomar Galvus durante a gravidez.
Peça auxílio ao seu médico antes de tomar qualquer medicamento durante a gravidez.
Seu médico discutirá com você o risco potencial de tomar Galvus durante a gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Composição do Galvus
Cada comprimido de Galvus contém:
50 mg de vildagliptina.
Excipientes:
lactose, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio.
Apresentação do Galvus
Galvus 50 mg – embalagens contendo 14, 28 ou 56 comprimidos.
Via oral.
Uso adulto.
Superdosagem do Galvus
Se você tomar acidentalmente muitos comprimidos de Galvus ou se outra pessoa tomar o seu medicamento, fale com um médico imediatamente. Você pode precisar de cuidados médicos. Mostre ao médico a embalagem, se possível.
Sinais e sintomas
Em voluntários sadios (7 de 14 voluntários por grupo de tratamento), Galvus foi administrado uma vez ao dia em doses diárias de 25, 50, 100, 200, 400 e 600 mg por até 10 dias consecutivos.
Doses de até 200 mg foram bem toleradas.
Com 400 mg, houve três casos de dor muscular e casos isolados de alteração de sensibilidade leve e transitória, febre, inchaço e aumento transitório nos níveis de lipase (2x ULN).
Com 600 mg, um voluntário apresentou inchaço nos pés e mãos, e um aumento excessivo nos níveis de creatinina fosfoquinase (CPK), acompanhado pela elevação da alanina aminotransferase (AST), proteína C reativa e mioglobina. Nesse grupo, três voluntários adicionais apresentaram edema de ambos os pés, acompanhado de alteração de sensibilidade em dois casos.
Todos os sintomas e anormalidades laboratoriais foram resolvidos após a descontinuação do fármaco estudado.
Gerenciamento
Galvus não é removido por diálise, entretanto, o principal metabólito de hidrólise (LAY151) pode ser removido por hemodiálise.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.
Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Galvus
Tomando Galvus durante a refeição
Galvus pode ser tomado junto ou não de uma refeição.
Tomando outros medicamentos
Avise ao seu médico se você está tomando ou tomou qualquer outro medicamento recentemente. Por favor, lembre-se também daqueles medicamentos que não foram prescritos por um médico.
A vildagliptina tem baixo potencial para interações com outros medicamentos.
Uma vez que a vildagliptina não é um substrato das enzimas do citocromo P (CYP) 450 nem inibe ou induz as enzimas CYP 450 (complexo de enzimas do fígado responsável pela metabolização de um grande número de medicamentos), não é comum a interação com comedicações que são substratos, inibidores ou indutores dessas enzimas.
Além disso, a vildagliptina não afeta a depuração metabólica de comedicações metabolizadas pela CYP 1A2, CYP 2C8, CYP 2C9, CYP 2C19, CYP 2D6, CYP 2E1, e CYP 3A4/5 (complexo de enzimas responsável pela metabolização de medicamentos).
Estudos de interação medicamentosa foram conduzidos com medicações comumente prescritas simultaneamente para pacientes com diabetes mellitus tipo 2 ou medicações com uma janela terapêutica estreita (isto é, medicamentos que apresentam a dose terapêutica próxima da dose tóxica).
Como resultado desses estudos, não foi observada nenhuma interação de importância clínica com a administração simultânea da vildagliptina com outros antidiabéticos orais (glibenclamida, pioglitazona, metformina), anlodipino, digoxina, ramipril, sinvastatina, valsartana ou varfarina.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use este medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Ação da Substância Galvus
Resultados de Eficácia
Mais de 15.000 pacientes com diabetes mellitus tipo 2 participaram de estudos clínicos, duplo-cegos, placebo- e ativocontrolados até mais de 2 anos de duração. Nesses estudos, a Vildagliptina (substância ativa) foi administrada a mais de 9.000 pacientes em doses diárias de 50 mg uma vez ao dia, 50 mg duas vezes ao dia ou 100 mg uma vez ao dia. Mais de 5.000 pacientes homens e mais de 4.000 pacientes mulheres receberam Vildagliptina (substância ativa) 50 mg uma vez ao dia ou 100 mg diários. Mais de 1.900 pacientes recebendo Vildagliptina (substância ativa) 50 mg uma vez ao dia ou 100 mg diários eram maiores ou tinham 65 anos de idade. Nesses estudos, a Vildagliptina (substância ativa) foi administrada como monoterapia em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 virgens de tratamento ou em combinação em pacientes não controlados adequadamente por outros medicamentos antidiabéticos1, 2,3.
