Bula do Hizentra
- Agamaglobulinemia e hipogamaglobulinemia congênitas;
- Imunodeficiência variável comum;
- Imunodeficiência combinada grave e síndrome de Wiskott-Aldrich;
- Deficiências de subclasses de IgG com infecções recorrentes.
Terapia de reposição da imunoglobulina humana em pacientes com mieloma ou leucemia linfocítica crônica com hipogamaglobulinemia secundária grave e infecções recorrentes.
Como o Hizentra funciona?
Hizentra contém principalmente imunoglobulina G (IgG), com uma grande variedade de anticorpos contra agentes que causam infecções. Doses adequadas desse medicamento podem restaurar os níveis do anticorpo IgG para a faixa normal.
Contraindicação do Hizentra
Hizentra é contraindicado em pacientes com histórico de hipersensibilidade (alergia) sistêmica grave ou reações anafiláticas (reações alérgicas agudas) ao princípio ativo do Hizentra ou a qualquer excipiente da fórmula.
Você não deve utilizar este medicamento se tiver hiperprolinemia tipo I e II (excesso de prolina no sangue), uma doença extremamente rara. Apenas poucas famílias com esta doença são conhecidas no mundo.
Como usar o Hizentra
Hizentra é apenas para infusão subcutânea. Não deve ser injetatado em um vaso sanguíneo.
Hizentra se destina à administração subcutânea semanal ou quinzenal (a cada duas semanas) utilizando uma bomba de infusão. Hizentra deve ser infundido no abdômen, coxa, braço superior e/ou lateral do quadril.
Locais de injeção
Uma dose de Hizentra pode ser infundida em vários locais de injeção.
Para a dosagem semanal, serão utilizados até 4 locais simultaneamente ou até 12 locais consecutivamente por infusão. Para dosagem a cada duas semanas, o número de locais de injeção deve ser aumentado conforme o profissional da saúde achar necessário. Os locais de injeção devem ter pelo menos 2 centímetros de distância entre si. O local atual de injeção deve ser alterado a cada administração semanal.
Volume
Aprimeira infusão de Hizentra não deve exceder um volume de 15 mL por local de injeção. O volume pode ser aumentado para 20 mL por local depois da quarta infusão e, em seguida, para 25 mL por local, conforme tolerado.
Taxa
Na primeira infusão de Hizentra, o fluxo recomendado é de 15 mL/hora/local. Para infusões subsequentes, o fluxo pode ser aumentado para 25 mL/hora/local conforme tolerado.
O profissional da saúde seguirá as etapas abaixo e utilizará técnica asséptica para administrar Hizentra.
Juntando os suprimentos
Será reunido o(s) frasco(s) de Hizentra, material descartável (não fornecido com Hizentra), e outros itens (bomba de infusão, material cortante ou outro recipiente, o diário de tratamento do paciente/ livro de registro), necessários para a infusão.
Limpando a superfície
Uma superfície plana será bem limpa usando um algodão embebido em álcool.
Lavando as mãos
As mãos serão bem lavadas e secas. O uso de luvas no preparo e administração de Hizentra é opcional.
Verificando o(s) frasco(s)
Cada frasco de Hizentra será verificado cuidadosamente. Não será utilizado o frasco se o líquido não estiver límpido, se contiver partículas, cor alterada, se estiver faltando a tampa de proteção, ou se a data de validade no rótulo estiver vencida.
Transferência de Hizentra do frasco(s) para a seringa
- Será removida a tampa protetora do frasco, expondo a parte central da rolha de borracha do frasco de Hizentra;
- Será limpa a rolha com uma compressa com álcool e deverá deixá-la secar;
- Se estiver usando um dispositivo de transferência, deve-se seguir as instruções fornecidas pelo fabricante do dispositivo;
- Se estiver usando uma agulha e uma seringa para transferir Hizentra, deve-se seguir as instruções abaixo;
- Será acoplada uma agulha estéril de transferência em uma seringa estéril. Deve-se puxar para trás o êmbolo da seringa para extrair o ar de dentro da seringa, que é igual à quantidade de Hizentra a ser retirada;
- Será inserida a agulha de transferência no centro da rolha do frasco e, para evitar a formação de espuma, deve-se injetar o ar no espaço superior do frasco (não dentro do líquido);
- Deve-se retirar o volume desejado de Hizentra.
