Como o Gepeprostin funciona?
Gepeprostin inibe o estímulo hormonal masculino (testosterona), resultando assim na regressão dos tumores da próstata, que dependem deste hormônio para o crescimento.
Contraindicação do Gepeprostin
Gepeprostin é contra-indicado em todos os casos de hipersensibilidade a qualquer um de seus componentes.
Gepeprostin não deve ser administrado para mulheres e crianças.
Como usar o Gepeprostin
Os comprimidos de Gepeprostin devem ser tomados inteiros pela boca, sem mastigar, com quantidade suficiente de líquido e podem ser ingeridos com ou sem alimentos.
Posologia do Gepeprostin
Câncer de Próstata avançado (Metastático)
Tratamento de câncer avançado da próstata em combinação com o tratamento com análogos do LHRH ou castração cirúrgica:
Adultos (inclusive idosos):
1 comprimido de 50 mg, uma vez ao dia. O tratamento deve ser iniciado ao mesmo tempo que o tratamento com o análogo do LHRH ou a castração cirúrgica.
Tratamento de câncer da próstata metastático em pacientes nos quais a castração cirúrgica ou medicamentosa não está indicada ou não é aceitável
Adultos (inclusive idosos):
3 comprimidos de 50 mg, uma vez ao dia.
Câncer de Próstata não-metastático
Adultos (inclusive idosos)
3 comprimidos de 50 mg, uma vez ao dia.
Comprometimento renal
Não é necessário ajuste de dose de Gepeprostin para pacientes com comprometimento renal.
Comprometimento hepático
Não é necessário ajuste de dose de Gepeprostin para pacientes com comprometimento hepático leve. Pode ocorrer acúmulo em pacientes com comprometimento hepático moderado a grave.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não pode ser partido ou mastigado.
Precauções do Gepeprostin
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres.
Advertências do Gepeprostin
Gepeprostin deve ser usado com cautela em pacientes com comprometimento hepático moderado ou severo.
Gepeprostin é extensamente metabolizado pelo fígado. Os dados sugerem que a sua eliminação possa ser mais lenta em indivíduos com comprometimento hepático grave e isso pode levar a um acúmulo elevado de bicalutamida. Desse modo, é recomendada a realização periódica de testes para a monitorização da função hepática.
Raramente, algumas alterações hepáticas graves e insuficiência hepática foram observadas com Gepeprostin. Se as alterações forem graves, a terapia deve ser descontinuada.
Foi observada uma redução na tolerância à glicose, em pessoas do sexo masculino que recebem agonistas do LHRH. Isto pode manifestar-se como diabetes ou perda do controle glicêmico nos pacientes com diabetes pré-existente. Portanto, devese haver uma monitorização da glicemia em pacientes recebendo bicalutamida, em combinação com agonistas do LHRH.
Reações Adversas do Gepeprostin
Durante o tratamento com 50 mg ao dia de Gepeprostin podem ocorrer as seguintes reações adversas:
- Ondas de calor;
- Hipersensibilidade das mamas;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Diarréia;
- Coceira;
- Fraqueza.
Durante o tratamento com 150 mg ao dia de Gepeprostin podem ocorrer as seguintes reações adversas:
- Hipersensibilidade das mamas;
- Ginecomastia;
- Ondas de calor;
- Coceira;
- Dor abdominal;
- Fraqueza;
- Depressão;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Queda de cabelos;
- Ressecamento da pele;
- Diminuição do desejo sexual;
- Presença de sangue na urina e alterações nos pulmões.
Informe ao médico ou cirurgião dentista o aparecimento de reações indesejáveis.
População Especial do Gepeprostin
Uso pediátrico
Gepeprostin é contra-indicado para crianças.
Gravidez e lactação
Gepeprostin não deve ser administrado a gestantes e a mulheres que estejam amamentando.
Gepeprostin é contra-indicado para mulheres, sobretudo nas gestantes ou mulheres que estejam amamentando.
Não deve ser utilizado por gestantes ou mulheres que estejam amamentando.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir autos e operar máquinas
É improvável que a bicalutamida prejudique a capacidade de dirigir autos e operar máquinas. No entanto, convém citar que ocasionalmente pode ocorrer sonolência.
Composição do Gepeprostin
Apresentações
Gepeprostin 50 mg. Embalagem contendo 30 comprimidos revestidos.
Uso oral.
Uso adulto.
Composição
Cada comprimido revestido de 50 mg contém
Bicalutamida | 50 mg |
Excipientes* | 1 comprimido revestido |
*Lactose monoidratada, amidoglicolato de sódio, povidona, estearato de magnésio, amido, metilcelulose, dióxido de titânio, triacetina.
Superdosagem do Gepeprostin
Em caso de superdose procure um centro de controle de intoxicação ou socorro médico.
Não há experiência de superdosagem em humanos. Não há antídoto específico e o tratamento deve ser sintomático.