No geral, a Vildagliptina (substância ativa) melhorou o controle glicêmico quando administrada em monoterapia ou em combinação com metformina, sulfonilureia ou tiazolidinediona, com insulina ou em combinação tripla com metformina e sulfonilureia conforme relevante redução clínica da HbA1c demonstrada ao término dos estudos1, 2, 4.
Em estudos clínicos, a magnitude das reduções da HbA1c com Vildagliptina (substância ativa) foi maior em pacientes com HbA1c iniciais mais elevadas.
Em um estudo de 52 semanas (LAF2309), a Vildagliptina (substância ativa) (100 mg/dia) reduziu os níveis iniciais de HbA1c em -1% comparado a -1,4% para a metformina (titulada a 2 g/dia). Pacientes tratados com Vildagliptina (substância ativa) relataram significativamente menor incidência de reações adversas gastrintestinais versus aqueles tratados com metformina1 .
Em um estudo de 24 semanas (LAF2327), a Vildagliptina (substância ativa) (100 mg/dia) foi comparada à rosiglitazona (8 mg uma vez ao dia). As reduções médias foram de -1,1% com Vildagliptina (substância ativa) e -1,3% com rosiglitazona em pacientes com HbA1c inicial média de 8,7%. Pacientes recebendo rosiglitazona apresentaram um aumento médio de peso (+1,6 kg), enquanto aqueles recebendo Vildagliptina (substância ativa) não apresentaram ganho de peso (-0,3 kg). A incidência de edema periférico foi menor no grupo recebendo Vildagliptina (substância ativa) quando comparado ao grupo em rosiglitazona (2,1% vs. 4,1%, respectivamente)1 .
Em um estudo de 24 semanas (LAF2354), Vildagliptina (substância ativa) (50 mg duas vezes ao dia) foi comparada à pioglitazona (30 mg uma vez ao dia) em pacientes controlados inadequadamente com metformina. Reduções médias a partir da HbA1c inicial de 8,4% foram de -0,9% com a adição Vildagliptina (substância ativa) à metformina e de -1,0% com a adição da pioglitazona à metformina. O decréscimo foi maior (-1,5%) em pacientes com HbA1c inicial gt; 9,0% em ambos grupos de tratamento. Pacientes que receberam pioglitazona associada à metformina tiveram aumento no peso de 1,9 kg. Pacientes que receberam Vildagliptina (substância ativa) em associação à metformina tiveram aumento de peso de 0,3 kg. No estudo de extensão de 28 semanas, os resultados de redução de HbA1c foram similares entre grupos de tratamento e diferenças no peso corpóreo foram aumentadas5 .
Em um estudo de longa duração de até mais de 2 anos (LAF2308), a Vildagliptina (substância ativa) (100 mg/dia) foi comparada à glimepirida (até 6 mg/dia) em pacientes tratados com metformina. Após 1 ano, reduções médias na HbA1c foram -0,4% com Vildagliptina (substância ativa) associada à metformina e -0,5% com glimepirida associada à metformina. Houve redução média de 0,2 kg quando a Vildagliptina (substância ativa) foi adicionada ao tratamento com metformina e aumento de 1,6 kg com a adição de glimepirida. A incidência de hipoglicemia foi significativamente mais baixa no grupo da Vildagliptina (substância ativa) (1,7%) comparado ao grupo da glimepirida (16,2%). Ao final do estudo (2 anos), a HbA1c foi similar aos valores iniciais em ambos grupos de tratamento e as mudanças no peso corpóreo e diferenças na hipoglicemia foram mantidas6 .
