HyQvia é prescrito como terapia de reposição para pacientes que não possuem anticorpos suficientes, incluindo os seguintes casos:
- Pacientes com incapacidade congênita ou redução da capacidade de produzir anticorpos (imunodeficiências primárias);
- Pacientes com determinados tipos de câncer sanguíneo (leucemia linfocítica crônica) que causam diminuição da produção de anticorpos e infecções recorrentes quando os antibióticos preventivos falharam;
- Pacientes com determinados tipos de câncer sanguíneo (mieloma múltiplo) e diminuição da produção de anticorpos com infecções recorrentes no qual não houve resposta a vacina contra determinada bactéria (pneumococci);
- Pacientes com baixa produção de anticorpos antes e após transplante de células de medula óssea de outra pessoa.
Como o HyQvia funciona?
HyQvia contém duas soluções para infusão (gotejamento) sob a pele (infusão subcutânea ou SC). É fornecida como embalagem contendo um frasco de imunoglobulina normal humana a 10% (a substância ativa) e um frasco de hialuronidase humana recombinante (uma substância que auxilia a imunoglobulina humana normal a 10% a chegar ao seu sangue).
Imunoglobulina humana normal a 10% pertence a uma classe de medicamentos denominados “imunoglobulinas humanas normais”. Imunoglobulinas também são conhecidas como anticorpos e são encontradas no sangue de pessoas hígidas. Os anticorpos são parte do sistema imune (as defesas naturais do sangue) e auxiliam seu organismo a combater infecções.
O frasco de imunoglobulinas foi preparado a partir do sangue de pessoas hígidas. O medicamento atua exatamente do mesmo modo que as imunoglobulinas naturalmente presentes no sangue. Hialuronidase humana recombinante é uma proteína que facilita a infusão de imunoglobulinas (gotejamento) sob a pele e a chegar ao seu sistema sanguíneo.
Contraindicação do HyQvia
NÃO injetar ou infundir HyQvia:
- Caso seja alérgico a imunoglobulinas, hialuronidase, hialuronidase recombinante ou qualquer dos outros princípios deste medicamento (listados na seção 6, “Conteúdo da embalagem e outras informações”).
- Caso apresente anticorpos contra imunoglobulina A (IgA) em seu sangue. Isto poderá ocorrer caso apresente deficiência de IgA. Uma vez que HyQvia contém quantidades traço de IgA, você poderá apresentar uma reação alérgica.
- Em um vaso sanguíneo (via intravenosa) e no músculo (via intramuscular).
Como usar o HyQvia
Não congelar.
Não agitar.
Não utilizar este medicamento caso as soluções estejam turvas ou apresentem partículas ou depósitos. Após a abertura, descartar quaisquer soluções não utilizadas nos frascos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Sempre utilize este medicamento exatamente como seu médico o informou. Verifique com seu médico caso não tenha certeza.
HyQvia deverá ser infundido sob a pele (administração subcutânea ou SC).
O tratamento será iniciado pelo seu médico ou enfermeira, porém você poderá utilizar o medicamento em casa depois de ter recebido as primeiras infusões sob supervisão médica e depois de ter sido adequadamente treinado (e/ou seu tutor). Você e seu médico decidirão se você poderá utilizar HyQvia em casa. Não inicie o tratamento com HyQvia em casa até que tenha recebido instruções completas.
Administração
Seu médico calculará a dose correta para você com base em seu peso corporal, qualquer tratamento anterior que possa ter recebido e sua resposta ao tratamento. A dose inicial recomendada é aquela que fornece 400 a 800 mg de substância ativa por kg de peso corporal ao mês. No início, você receberá um quarto da dose em intervalos de 1 semana. Esta dose será elevada gradualmente para doses maiores em intervalos de 3 a 4 semanas com as infusões seguintes. Algumas vezes, seu médico poderá recomendar que doses mais elevadas sejam divididas e administradas em dois locais de uma vez. Seu médico também poderá ajustar sua dose dependendo de sua resposta ao tratamento.
Tratamento inicial
Seu tratamento será iniciado por um médico ou enfermeira com experiência no tratamento de pacientes com sistema imune fraco e na orientação dos pacientes para tratamento domiciliar. Você será observado cautelosamente por toda a infusão e por no mínimo 1 hora após o término da infusão, para verificar quão bem tolera o medicamento. No início, seu médico ou enfermeira utilizará baixa velocidade de infusão e a aumentará gradualmente durante a primeira infusão e nas infusões seguintes. Quando o médico ou enfermeira tiver encontrado a dose e velocidade de infusão corretas para você, você poderá autoadministrar o tratamento em casa.
Tratamento domiciliar
Você será instruído sobre:
- Técnicas de infusão sem germes (asséptica),
- Uso de bomba de infusão ou acionador de seringa (se necessário),
- Manutenção de diário de tratamento, e
- Medidas a serem realizadas em caso de efeitos colaterais graves.
Você deverá seguir cautelosamente as instruções de seu médico sobre a dose, velocidade de infusão e cronograma para infusão de HyQvia, de modo que o tratamento funcione para você.