Uma vez que Gepeprostin possui alta taxa de ligação às proteínas e não é recuperado inalterado na urina, o procedimento de diálise pode não ser útil. Cuidados gerais de suporte, incluindo monitorização freqüente dos sinais vitais, estão indicados.
Interação Medicamentosa do Gepeprostin
Gepeprostin não deve ser administrado em conjunto com terfenadina, astemizol ou cisaprida.
Enquanto estiver em tratamento com Gepeprostin, não tome nenhum outro medicamento sem o consentimento de seu médico, principalmente anticoagulantes orais (medicamentos que impedem a coagulação sanguínea).
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento.
Informe ao seu médico ou cirurgião dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Ação da Substância Gepeprostin
Resultados da eficácia
A eficácia de bicalutamida 150 mg ao dia como tratamento para pacientes com câncer de próstata localizado ou localmente avançado (T1 – T4, com ou sem comprometimento linfonodal, M0) foi avaliada em uma análise combinada de três estudos controlados com placebo em 8113 pacientes, onde o fármaco foi administrado como terapia hormonal imediata ou como adjuvante à terapia de intenção curativa. Na análise global, o tratamento com bicalutamida 150 mg ao dia foi associado à diminuição significativa do risco de progressão de doença e desenvolvimento de metástases ósseas, não sendo observada diferença na sobrevida. Em adição a esta primeira análise, foram realizadas análises de subgrupo. Em termos de sobrevida livre de progressão, houve um benefício significativo para pacientes com doença localmente avançada, entretanto, não foram vistos benefícios significativos para pacientes com doença localizada. Em termos de sobrevida para pacientes com doença localizada que receberam a dose de 150 mg de bicalutamida imediatamente (observação vigilante), houve uma tendência de diminuição da sobrevida, comparado com pacientes com placebo. Para os pacientes com doença localmente avançada, houve uma tendência de melhora da sobrevida com bicalutamida 150 mg ao dia, comparado com placebo. Observou-se uma melhora da sobrevida em pacientes com doença localmente avançada que receberam bicalutamida 150 mg ao dia como terapia adjuvante à radioterapia. Não houve diferença significativa de sobrevida no grupo de pacientes que receberam a dose de 150 mg de bicalutamida adjuvante à prostatectomia radical como terapia primária.
Em um programa separado, a eficácia de 150 mg ao dia de bicalutamida para o tratamento de pacientes com câncer de próstata localmente avançado não-metastático, para os quais terapia hormonal imediata é indicada, foi demonstrada em uma análise combinada de dois estudos, os quais envolveram 480 pacientes portadores de câncer de próstata não-metastático (M0) e não tratados previamente.
Este estudo mostrou que não houve diferença estatisticamente significativa na sobrevida [RR = 1,05 (IC 0,81 a 1,36) p=0,699] ou no tempo para progressão de doença [RR =1,20 (IC 0,96 a 1,51) p=0,107], quando a taxa de mortalidade era de 56%, comparando-se 150 mg ao dia de bicalutamida e castração. Houve uma tendência a favor de 150 mg ao dia de bicalutamida, comparado à castração, em termos de qualidade de vida, com benefícios estatisticamente significativos para interesse sexual (p=0,029) e atividade física (p=0,046) em pacientes avaliáveis.
A eficácia de 150 mg ao dia de bicalutamida para o tratamento de pacientes com câncer de próstata metastático foi demonstrada em uma análise combinada de dois estudos com 805 pacientes com doença metastática (M1) e sem tratamento anterior.
A dosagem de 150 mg ao dia de bicalutamida demonstrou ser inferior à castração em termos de sobrevida (RR = 1,30, p=0,0246), quando a taxa de mortalidade era de 43%, embora a diferença numérica no tempo estimado para óbito tenha sido de apenas 42 dias (6 semanas). Houve tendência geral a favor de bicalutamida na dose diária de 150 mg em relação à qualidade de vida, com vantagens estatisticamente significativas para o interesse sexual (p=0,041) e a capacidade física (p=0,032) em pacientes avaliáveis. A análise da resposta subjetiva mostrou vantagem significativa a favor de 150 mg ao dia de bicalutamida, demonstrando melhor controle dos sintomas que a castração (p=0,046).
Os resultados da análise combinada dos dois outros estudos comparando bicalutamida em monoterapia com o bloqueio androgênico combinado (contendo aproximadamente 93% e 50% de pacientes M1) mostrou tendência de vantagem para 150 mg ao dia de bicalutamida, em relação à sobrevida [HR 0,858 (IC 0,61 a 1,20), p=0,37].
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
A bicalutamida é um antiandrogênio não-esteroidal, destituído de qualquer outra atividade endócrina. Ela se liga aos receptores androgênicos sem ativar a expressão gênica e, assim, inibe o estímulo androgênico. A regressão dos tumores prostáticos resulta dessa inibição. Clinicamente, a descontinuação de bicalutamida pode resultar na síndrome de retirada do antiandrógeno em alguns pacientes.