Em um estudo de longa duração de até mais de 2 anos (LAF2310), a Vildagliptina (substância ativa) (50 mg duas vezes ao dia) foi comparada à gliclazida (até 320 mg/dia). Após 2 anos, as reduções médias em HbA1c foram -0,5% para Vildagliptina (substância ativa) e – 0,6% para gliclazida. A Vildagliptina (substância ativa) apresentou menor ganho de peso (0,75 kg) e menos eventos hipoglicêmicos (0,7%) comparada à gliclazida (1,6 kg e 1,7%, respectivamente)7 .
Em estudo de 52 semanas (LAF237A2338), a Vildagliptina (substância ativa) (50 mg duas vezes ao dia) foi comparada à gliclazida (até 320 mg/dia) em pacientes controlados inadequadamente com metformina. Após 1 ano, as reduções médias na HbA1c foram de -0,81% com adição da Vildagliptina (substância ativa) à metformina (linha de base média de HbA1c de 8,4%) e de -0,85% com adição da gliclazida à metformina (linha de base média de HbA1c de 8,5%); dados estatísticos não inferiores foram encontrados. A variação do peso corpóreo com Vildagliptina (substância ativa) foi de +0,1 kg comparado ao ganho de peso de +1,4 com gliclazida. O número de pacientes que sofreram eventos hipoglicêmicos foi o mesmo nos dois grupos tratados, entretanto, o número de pacientes que sofreram 2 ou mais eventos hipoglicêmicos foi maior no grupo metformina + gliclazida (0,8%) do que no grupo metformina + Vildagliptina (substância ativa) (0,2%)8 .
Em estudo de 24 semanas (LAF237A2302), a eficácia da combinação de dose fixa de Vildagliptina (substância ativa) e metformina (titulado gradualmente até uma dose de 50 mg/500 mg duas vezes ao dia ou 50 mg/1.000 mg duas vezes ao dia) como terapia inicial em pacientes que nunca tomaram os fármacos, foi avaliada. As reduções médias na HbA1c foram significativamente maiores com a terapia combinada de Vildagliptina (substância ativa) + metformina comparado com outra monoterapia. Vildagliptina (substância ativa)/metformina 50 mg/1.000 mg duas vezes ao dia reduziram a HbA1c em -1,82% e Vildagliptina (substância ativa)/metformina 50 mg/500 mg duas vezes ao dia reduziram em -1,61% de uma linha de base média HbA1c de 8,6%. A redução na HbA1c observada em pacientes com linha de base ? 10,0% foi maior. O peso corpóreo reduziu em todos os grupos, com uma redução média de -1,2 kg para ambas as combinações de Vildagliptina (substância ativa) + metformina. A incidência de hipoglicemia foi similar entre os grupos tratados (0% nas combinações de Vildagliptina (substância ativa) + metformina e 0,7% para cada monoterapia)9 .
Em um estudo de 24 semanas, duplo-cego, placebo-controlado, a Vildagliptina (substância ativa) (50 mg uma vez ao dia) reduziu a HbA1c em -0,74% a partir de um valor inicial médio de 7,9% em pacientes com insuficiência renal moderada e -0,88% de um valor inicial médio de 7,7% em pacientes com insuficiência renal grave. A Vildagliptina (substância ativa) reduziu significativamente a HbA1c quando comparada ao placebo (reduções em pacientes com insuficiência renal moderada e grave no grupo placebo foram -0,21% e -0,32%, respectivamente, a partir de valores iniciais semelhantes)10.