- Para pacientes com peso corporal ? 40 kg, a velocidade inicial é de 10 ml por hora por local de infusão. Se bem tolerada, esta poderá ser elevada em intervalos de no mínimo 10 minutos para 240 ml por hora por local para as duas infusões iniciais. Para infusões subsequentes, a velocidade poderá ser elevada para 300 ml por hora por local de infusão;
- Para pacientes com peso corporal inferior a 40 kg, a velocidade inicial é de 5 ml por hora por local de infusão. Se bem tolerada, esta poderá ser elevada em intervalos de no
- mínimo 10 minutos para 80 ml por hora por local para as duas infusões iniciais. Para todas as infusões subsequentes, a velocidade poderá ser elevada para 160 ml por hora por local de infusão.
1. Retirar HyQvia da caixa:
| |
2. Reunir todos os materiais: Reunir todos os itens para sua infusão. Os itens incluem: unidade(s) de frasco duplo de HyQvia, materiais para infusão (conjunto de agulha subcutânea, recipiente com solução (bolsa ou seringa), bandagem e fita adesiva transparentes estéreis, tubos da bomba, dispositivos de transferência, seringas, gaze e fita adesiva), recipiente para materiais perfurocortantes, bomba de infusão eletromecânica de velocidade variável e livro de registro de tratamento e outros materiais, conforme necessários. | |
3. Preparar uma área de trabalho limpa. | |
4. Lavar as mãos: Lavar bem a mãos. Posicionar todos os materiais reunidos e abri-los conforme instruído por seu profissional da saúde. | |
5. Abrir a(s) unidade(s) de frasco duplo de HyQvia:
| |
6. Preparar o frasco de hialuronidase humana recombinante (HY):
| |
7. Preparar o conjunto de agulha com hialuronidase humana recombinante (HY):
| |
8. Preparar imunoglobulina humana normal a 10% frasco:
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9. Programar a bomba eletromecânica de velocidade variável: Seguir as instruções do fabricante para preparação da bomba eletromecânica de velocidade variável. | |
10. Preparar o local de infusão:
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11. Inserir a agulha:
| ângulo de 90graus à pele |
12. Verificar o posicionamento adequado da agulha antes do início da infusão, caso instruído por seu profissional da saúde. | |
13. Manter a agulha na pele:
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14. Administrar primeiro a infusão de hialuronidase humana recombinante:
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15. Administrar imunoglobulina humana normal a 10%: Após infusão de todo o conteúdo da seringa menor (hialuronidase humana recombinante), retirar a seringa do centro do conjunto de agulha. Administrar imunoglobulina humana normal a 10% nas velocidades prescritas por seu profissional da saúde. | |
16. Lavar o tubo da bomba quando a infusão estiver concluída, se instruído por seu profissional da saúde:
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17. Retirar o conjunto da agulha:
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18. Registrar a infusão:
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Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o HyQvia?
Não infundir uma dose dupla de HyQvia para compensar uma dose omitida. Caso acredite ter omitido uma dose, converse com seu médico tão logo possível.
Caso tenha quaisquer outras dúvidas sobre o uso deste medicamento, pergunte ao seu médico, farmacêutico ou enfermeira.
Precauções do HyQvia
As advertências e precauções a seguir deverão ser consideradas antes que você receba ou use HyQvia. Converse com seu médico ou enfermeira em caso de quaisquer dúvidas.
Reações alérgicas
Você pode ser alérgica às imunoglobulinas sem saber. Reações alérgicas como queda súbita na pressão arterial ou choque anafilático (uma queda súbita na pressão arterial com sintomas como edema de garganta, dificuldades para respirar e erupção cutânea) são raras, porém podem ocorrer ocasionalmente, mesmo que não tenha apresentado problemas com tratamentos similares. Você apresenta maior risco de reações alérgicas se apresentar deficiência de IgA com anticorpos anti IgA. Os sinais ou sintomas destas reações alérgicas raras incluem:
- sensação de tontura ou desmaio,
- erupção cutânea e coceira, edema na boca ou garganta, dificuldade para respirar, respiração ruidosa, frequência cardiaca anormal, dor torácica, lábios ou dedos das mãos ou dos pés azulados,
- visão embaçada.
Seu médico ou enfermeira infundirá primeiro HyQvia lentamente, e o monitorará atentamente por todas as primeiras infusões, de modo que qualquer reação alérgica possa ser imediatamente detectada e tratada.
Caso perceba qualquer destes sinais durante a infusão, informe seu médico ou enfermeira imediatamente. Ele/a decidirá se reduzirá a velocidade de infusão ou interromperá totalmente a infusão.
Velocidade de infusão
É muito importante infundir o medicamento na velocidade correta. Seu médico ou enfermeira o aconselhará sobre a velocidade adequada de infusão a ser utilizada quando estiver infundindo HyQvia em casa.
Monitoramento durante a infusão
Determinados efeitos colaterais poderão ocorrer mais frequentemente se:
- você estiver recebendo HyQvia pela primeira vez.
- você tiver recebido outra imunoglobulina e tiver sido transferido para HyQvia.
- tiver havido um intervalo longo (por exemplo, mais de 2 ou 3 intervalos de infusão) desde a última vez que recebeu HyQvia.
Nestes casos, você será atentamente monitorado durante sua primeira infusão e pela primeira hora após o término de sua infusão.
Em todos os demais casos, você deverá ser monitorado durante a infusão e por no mínimo 20 minutos depois de ter recebido HyQvia pelas primeiras infusões.
Tratamento domiciliar
Antes de iniciar o tratamento domiciliar, você deverá designar uma pessoa como tutor. Você e seu tutor serão treinados a detectar os sinais iniciais de efeitos colaterais, principalmente reações alérgicas. Este tutor deverá auxiliá-lo a estar atento a possíveis efeitos colaterais. Durante a infusão, você deverá monitorar possíveis primeiros sinais de efeitos colaterais.
