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Bula do Immunate S/D

Como o Immunate S/D funciona?


Immunate S/D é um complexo fator von Willebrand/fator VIII de coagulação preparado do plasma humano. Ele substitui o fator VIII ausente ou i que não funciona adequadamente na Hemofilia A. Hemofilia A é uma doença hereditária ligada ao sexo que causa distúrbio da coagulação sanguínea devido aos níveis baixos de fator VIII:C que resulta em sangramento profuso nas articulações, músculos ou órgãos internos, espontaneamente ou como resultado de trauma cirúrgico ou acidental. Pela terapia de reposição, os níveis de plasma do fator VIII tem um aumento permitindo uma correção temporária do fator de deficiência e correção das tendências hemorrágicas.

Em adição ao seu papel como proteína protetora do fator VIII, o fator von Willebrand (vWF) medeia a adesão plaquetária aos sítios da lesão vascular e desempenha uma função na agregação plaquetária.

Contraindicação do Immunate S/D

Não utilizar Immunate em caso de:

Alergia ao fator VIII de coagulação humano ou a qualquer um dos componentes do produto.

Em caso de dúvida, consultar o médico.

Como usar o Immunate S/D

Immunate deve ser administrado via intravenosa após preparação da solução com o diluente fornecido. O paciente deve seguir as orientações do médico.

A taxa de administração depende do nível de conforto do paciente e não deve exceder 2mL por minuto.

Aquecer o produto a temperatura ambiente ou a temperatura corporal antes da administração. Para a reconstituição utilize apenas o conjunto de administração fornecido no pacote, pois a falha do tratamento pode ocorrer como consequência da adsorção do fator VIII de coagulação humano na superfície interna de algum equipamento de infusão.

Immunate deve ser reconstituído imediatamente antes da administração. A solução deve ser usada imediatamente, pois não contém conservantes. Antes da administração, o produto reconstituído deve ser visualmente inspecionado para possível presença de material particulado e descoloração. A solução deve ser de clara a levemente opalescente. Soluções turvas ou apresentando depósitos devem ser descartadas.

A solução pronta para uso não deve ser refrigerada novamente.

Reconstituição do pó para preparar a solução para injetáveis:

A solução deve ser preparada sob condições limpas e estéreis.

  1. Aquecer o frasco fechado contendo o diluente (água estéril para injetáveis esterilizada) à temperatura ambiente (máxima de 37°C).
  2. Remover as tampas plásticas protetoras dos frascos do concentrado e do diluente (fig. A) e desinfetar as tampas de borracha de ambos os frascos.

  1. Conectar a parte ondulada do dispositivo de transferência sobre o frasco do diluente e pressionar (fig. B).

  1. Remover a cobertura protetora da outra extremidade do dispositivo de transferência, tendo o cuidado de não tocar na extremidade exposta.
  2. Inverter o frasco de diluente conectado ao dispositivo de transferência, sobre o frasco de concentrado e inserir a extremidade livre com uma agulha através da tampa de borracha do frasco do concentrado (fig. C). O diluente será aspirado para dentro do frasco de concentrado por vácuo.

  1. Após aproximadamente 1 minuto, desconectar os dois frascos removendo o frasco de diluente conectado ao dispositivo de transferência do frasco do condentrado (fig. D). Como o preparo dissolve facilmente, agitar suavemente o frasco do concentrado. Não misturar os conteúdos do frasco. Não inverter o frasco do concentrado até que esteja pronto para retirar os conteúdos.

  1. Após a reconstituição, inspecionar visualmente a solução preparada para material particulado ou descoloração antes da administração. Porém, mesmo quando o procedimento de reconsituição é rigorosamente seguido, algumas pequenas partículas podem ocasionalmente serem vistas. O conjunto de filtro contido na embalagem pode remover partículas e a potência rotulada não será reduzida.