Um estudo de 24 semanas randomizado, duplo-cego, placebo-controlado foi conduzido em 449 pacientes para avaliar a eficácia e segurança de Vildagliptina (substância ativa) (50 mg duas vezes ao dia) em combinação com uma dose estável basal ou prémisturada de insulina (dose diária média de 41 U) com (N=276) ou sem (N=173) metformina concomitante. Vildagliptina (substância ativa) em combinação com insulina diminuiu significativamente a HbA1c comparado ao placebo: Na população geral, a redução média do placebo ajustado de uma linha de base média de HbA1c de 8,8% foi de -0,72%. Nos subgrupos tratados com insulina com ou sem metformina concomitante, a redução média do placebo ajustado de HbA1c foi -0,63% e -0,84%, respectivamente. A incidência de hipoglicemia na população geral foi de 8,4% e 7,2% nos grupos de Vildagliptina (substância ativa) e placebo, respectivamente. Alterações no peso corpóreo foram de +0,2 kg e -0,7 kg nos grupos de Vildagliptina (substância ativa) e placebo, respectivamente11.
Um estudo de 24 semanas randomizado, duplo-cego, placebo-controlado foi conduzido em 318 pacientes para avaliar a eficácia e segurança de Vildagliptina (substância ativa) (50 mg duas vezes ao dia) em combinação com metformina (? 1.500 mg diários) e glimepirida (? 4 mg diários). Vildagliptina (substância ativa) em combinação com metformina e glimepirida diminuiu significativamente a HbA1c comparada com o placebo a redução média do placebo ajustado de uma linha de base média de HbA1c de 8,8% foi de -0,76%12.
Tabela 1 – Principais resultados de eficácia dos estudos placebo-controlados com Vildagliptina (substância ativa) em monoterapia e em terapia combinada (eficácia primária na população de intenção de tratamento – ITT)
Um estudo de 52 semanas, multicêntrico, randomizado, duplo-cego, foi conduzido em pacientes com diabetes tipo 2 e insuficiência cardíaca congestiva (NYHA classe I-III) para avaliar o efeito de Vildagliptina (substância ativa) 50 mg duas vezes ao dia (N=128) comparado ao placebo (N=126) na fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE). A Vildagliptina (substância ativa) não esteve associada com a alteração na função ventricular esquerda ou agravamento da ICC pré-existente. Os eventos cardiovasculares adjudicados foram em geral equilibrados. Houve ligeiramente mais eventos cardíacos em pacientes com insuficiência cardíaca NYHA classe III tratados com Vildagliptina (substância ativa) comparado ao placebo. Entretanto, houve desequilíbrio no risco CV inicial favorecendo o placebo e o número de eventos foi baixo, impossibilitando conclusões seguras. A Vildagliptina (substância ativa) diminuiu significativamente a HbA1c comparada ao placebo (diferença de 0,6%) de uma média de 7,8%. A incidência de hipoglicemia na população em geral foi 4,7% e 5,6% nos grupos Vildagliptina (substância ativa) e placebo, respectivamente13.
Risco cardiovascular
Foi realizada uma meta-análise de eventos cardiovasculares independente e prospectivamente adjudicados de 25 estudos clínicos fase III com até mais de 2 anos de duração. Envolveu 8.956 pacientes com diabetes tipo 2 tratados com Vildagliptina (substância ativa) e mostrou que o tratamento com Vildagliptina (substância ativa) não foi associado com um aumento no risco cardiovascular. O desfecho composto de eventos cárdio e cerebrovascular (CCV) adjudicados [síndrome coronariana aguda (SCA), acidente vascular encefálico ou morte CCV], foi semelhante para Vildagliptina (substância ativa) versus comparadores ativos combinados e placebos [razão de risco de Mantel-Haenszel de 0,84 (95% de intervalo de confiança 0,63-1,12)] sustentando a segurança cardiovascular de Vildagliptina (substância ativa). No total, 99 dos 8.956 pacientes relataram um evento no grupo Vildagliptina (substância ativa) versus 91 de 6.061 pacientes no grupo comparador14,15.