Caso apresente quaisquer efeitos colaterais, você ou seu tutor deverá interromper a infusão imediatamente e contatar um médico.
Caso apresente um efeito colateral grave, você ou seu tutor deverá buscar imediatamente tratamento emergencial.
Disseminação de infecções localizadas
Não infundir HyQvia no interior ou ao redor de uma área infectada ou edemaciada e vermelha em sua pele, uma vez que isso poderá causar disseminação da infecção.
Não foram observadas alterações em longo prazo (crônicas) na pele nos estudos clínicos. Qualquer inflamação, protuberâncias (nódulos) ou inflamação crônicas ocorridas no local de infusão e com duração superior a alguns dias deverão ser relatadas ao seu médico.
Efeitos nos testes sanguíneos
HyQvia contém muitos anticorpos diferentes, alguns dos quais podem afetar os testes sanguíneos (testes sorológicos).
Informe seu médico sobre seu tratamento com HyQvia antes de qualquer teste sanguíneo.
Informações sobre a matéria-prima de HyQvia
A imunoglobulina humana normal a 10% de HyQvia e albumina sérica humana (um princípio de hialuronidase humana recombinante) são produzidas a partir do plasma humano (a parte líquida do sangue). Quando medicamentos são fabricados a partir do sangue humano ou plasma, determinadas medidas são realizadas para prevenção de transmissão de infecções aos pacientes. Estas incluem:
- seleção cautelosa dos doadores de sangue e plasma para garantir que os indivíduos em risco de apresentar infecções sejam excluídos, e
- teste de cada doação e pools de plasma quanto aos sinais de vírus/infecções.
Os fabricantes destes produtos também incluem etapas no processamento de sangue ou plasma, que podem inativar ou remover vírus. Apesar destas medidas, quando medicamentos preparados a partir do sangue ou plasma humano são utilizados, a possibilidade de transmissão de infecção não poderá ser totalmente descartada. Isto também se aplica a quaisquer vírus desconhecidos ou emergentes ou outros tipos de infecções.
As medidas realizadas para fabricação de HyQvia são consideradas eficazes para vírus envelopados, como vírus da imunodeficiência humana (HIV), vírus da hepatite B e vírus da hepatite C, e para os vírus não envelopados de hepatite A e parvovírus B19.
As imunoglobulinas não foram associadas a infecções por hepatite A ou parvovírus B19 possivelmente porque os anticorpos contra estas infecções, que estão presentes em HyQvia, são protetores.
Recomenda-se enfaticamente que a cada vez que utilize HyQvia, os dados a seguir sejam registrados em seu diário de tratamento:
- data de administração,
- número de lote do medicamento e
- volume injetado, velocidade de fluxo, número e localização dos locais de infusão.
Reações Adversas do HyQvia
Como todos os medicamentos, este medicamento poderá causar efeitos colaterais, embora nem todos os apresentem.
Determinados efeitos colaterais, como dor de cabeça, calafrios ou dores no corpo, poderão ser reduzidos pela diminuição da velocidade de infusão.
Efeitos colaterais sérios
Infusões de medicamentos como HyQvia poderão ocasionalmente resultar em reações alérgicas sérias, porém raras. Você poderá apresentar uma redução súbita na pressão arterial e, em casos isolados, choque anafilático. Os médicos estão cientes destes possíveis efeitos colaterais e o monitorarão durante e após as infusões iniciais.
Os sinais ou sintomas típicos incluem:
- Sensação de tontura leve, tontura ou desmaio, erupção cutânea e coceira, edema na boca ou garganta, dificuldade para respirar, respiração ruidosa, frequência cardiaca anormal, dor torácica, lábios ou dedos das mãos ou pés azuis, visão embaçada.
- Informar imediatamente seu médico ou enfermeira caso perceba qualquer destes sinais durante a infusão.
- Ao usar HyQvia em casa, você deverá realizar a infusão na presença de um tutor designado que o auxiliará a permanecer alerta quanto a reações alérgicas, interromper a infusão e buscar auxílio, se necessário.
- Vide também a seção 2 deste folheto sobre o risco de reações alérgicas e uso domiciliar de HyQvia.
Efeitos colaterais muito comuns (podem afetar mais de 1 em 10 infusões):
- Dor no local de infusão, incluindo desconforto e sensibilidade leve a moderada. Estas reações geralmente desaparecem em poucos dias.
Efeitos colaterais comuns (podem afetar até 1 em 10 infusões):
Reações no local de infusão:
Estas incluem vermelhidão, edema, prurido, endurecimento e erupção no local de infusão. Estas reações geralmente desaparecem em poucos dias.
- Dor de cabeça, cansaço, náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, dor muscular ou articular, dor torácica, febre, sensação de fraqueza ou mal-estar.
Efeitos colaterais incomuns (podem afetar até 1 em 100 infusões):
- Calafrios, enxaqueca, aumento da pressão arterial, tontura, distensão abdominal, erupção cutânea/erupção alérgica/vermelhidão, prurido, dor torácica, nos braços e/ou pernas, edema genital (resultante da disseminação do edema a partir do local de infusão), edema das pernas, pés e tornozelos, testes sanguíneos positivos para anticorpos.
Frequência desconhecida (não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis):
- Hipersensibilidade e doença gripal.
