Bula do Hematom Gel
- Traumatismos leves oriundos da prática esportiva ou de atividades cotidianas, contusões, luxações e hematomas (manchas roxas);
- Artrites (inflamação das articulações), tendinites (inflamação dos tendões), flebites superficiais (inflamação das veias superficiais);
- Dores musculares, dores nas costas (lombalgia), torcicolo.
Como o Hematom funciona?
O trauma (por exemplo contusões ou entorses) e as inflamações (por exemplo nas juntas ou nos músculos) provocam dor, vermelhidão, inchaço e aumento do calor no local acometido. Estes sintomas são decorrentes do extravasamento de líquidos, células de defesa e substâncias que colaboram com a inflamação no local acometido (articulação, músculo ou pele), e são uma forma de o corpo se defender da agressão que sofreu.
A escina, um dos componentes de Hematom Gel, é uma substância de origem natural, extraída do Aesculus hippocastanum (castanheira-da-índia), que tem ação sobre a inflamação (anti-inflamatória) e sobre o inchaço (antiedematosa).
Esta ação se deve à capacidade da escina de penetrar no tecido lesado através da pele e normalizar a permeabilidade dos vasos sanguíneos, diminuindo o extravasamento de líquidos, células e substâncias da inflamação.
O salicilato de dietilamônio, outro componente de Hematom Gel, penetra no tecido lesado e complementa a ação anti-inflamatória, reduzindo a dor e exercendo efeito analgésico local.
Hematom Gel estimula a circulação local, impedindo a formação de coágulos. Hematom Gel tem tripla ação, promovendo rápido alívio do inchaço, da dor e da inflamação.
Contraindicação do Hematom Gel
Hematom Gel não deve ser usado por pessoas alérgicas aos componentes de sua fórmula.
Hematom Gel não deve ser aplicado na pele rachada, nas mucosas, como dos olhos, da boca ou do nariz, nem em áreas de pele que tenham sido expostas a radioterapia.
Como usar o Hematom Gel
Uso tópico local.
Aplicar pequena quantidade sobre a região afetada, duas ou três vezes ao dia.
Não aplique mais que 20g de Hematom Gel por dia.
Após aplicar Hematom Gel sobre a pele você deverá aguardar até que ele esteja totalmente seco, para que você possa fazer um curativo.
É recomendado que esse curativo permita a transpiração da pele, ou seja, que o curativo não impeça totalmente a passagem de ar.
O prazo de validade está impresso na embalagem do produto.
Informações para abertura do lacre
- Perfurar o lacre da bisnaga com o lado externo da tampa conforme a imagem.
Em caso de ingestão acidental do produto, procure imediatamente um médico. Não tome nenhuma medida sem antes consultar um médico.
Informe ao médico o medicamento utilizado, a dose e os sintomas que você está apresentando.
Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas sobre este medicamento, procure orientação do farmacêutico.
Não desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu médico ou cirurgião-dentista.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Hematom?
Caso você tenha se esquecido de aplicar uma dose, faça assim que possível.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.
Precauções do Hematom Gel
De um modo geral, Hematom Gel é muito bem tolerado; entretanto, se você tiver úlceras varicosas (feridas causadas pelas varizes) nas pernas e eczemas (lesão na pele com descamação), não aplique Hematom Gel diretamente na ferida e sim apenas ao redor.
Não há relatos de inconveniência de uso de Hematom Gel em relação a doenças associadas. Hematom Gel pode ser usado mesmo se você tiver outras doenças.
Reações Adversas do Hematom Gel
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Podem ocorrer manifestações alérgicas de pele (pele seca, vermelhidão, coceira, descamação, manchas vermelhas).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Hematom Gel
Gravidez e amamentação
Mesmo tendo mínima absorção sistêmica, Hematom Gel não deve ser usado em lactantes e lactentes.
O tratamento prolongado cobrindo grandes áreas deve ser evitado e o gel não deve ser aplicado na área dos seios durante a lactação.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Composição do Hematom Gel
Apresentações
Gel. Bisnaga com 30g.
Uso tópico.
Uso adulto e pediátrico.
Composição
Cada 1 grama do gel contém:
Escina | 10 mg |
Polissulfato de escina sódica | 10 mg |
Salicilato de dietilamônio | 50 mg |
Excipientes* | 1 g |
*Álcool etílico, carbômer, óleo de lavanda, óleo de flor de laranjeira, trolamina e água purificada.