Referências Bibliográficas
1. Summary of Clinical Efficacy in type 2 diabetes mellitus (monotherapy and add-on combination therapy. 6 Jan 06.
2. Executive Summary and Introduction, Supplemental International Registration Dossier. May 07.
3. Clinical Overview – Addendum – CDS Update. Novartis Pharmaceuticals Corporation. East Hanover, NJ, USA. Jan 09.
4. A randomised, open-label, cross-over study to estimate the absolute bioavailability of LAF237 in healthy volunteers. Clinical study report LAF237 2325. 20 Dec 04.
5. CLAF237A2354: A multicenter, double-blind, randomized, active-controlled study to assess the efficacy of 24 weeks treatment with vildagliptin 50 mg bid to pioglitazone 30 mg qd as add-on therapy in patients with type 2 diabetes inadequately controlled with metformin monotherapy followed by a 28-weeks, single-blind period to further assess the safety of each treatment combination.
6. CLAF237A2308: A Multicenter, Randomized, Double-Blind, Active Controlled Study to Compare the Long-Term Effect of Treatment with LAF237 50 mg bid to Glimepiride up to 6 mg Daily as Add-On Therapy in Patients with Type 2 Diabetes Inadequately Controlled with Metformin Monotherapy.
7. CLAF237A2310: A Multicenter, Double-Blind, Randomized, Active Controlled Study to Compare the Effect of Long Term Treatment with LAF237 50 mg bid to Gliclazide up to 320 mg Daily in Drug Naïve Patients with Type 2 Diabetes.
8. CLAF237A2338: A Multicenter, Double-Blind, Randomized, Active Controlled Study to Compare the Effect of 52 weeks treatment with LAF237 50 mg bid to gliclazide up to 320 mg daily as add-on therapy in patients with type 2 diabetes inadequately controlled with metformin monotherapy.
9. CLMF237A2302: A Randomized, double-blind, active-controlled, multicenter study to compare the effect of 24 weeks treatment with a fixed combination therapy of vildagliptin and metformin to the individual monotherapy components in drug naïve patients with type 2 diabetes.
10. Clinical Overview – Addendum Vildagliptin for treatment of type 2 diabetes mellitus (Renal dosing). Novartis Pharma AG. Basel, Switzerland. 07 Apr 11.
11. CSR study LAF 23135: A 24-week, multi-center, double-blind, randomized, placebo-controlled, parallel-group study to assess the efficacy and safety of vildagliptin 50mg bid as an add-on therapy to insulin, with or without metformin, in patients with type 2 diabetes mellitus.
12. CSR study LAF 23152: A multi-center, randomized, double-blind placebo controlled study to evaluate the efficacy and safety of 24 weeks treatment with vildagliptin 50 mg bid as add-on therapy to metformin plus glimepiride in patients with type 2 diabetes.
13. CSR study LAF 237 23118.
14. 2.5 Clinical Overview – Clinical overview addendum – vildagliptin in patients with type 2 diabetes and congestive heart failure NYHA class I-III. Novartis. Dec 2012.
15. 2.5 Clinical Overview- Rationale for changes to Core Data Sheet (CDS) / Product Information– Removal of reference to transient ischemic attack in Section 12. Clinical Studies. Novartis. 30 Oct 2013.
Características Farmacológicas
Grupo farmacoterapêutico
Medicamentos usados na diabetes, inibidores da dipeptidil-peptidase-4 (DPP-4).
Código ATC:
A10BH02.