Efeitos colaterais observados com medicamentos similares
Os efeitos colaterais a seguir foram observados com a infusão de medicamentos como imunoglobulina humana normal a 10% administrados sob a pele (via subcutânea). Embora estes efeitos colaterais não tenham sido observados até o momento com HyQvia, é possível que algumas pessoas que utilizam HyQvia os apresentem:
- Tremores, formigamento oral, batimento cardiaco rápido, reações alérgicas, rubor ou palidez, frio nas mãos ou pés, dispneia, edema da face, sudorese excessiva, rigidez muscular, alteração nos testes séricos de função hepática (aumento de alanino aminotransferase).
Efeitos colaterais raros
Os efeitos colaterais raros a seguir foram observados em pacientes que utilizaram medicamentos como imunoglobulina humana normal a 10% administrados em uma veia (via intravenosa). Estas reações não foram observadas com HyQvia, porém há uma pequena possibilidade de que algumas pessoas que utilizam HyQvia os apresentem:
- Coágulos sanguíneos nos vasos sanguíneos (reações tromboembólicas) causando ataque cardiaco, acidente vascular cerebral, bloqueio das veias profundas ou de vasos sanguíneos que chegam ao pulmão (embolismo pulmonar), distúrbio ou insuficiência renal, inflamação das camadas que revestem o cérebro (meningite asséptica), destruição dos eritrócitos (hemólise).
Caso apresente quaisquer efeitos colaterais, converse com seu médico, farmacêutico ou enfermeira. Isto inclui quaisquer possíveis efeitos colaterais não listados neste folheto.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do HyQvia
Gestação, lactação e fertilidade
Os efeitos do uso crônico de hialuronidase humana recombinante na gestação, lactação e fertilidade atualmente são desconhecidos. HyQvia deverá ser utilizado por gestantes e lactantes apenas após discussão com seu médico.
Caso engravide durante o uso de HyQvia, você deverá discutir com seu médico a possibilidade de participar de um registro de gestação para coleta de dados sobre sua gestação e desenvolvimento do bebê. A finalidade deste registro é coletar e compartilhar dados apenas com as autoridades de saúde pública responsáveis pelo monitoramento da segurança deste produto. A participação no registro é voluntária.
Categoria “C” de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Dirigir e operar máquinas
Os pacientes poderão apresentar efeitos colaterais (por exemplo, tontura ou náusea) durante o tratamento com HyQvia, que podem afetar a capacidade de dirigir e operar máquinas. Se isto ocorrer, você deverá aguardar até o desaparecimento das reações.
HyQvia contém sódio
A hialuronidase humana recombinante de HyQvia contém pequenas quantidades (3,68 mg por ml) de sódio. Isto poderá ter que ser considerado para pacientes que estão em dieta com controle de sódio.
Composição do HyQvia
HyQvia
Imunoglobulina humana normal
HyQvia é uma unidade em frasco duplo composta por um frasco de imunoglobulina humana normal (Imunoglobulina a 10% ou IG 10%) e um frasco de hialuronidase humana recombinante (rHuPH20).
Apresentações
Solução injetável
hialuronidase humana recombinante | imunoglobulina humana normal 10% | |
Volume (mL) | Proteína (g) | Volume (mL) |
1,25 | 2,5 | 25 |
2,5 | 5 | 50 |
5 | 10 | 100 |
10 | 20 | 200 |
15 | 30 | 300 |
VIA SUBCUTÂNEA
USO ADULTO
Composição
imunoglobulina normal humana (IG a 10%)
Um mL contém:
imunoglobulina normal humana – 100 mg (pureza mínima de 98% de imunoglobulina G (IgG))
Cada frasco de 25 ml contém:
- 2,5 g de IgG Cada frasco de 50 ml contém: 5 g de IgG
- Cada frasco de 100 ml contém: 10 g de IgG
- Cada frasco de 200 ml contém: 20 g de IgG
- Cada frasco de 300 ml contém: 30 g de IgG
Distribuição das subclasses de IgG (valores aproximados):
- IgG1 ? 56,9%
- IgG2 ? 26,6%
- IgG3 ? 3,4%
- IgG4 ? 1,7%
O teor máximo de IgA é de 140 microgramas/mL.
Excipientes com efeito conhecido: hialuronidase humana recombinante (rHuPH20). A hialuronidase humana recombinante é uma glicoproteína de 447 aminoácidos de células de ovário de hamster chinês (CHO) obtida por tecnologia de DNA recombinante.
Lista de excipientes:
Frasco de imunoglobulina humana normal (IG a 10%)
Glicina
Água para injetáveis
Frasco de hialuronidase humana recombinante (rHuPH20)
Cloreto de sódio
Fosfato de sódio dibásico
Albumina humana
Edetato dissódico
Cloreto de cálcio
Hidróxido de sódio (para ajuste de pH)
Ácido clorídrico (para ajuste de pH)
Água para injetáveis
Superdosagem do HyQvia
Caso acredite ter utilizado mais HyQvia do que deveria, converse com seu médico tão logo possível.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do HyQvia
Outros medicamentos e HyQvia
Informe seu médico, farmacêutico ou enfermeira caso esteja administrando, tenha administrado recentemente ou possa administrar quaisquer outros medicamentos.
Vacinações
HyQvia poderá reduzir o efeito de algumas vacinas virais, como sarampo, rubéola, caxumba e varicela (vacinas virais vivas). Portanto, depois de receber HyQvia, você poderá precisar aguardar até 3 meses antes de iniciar determinadas vacinas. Você poderá precisar aguardar até 1 ano depois de receber HyQvia antes que possa receber sua vacina contra sarampo.
