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Bula do Inicox DP


Como este medicamento funciona?

Inicox dp funciona como anti-inflamatório, com tempo médio de início de ação de 80 a 90 minutos.

Contraindicação do Inicox DP

Este medicamento é contraindicado para menores de 15 anos.

Como usar o Inicox DP

Os comprimidos devem ser ingeridos com um pouco de água ou outro líquido, durante a refeição.

Posologia

Administrar um comprimido uma vez ao dia (15mg) nos três dias que antecedem a menstruação e nos dois primeiros dias menstruais.

A dose diária não deve exceder a 15mg.

Ajuste de dose para população especial

Pacientes com elevado risco de eventos adversos, recomenda-se iniciar o tratamento com 7,5mg/dia (metade de um comprimido).

Pacientes com insuficiência renal grave, sob tratamento com hemodiálise, a dose diária não deve exceder a 7,5mg (metade de um comprimido).

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar Inicox dp?

Caso se esqueça de usar este medicamento, continue tomando as próximas doses regularmente no horário habitual. Não duplique a quantidade de medicamento na próxima tomada.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião dentista.

Precauções do Inicox DP

Da mesma forma que com outros anti-inflamatórios não esteróides pacientes com antecedentes de doenças do trato gastrointestinal ou sob tratamento com agentes anticoagulantes, devem ter cautela ao utilizar o meloxicam. O tratamento deve ser interrompido se ocorrer úlcera péptica ou sangramento gastrointestinal.

Da mesma forma que com outros anti-inflamatórios, ulceração, perfuração e sangramento gastrointestinais, que podem ser fatais, podem ocorrer a qualquer momento durante o tratamento em pacientes com ou sem sintomatologia prévia ou antecedentes de distúrbios gastrointestinais graves. O uso de Inicox dp deve ser interrompido, no caso de aparecimento de reações diversas na pele e mucosa, e informado ao médico. Supõe-se que os pacientes estejam sob maior risco a essas reações no início da terapia, dentro do primeiro mês de tratamento;

Os anti-inflamatórios não esteróides podem aumentar o risco de eventos cardiovasculares trombóticos (coágulo no interior dos vasos) graves, infarto do miocárdio e derrame, que podem ser fatais. Esse risco pode aumentar com o prolongamento da terapêutica com anti-inflamatórios não esteróides. Pacientes com doença cardiovascular ou fatores de risco para doença cardiovascular podem estar sob maior risco.

Nos pacientes com maior risco de complicações renais, a administração de anti-inflamatórios não esteróides pode precipitar uma descompensação renal que, no entanto, tende a retornar ao estágio pré-tratamento com interrupção da terapêutica. Este risco atinge principalmente pacientes idosos, desidratados, pacientes portadores de insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática, síndrome nefrótica ou insuficiência renal, pacientes sob tratamento de diuréticos, inibidores da ECA (enzima conversora da angiotensina) ou antagonistas dos receptores de angiotensina II ou que sofreram grandes cirurgias, responsável por um estado de diminuição do sangue circulante. Nesses pacientes, faz-se necessário controlar cuidadosamente o volume urinário e a função renal ao se iniciar o tratamento.

Em casos raros, os anti-inflamatórios podem provocar doenças renais como nefrite intersticial, glomerulonefrite, necrose medular renal ou síndrome nefrótica.

Foram observadas elevações ocasionais das enzimas do fígado ou de outros indicadores da função hepática. Na maioria dos casos, esses aumentos foram transitórios e discretos. Se as alterações forem significativas ou persistentes, faz-se necessário interromper a administração do meloxicam e solicitar exames apropriados. Em caso de cirrose hepática clinicamente estável, não é necessária uma redução da dose de meloxicam.

Os anti-inflamatórios podem causar retenção de água e sais minerais ocasionando inchaço. Também pode haver redução do efeito de medicamentos diuréticos. Como resultado, pode desencadear ou piorar a insuficiência cardíaca ou hipertensão (pressão alta) em pacientes susceptíveis.

O meloxicam pode mascarar os sintomas de doença infecciosa subjacente.

Nos pacientes com insuficiência renal grave, sob tratamento com hemodiálise, a dose de meloxicam não deve exceder 7,5mg ao dia. Nos pacientes com disfunção leve ou moderada (clearance de creatinina gt; 25mL/min), não há necessidade de redução da dose.