Administração:

  1. A solução deve ser preparada sob condições limpas e estéreis.
  2. Deve-se usar o conjunto de filtro contido na embalagem para prevenir a administração de partículas de borracha que possam ter-se separado da tampa (perigo de microembolia). Para remover a solução reconstituída, conectar a o conjunto de filtro na seringa descartável e introduzir através da tampa de borracha (fig. E).

  1. Desconectar a seringa por um momento do conjunto de filtro. O ar entrará no frasco de concentrado e qualquer espumaque se tenha formado desaparecerá. Despois, aspirar a solução para a seringa através do conjunto de filtro (fig.F).

  1. Desconectar a seringa do conjunto de filtro e lentamente injetar a solução por via intravenosa (velocidade máxima de injeção: 2 mL/min) com o conjunto de infusão rápido contido na embalagem (ou a agulha descartável contida na embalagem).

Posologia do Immunate S/D


Hemofilia A:

O cálculo da dose necessária de fator VIII, da forma descrita abaixo, se baseia no achado empírico de que 1 UI de fator VIII por kg de peso corpóreo eleva a atividade plasmática do fator VIII em 1,5% a 2%.

Levando em conta a atividade inicial do fator VIII no plasma do paciente, determina-se a dosagem necessária empregando a seguinte fórmula:

Dose de Immunate S/D (UI de Fator VIII) = Peso Corpóreo (kg) x Aumento Desejado de Fator VIII (%) x 0,5.

São necessárias verificações regulares do nível plasmático de fator VIII do paciente para monitorar o curso da terapia e calcular as doses apropriadas de manutenção.

Hemorragias e Cirurgia:

A tabela apresentada em seguida indica quais os níveis plasmáticos de fator VIII são necessários para o controle de hemorragias ou para a profilaxia cirúrgica bem como o tempo durante o qual esses níveis devem ser mantidos.

Tipo de Hemorragia ou de
Intervenção Cirúrgica

Nível Plasmático de Fator VIII Terapeuticamente Necessário (%)

Período Necessário para manter o Nível Plasmático de Fator VIII

Fenômenos hemorrágicos de pequeno porte, por exemplo pequenas hemorragias

30%

No mínimo 1 dia, dependendo da gravidade da hemorragia

Fenômenos hemorrágicos de grande porte – hemorragias musculares, na cavidade oral, extrações dentárias, traumatismos cranianos moderados e intervenções

40 – 50%

 3 a 4 dias, ou até a completa absorção das hemorragias teciduais, ou a completa cicatrização dos ferimentos

Risco de vida: hemorragias gastro- intestinais, intra-cranianas, intra- abdominais ou intra-torácicas, fraturas, Intervenções cirúrgicas
de grande porte com alto risco de manifestações hemorrágicas

60 – 100%

Durante 7 dias, no mínimo. O tratamento, após o 7o dia, somente deve ser interrompido após a absorção da hemorragia ou a adequada cicatrização dos ferimentos

Em geral, administra-se fator VIII a intervalos de 8 a 12 horas, correspondendo à meia-vida biológica do fator VIII. Para profilaxia cirúrgica, a dose inicial deve ser administrada uma hora antes da cirurgia. Nos casos de intervenções cirúrgicas de grande porte, deve-se manter intervalos de tratamento de 8 horas durante os primeiros dias de pós-operatório.

Terapia de manutenção profilática:

Para a terapia de manutenção profilática de hemofilia A grave, administram-se doses de 10 a 50 UI de fator VIII por kg de peso corpóreo a intervalos de 2 a 3 dias. Em alguns casos, especialmente em pacientes mais jovens, podem ser necessários intervalos mais curtos ou mais longos das doses para prevenir o sangramento.

Hemofilias com inibidor de fator VIII:

Em se considerando que a dose necessária depende do título de inibidor do paciente, a mesma deve ser calculada individualmente com base nos testes de coagulação.