Mecanismo de ação
A Vildagliptina (substância ativa), um membro da classe dos ativadores das ilhotas pancreáticas, é um inibidor potente e seletivo da dipeptidil-peptidase-4 (DPP-4) que melhora o controle glicêmico. A inibição da DPP-4 pela Vildagliptina (substância ativa) resulta em um aumento nos níveis endógenos dos hormônios conhecidos como incretinas, GLP-1 (peptídeo glucagon símile 1) e GIP (polipeptídeo insulinotrópico glicose-dependente) tanto no jejum quanto no pós-prandial.
Farmacodinâmica
A administração de Vildagliptina (substância ativa) resulta em uma rápida e completa inibição da atividade da DPP-4. Em pacientes com diabetes mellitus tipo 2, a administração de Vildagliptina (substância ativa) leva à inibição da atividade enzimática da DPP-4 por um período de 24 horas.
Aumentando os níveis endógenos desses hormônios conhecidos como incretinas, a Vildagliptina (substância ativa) aumenta a sensibilidade das células beta à glicose, resultando em uma melhora da secreção de insulina dependente de glicose. O tratamento com 50 a 100 mg diários em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 melhorou significativamente os parâmetros de avaliação da função das células beta. O nível de melhora da função da célula beta é dependente do grau inicial de sua insuficiência; em indivíduos não diabéticos (glicemia normal), a Vildagliptina (substância ativa) não estimula a secreção de insulina ou reduz os níveis de glicose.
Através do aumento endógeno nos níveis de GLP-1, a Vildagliptina (substância ativa) melhora a sensibilidade das células alfa à glicose, resultando em uma secreção de glucagon glicose-apropriada. A redução inapropriada de glucagon que ocorre durante as refeições atenua a resistência insulínica.
O aumento da relação insulina/glucagon na hiperglicemia, devido ao aumento nos níveis das incretinas, resulta na diminuição da produção hepática de glicose no jejum e pós-prandial, levando à redução da glicemia.
O efeito do aumento dos níveis de GLP-1 sobre o retardo do esvaziamento gástrico não é observado no tratamento com a Vildagliptina (substância ativa). Adicionalmente, foi observada uma redução na lipemia pós-prandial não mediada pelo efeito da Vildagliptina (substância ativa) sobre as incretinas e sua ação sobre a melhora da função da ilhota pancreática.
Farmacocinética
Absorção
Após a administração oral no jejum, a Vildagliptina (substância ativa) é rapidamente absorvida com o pico de concentração plasmática observado a 1,75 horas. A coadministração com alimento diminui levemente a taxa de absorção da Vildagliptina (substância ativa), caracterizado pela diminuição de 19% na concentração no pico e atraso no tempo do pico da concentração plasmática de 2,5 horas. Não há alteração na extensão de absorção e o alimento não altera a exposição total (ASC).
Distribuição
A ligação da Vildagliptina (substância ativa) às proteínas plasmáticas é baixa (9,3%) e a Vildagliptina (substância ativa) é distribuída igualmente entre o plasma e os eritrócitos. O volume médio de distribuição da Vildagliptina (substância ativa) no estado de equilíbrio após a administração intravenosa (Vss) é 71 litros, sugerindo uma distribuição extravascular.
Biotransformação/metabolismo
O metabolismo é a principal rota de eliminação para a Vildagliptina (substância ativa) em humanos, totalizando 69% da dose. O principal metabólito, LAY151, é farmacologicamente inativo e é um produto de hidrólise da metade ciano, correspondendo a 57% da dose, seguido pelo produto da hidrólise da amida (4% da dose). A DPP-4 contribui parcialmente para a hidrólise da Vildagliptina (substância ativa) conforme demonstrado em um estudo in-vivo usando ratos deficientes em DPP-4. A Vildagliptina (substância ativa) não é metabolizada pelas enzimas do citocromo P450 em extensão quantificável. Estudos in-vitro demonstraram que a Vildagliptina (substância ativa) não inibe ou induz as enzimas do citocromo P450.