Superdosagem do Hematom Gel
Não temos relatos de casos de superdose com o uso de Hematom Gel.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Hematom Gel
Não existem relatos de que Hematom Gel interfira com a ação de outros medicamentos. Porém, você deve consultar seu médico sobre a utilização de Hematom Gel junto com outros medicamentos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Ação da Substância Hematom Gel
Resultados de eficácia
Em um estudo duplo-cego, controlado, randomizado, Escina + Salicilato de Dietilamônio (substância ativa) foi comparado com os seus componentes isolados. Um total de 305 pacientes com lesões contusas em práticas esportivas foi tratado com 5 g de cada um dos produtos sob forma de gel em 0, 4 e 8 horas após medição da dor no período basal. As medições da sensibilidade dolorosa à pressão foram realizadas em intervalos de 0, 1, 2, 3, 4, 6 e 24 horas. A área abaixo da curva da sensibilidade dolorosa foi escolhida como variável primária.
Escina + Salicilato de Dietilamônio (substância ativa) foi significativamente superior relativamente às duas substâncias isoladas no que respeita à diminuição da sensibilidade dolorosa. A escina isolada mostrou a mesma eficácia que o salicilato. Também a intensidade da dor, determinada por meio de uma escala visual analógica, decresceu mais rapidamente no grupo Escina + Salicilato de Dietilamônio (substância ativa) do que nos grupos controle. Uma vez mais, não foram observadas diferenças significativas entre escina e salicilato de dietilamônio.
Características Farmacológicas
O local de ação da escina é a parede vascular. Quando do aumento de permeabilidade resultante do processo inflamatório, a escina inibe a exsudação, reduzindo o extravasamento de líquido nos espaços tissulares e acelera a reabsorção do edema existente. O mecanismo de ação é baseado na alteração da permeabilidade dos capilares envolvidos. Além disso, a escina promove resistência capilar, inibe processos inflamatórios e melhora a microcirculação.
O salicilato de dietilamônio (DEAS) tem um pronunciado efeito analgésico. Ele penetra livremente através da pele e exerce sua ação analgésica profundamente na área afetada. A ação antiflogística adicional do DEAS melhora o efeito anti-inflamatório da escina e assim combate os fatores etiológicos da doença.
Em três estudos de farmacologia humana randomizados duplo-cegos e controlados por placebo, com adoção do modelo de hematoma induzido experimentalmente (hematoma por injeção), foi possível demonstrar o efeito de Escina + Salicilato de Dietilamônio (substância ativa) com avaliação da sensibilidade e absorção do hematoma.
Durante as primeiras 24 horas de tratamento e também em um período de 19 dias, observou-se uma diminuição significativa da intensidade da sensibilidade em comparação com placebo e também com as substâncias isoladas: escina e DEAS. O efeito de cada uma das duas substâncias isoladas foi, por sua vez, significativamente melhor que o de placebo. A comparação entre Escina + Salicilato de Dietilamônio (substância ativa) e diclofenaco revelou uma tendência para superioridade.
Propriedades farmacocinéticas
Para pesquisar sua absorção percutânea, aplicou-se 3H-escina na pele dorsal ou ventral de camundongos, ratos, porquinhos-da-índia e porcos. Foi aplicada uma bandagem oclusiva para cobrir o lugar de aplicação.
A concentração de atividade total, atividade não volátil e atividade da escina (após cromatografia de camada delgada), foi determinada em diversos tecidos e órgãos em diferentes horários após a aplicação. As excreções biliar e urinária foram medidas durante todo o teste.
A taxa de absorção (estimada via excreção em um a dois dias) foi baixa em todas as espécies, tendo sido responsável por lt;2% da dose aplicada. No entanto, encontraram-se concentrações de escina relativamente altas abaixo do lugar de aplicação e mesmo nas camadas mais profundas do tecido muscular.
Vinte e quatro horas após a aplicação percutânea, a concentração da atividade não volátil medida em porcos na subcútis e em tecidos musculares abaixo da área de aplicação foi aproximadamente cinco vezes maior que aquela no sangue. Os níveis de atividade pico na pele e subcutânea foram atingidos em seis horas após a aplicação.
No curso da pesquisa, a atividade na pele e subcutânea diminuiu devido ao aumento da difusão. Nos tecidos musculares, no entanto, ela aumentou. A cromatografia de camada delgada revelou que aproximadamente 50% dessa atividade foi idêntica com escina. Os resultados demonstraram claramente que a escina é absorvida pela pele e também penetra nas camadas inferiores.