A terapia de reposição com fator VIII é eficaz somente em pacientes com baixo índice de resposta, com um título de inibidor inferior a dez Unidades Bethesda. Em pacientes com alto índice de resposta bem como aqueles com baixo índice de resposta com um título de inibidor superior a dez Unidades Bethesda, recomenda-se o emprego de FEIBA – complexo protrombínico parcialmente ativado.

Doença de von Willebrand com deficiência de fator VIII:

Immunate S/D – fator VIII de coagulação (humano) está indicado para a terapia de reposição de fator VIII em pacientes portadores da doença de von Willebrand que apresentem atividade de fator VIII reduzida. A terapia de reposição com Immunate S/D – fator VIII de coagulação (humano) para o controle de hemorragias e para a prevenção de episódios de sangramento associados com intervenções cirúrgicas devem seguir as diretrizes indicadas para hemofilia A.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Immunate S/D?


Não utilizar dose dupla para compensar uma dose esquecida.

Proceder com a próxima administração imediatamente e continuar com os intervalos regulares conforme recomendação médica.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Immunate S/D

Caso a alergia ocorrer:

Monitoramento é necessário quando:

Seu médico pode querer realizar testes para garantir que a dose atual seja suficiente para alcançar e manter os níveis de fator VIII e de von Willbrand adequados.

Caso o sangramento persista:

Quando medicamentos são fabricados a partir do sangue ou plasma humano, algumas medidas são colocadas em prática para prevenir que infecções sejam passadas para os pacientes. Isto inclui a seleção cuidadosa dos doadores de sangue e plasma humano para garantir que indivíduos com risco de estarem infectados sejam excluídos, assim como teste de cada doação e dos pools de plasma para sinais de vírus/infecção, e a inclusão de etapas no processo de plasma ou sangue que podem inativar ou remover vírus.

Apesar destas medidas, quando medicamentos fabricados a partir do sangue ou plasma humano são administrados, a possibilidade de transmissão de infecção não pode ser totalmente excluída. Isto se aplica também aos patógenos de natureza desconhecida.

As medidas tomadas são consideradas eficazes para vírus encapsulados, como o vírus da imunodeficiência humana (HIV, o vírus que causa a AIDS), hepatite B e hepatite C, e para o vírus da hepatite A não encapsulado. Os procedimentos de inativação/remoção viral podem ter um valor limitado contra vírus não encapsulados tais como parvovírus B19.

Infecção por Parvovírus B19 pode ser séria para mulheres grávidas (infecção fetal) e para indivíduos com imunodeficiência ou com aumento da metabolização de eritrócitos (por exemplo, anemia falciforme ou anemia hemolítica).

O médico pode recomendar vacinação apropriada contra hepatite A e B para pacientes que recebem regularmente/repetidamente produtos derivados de plasma humano.

É fortemente recomendado que sempre que uma dose de Immunate for administrada o nome e o lote do produto sejam anotados para manter um registro dos lotes usados.

Immunate contém isoaglutininas (anti-A e anti-B). Em pacientes de grupo sanguíneo A, B ou AB, rompimento da hemácia pode ocorrer após administração repetitiva em curto intervalo de tempo ou após administração de grandes doses.

Immunate com alimentos e bebidas:

Não há recomedações específicas de quando Immunate deve ser administrado com relação às refeições.

Immunate contém sódio:

Em caso de uma dieta baixa de sódio, o médico irá monitorar com atenção particular, pois a quantidade de sódio na dose máxima diária pode exceder 200mg.

Interações Medicamentosas:

Nenhuma interação de Immunate com outros medicamentos foi relatada.

O produto não deve ser misturado com outros medicamentos ou diluente, exceto o diluente água para injetáveis contido na embalagem, antes da administração uma vez que pode prejudicar a eficácia e segurança do produto. É recomendado lavar o acesso venoso com solução apropriada, como por exemplo, solução salina fisiológica antes e depois da infusão de Immunate.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Immunate S/D

Como qualquer outro medicamento, Immunate pode apresentar reações adversas, apesar de nem todos os pacientes apresentarem.