Quando for utilizar vários frascos para atingir a dose desejada, esta etapa deve ser repetida.
Preparo da bomba de infusão e tubos
Serão seguidas as instruções do fabricante para preparar a bomba, utilizando o conjunto de administração subcutânea e tubos, se necessário. O profissional de saúde se certificará de deixar entrar Hizentra no tubo para garantir que nenhum ar esteja no tubo.
Preparo do(s) local(is) da(s) injeção(s)
- O número e localização dos locais de injeção dependem do volume da dose total. Hizentra será infundido em um máximo de 4 locais simultaneamente; ou até 12 infusões consecutivas. Os locais de injeção devem ter pelo menos 2 centímetros de distância entre si.
- Será utilizado um anti-séptico para a pele, cada local será limpo começando no centro e indo para fora em movimento circular. Deve-se permitir que cada local seque antes de prosseguir.
Inserindo a(s) agulha(s)
- A pele deve ser segurada entre dois dedos e a agulha inserida no tecido subcutâneo.
- Se necessário, uma gaze estéril e fita adesiva ou curativo transparente podem ser utilizados para manter a agulha no lugar.
- Antes de iniciar a infusão, uma seringa estéril deve ser acoplada na extremidade do tubo de administração preparado e o êmbolo deve ser puxado para garantir que nenhum sangue está fluindo de volta para o tubo.
Se tiver sangue, a agulha e o tubo devem ser retirados e descartados. O processo deve ser repetido começando com a etapa 6 (preparo) utilizando uma nova agulha, novo tubo de infusão, e um local diferente de injeção.
Começando a infusão
As instruções do fabricante devem ser seguidas para ligar a bomba de infusão.
Registrando o tratamento
O rótulo de cada frasco utilizado deve ser retirado e colado no diário de tratamento do paciente/livro de registro.
Limpeza
Depois de finalizada a administração, a bomba de infusão deve ser desligada. A fita adesiva ou curativo devem ser retirados e a agulha do(s) local(is) de infusão removida(s). O tubo da bomba será desconectado.
Imediatamente qualquer produto não utilizado e todos os suprimentos descartáveis usados devem ser descartados de acordo com as exigências locais. A bomba deve ser limpa e guardada de acordo com as instruções do fabricante.
Incompatibilidades
Esse medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos.
Posologia do Hizentra
Adultos e crianças
Os regimes posológicos seguintes são uma orientação, mas a decisão da sua dose (que poderá ser individualizada) é responsabilidade do seu médico.
O regime posológico por via subcutânea deve atingir um nível sustentado de anticorpos IgG.
Pode ser necessária uma dose inicial de, pelo menos, 0,2 a 0,5 g/kg (1,0 a 2,5 mL/kg) de peso corporal, a qual pode ter de ser dividida por vários dias. Após terem sido alcançados os níveis estáveis de IgG, doses de manutenção serão administradas a intervalos repetidos, para atingir uma dose mensal cumulativa na ordem dos 0,4 a 0,8 g/kg (2,0 a 4,0 mL/kg) de peso corporal.
Para pacientes que estão trocando o tratamento na veia pelo tratamento subcutâneo, a dose mensal é geralmente dividida em doses semanais.
Deve-se medir e a quantidade de anticorpos no sangue, em conjunto com a resposta clínica do paciente. Dependendo da resposta clínica (ex. taxa de infecção), deve ser considerado o ajuste de dose e/ou intervalo de dose a fim de elevar os níveis mínimos aos desejados.
Crianças e adolescentes
A posologia equivale ao peso do corpo, do mesmo modo que em adultos. Hizentra foi avaliado em dois estudos clínicos com 21 crianças com idade entre 2 e 11 anos e 12 adolescentes com idade entre 12 e 16 anos.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Hizentra?