Eliminação
Após a administração oral de Vildagliptina (substância ativa)-[14C], aproximadamente, 85% da dose é excretada na urina e 15% da dose é recuperada nas fezes. A excreção renal da Vildagliptina (substância ativa) não transformada corresponde a 23% da dose após a administração oral. Após uma administração intravenosa a voluntários sadios, as depurações totais plasmática e renal da Vildagliptina (substância ativa) são 41 litros/hora e 13 litros/hora, respectivamente. A meia-vida média de eliminação após administração intravenosa é aproximadamente 2 horas. A meia-vida média de eliminação após administração oral é aproximadamente 3 horas e é independente da dose.
Linearidade
A Vildagliptina (substância ativa) é rapidamente absorvida com uma biodisponibilidade oral absoluta de 85%. O pico de concentração plasmática para a Vildagliptina (substância ativa) e a área sob curva de concentração plasmática versus o tempo (ASC) aumentaram aproximadamente de maneira proporcional à dose dentro da faixa de dose terapêutica.
Populações especiais
Gênero
Não foi observada nenhuma diferença na farmacocinética de Vildagliptina (substância ativa) entre voluntários homens e mulheres com uma faixa de diversidade de idade e índice de massa corpórea (IMC). A inibição da DPP-4 pelo Vildagliptina (substância ativa) não foi afetada pelo gênero.
Obesidade
O IMC parece não afetar os parâmetros farmacocinéticos de Vildagliptina (substância ativa) A inibição da DPP-4 pelo Vildagliptina (substância ativa) não foi afetada pelo IMC.
Insuficiência hepática
O efeito da insuficiência hepática na farmacocinética de Vildagliptina (substância ativa) foi estudado em voluntários com insuficiência hepática leve, moderada e grave baseado na escala Child-Pugh (faixa de 6 para leve a 12 para grave) em comparação com voluntários com função hepática normal. A exposição ao Vildagliptina (substância ativa) (100 mg) após uma dose única em voluntários com insuficiência hepática leve a moderada foi diminuída (20% e 8%, respectivamente), enquanto a exposição ao Vildagliptina (substância ativa) em pacientes com insuficiência hepática grave foi aumentada de 22%. A alteração máxima (aumento e diminuição) da exposição ao Vildagliptina (substância ativa) é ~30%, que não é considerado clinicamente relevante. Não houve correlação entre a gravidade da insuficiência hepática e alterações na exposição ao Vildagliptina (substância ativa). O uso de Vildagliptina (substância ativa) não é recomendado a pacientes com insuficiência hepática, incluindo pacientes com níveis prétratamento acima de 2,5 vezes o limite superior da normalidade para ALT ou AST.
Insuficiência renal
Devido à experiência limitada em pacientes com doença renal em fase terminal (ESRD) em hemodiálise, Vildagliptina (substância ativa) deve ser utilizado com cautela nesses pacientes. A ASC da Vildagliptina (substância ativa) aumentou em média 1,4, 1,7 e 2 vezes em pacientes com insuficiência renal leve, moderada e grave, respectivamente, em comparação com indivíduos saudáveis. A ASC dos metabólitos LAY151 aumentou 1,6, 3,2 e 7,3 vezes e a do BQS867 aumentou 1,4, 2,7 e 7,3 vezes em pacientes com insuficiência renal leve, moderada e grave, respectivamente, em comparação com voluntários sadios. Dados limitados de pacientes com doença renal terminal indicaram que a exposição à Vildagliptina (substância ativa) é semelhante àquela em pacientes com insuficiência renal grave. As concentrações de LAY151 em pacientes com insuficiência renal terminal foi de aproximadamente 2-3 vezes maior do que em pacientes com insuficiência renal grave. Pode ser necessário ajuste posológico em pacientes com insuficiência renal. A Vildagliptina (substância ativa) foi removida de forma limitada por hemodiálise (3% em uma sessão de hemodiálise de 3-4 horas, iniciada 4 horas após a dose).