Possíveis reações adversas com produtos fator VIII derivados de plasma humano:

Reações alérgicas, que em alguns casos podem progredir a reações severas e que potencialmente representem risco de vida (anafilaxia), tem sido observadas raramente.

Portanto, deve-se estar atento aos sinais iniciais de reações alérgicas como:

Rubor, erupção cutânea, urticária, pápulas, coceira generalizada, inchaço dos lábios, pálpebras e língua, dispnéia, chiado, dor do peito, aperto no peito, mal estar generalizado, tontura, taquicardia e queda da pressão sanguínea. Estes sintomas podem consituir sinal inicial de um choque anafilático. Caso uma reação alérgica ou anafilática ocorrer, deve-se interromper imediatamente a infusão e informar o médico. Sintomas severos requerem tratamento de emergência imediato.

A formação de anticorpos neutralizantes (inibidores) ao fator VIII ou ao fator von Willebrand é uma complicação conhecida no tratamento de pacientes com hemofilia A ou a doença de von Willebrand. Caso anticorpos neutralizantes (inibidores) desenvolvam, eles se manifestam sozinhos como uma resposta clínica insuficiente (sangramento não é controlado com uma dose apropriada) ou na forma de reação alérgica.

Nestes casos, recomenda-se contatar um centro especializado de hemofilia.

Em pacientes com grupo sanguíeno A, B ou AB hemólise pode ocorrer após administração de grandes doses.

As seguintes frequências são utilizadas para avaliar as reações adversas:

Dentre as reações adversas listadas na tabela abaixo, a hipersensibilidade foi observada em um ensaio clínico, enquanto que as demais reações foram observadas em experiências pós-comercialização.

Classe de sistema de órgão padrão MedDRA

Reação adversa

Frequência

Distúrbio do sistema imune

Hipersensibilidade

Incomum*

Distúrbio dos sistemas sanguíneo e linfático

Inibição do fator VIII

Desconhecida

Distúrbio de coagulação

Desconhecida

Distúrbio psiquiátrico

Inquietação

Desconhecida

Formigamento ou dormência

Desconhecida

Distúrbio do sistema nervoso

Tontura

Desconhecida

Cefaléia

Desconhecida

Distúrbio ocular

Conjuntivite

Desconhecida

Taquicardia

Desconhecida

Distúrbio cardíaco

Sentir os batimentos cardíacos

Desconhecida

Hipotensão

Desconhecida

Distúrbio vascular

Rubor

Desconhecida

Palidez

Desconhecida

Distúrbios respiratório, torácico e mediastino

Falta de ar

Desconhecida

Tosse

Desconhecida

Distúrbio gastrointestinal

Vômito

Desconhecida

Sensação de mal estar

Desconhecida

Distúrbio da pele e tecido subcutâneo

urticária

Desconhecida

Erupção

Desconhecida

Coceira

Desconhecida

Rubor

Desconhecida

Aumento da transpiração

Desconhecida

Neurodermatite

Desconhecida

Distúrbios músculo-esquelético e tecido conectivo

Dor muscular

Desconhecida

Distúrbios gerais e no local de administração

Dor do peito

Desconhecida

Desconforto no peito

Desconhecida

Edema (incluindo edema periférica, nas pálpebras e na face)

Desconhecida

Febre

Desconhecida

Calafrios

Desconhecida

Reação no local da injeção

Desconhecida

Dor

Desconhecida

*Uma reação de hipersensibilidade em 329 infusões em um estudo clínico de 5 pacientes.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

População Especial do Immunate S/D

Gravidez, lactação e fertilidade:

Antes de administrar o medicamento, o médico ou farmacêutico deverá ser informado caso a paciente esteja grávida ou amamentando ou esteja planejando engravidar.

Não há experiência com relação ao uso de Immunate durante a gravidez, lactação e fertilidade, uma vez que a hemofilia A é rara em mulheres. Immunate só deve ser utilizado durante a gravidez e lactação somente se realmente indicado.