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Hizentra
Hizentra é para ser usado somente por via subcutânea, não devendo ser administrado por via intravascular. Se Hizentra for acidentalmente administrado em um vaso sanguíneo (veia ou artéria), o paciente pode desenvolver choque.
Durante as primeiras infusões, você será monitorado cuidadosamente por um profissional de saúde, que verificará se você apresentar qualquer evento adverso durante a infusão ou pelo menos durante os primeiros 20 minutos após a infusão.
Hipersensibilidade/anafilaxia
Algumas reações adversas podem ocorrer com maior frequência em pacientes recebendo imunoglobulina humana pela primeira vez ou, em casos raros, quando o paciente troca de tratamento com imunoglobulina humana, ou após o tratamento ter sido interrompido por mais de oito semanas.
Reações alérgicas verdadeiras são raras.
Reações de hipersensibilidade podem ocorrer mesmo em pacientes que tenham tolerado anteriormente o tratamento com imunoglobulina humana normal.
Hipersensibilidade grave ou reações anafiláticas até choque podem ocorrer particularmente em pacientes com conhecidas alergias a anticorpos anti-IgA. Pacientes que possuem anticorpos anti-IgA, para os quais o tratamento com produtos de IgG subcutâneo é a única opção de tratamento deverão utilizar Hizentra somente sob supervisão médica cuidadosa.
Raramente, a imunoglobulina humana pode induzir a uma queda na pressão arterial com reação anafilática (reação alérgica aguda), mesmo nos pacientes que toleraram tratamento anterior com imunoglobulina humana.
Se você perceber sintomas de alergia (como coceira, vermelhidão na pele, falta de ar, mal estar), avise seu médico imediatamente. Ele suspenderá imediatamente a injeção e, em caso de choque, fará os procedimentos padrões para este caso.
O profissional de saúde:
- Verificará se você não é sensível à imunoglobulina humana injetando lentamente a primeira injeção do produto;
- Fará monitoria para quaisquer sintomas durante a infusão e pelo menos 20 minutos após a administração do medicamento. Se você nunca recebeu imunoglobulina humana, substituiu o tratamento com um produto alternativo por Hizentra ou se faz um longo tempo desde a infusão anterior, você será monitorado, em especial, durante a primeira infusão e durante a primeira hora após a primeira infusão, para possíveis sinais de eventos adversos.
Doenças concomitantes
Tromboembolismo
Eventos tromboembólicos arteriais e venosos foram associados com o uso de imunoglobulinas.
Cuidado deve ser tomado em pacientes com fatores de risco pré-existentes para eventos tromboembólicos, tais como idade avançada, uso de estrogênio, uso de cateteres vasculares de longa permanência, histórico de doença vascular ou episódios trombóticos, fatores de risco cardiovasculares (incluindo histórico de aterosclerose e/ou débito cardíaco prejudicado) pacientes em estados hipercoaguláveis herdados ou adquiridos, pacientes com períodos prolongados de imobilização, pacientes gravemente hipovolêmicos, pacientes com doenças que aumentam a viscosidade sanguínea. Os pacientes devem ser informados sobre os primeiros sintomas de eventos tromboembólicos, tais como falta de ar, dor no peito, dor e inchaço de um membro, déficits neurológicos focais, etc, e devem ser aconselhados a contatar o seu médico imediatamente após o aparecimento dos sintomas. Os pacientes devem ser suficientemente hidratados antes da utilização de imunoglobulinas.
Síndrome da meningite asséptica (SMA)
A SMA foi relatada com o uso de imunoglobulina intravenosa ou subcutânea. A síndrome geralmente começa dentro de algumas horas até 2 dias após o tratamento com imunoglobulina.
SMA é caracterizada pelos seguintes sinais e sintomas:
Dor de cabeça intensa, rigidez de nuca, sonolência, febre, fotofobia, náuseas e vômitos. Os pacientes que apresentam sinais e sintomas da SMA devem receber um exame neurológico completo, incluindo estudos de Líquido Cefalorraquidiano, para descartar outras causas de meningite. A descontinuação do tratamento com imunoglobulina pode resultar em remissão de SMA dentro de alguns dias, sem sequelas.