Antes de utilizar Inicox dp, informe seu médico sobre seu histórico médico, especialmente de doenças renais, doenças hepáticas, diabetes mal controlada, problemas de estômago/intestino/esôfago (ex.: hemorragia, úlceras, azia repetitivas), doença cardíaca (ex.: insuficiência cardíaca congestiva, história de ataque cardíaco), pressão arterial elevada, derrame, edema (inchaço, retenção de líquidos), grave perda de água corporal (desidratação), desordens sanguíneas (ex.: anemia), problemas de sangramento/coagulação, asma e pólipos nasais.

Antes de uma cirurgia, informe seu médico se você está usando Inicox dp.

Antes de tomar Inicox dp, informe seu médico se você é alérgico a meloxicam, aspirina ou outros AINEs (por exemplo, ibuprofeno, naproxeno e celecoxib) ou se você tiver quaisquer outras alergias.

A tolerabilidade ao meloxicam é menor em debilitados ou desnutridos. Portanto, deve ser usado com cautela por esses pacientes.

Reações Adversas do Inicox DP

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10 % dos pacientes que utilizam este medicamento)

Dor de cabeça, dor na barriga, dispepsia (má digestão), diarreia, enjoo e vômito.

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Anemia, alergia, vertigem, sonolência, pressão alta, vermelhidão facial, sangramento gastrointestinal (visível ou não aparente), gastrite, estomatite, constipação, flatulência, eructação, inchaço, lesões de pele, coceira, distúrbios da micção (ex.: retenção urinária aguda), alteração nos testes de função do fígado (ex.: transaminase ou bilirrubina aumentadas) e alterações nos testes de função renal (ex.: elevações da creatinina e/ou ureia).

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Contagem sanguínea anormal, leucopenia (diminuição das células brancas), trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas), alteração de humor, perturbação visual incluindo visão turva, conjuntivite, zumbido, palpitações, asma, úlcera no estômago ou duodeno, colite, esofagite, necrólise epidérmica tóxica e Síndrome de Stevens-Johnson.

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Perfuração gastrointestinal, hepatite, dermatite bolhosa, eritema multiforme e insuficiência renal aguda.

Outros eventos adversos foram relatados, porém não foi possível classificá-los quanto à frequência:

Reação anafilática, estado de confusão, desorientação e reação de fotossensibilidade (lesões de pele por exposição à luz).

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.

População Especial do Inicox DP

Lactação (amamentação)

Embora não haja experiência específica com Inicox dp, sabe-se que os anti-inflamatórios não esteróides passam para o leite materno; portanto, Inicox dp é contraindicado em mulheres que estejam amamentando.

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres que estejam amamentando.

Informe ao seu médico se estiver amamentando.

Gravidez

O uso de Inicox dp, assim como de outros anti-inflamatórios, pode comprometer a capacidade de engravidar (fertilidade) e não é recomendado em mulheres que estejam tentando engravidar. Dessa forma, em mulheres que apresentem dificuldade de engravidar ou que estejam sob investigação de infertilidade, deve-se considerar parar o uso de Inicox dp.

O uso de Inicox dp pode comprometer a gestação, então seu médico deve avaliar o risco/benefício do tratamento com Inicox dp nesta condição.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Habilidade de operar máquinas ou dirigir veículos

Não existem estudos relativos a efeitos sobre a habilidade de operar máquinas ou dirigir veículos. Entretanto, se ocorrerem reações adversas como vertigem e sonolência, o paciente deve abster-se de executar essas atividades.

Composição do Inicox DP

Cada comprimido contém:

Meloxicam:

15mg

Excipientes:

citrato de sódio di-hidratado, celulose microcristalina, lactose, amidoglicolato de sódio, povidona, dióxido de silício, estearato de magnésio e álcool etílico.

Superdosagem do Inicox DP

Em caso de superdosagem, deve-se procurar orientação médica e tomar as medidas padrão de esvaziamento gástrico e de suporte geral.

Não existe um antídoto específico.

Não há quadro típico associado à superdosagem de meloxicam.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Inicox DP

Outros Inibidores da Prostaglandina Sintetase (IPS), incluindo glicocorticoides e salicilatos (ácido acetilsalicílico)

A coadministração de Inibidores da Prostaglandina Sintetase pode aumentar o risco de úlceras e sangramentos gastrintestinais, em razão de sinergismo de ação, e não é recomendada.