Idosos
Em voluntários sadios idosos (? 70 anos), a exposição total ao Vildagliptina (substância ativa) (100 mg uma vez ao dia) foi aumentada em 32% com elevação de 18% no pico da concentração plasmática comparada a voluntários sadios jovens (18 a 40 anos). Essas alterações não foram consideradas clinicamente relevantes. A inibição da DPP-4 pelo Vildagliptina (substância ativa) não foi afetada pela idade nos grupos etários estudados.
Pacientes pediátricos
Não há dados de farmacocinética disponíveis.
Grupos étnicos
Não houve evidências de que a etnia afete a farmacocinética de Vildagliptina (substância ativa).
Dados de segurança pré-clínicos
Carcinogenicidade e mutagenicidade
Um estudo de carcinogenicidade de dois anos foi conduzido em ratos com doses orais de até 900 mg/kg (aproximadamente 200 vezes a exposição humana na dose máxima recomendada). Não foi observado nenhum aumento na incidência de tumores atribuídos à Vildagliptina (substância ativa). Um estudo de carcinogenicidade de dois anos foi conduzido em camundongos com doses orais de até 1.000 mg/kg (aproximadamente 240 vezes a exposição humana na dose máxima recomendada). A incidência de tumor mamário aumentou em camundongos fêmeas quando os camundongos receberam até 150 vezes a dose prevista de Vildagliptina (substância ativa) para uso em humanos, mas não quando esta dose foi até 60 vezes a dose prevista de Vildagliptina (substância ativa) para uso em humanos. A incidência de hemangiosarcoma foi aumentada em camundongos machos tratados com doses 42 a 240 vezes a exposição máxima de Vildagliptina (substância ativa) para humanos e em camundongos fêmeas, com doses 150 vezes maiores que a máxima prevista para humanos. Não foi observado nenhum aumento significativo na incidência de hemangiosarcoma quando utilizadas doses de até 16 vezes em camundongos machos e aproximadamente 60 vezes em fêmeas, daquelas exposições máximas para humanos.
A Vildagliptina (substância ativa) não foi mutagênica em um número de testes de mutagenicidade incluindo um ensaio de Ames para mutação bacteriana reversa e um ensaio de aberração cromossomal de linfócitos humanos. Testes micronucleares da medula óssea oral tanto em ratos quanto em camundongos não revelaram potencial clastogênico ou anogênico até 2.000 mg/kg ou aproximadamente 400 vezes a exposição máxima para humanos. Um ensaio cometa in-vivo com fígado de camundongos usando a mesma dose também foi negativo.
Farmacologia de segurança e toxicidade de dose repetida
Em um estudo de toxicologia de 13 semanas em macacos cynomolgus, foram observadas lesões de pele nas doses ? 5 mg/kg/dia. Isso foi consistentemente localizado nas extremidades (mãos, pés, orelhas e rabo). Na dose de 5 mg/kg/dia (aproximadamente equivalente à dose humana de exposição ASC na dose de 100 mg) foram observadas apenas bolhas. Isso foi reversível apesar do tratamento ter sido continuado e não foram associados às anormalidades histopatológicas. Foram notadas esfoliação, descamação, fragilidade cutânea e úlceras na cauda com alterações histopatológicas correlacionadas nas doses ? 20 mg/kg/dia (aproximadamente 3 vezes a exposição humana ASC na dose de 100 mg). Foram observadas lesões necróticas no rabo nas doses ? 80 mg/kg/dia. Deve-se ressaltar que a Vildagliptina (substância ativa) exibe uma potência farmacológica significativamente maior em macacos em comparação aos humanos. As lesões na pele não foram reversíveis em macacos tratados com dose 160 mg/kg/dia durante um período de recuperação de 4 semanas. Lesões de pele não foram observadas em outras espécies de animais ou em humanos tratados com Vildagliptina (substância ativa).
Fonte: Bula do profissional do medicamento Galvus.
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