Segurança viral
Algumas medidas são tomadas para prevenir infecções resultantes do uso de medicamentos preparados a partir de sangue humano: a seleção de doadores; a triagem de doações quanto a marcadores de infecção; e a inclusão de etapas de produção para inativar e remover os vírus.
Apesar destas medidas, a possibilidade de transmissão de agentes infecciosos não pode ser totalmente excluída quando são administrados medicamentos preparados a partir de sangue humano. Isto também se aplica a vírus desconhecidos ou emergentes e outros patógenos.
Não foram reportados casos de transmissão de doenças virais associados ao Hizentra. Todos os casos de suspeita de transmissão de infecção por Hizentra devem ser reportados à Farmacovigilância da CSL Behring.
Essas medidas são consideradas eficazes para vírus como o vírus da AIDS, das hepatites A, B e C e parvovírus B19, entre outros.
A experiência clínica não apresenta transmissão de hepatite A ou de infecções pelo parvovírus B19 por imunoglobulinas (classe de medicamentos de Hizentra) e também se presume que o teor de anticorpos tenha uma contribuição importante para a segurança viral.
É recomendado que toda vez que você utilize Hizentra, você anote o nome e número do lote do medicamento.
Fertilidade, gravidez e lactação
Gravidez
Os dados de ensaios clínicos prospectivos sobre o uso de imunoglobulina humana em mulheres grávidas são limitados. Portanto, Hizentra deve ser administrado com cautela a mulheres grávidas ou que estejam amamentando. A experiência clínica com imunoglobulinas sugere que nenhum efeito prejudicial durante o curso da gravidez ou sobre o feto ou recém-nascido deve ser esperado.
O tratamento contínuo da mulher grávida é importante para garantir que o neonato nasça com uma imunidade passiva adequada.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação
As imunoglobulinas são excretadas no leite e podem contribuir para a transferência de anticorpos protetores para o recém-nascido.
Fertilidade
Com base na experiência clínica com imunoglobulinas sugere-se que não são esperados efeitos nocivos sobre a fertilidade.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não há indícios de que as imunoglobulinas afetem a capacidade de dirigir ou operar máquinas.
Reações Adversas do Hizentra
Reações adversas como arrepios, dor de cabeça, febre, vômitos, reações alérgicas, náusea, artralgia, pressão sanguínea baixa e lombalgia moderada, podem ocorrer ocasionalmente em associação com medicamentos à base de imunoglobulina humana.
As imunoglobulinas humanas podem, raramente, causar uma queda na pressão sanguínea repentina e, em casos isolados, choque anafilático (reação alérgica aguda), mesmo quando o paciente não mostrou sinais de hipersensibilidade (alergia) a administrações anteriores.
Podem ocorrer as seguintes reações nos locais de infusão:
Inchaço, dor, vermelhidão, endurecimento, calor local, prurido (coceira), hematoma e erupção cutânea.
Experiência em estudos clínicos
As reações adversas foram obtidas dos seguintes estudos clínicos com Hizentra:
Um estudo de fase I com indivíduos saudáveis (n = 28) e dois estudos de fase III em pacientes com imunodeficiência primária (n = 100).
As reações adversas relatadas nestes três estudos clínicos encontram-se resumidas e classificadas de acordo com a Classe de Sistema de Órgãos do MedDRA e frequência descrita a seguir.
A frequência por infusão foi analisada utilizando os seguintes critérios:
- Muito comuns (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Experiência pós-comercialização
As seguintes reações adversas foram identificadas durante a pós-comercialização de Hizentra.
Esta lista não inclui as reações que já foram reportadas em ensaios clínicos com Hizentra.
Reações adversas relacionadas à classe das imunoglobulinas subcutâneas
Não conhecido, exceto reações no local da infusão.
População pediátrica
Ensaios clínicos com Hizentra mostram um perfil de segurança global similar em pacientes adultos e pediátricos.
População geriátrica
A informação limitada disponível em ensaios clínicos não mostra diferença no perfil de segurança em pacientes com 65 anos de idade ou mais, e em pacientes mais jovens.