O uso concomitante de Meloxicam (substância ativa) com outros AINEs (como ácido acetil salicílico, diclofenaco de sódio, nimesulida) não é recomendado

A administração concomitante de aspirina (1000 mg três vezes ao dia) em voluntários sadios tendeu a aumentar a AUC (10%) e a Cmax (24%) de Meloxicam (substância ativa). A significância clínica dessa interação é desconhecida.

Anticoagulantes orais (como varfarina), heparina parenteral (como enoxaparina), trombolíticos (como estreptoquinase)

Aumento do risco de hemorragia. Caso seja imprescindível a utilização deste tipo de medicamento, deve-se realizar um rigoroso acompanhamento médico dos seus efeitos na coagulação.

Antiplaquetários (como dipiridamole, ticlopidina, clopidogrel) e Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS – como fluoxetina, paroxetina, sertralina)

Aumento do risco de sangramento via inibição da função das plaquetas.

Lítio

Há relatos de que os AINEs aumentam a concentração plasmática de lítio (devido à diminuição da excreção renal de lítio), que pode atingir níveis tóxicos. Não se recomenda o uso concomitante de lítio e AINEs. Se essa combinação for necessária, as concentrações plasmáticas de lítio devem ser cuidadosamente monitoradas durante o início, ajuste e interrupção da administração de Meloxicam (substância ativa).

Metotrexato

AINEs podem reduzir a secreção tubular do metotrexato, aumentando sua concentração plasmática. Por esta razão, não é recomendado o uso concomitante de AINEs nos pacientes tratados com altas doses de metotrexato (gt; 15 mg/semana). O risco de interação entre os AINEs e metotrexato deve ser considerado também em pacientes tratados com baixas doses de metotrexato, especialmente naqueles com função renal comprometida. Nos casos em que o tratamento combinado for necessário, a contagem das células sanguíneas e a função renal devem ser monitoradas. Deve-se ter cautela quando os AINEs e metotrexato forem administrados concomitantemente no período de 3 dias, pois a toxicidade do metotrexato pode aumentar devido ao aumento do seu nível plasmático.

Embora a farmacocinética do metotrexato (15 mg/semana) não seja significativamente afetada pelo tratamento concomitante com Meloxicam (substância ativa), deve ser considerado que a toxicidade hematológica do metotrexato pode ser potencializada pelo tratamento com AINEs.

Contracepção

Embora ainda seja necessária confirmação, há relatos de que os AINEs diminuem a eficácia do dispositivo intrauterino (DIU).

Diuréticos (como hidroclorotiazida; espironolactona; furosemida)

O tratamento com AINEs está associado a risco de insuficiência renal aguda em pacientes desidratados.Em caso de prescrição concomitante de Meloxicam (substância ativa) e diuréticos, deve-se assegurar a hidratação adequada do paciente e monitorar a função renal antes do início do tratamento.

Anti-hipertensivos (beta-bloqueadores como propranolol, atenolol; inibidores da ECA, como captopril, enalapril; vasodilatadores, como isossorbida, amlodipina; diuréticos)

Há relatos de diminuição do efeito hipotensor de certos anti-hipertensivos no tratamento com AINEs, devido à inibição das prostaglandinas vasodilatadoras.

Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) e antagonistas dos receptores de angiotensina II (como telmisartana, valsartana), assim como os inibidores da ECA

Exercem efeito sinérgico na diminuição da filtração glomerular. Isto pode levar à insuficiência renal aguda nos pacientes que já possuem a função renal comprometida.

Colestiramina

Liga-se ao Meloxicam (substância ativa) no trato gastrintestinal, levando à eliminação mais rápida do Meloxicam (substância ativa).

Ciclosporina

Os AINEs podem aumentar a nefrotoxicidade da ciclosporina através de efeitos mediados pelas prostaglandinas renais. Durante tratamento combinado, deve-se monitorar a função renal.

Pemetrexede

Para o uso concomitante de Meloxicam (substância ativa) com pemetrexede em pacientes com depuração de creatinina entre 45 e 79 ml / min, a administração de Meloxicam (substância ativa) deve ser interrompida 5 dias antes, no dia da administração e 2 dias após a administração de pemetrexede.

Se uma combinação de Meloxicam (substância ativa) com pemetrexede for necessária, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados, especialmente para a mielossupressão e reações adversas gastrointestinais. Em pacientes com depuração de creatinina abaixo de 45 ml / min, a administração concomitante de Meloxicam (substância ativa) com pemetrexede não é recomendada.