Informe ao seu médico ou enfermeira responsável pela vacinação sobre seu tratamento com HyQvia.
Ação da Substância HyQvia
Resultados de Eficácia
Administração intravenosa
Um estudo multicêntrico, não controlado, prospectivo foi conduzido. Vinte e dois pacientes (26 a 70 anos) com imunodeficiência primária foram tratados inicialmente com três infusões de Gammagard S/D (nome comercial nos EUA de uma imunoglobulina G líquida 10%) para padronizar a terapia de substituição de imunoglobulina de todos os pacientes ao mesmo produto de imunoglobulina. Nove infusões de Imunoglobulina G (substância ativa) (nome comercial na Europa da mesma imunoglobulina G líquida 10%) foram subsequentemente administradas. Ambos os produtos foram infundidos a 300 – 450 mg/kg a cada 21 dias.
Não ocorreram episódios de infecção grave. A frequência de média mensal de dias ausentes do trabalho/escola foi de 0,40 para Imunoglobulina G (substância ativa) – imunoglobulina G e 0,47 para Gammagard S/D.
Os dados obtidos neste estudo demonstram que Imunoglobulina G (substância ativa) é eficaz e seguro no tratamento de pacientes com imunodeficiência primária (1).
Outro estudo multicêntrico (11 locais), fase III, N=61 (6 a 72 anos de idade com imunodeficiência primária) foi realizado como segue: imunoglobulina 10%, doses únicas de 300 – 600 mg/kg, administrados a cada 21 – 28 dias durante um mínimo de 12 meses, baseado no protocolo de pré-estudo de imunoglobulina.
Em nenhum dos pacientes foi relatada infecção bacteriana séria aguda grave. Quatro pacientes tiveram outras infecções bacterianas validadas pré-definidas. Dois eventos adversos sérios (meningite asséptica) em um paciente foram possivelmente relacionados à infusão do produto em estudo.
Os resultados demonstram que a nova imunoglobulina líquida 10% é bem tolerada e eficaz e possui propriedades farmacocinéticas típicas de outros produtos com imunoglobulinas. Com a margem alta de segurança e formulação líquida, estes resultados sugerem um evidente benefício, com riscos mínimos, para pacientes com imunodeficiência primária tratados com imunoglobulina 10% (2).
Neuropatia Motora Multifocal (NMM)
Um estudo(3) controlado, randomizado contra placebo, duplo-cego, com cross-over, foi conduzido para avaliar a eficácia e segurança/tolerabilidade do Gammagard Liquid (nome comercial nos EUA de uma imunoglobulina G líquida 10%) em 44 indivíduos adultos com Neuropatia Motora Multifocal. O estudo analisou a força de preensão nas mãos mais afetadas (medida com dinamômetro) e Escala de Incapacidade Neurológica de Guy (GNDS). Voluntários foram submetidos a um regime de imunoglobulina licenciada (a dose de manutenção variou de 0,5 a 2,0 g/kg/meses) antes do recrutamento. Em decorrência do desenho do estudo, seus resultados não podem ser generalizados para pacientes sem tratamento prévio. Cada indivíduo completou 5 partes de 12 semanas (três fases de estabilização, uma fase de retirada randomizada e uma fase cross-over).
Se, durante o tratamento duplo-cego, a função do membro superior afetado apresentasse piora, tal como dificuldade para realizar atividades diárias ou declínio na força de preensão igual ou maior do que 50 % na mão mais afetada, o indivíduo passava diretamente à próxima fase aberta de estabilização com Gammagard Liquid (troca acelerada), sem quebrar o cegamento do estudo. Todos os voluntários foram tratados durante 12 semanas com Gammagard Liquid durante o período inicial de estabilização (Fase 1 da Estabilização). Na fase cross-over, cada indivíduo foi randomizado ou para suspensão do Gammagard Liquid e manutenção com placebo, ou para continuar com Gammagard Liquid por um período de 12 semanas, seguido de nova fase de estabilização.
Os indivíduos que não toleraram o tratamento durante a fase duplo-cega foram imediatamente transferidos para a fase aberta de estabilização com Gammagard Liquid (Fase 2 da Estabilização).
Após a fase 2 de estabilização, os voluntários foram designados para receber um segundo tratamento duplo-cego por 12 semanas com placebo ou Gammagard Liquid, dependendo do tratamento randomizado que receberam no período de cross-over 2.
Nenhum indivíduo novo tratamento de estabilização com Gammagard Liquid por 12 semanas (Fase 3 da Estabilização). Sessenta e nove por cento (n= 29) dos pacientes necessitaram uma troca acelerada para a fase aberta de Gammagard Liquid enquanto recebiam placebo, em decorrência de deterioração funcional, mas não trocaram enquanto recebiam Gammagard Liquid. A mediana de dias de tratamento com
Gammagard Liquid foi de 84 dias e a mediana de dias de tratamento com placebo foi de 28 dias.
Somente um voluntário (2,4%) realizou a troca para o tratamento aberto durante a fase 1 de cross-over com Gammagard Liquid, mas não realizou a troca durante a administração de placebo (p lt;0,001).
Quarenta e quatro indivíduos foram avaliados para demonstrar a eficácia de Gammagard Liquid em melhorar ou estabilizar a força muscular e habilidade funcional em pacientes com NMM.