A experiência pós-comercialização com Hizentra em pacientes com 65 anos de idade ou mais, mostra um perfil de segurança semelhante nessa faixa etária e com pacientes mais jovens.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova via de administração e nova concentração no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
Composição do Hizentra
Apresentações
Hizentra 1 g:
Embalagem com 1 frasco-ampola com 5 mL de solução injetável para infusão.
Hizentra 2 g:
Embalagem com 1 frasco-ampola com 10 mL de solução injetável para infusão.
Hizentra 4 g:
Embalagem com 1 frasco-ampola com 20 mL de solução injetável para infusão.
A concentração da solução é de 200 mg/mL.
Via subcutânea.
Uso pediátrico e adulto.
Composição
Cada 1 mL de Hizentra contém:
Imunoglobulina humana 200 mg (proteína humana plasmática com pelo menos 98% de IgG).
Excipientes:
prolina, polissorbato 80 e água para injetáveis.
A porcentagem aproximada das subclasses de IgG é:
IgG1 68%, IgG2 27%, IgG3 3%, IgG4 2%.
O conteúdo máximo de IgA é de 50 mg/L.
A osmolaridade do produto é de aproximadamente 380 mOsmol/kg.
Hizentra é essencialmente livre de sódio.
Superdosagem do Hizentra
As consequências de uma superdose não são conhecidas. Em caso de superdose, a ocorrência de reações adversas ao medicamento deve ser cuidadosamente monitorada e, se necessário, devem ser oferecidas medidas de apoio.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Hizentra
Vacinas de vírus vivos atenuados
A administração de imunoglobulinas pode diminuir o efeito de vacinas feitas com vírus vivos atenuados, como sarampo, rubéola, caxumba e varicela, por um período de 6 semanas a três meses. Após utilizar Hizentra, espere um intervalo de três meses antes de se vacinar com vacinas de vírus vivos atenuados. No caso de sarampo, a diminuição da eficácia pode persistir por até um ano. Portanto, se você foi vacinado contra sarampo, seu médico irá verificar sua quantidade de anticorpos.
Testes sorológicos
Após a injeção de imunoglobulina, alguns exames podem se apresentar como falsos positivos por causa dos anticorpos recebidos após a infusão de Hizentra. A transferência de anticorpos contra os grupos sanguíneos pode interferir com os exames relacionados (como teste de Coombs, contagem de reticulócitos e haptoglobina).
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use este medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Ação da Substância Hizentra
Resultados de eficácia e segurança
Estudos Pré-clínicos
A segurança de Imunoglobulina Humana (substância ativa) foi investigada em diversos estudos pré-clínicos. Uma ênfase particular foi colocada na investigação do excipiente prolina. A prolina é um aminoácido fisiológico, não-essencial. Estudos realizados em ratos tratados com doses diárias de prolina de 1450 mg/kg de peso corpóreo, não apresentaram qualquer evidência de teratogenicidade ou de embriotoxicidade. Estudos de genotoxicidade da prolina não mostraram qualquer descoberta patológica.
Estudos publicados sobre a hiperprolinemia mostraram que o uso a longo prazo de altas doses diárias apresenta efeito no desenvolvimento cerebral em ratos muito jovens. No entanto, em estudos nos quais a dosagem foi planejada para refletir o uso clínico de Imunoglobulina Humana (substância ativa) não foram observados efeitos no desenvolvimento do cérebro do feto. Estudos de segurança-farmacológica adicionais de prolina em ratos adultos e jovens não descobriram evidência de distúrbios de comportamento.
As imunoglobulinas são componentes naturais do corpo humano. Dados de testes realizados com animais, de toxicidade aguda e crônica e de toxicidade embriofetal das imunoglobulinas são inconclusivos por conta das interações entre as imunoglobulinas de espécies heterogêneas e a indução de anticorpos para proteínas heterólogas. Em estudos de tolerabilidade local realizados em coelhos, nos quais Imunoglobulina Humana (substância ativa) foi administrado por via intravenosa, paravenosa, intra-arterial e subcutânea, o produto foi bem tolerado.