Meloxicam (substância ativa) é eliminado quase totalmente pelo metabolismo hepático, do qual aproximadamente dois terços são mediados pelas enzimas do citocromo P450 (CYP 2C9 é responsável pela maior parte da metabolização e CYP 3A4 é responsável pela menor parte) e um terço é metabolizado por outras vias, tais como oxidação pelas peroxidases. Deve-se considerar interação farmacocinética potencial quando se administram concomitantemente Meloxicam (substância ativa) e outras drogas que inibam ou que sejam metabolizadas por CYP 2C9 e/ou CYP 3A4. Interações via CYP 2C9 podem ser esperadas na combinação com medicamentos tais como antidiabéticos orais (sulfonilureias, nateglinida), que pode levar ao aumento dos níveis plasmáticos destes fármacos e do Meloxicam (substância ativa). Os pacientes que utilizam concomitantemente Meloxicam (substância ativa) com sulfoniluréias ou nateglinida devem ser cuidadosamente monitorados para hipoglicemia.

A administração concomitante de antiácidos, cimetidina, digoxina ou furosemida não revelou interação farmacocinética significativa.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Movatec®.

Ação da Substância Inicox DP

Resultados de Eficácia


Comprimidos

Em estudo realizado nos Estados Unidos, com o objetivo de avaliar a eficácia do Meloxicam (substância ativa) em pacientes com osteoartrite de joelho ou quadril em fase de agudização, 47,7% e 55,8% dos pacientes relataram melhora dos sintomas com Meloxicam (substância ativa) 7,5 mg e 15 mg, respectivamente. Esta melhora foi semelhante à observada com o comparador ativo (diclofenaco de sódio 50 mg, duas vezes ao dia) e superior ao placebo.

A redução das pontuações de WOMAC globais foi de aproximadamente 15 e 20 pontos, sendo que o principal componente a contribuir para esta redução foram as pontuações de dor, com redução de 3,5 e 4,5 pontos, para Meloxicam (substância ativa) 7,5 e 15 mg, respectivamente.

Referências bibiográficas

Yocum D, Fleischmann r, Dalgin P, Caldwell J, Hall D, Roszko P. Safety and Efficacy of Meloxicam in the Treatment of Osteoarthritis. Arch Intern Med 160, 2947-2954, 2000. ISSN.

Solução injetável

Em artigo de revisão das propriedades farmacológicas e clínicas de Meloxicam (substância ativa) injetável, os autores destacam diversos estudos realizados na Alemanha onde se pode concluir que a administração intramuscular de Meloxicam (substância ativa) parece ter um início de ação mais rápido que a administração oral em quadros reumáticos inflamatórios agudos (melhora da dor induzida pelos movimentos – 43,5% dos pacientes que tomaram Meloxicam (substância ativa) IM, na primeira hora, início da ação analgésica – 90% dos pacientes na primeira hora). A tolerabilidade local do Meloxicam (substância ativa) intramuscular foi boa, tanto em voluntários sadios, como em pacientes, em especial pela mensuração da creatinina fosfoquinase (56% dos pacientes com piroxicam 20 mg IM tiveram elevação da enzima, contra nenhuma elevação no grupo a que foi administrado Meloxicam (substância ativa) 15 mg IM). Meloxicam (substância ativa) intramuscular também foi superior a outros antiinflamatórios injetáveis em relação à tolerabilidade local.

Referências bibiográficas

Euller-Ziegler L, Velicitat P, Bluhmki E, Tuerck D, Scheuerer S, Combe B. Meloxicam: A Review Of Its Pharmacokinetics, Efficacy And Tolerability Following Intramuscular Administration. Inflamm Res 50 (Suppl 1), S5-S9, 2001. ISSN .

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Movatec®.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

Meloxicam (substância ativa) é um anti-inflamatório não-esteroidal (AINE) pertencente à classe do ácido enólico, que nos estudos farmacológicos em animais apresentou propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas. Meloxicam (substância ativa) demonstrou potente atividade anti-inflamatória em todos os modelos clássicos de inflamação. Um mecanismo de ação comum para os efeitos acima descritos é a inibição, pelo Meloxicam (substância ativa), da biossíntese das prostaglandinas, conhecidos mediadores da inflamação.