As altas concentrações de escina desejáveis são, portanto, localmente obtidas no local da aplicação nos tecidos musculares subjacentes sem qualquer envolvimento sistêmico significativo.
Com base neste comportamento farmacocinético, é seguro assumir que a escina é muito adequada para tratamento percutâneo. Para determinar a absorção percutânea dos componentes analgésicos de Escina + Salicilato de Dietilamônio (substância ativa), aplicou-se 14C-salicitato de dietilamônio na pele dorsal de ratos Wistar machos. A taxa de absorção foi estimada com base nas contagens da atividade do 14C excretada na bile e na urina.
Medições adicionais incluíram as concentrações no plasma e em diversos órgãos e tecidos, junto com um estudo do metabolismo do 14C-salicilato de dietilamônio. O valor médio absorvido medido em termos da quantidade excretada durante 48 horas foi de 14%.
Registraram-se altos níveis de radioatividade na área da pele que tinha sido tratada, enquanto a contagem de 14C em órgãos e tecidos em diversos horários após a aplicação foi baixa.
Realizou-se uma pesquisa clínico-farmacológica para determinar a absorção de escina após aplicação tópica. O ensaio foi realizado como estudo aberto. A amostra consistiu de 20 pacientes com afecções proctológicas requerendo cirurgia. Foi aplicado um creme de escina a 2% nas áreas afetadas da pele por 7 dias antes da operação. A determinação da concentração de escina nas amostras de tecido, retiradas da área operada, revelaram, na pele e no subcutâneo, concentrações de escina que diferiram significativamente de zero (plt; 0,001). Além disso, foi observada uma diferença significativa nas concentrações das amostras de tecido individual entre pele, subcutâneo e tecido adiposo.
Propriedades toxicológicas
As pesquisas de tolerância local e sistêmica foram realizadas em ratos, coelhos e porcos.
Aplicou-se Escina + Salicilato de Dietilamônio (substância ativa) por um período de 4 semanas em doses de 200 e 500 mg na pele dorsal tosquiada de ratos e coelhos. O exame microscópico e histológico não revelou quaisquer lesões locais específicas da pele. Mudanças tais como acantose epidérmica de baixo grau ou infiltração celular inflamatória crônica no cório sub-epidérmico também foram observadas nos controles após aplicação da base gel. A experiência mostrou que todas as descobertas eram totalmente reversíveis.
Para pesquisar a tolerância local da mucosa, uma única dose de 100 mg de Escina + Salicilato de Dietilamônio (substância ativa) foi instilada no saco conjuntival dos olhos de coelhos. Ocorreram alterações inflamatórias de baixo a alto grau na conjuntiva que, no entanto, retrocederam completamente dentro de 7 dias. A lavagem dos olhos dentro de 2 minutos após a aplicação levou a uma clara remissão da irritação.
Em um estudo de longo prazo, o gel foi aplicado em uma dose diária de 300, 1500 ou 4000 mg/kg de peso corporal na pele dorsal de porcos com mais de três meses. Em alguns dos animais, o exame macroscópico revelou eritema no grupo de dose alta.
O exame histológico não revelou quaisquer reações específicas, além de reações de pele não específicas, tais como dermatite pustular supurativa, hiperplasia epidérmica e hiperceratose. Não se observaram efeitos sistêmicos atribuíveis à substância.
Cuidados de Armazenamento do Hematom Gel
Você deve guardar a bisnaga na embalagem original e à temperatura ambiente (15ºC a 30ºC).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características organolépticas
Hematom Gel apresenta-se como um gel transparente, levemente amarelado, com odor de lavanda e flor de laranjeira.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Dizeres Legais do Hematom Gel
Registro MS 1.0974.0044.
Farm. Resp.:
Dr. Dante Alario Junior.
CRF-SP n° 5143.
Fabricado e Embalado por:
Biolab Sanus Farmacêutica Ltda.
Av. Francisco Samuel Lucchesi Filho, 1039.
CEP 12929-600 – Bragança Paulista – SP.
CNPJ 49.475.833/0018-46.
Indústria Brasileira.
Registrado por:
Biolab Sanus Farmacêutica Ltda.
Av Paulo Ayres, 280 – Taboão da Serra – SP.
CEP 06767-220.
CNPJ 49.475.833/0001-06.
Indústria Brasileira.
Siga corretamente o modo de usar. Não desaparecendo os sintomas, procure orientação médica.