Um resultado estatisticamente significante favorecendo Gammagard Liquid foi demonstrado pelo declínio substancialmente menor a partir da linha de base (22,30%; IC de 95%: 9,92 % a 34,67%) na força média de preensão da mão mais afetada após o tratamento (veja Tabela 1). A diferença na mudança relativa para Gammagard Liquid e placebo de 22,94% (IC 95%: 10,69 a 35,19) foi estatisticamente significativo (p lt;0,001).
Tabela 1 – Mudança relativa na força de preensão na mão mais afetada durante o período de cross-over (ANOVA) Dados por intenção de tratamento Número de indivíduos (N=41)
* Um único indivíduo na sequência 2, cujo resultado também foi considerado um desvio (outlier), foi retirado da análise.
A Escala de Incapacidade Neurológica de Guy (GNDS) (4) para os membros superiores, refletindo tanto as habilidades finas quanto a força proximal, mostrou uma diferença significativa e eficácia entre Gammagard Liquid e placebo no nível de 2,5% a favor do Gammagard Liquid. A GNDS é uma escala de disfunção clínica orientada para o paciente, desenhada para a esclerose múltipla, e considerada apropriada para outros distúrbios neurológicos.
Como determinado pelos escores da GNDS para membros superiores, 35,7% dos indivíduos apresentaram deterioração enquanto receberam placebo, mas não enquanto receberam Gammagard Liquid, enquanto que 11,9% dos indivíduos apresentaram deterioração durante o tratamento com Gammagard Liquid, mas não durante o período com placebo. Esta diferença foi estatisticamente significante (p=0,021) (veja Tabela 2). Uma parte dos indivíduos (4,8%) apresentou deterioração tanto com Gammagard Liquid quanto com placebo, e 47,6% não demonstrou deterioração com nenhum deles.
Tabela 2 – Teste de McNemar para indivíduos com piora no escore de disfunção neurológica de Guy Dados por intenção de tratamento Número de indivíduos (N=42)
Piora com placebo | 15 (35,7%) |
Piora com Gammagard Liquid | 5 (11,9%) |
Piora com ambos | 2 (4,8%) |
Sem piora | 20 (47,6%) |
Quando os dados de ambas as sequências de tratamento foram combinadas, um declínio relativo de ?30% na força de preensão na mão mais afetada ocorreu em 42,9% dos indivíduos durante o período com placebo, mas não durante o tratamento com Gammagard Liquid. 4,8% dos participantes apresentaram um declínio de ? 30% durante o tratamento com Gammagard Liquid, mas não com placebo. Um declínio relativo na força de preensão da mão menos afetada ocorreu em 31,0% dos indivíduos durante o período com placebo, mas não durante o tratamento com Gammagard Liquid. Nenhum paciente apresentou um declínio de ?30% com o uso de Gammagard Liquid.
O escore da soma total de incapacidade (Overall Disability Sum Score – ODSS) caiu 7,14% durante placebo (indicando uma piora da capacidade) e 1,11% (indicando nenhuma alteração) durante o tratamento com Gammagard Liquid.
Ao final do período de tratamento com placebo, os voluntários necessitaram 17% mais tempo para realizar o teste de 9 buracos (uma medida de destreza) com a mão dominante, e 33% mais tempo com a mão não dominante, comparado à linha de base. Durante o tratamento com Gammagard Liquid, a destreza aumentou uma média de 1,2% em relação à linha de base na mão dominante e 6,7% na mão não dominante. Comparada à linha de base, a avaliação dos pacientes de sua função física, avaliada pela escala visual analógica, demonstrou uma média de alteração de 290% durante o tratamento com placebo. A mesma avaliação durante o tratamento com Gammagard Liquid mostrou uma alteração média de 73%. Escores maiores na escala visual analógica representam a disfunção mais severa.
Administração subcutânea
Um estudo prospectivo, aberto, não controlado, multicêntrico foi conduzido nos EUA para determinar a eficácia, a tolerabilidade e a farmacocinética do Imunoglobulina G (substância ativa) perfusão subcutânea em 49 adultos e pacientes pediátricos com imunodeficiência primária (IP). Todos os pacientes foram tratados durante 12 semanas com a infusão intravenosa do Imunoglobulina G (substância ativa) a cada 3 ou 4 semanas. Pacientes que estavam em tratamento por via intravenosa antes de entrar no estudo foram transferidos para Imunoglobulina G (substância ativa), utilizando a mesma dose e frequência. Pacientes que estavam recebendo imunoglobulina por via subcutânea foram transferidos para Imunoglobulina G (substância ativa) utilizando a dose intravenosa usada antes da transferência para o tratamento subcutâneo. A análise farmacocinética foi realizada no final do período intravenoso em todos os pacientes com 12 anos de idade ou mais.
Uma semana após a última infusão intravenosa, cada paciente iniciou o tratamento subcutâneo com Imunoglobulina G (substância ativa) a 130% do equivalente semanal da dose intravenosa por um período mínimo de 12 semanas. Dados da farmacocinética dos primeiros 15 pacientes adultos foram usados para determinar a dose necessária para assegurar que a exposição à IgG no tratamento subcutâneo não fosse inferior ao tratamento intravenoso. A dose média determinada a partir desses pacientes foi de 137% da dose intravenosa e, posteriormente, todos os pacientes foram tratados durante um período mínimo de seis semanas nesta dose.