Estudos Clínicos
A segurança e a eficácia de Imunoglobulina Humana (substância ativa) foram investigadas em cinco estudos prospectivos, abertos, de braço único, multicêntricos, realizados na Europa (estudos PTI e PDIC) e na Europa e nos EUA (estudo IDP). Dados de segurança e eficácia adicionais foram coletados em um estudo de extensão prospectivo, aberto, de braço único, multicêntrico, realizado nos EUA (extensão do estudo IDP).
No estudo principal, oitenta pacientes entre 3 e 69 anos de idade com doença da imunodeficiência primária (IDP) receberam uma infusão de Imunoglobulina Humana (substância ativa) a uma dose mediana de 200 – 888 mg/kg de peso corpóreo, a cada 3 a 4 semanas por no máximo 1 ano. Com esse tratamento, foram alcançadas as concentrações mínimas constantes de IgG durante todo o período de tratamento, com concentrações médias de 8,84 g/L a 10,27 g/L. A incidência de infecções bacterianas agudas graves foi de 0,08 por paciente por ano (o limite superior de confiança de 97,5% foi de 0,182).
No estudo de extensão ao estudo IDP, como no estudo principal, as doses de Imunoglobulina Humana (substância ativa) foram administradas em 55 pacientes (dos quais 45 haviam participado do estudo principal e 10 eram pacientes novos). Os resultados do estudo principal foram confirmados pelo estudo de extensão para a média das concentrações mínimas de IgG (9,31g/L a 11,15g/L) e para a taxa de infecções bacterianas agudas (0,018/paciente/ano, o intervalo superior de confiança de 97,5% foi de 0,098).
Cinquenta e sete pacientes com idades entre 15 e 69 anos com púrpura trombocitopênica imune (PTI) crônica participaram do segundo estudo. No início, a contagem de plaquetas foi de 20 x 109/L. Depois da administração de Imunoglobulina Humana (substância ativa) a uma dose de 1g/kg de peso corpóreo, em dois dias consecutivos, a contagem de plaquetas subiu para pelo menos 50 x 109/L dentro de 7 dias da primeira infusão em 80,7 % dos pacientes. Em 43% dos pacientes, esse aumento ocorreu depois de apenas um dia, antes da segunda infusão. O tempo médio até que essa contagem de plaquetas fosse alcançada foi de 2,5 dias. Em pacientes que responderam ao tratamento, a contagem de plaquetas permaneceu ? 50 x 109/L por um período médio de 15,4 dias.
Em um estudo multicêntrico aberto denominado PRIMA (Privigen impact on mobility and autonomy study), os pacientes com PDIC (com ou sem pré-tratamento de Imunoglobulina intravenosa) foram tratados com uma dose inicial de 2 g/kg de peso corporal dada durante 2-5 dias seguido por 6 doses de manutenção de 1 g/kg de peso corporal dada durante 1-2 dias a cada 3 semanas. Os pacientes tratados previamente tiveram a utilização de imunoglobulina intravenosas antes do início do tratamento com Imunoglobulina Humana (substância ativa) até que a deterioração dos sintomas clínicos foi confirmada com base na tabela INCAT (Inflammatory Neuropathy Cause and Treatment). Na escala INCAT ajustado para 10 pontos observou-se uma melhoria pelo menos 1-ponto de linha de base para semana de tratamento 25 em 17 / 28 pacientes (60,7%, intervalo de confiança de 95% 42.41, 76.4). Nove pacientes responderam já depois de receber a dose de indução inicial para o tratamento e 16 pacientes na semana 10.
Características farmacológicas
Imunoglobulina Humana (substância ativa) contém Imunoglobulina Humana (substância ativa) para administração intravenosa.
Propriedades Farmacodinâmicas
O processo de fabricação de Imunoglobulina Humana (substância ativa) inclui as seguintes etapas: precipitação da fração de IgG do plasma em etanol, seguida de fracionamento em ácido octanóico e incubação em pH 4.
Os processos seguintes de purificação compreendem filtração, cromatografia e uma etapa de filtração que pode remover partículas de até 20 nanômetros.