Portanto, o médico deve ser informado caso a paciente esteja grávida ou amamentando. O médico irá decidir se Immunate deve ser utilizado durante a gravidez e lactação.

Categoria “C” de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Condução e utilização de máquinas:

Nenhum efeito na habilidade de dirigir e operar máquinas foram observados.

Composição do Immunate S/D

Apresentações:

Immunate S/D é um concentrado preparado de plasma humano contendo o fator VIII de coagulação humana na forma de pó liofilizado, acompanhado do volume apropriado de diluente para reconstituição.

Via intravenosa.

Uso adulto e pediátrico.

Cada embalagem de Immunate contém:

Immunate S/D 250 UI:

1 Frasco contendo Immunate 250 UI.

1 Frasco contendo água estéril para injetáveis (5mL).

Conjunto de Reconstituição e infusão (1 conjunto de transferência/filtro, 1 seringa descartável de (5mL), 1 agulha descartável, 1 conjunto de inusão rápida).

Immunate S/D 500 UI:

1 Frasco contendo Immunate 500 UI.

1 Frasco contendo água estéril para injetáveis (5mL).

Conjunto de Reconstituição e infusão (1 conjunto de transferência/filtro, 1 seringa descartável de (5mL), 1 agulha descartável, 1 conjunto de inusão rápida).

Immunate S/D 1.000 UI:

1 Frasco contendo Immunate 1.000 UI.

1 Frasco contendo água estéril para injetáveis (10mL).

Conjunto de Reconstituição e infusão (1 conjunto de transferência/filtro, 1 seringa descartável de (10mL), 1 agulha descartável, 1 conjunto de inusão rápida).

Composição:

Cada frasco contendo Immunate S/D liofilizado, após reconstituição utilizando todo o volume do diluente contido nas respectivas embalagens.

Contém na solução obtida, quando pronta para uso, a seguinte composição:

Excipientes:

albumina humana, glicina, cloreto de sódio, citrato de sódio di-hidratado, cloridrato de lisina e cloreto de cálcio di-hidratado.

Immunate 250 UI:

Após reconstituição com o diluente, o produto contém aproximadamente 50 UI/mL de fator VIII de coagulação derivado de plasma humano e 38 UI/mL de fator von Willebrand derivado de plasma.

Immunate 500 UI e 1000 UI:

Após reconstituição com o diluente, o produto contém aproximadamente 100 UI/mL de fator VIII de coagulação derivado de plasma humano e 75 UI/mL de fator von Willebrand derivado de plasma.

Superdosagem do Immunate S/D

Nenhum sintoma de superdose com fator de coagulação VIII foi relatado.

Eventos tromboembólicos podem ocorrer.

Hemólise pode ocorrer em pacientes com grupos sanguíneos A, B ou AB.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Immunate S/D

Não são conhecidas interações do produto com outros medicamentos.

Ação da Substância Immunate S/D

Resultados de eficácia

No estudo principal de fase II/III, foi admitido e tratado profilaticamente um total de 107 pacientes tratados anteriormente com Fator VIII de Coagulação (substância ativa) (no mínimo 150 dias de exposição a diferentes preparações derivadas de plasma e de Fator VIII de Coagulação (substância ativa) recombinante) com hemofilia A grave ou moderada com idade superior a 10 anos. A profilaxia padrão (25 – 40UI/kg, 3 – 4 x/semana) demonstrou uma taxa anual de hemorragias de 4,1 (espontâneas) em comparação com 4,7 (relacionadas ao trauma).

A adesão à terapia demonstrou uma redução da taxa anual de hemorragias espontâneas de 5,2 para 3,3 e uma redução da taxa de hemorragias relacionadas ao trauma de 10 para 3,4. Um total de 510 episódios hemorrágicos foi tratado com Fator VIII de Coagulação (substância ativa). A eficácia hemostática foi avaliada por 86% (439/510) como excelente ou boa. Em geral, 93% (473) dos episódios hemorrágicos foram tratados com 1 – 2 injeções. Em uma duração média de exposição de 117 dias, foi observado um inibidor de título baixo transitório (após 26 dias de exposição). 