Após 6 infusões subcutâneas, um nível de IgG foi obtido e foi utilizado individualmente para adaptar a dose subcutânea de Imunoglobulina G (substância ativa) para compensar a variação individual a partir do valor médio de 137%.
Todos os pacientes receberam um mínimo de 12 infusões com esta dose adaptada individualmente. Seguindo o protocolo formal, todos os pacientes continuaram a receber tratamento subcutâneo com Imunoglobulina G (substância ativa) até o último paciente completar o estudo. Havia 47 pacientes tratados com 2.294 infusões subcutâneas de Imunoglobulina G (substância ativa): 4 pacientes tratados por até 29 semanas, 17 pacientes tratados por 30 a 52 semanas e 26 pacientes tratados por 53 semanas ou mais. A duração média do tratamento subcutâneo foi de 379 dias (intervalo: 57 a 477 dias).
A eficácia foi determinada durante toda a fase subcutânea. Foram 31 adultos com 16 anos ou mais, 4 adolescentes entre 12 e lt;16 anos de idade e 14 crianças entre 2 e lt;12 anos. O volume de líquido infundido de Imunoglobulina G (substância ativa) foi de 30mL por local para pacientes pesando 40kg ou mais e 20mL por local para aqueles com peso inferior a 40kg. A dose semanal total foi dividida por esses valores para determinar o número de locais.
A média de doses semanais subcutânea variou de 181,9 mg/kg a 190,7 mg/kg (de 130% a 137% da dose intravenosa). No estudo, o número de locais de infusão por infusão foi dependente da dose de IgG e variou de 2 a 10. Em 75% das infusões, o número de locais de infusão foi de 5 ou menos.
Houve três infecções bacterianas graves validadas, todas pneumonias bacterianas. Nenhum desses pacientes necessitou de hospitalização para tratar a infecção. A taxa anual de infecções bacterianas agudas graves, durante tratamento subcutâneo com Imunoglobulina G (substância ativa) foi 0,067, com um intervalo de confiança (IC) superior a 99% de 0,133, que é igual à meta mínima de alcançar uma taxa lt; 1 infecção bacteriana por paciente/ano.
O resumo de infecções e eventos associados aos pacientes durante o tratamento subcutâneo com Imunoglobulina G (substância ativa) encontra-se na tabela abaixo. A taxa anual de qualquer infecção neste estudo durante o tratamento subcutâneo, incluindo infecções virais e fúngicas, foi de 4,1 infecções/paciente/ano. Isto é consistente com a taxa de infecções observada em outros estudos clínicos de imunoglobulina intravenosa e subcutânea. (5,6)
Resumo de Infecções e Eventos Associados | |
Número de pacientes (fase de eficácia) | 47 |
Número total de pacientes/ano | 44 |
Taxa anual de qualquer infecção | 4,1 (95%, IC 3,2 a 5,1) |
Uso de antibiótico* (profilaxia ou tratamento) | – |
Número de pacientes (%) | 40 (85,1%) |
Taxa anual | 50,2 (95%, IC 33,4 a 71,9) |
Dias fora do trabalho/escola/dia incapacitado | – |
Número de pacientes (%) | 25 (53,2 %) |
Taxa anual | 4,0 (95%, IC 2,5 a 6,1) |
Hospitalização devido infecção | – |
Número de pacientes (%) | 0 (0,0%) |
Taxa anual | 0,0 (95%, IC 0,0 a 0,1) |
*Incluindo antibiótico sistêmico e tópico, antifúngico, antiviral, e anti-protozoário.
Referências Bibliográficas:
(1) Björkander, J. et al. Prospective open-label study of pharmacokinetics, efficacy and safety of a new 10% liquid intravenous immunoglobulin in patients with hypo- or agammaglobulinemia. Vox Sanguinis: 90(4): 286-93, 2006.
(2) Church, J. et al. Efficacy, Safety and Tolerability of a New 10% Liquid Intravenous Immune Globulin [IGIV 10%] in Patients with Primary Immunodeficiency. Journal of Clinical Immunology: 26(4): 388-395, 2006.
(3) Shechtman O, Gestewitz L, Kimble C. Reliability and validity of the DynEx dynamometer. J.Hand Ther. 2005;18:339-347.
(4) Sharrack B, Hughes RA. The Guy’s Neurological Disability Scale (GNDS): a new disability measure for multiple sclerosis. Mult.Scler. 1999;5:223-233.
(5) Ochs HD, Gupta S, Kiessling P et al. Safety and efficacy of self-administered subcutaneous immunoglobulin in patients with primary immunodeficiency diseases. J. Clin. Immunol. 2006;26:265-273.
(6) Gardulf A, Nicolay U, Asensio, et al. Rapid subcutaneous IgG replacement therapy is effective and safe in children and adults with primary immunodeficiencies – A prospective, Multi-National Study. J. Clin. Immunol. 2006; 26:177-85.
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
Imunoglobulina humana normal contém principalmente imunoglobulina G (IgG), com um amplo espectro de anticorpos contra agentes infecciosos.
Imunoglobulina humana normal contém os anticorpos IgG presentes na população normal.
São geralmente preparadas a partir de pools de plasma de não menos de 1.000 doações. Apresentam uma distribuição de subclasses de imunoglobulinas G aproximadamente proporcional àquela do plasma humano nativo. As doses adequadas deste medicamento podem restaurar níveis anormalmente baixos de imunoglobulina G para os valores normais.