Imunoglobulina Humana (substância ativa) contém principalmente imunoglobulina G (IgG) com um amplo espectro de anticorpos funcionalmente intactos contra agentes infecciosos. Tanto a função Fc como a Fab das moléculas de IgG são preservadas. A capacidade das partes Fab de ligar antígenos foi demonstrada por métodos bioquímicos e biológicos. A função Fc foi testada com ativação do complemento e com a ativação do leucócito mediado pelo receptor de Fc. A inibição da ativação do complemento induzida pelo complexo imune (“scavenging”, uma função anti-inflamatória das imunoglobulinas intravenosas) é preservada na Imunoglobulina Humana (substância ativa).
Imunoglobulina Humana (substância ativa) não causa ativação não-específica do sistema do complemento ou da pré-calicreína.
Imunoglobulina Humana (substância ativa) contém todos os anticorpos da imunoglobulina G presentes na média da população. É fabricado a partir do plasma de pelo menos 1000 doadores. A distribuição da subclasse de IgG corresponde aproximadamente àquela do plasma humano natural. Doses adequadas de Imunoglobulina Humana (substância ativa) podem restaurar os níveis baixos de IgG ao normal.
O mecanismo de ação nas indicações, exceto na terapia de reposição, ainda não foi totalmente elucidado, mas inclui efeitos imunomoduladores.
Propriedades farmacocinéticas
Após a administração intravenosa, toda a Imunoglobulina Humana (substância ativa) normal está imediatamente e completamente biodisponível na corrente sanguínea do paciente. Esta é distribuída de forma relativamente rápida entre o plasma e o líquido extravascular. O equilíbrio entre os compartimentos intravascular e extravascular é alcançado depois de aproximadamente 3 a 5 dias.
Os parâmetros farmacocinéticos de Imunoglobulina Humana (substância ativa) foram determinados no estudo clínico realizado em pacientes com doença da imunodeficiência primária. Vinte e cinco pacientes (entre 13 e 69 anos de idade) em um estudo principal e 13 pacientes (entre 9 e 59 anos de idade) na extensão deste estudo participaram da investigação farmacocinética (ver a tabela abaixo).
A meia-vida em pacientes com doença da imunodeficiência primária no estudo principal foi de 36,6 dias, e de 31,1 dias no estudo de extensão. Essa meia-vida pode variar de paciente para paciente.
Parâmetros farmacocinéticos de Imunoglobulina Humana (substância ativa) em pacientes com doença da imunodeficiência primária:
Parâmetro | Estudo Principal (n=25) Mediana (variação) | Estudo de extensão (n=13) Mediana (variação) |
Cmax (concentração máxima) | 23,4 g/L (10,4 – 34,6) | 26,3 (20,9-32,9) |
Cmin (concentração mínima) | 10,2 g/L (5,8 -14,7) | 9,75 (5,72-18,01) |
t½ (meia-vida) | 36,6 dias (20,6 – 96,6) | 31,1 (14,6-43,6) |
A IgG e os complexos de IgG são quebrados nas células do sistema reticuloendotelial.
Cuidados de Armazenamento do Hizentra
Hizentra deve ser conservado em temperatura inferior a 25 ºC. Não congelar. Proteger da luz.
O prazo de validade é de 30 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após aberto, o conteúdo deve ser utilizado imediatamente.
Hizentra é destinado a uso único apenas.
Hizentra deve ser administrado logo após o frasco-ampola ser aberto, uma vez que a solução não contém conservantes.
Características do medicamento
Hizentra é uma solução translúcida e amarela pálida a marrom claro. Não utilize o produto se a solução estiver turva ou com material particulado. Qualquer produto ou resíduo que não utilizado deve ser descartado de acordo com as exigências locais.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Hizentra
Reg. MS 1.0151.0126
Farm. Resp.:
Cristina J. Nakai
CRF-SP: 14.848
Fabricado por:
CSL Behring AG
Berna – Suíça
Importado por:
CSL Behring Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda.
Rua Olimpíadas, 134 – 9º andar
CEP: 04551-000 – São Paulo – SP
CNPJ: 62.969.589/0001-98
[email protected]
Venda sob prescrição médica.
Uso restrito a hospitais.