No estudo de continuação de fase II/III com 82 participantes do estudo que concluíram o estudo principal, 837 episódios hemorrágicos ocorreram em 70 de 81 pacientes. A eficácia hemostática de Fator VIII de Coagulação (substância ativa) foi avaliada em 673 hemorragias (80,4%) como excelente ou boa. Vinte e três episódios hemorrágicos não puderam ser analisados (não especificado ou nenhum tratamento necessário). Em 737 episódios hemorrágicos (88%), 1 – 2 injeções foram suficientes para o controle dos sangramentos.

A profilaxia padrão (n = 54, pelo menos 1 infusão) demonstrou uma taxa anual de hemorragias de 1,74 (espontâneas) em comparação com 3 (relacionadas ao trauma); a profilaxia modificada (n = 53, pelo menos 1 infusão) demonstrou uma taxa anual de hemorragias de 1,45 (espontâneas) em comparação com 2 (relacionadas ao trauma). A taxa anual de hemorragias no regime “sob demanda” (n = 9) foi de 18,47. Assim como no estudo principal, a taxa de hemorragias no grupo aderente foi mais baixa do que no grupo sem adesão. Em uma duração média de exposição de 246 dias, não foram detectados inibidores. 

Em um estudo com 53 crianças tratadas anteriormente (pelo menos 50 dias de exposição com diferentes preparações derivadas de plasma e de ator VIII de coagulação recombinante) com idade inferior a 6 anos (24 dos quais possuíam lt; 3 anos), 430 episódios hemorrágicos em 47 crianças foram registrados. Cinquenta e sete (13,3%) destes episódios não exigiram infusão; em 345 das hemorragias tratadas (93,8%) a eficácia de Fator VIII de Coagulação (substância ativa) foi avaliada como excelente ou boa, em 18 (4,9%) como moderada, e para 5 (1,4%) episódios não existem dados disponíveis. 

A profilaxia padrão (n = 21; 25 – 50UI/kg, 3 – 4 x/semana) em relação à profilaxia modificada (n = 37) apresentou uma taxa anual de hemorragias de 4 (mediana) em comparação com um regime “sob demanda” (n = 5) com 24 hemorragias (mediana). Em 89% dos 368 episódios hemorrágicos tratados, 1 ou 2 injeções foram suficientes (duração de ? 5 minutos) para alcançar a hemostasia. Além disso, em 7 procedimentos cirúrgicos geralmente de pequeno porte em 7 pacientes, a eficácia intraoperatória e pós-operatória foi satisfatória. Em uma duração média de exposição de 156 dias, o inibidor não foi detectado em qualquer destas 53 crianças tratadas.

Características Farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

O complexo fator VIII/fator de von Willebrand é composto por duas moléculas (fator VIII e fator de von Willebrand) com diferentes funções fisiológicas. 

Fator VIII de Coagulação (substância ativa) possui o Fator VIII de Coagulação (substância ativa) recombinante, uma glicoproteína com uma sequência de aminoácidos semelhante ao fator VIII humano, e com modificações pós-translacionais similares àquelas dos produtos derivados de plasma. 

O Fator VIII de Coagulação (substância ativa) recombinante é produzido a partir de células de ovário de hamster chinês (CHO) geneticamente modificadas contendo o gene humano do Fator VIII de Coagulação (substância ativa). Fator VIII de Coagulação (substância ativa) contém traços de IgG murina, proteínas das células CHO e fator de von Willebrand recombinante (vide contraindicações). 

A atividade (UI) é determinada utilizando um teste cromogênico comparado a um padrão interno, referenciado no padrão nº 6 da OMS. A atividade específica é de aproximadamente 4000 – 10000UI/mg de proteína. 