O mecanismo de ação em outras indicações que não sejam a terapêutica de substituição não está totalmente elucidado, mas inclui efeitos imunomoduladores.
População pediátrica
Não existem diferenças teóricas ou observadas na ação das imunoglobulinas em crianças comparadas aos adultos.
Propriedades Farmacocinéticas
Administração intravenosa
A imunoglobulina humana normal fica imediatamente e completamente biodisponível na circulação após a administração intravenosa. É distribuída relativamente depressa entre o plasma e o líquido extracelular;
depois de aproximadamente 3 a 5 dias, o equilíbrio é atingido entre os compartimentos intra e extracelular.
Os parâmetros farmacocinéticos para o Imunoglobulina G (substância ativa) foram determinados em dois estudos clínicos em pacientes IDP realizados na Europa e Estados Unidos. Nestes estudos, um total de 83 indivíduos com pelo menos 2 anos de idade foram tratados com doses de 300 a 600 mg/kg de peso corpóreo a cada 21 a 28 dias durante 6 a 12 meses. O tempo de meia-vida IgG médio após administração do Kiovig foi de 32,5 dias. Este tempo de meia-vida pode variar de paciente para paciente, especialmente na imunodeficiência primária. Os parâmetros farmacocinéticos para o medicamento estão resumidos no quadro abaixo. Todos os parâmetros foram analisados separadamente para três grupos etários, crianças (idade inferior a 12 anos, n=5), adolescentes (13 a 17 anos, n=10) e adultos (acima de 18 anos, n=64). Os valores obtidos nos estudos são comparáveis aos parâmetros obtidos para outras imunoglobulinas humanas.
Resumo dos Parâmetros Farmacocinéticos de Imunoglobulina G (substância ativa) – imunoglobulina G
*IC = Intervalo de confiança.
IgG e complexos IgG são divididos em células do sistema retículo-endotelial.
Administração subcutânea
Os parâmetros farmacocinéticos da administração subcutânea de Imunoglobulina G (substância ativa) foram avaliados em pacientes com imunodeficiência primária (IP), com 12 anos ou mais, durante um estudo clínico. Pacientes foram tratados por via intravenosa durante 12 semanas com Imunoglobulina G (substância ativa) e depois passaram a infusões subcutâneas semanais de Imunoglobulina G (substância ativa).
Inicialmente todos os pacientes foram tratados durante um período mínimo de 12 semanas com uma dose subcutânea que foi igual a 130% da dose intravenosa. Uma comparação da área sob a curva (AUC) de infusões intravenosas e subcutâneas realizadas nos 15 primeiros adultos determinou que a dose subcutânea necessária para fornecer uma exposição de administração subcutânea não inferior à administração intravenosa era de 137% da dose intravenosa. Posteriormente, todos os pacientes foram tratados com esta dose por um período de 6 semanas, após o qual, a dose foi individualizada para todos os pacientes, usando níveis mínimos de IgG, conforme descrito abaixo. Após um mínimo de oito semanas com esta dose subcutânea, a avaliação farmacocinética foi realizada em 32 pacientes com 12 anos de idade ou mais.
A dose média ajustada no final do estudo foi 137,3% (125,7-150,8) da dose intravenosa para pacientes com 12 anos de idade ou mais, e 141,0% (100,5-160,0) para os pacientes com idade inferior a 12 anos. Desta forma, não houve uma diferença significativa na dosagem necessária para as crianças. Neste ajuste de dose, a taxa média geométrica das AUC (área sob a curva) da administração via subcutânea versus via intravenosa foi de 95,2% (90%, com limite de confiança de 92,3-98,2). O pico de nível de IgG ocorreu em 2,9 (1,2 a 3,2) dias após a administração subcutânea.
Os parâmetros farmacocinéticos de Imunoglobulina G (substância ativa) administrado por via intravenosa em comparação com a via subcutânea são apresentados na tabela abaixo. Os níveis médios de pico de IgG foram menores (1.393 ± 289 mg/dL) durante o tratamento subcutâneo com Imunoglobulina G (substância ativa) quando comparado ao que era administrado por via intravenosa (2.240 ± 536 mg/dL), consistente com a menor dose semanal em comparação com a dose administrada a cada 3 ou 4 semanas por via intravenosa. Em contraste, níveis mínimos médios foram maiores com Imunoglobulina G (substância ativa) administrado por via subcutânea (1.202 ± 282 mg/dL), em comparação com a administração por via intravenosa (1.050 ± 260 mg/dL), resultado de umadose mensal maior e mais frequente. O nível mediano de IgG durante o tratamento intravenoso neste ensaio clínico, 1.010 mg/dL (95%, IC: 940-1.240), foi semelhante ao valor médio de 1.030 mg/dL (95%, IC: 939- 1.110), encontrado em outro estudo clínico. Em contraste, a mediana do nível de IgG encontrada durante o estudo subcutâneo foi mais elevada, com 1.260 mg/dL (95%, IC: 1.060-1.400).
Parâmetros Farmacocinéticos da administração subcutânea de Imunoglobulina G (substância ativa) – Imunoglobulina G quando comparado à administração intravenosa
1 Dose mensal equivalente.
2 Padronizada a um intervalo de 7 dias.
Cuidados de Armazenamento do HyQvia
O produto deve ser armazenado em temperatura entre +2°C e +8°C (refrigerado).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Manter os frascos no cartucho externo para protegê-los da luz.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
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