A bicalutamida é um racemato, sendo que sua atividade antiandrogênica é quase que exclusivamente atribuída ao enantiômero-R.
Propriedades Farmacocinéticas
A bicalutamida é bem absorvida após administração oral. Não há evidência de efeito clinicamente relevante dos alimentos sobre sua biodisponibilidade.
O enantiômero-S de bicalutamida é rapidamente depurado em relação ao enantiômero-R, sendo que a meia-vida de eliminação plasmática deste último é de aproximadamente uma semana. Com a administração diária de bicalutamida, o enantiômero-R se acumula cerca de 10 vezes no plasma, como consequência de sua longa meia-vida.
Concentrações plasmáticas de equilíbrio de aproximadamente 9 mcg/mL e 22 mcg/mL do enantiômero-R foram observadas durante administrações diárias de bicalutamida 50 mg e 150 mg respectivamente. No estado de equilíbrio, o enantiômero-R predominantemente ativo representa 99% dos enantiômeros totais circulantes. A farmacocinética do enantiômero-R não é afetada pela idade, por comprometimento renal ou comprometimento hepático leve a moderado. Existem evidências de que em indivíduos com comprometimento hepático grave o enantiômero-R é eliminado mais lentamente do plasma.
Bicalutamida possui alta taxa de ligação às proteínas (racemato 96% e R-bicalutamida gt; 99,6%) e é extensivamente metabolizado (oxidação e glicuronidação). Seus metabólitos são eliminados pelos rins e bile em proporções aproximadamente iguais.
Em um estudo clínico, a concentração mediana de R-bicalutamida no sêmen de homens tratados com bicalutamida 150 mg ao dia foi de 4,9 mcg/mL. A quantidade de bicalutamida potencialmente transferida às parceiras durante o coito é menor e equivale a aproximadamente 0,3 mcg /kg. Isto está abaixo do requerido para indução de alterações na prole de animais de laboratório.
Dentro de quatro semanas após o início do tratamento com bicalutamida em monoterapia, ocorre um aumento nos níveis do hormônio luteinizante e de testosterona, combinado com uma queda nos níveis de antígeno prostático específico (PSA), consistentes com o bloqueio dos receptores de andrógenos. No entanto, a queda máxima dos níveis de PSA não deve ocorrer antes de três meses após o início da terapia.
Dados de segurança pré-clínica
A bicalutamida é um antiandrogênio potente e uma indutora da enzima oxidase de função mista em animais. Alterações nos órgãos-alvo, incluindo indução de tumores em animais, estão relacionadas com essas atividades. A indução enzimática não foi observada em humanos. A atrofia dos túbulos seminíferos dos testículos é um efeito de classe previsto para os antiandrogênios e tem sido observada em todas as 6 espécies examinadas. Em um estudo de 6 meses com ratos, a reversão da atrofia testicular ocorreu 4 meses após a finalização da medicação (em doses de aproximadamente 1,5 ou 0,6 vezes as concentrações terapêuticas humanas nas doses recomendadas de 50 mg ou 150 mg, respectivamente). Em um estudo de 12 meses com ratos, não se observou qualquer recuperação em 24 semanas após a finalização da medicação (em doses de aproximadamente 2 ou 0,9 vezes as concentrações humanas nas doses recomendadas de 50 mg ou 150 mg, respectivamente). Após 12 meses de doses repetidas em cães (em doses de aproximadamente 7 ou 3 vezes as concentrações terapêuticas humanas nas doses humanas recomendadas de 50 mg ou 150 mg, respectivamente), a incidência de atrofia testicular foi a mesma nos cães medicados e nos controles, após o período de recuperação de 6 meses. Em um estudo de fertilidade (em doses de aproximadamente 1,5 ou 0,6 vezes as concentrações terapêuticas humanas na dose humana recomendada de 50 mg ou 150 mg, respectivamente), os ratos machos tiveram um tempo aumentado de acasalamento bem-sucedido imediatamente após 11 semanas de medicação; a reversão foi observada após 7 semanas sem a medicação.
Cuidados de Armazenamento do Gepeprostin
O medicamento deve ser mantido em sua embalagem original. Conservar em temperatura ambiente (15 – 30°C). Proteger da umidade.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido.
A data de fabricação e o prazo de validade estão impressos na embalagem ex-terna do produto.
Características físicas
Comprimidos arredondados de coloração branca a amarelada.
Antes de usar observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Gepeprostin
Reg. MS – 1.0047. 0416
Farm. Resp.:
Luciana A. Perez Bonilha
CRF-PR n° 16.006
Fabricado por:
Sandoz S.A.
Rua Crámer 4130
Buenos Aires – Argentina
Importado por:
Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda.
Rod. Celso Garcia Cid (PR-445), Km 87, Cambé-PR
CNPJ: 61.286.647/0001-16
Indústria Brasileira
Venda sob prescrição médica.
Para a sua segurança, mantenha esta embalagem até o uso total deste medicamento.