Fator VIII de Coagulação (substância ativa) é uma preparação estéril, apirogênica e liofilizada, sem conservantes ou aditivos de origem animal ou humana. 

Fator VIII de Coagulação (substância ativa) é uma glicoproteína composta por 2332 aminoácidos com um peso molecular de cerca de 280kD. O fator VIII injetado em um paciente com hemofilia A se liga ao fator de von Willebrand na corrente sanguínea. O fator VIII ativado atua como um cofator para o fator IX ativado e acelera a formação de fator X ativado. O fator X ativado converte a protrombina em trombina. Esta, então, libera a fibrina a partir do fibrinogênio, e a formação de coágulos pode ocorrer. 

A hemofilia A é um distúrbio hereditário da coagulação sanguínea ligado ao sexo devido à diminuição dos níveis de fator VIII. Isto leva, espontaneamente ou como resultado de um trauma acidental ou cirúrgico, ao sangramento abundante nas articulações, nos músculos ou nos órgãos internos. Através da terapia de substituição, os níveis plasmáticos do fator VIII são elevados, permitindo assim uma correção temporária da deficiência do fator VIII e da tendência hemorrágica. 

Propriedades Farmacocinéticas 

Todos os estudos farmacocinéticos com Fator VIII de Coagulação (substância ativa) foram conduzidos em pacientes com hemofilia A grave ou moderada (atividade de fator VIII ? 2%). Os parâmetros farmacocinéticos são provenientes de um total de 260 pacientes e estão listados na tabela a seguir:

* Calculada como (Cmáx – fator VIII basal) dividida pela dose em UI/kg, em que: Cmáx é a medida máxima do fator VIII pós-infusão.

Crianças 

Não houve diferenças nos parâmetros farmacocinéticos entre as faixas etárias observadas em adultos (16 anos ou mais em comparação com 18 anos ou mais). Entre as crianças (2 até lt;12 anos), as crianças mais velhas (5 até lt;12 anos) apresentaram valores mais elevados do que as crianças mais jovens (2 até lt; 5 anos) nos parâmetros farmacocinéticos AUC total, recuperação incremental na Cx, t½, Cmáx e tempo de retenção médio. O parâmetro farmacocinético Vss foi semelhante para ambos os subgrupos de crianças e o CI foi menor em crianças mais velhas (5 até lt; 12 anos) do que em crianças mais jovens (2 até lt; 5 anos). 

A recuperação corrigida e a meia-vida foram inferiores em cerca de 20% do que nos adultos. 

Atualmente, não existem dados sobre a farmacocinética de Fator VIII de Coagulação (substância ativa) em pacientes não tratados anteriormente.

Cuidados de Armazenamento do Immunate S/D

Immunate possui prazo de validade de 24 meses. Immunate deve ser armazenado e transportado sob refrigeração a uma temperatura entre +2°C e +8°C. O produto não deve ser congelado.

Mantenha o frasco na embalagem original para protegê-lo da luz.

Aspecto físico:

Immunate é um pó ou sólido friável de coloração branca ou amarela clara.

Os medicamentos não devem ser eliminados na água residual ou lixo doméstico. Perguntar ao farmacêutico como eliminar o medicamento que não será mais utilizado. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

A data de validade refere-se ao último dia do mês.

Após preparo, a solução deve ser utilizada imediatamente.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Immunate S/D

Reg. MS n° 1.0683.0160.

Farm. Resp.:

Jônia Gurgel Moraes.
CRF/SP 10.616.

Fabricado por:

Baxter AG, Viena, Áustria.

Importado por:

Baxter Hospitalar Ltda.
Rua Henri Dunant, 1.383 – Torre B.
12° andar, Conj. 1201 e 1204 – CEP 04709-110.
São Paulo – SP.
CNPJ: 49.351.786/0001-80.

SAC – 08000 12 5522.

Venda sob prescrição médica.

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