A comparação entre a dose ulcerogênica e a dose anti-inflamatória eficaz, realizada em modelos adjuvantes de artrite em ratos, confirmou uma margem terapêutica superior à dos anti-inflamatórios nãoesteroidais (AINEs) de referência em animais. In vivo, Meloxicam (substância ativa) inibiu a biossíntese de prostaglandinas mais intensamente no local da inflamação do que na mucosa gástrica ou nos rins.

Supõe-se que essas diferenças estejam relacionadas à inibição preferencial da COX-2 em relação à COX- 1 e acredita-se que a inibição da COX-2 promova os efeitos terapêuticos dos AINEs, enquanto que a inibição da COX-1 constitucional possa ser responsável pelos efeitos colaterais gástricos e renais.

A inibição preferencial da COX-2 pelo Meloxicam (substância ativa) foi demonstrada in vitro e ex vivo, em vários testes. No estudo com sangue total humano, Meloxicam (substância ativa) demonstrou inibir, seletivamente, a COX-2 in vitro. Meloxicam (substância ativa) (7,5 e 15 mg) demonstrou uma inibição maior da COX-2 ex vivo, como demonstrado por uma maior inibição da produção de PGE2 estimulada por lipopolissacáride (COX-2) em relação à produção de tromboxano no sangue coagulado (COX-1). Esses efeitos foram dose-dependentes. Nas doses recomendadas, Meloxicam (substância ativa) mostrou não ter efeito sobre a agregação plaquetária nem no tempo de sangramento ex vivo, enquanto a indometacina, diclofenaco, ibuprofeno e naproxeno inibiram, significativamente, a agregação plaquetária e prolongaram o tempo de sangramento.

Estudos clínicos demonstraram uma incidência menor de eventos adversos gastrintestinais (p. ex. dispepsia, vômitos, náusea e dor abdominal) com Meloxicam (substância ativa) 7,5 e 15 mg em relação a outros AINEs.

A incidência de relatos de lesão perfurativa do trato gastrintestinal superior, úlceras e sangramentos associados ao Meloxicam (substância ativa) é baixa e dependente da dose.

Não há estudo único com poder adequado para detectar diferenças estatísticas na incidência de eventos adversos clinicamente significativos no trato gastrintestinal superior, tais como perfuração gastrintestinal, obstrução ou sangramento, entre Meloxicam (substância ativa) e outros AINEs.

Realizou-se uma análise conjunta de 35 estudos clínicos envolvendo pacientes tratados com Meloxicam (substância ativa) com indicação para osteoartrite, artrite reumatoide e espondilite anquilosante. O tempo de exposição ao Meloxicam (substância ativa) nesses estudos variou de 3 semanas a um ano (a maioria dos pacientes foi admitida em estudos de um mês). Quase a totalidade dos pacientes participaram de estudos que permitiam o recrutamento de pacientes com história anterior de perfuração gastrintestinal, úlceras ou sangramentos. A incidência de perfuração do trato gastrintestinal superior, obstrução ou sangramento (POS) clinicamente significativo foi avaliada retrospectivamente, seguida de uma revisão cega independente. Os resultados estão na tabela a seguir.

Risco cumulativo de perfuração, obstrução e sangramento (POS) para Meloxicam (substância ativa) 7,5 mg e 15 mg a partir de estudos clínicos realizados pela Boehringer Ingelheim em comparação ao diclofenaco e ao piroxicam (estimativas de Kaplan-Meier).

Tratamento
Dose diária

Dias

Pacientes

POS

Risco (%)

Intervalo de confiança de 95%

Meloxicam (substância ativa)

1 a 29

1 a 29963620,02

0,00 – 0,05

30 a 90

55110,05

0,00 – 0,13

15 mg

 

1 a 29278530,12

0,00 – 0,25

30 a 90

168350,40

0,12 – 0,69

91 a 181

109010,50

0,16 – 0,83

182 a 364

64200,50

Diclofenaco

1 a 29511070,14

0,04 – 0,24

100 mg

30 a 9049320,55

0,00 – 1,13

Piroxicam

1 a 295071100,20

0,07 – 0,32

20 mg

30 a 9053261,11

0,35 – 1,86

Linearidade/não linearidade

O Meloxicam (substância ativa) apresenta farmacocinética linear na faixa de dose terapêutica de 7,5 mg a 15 mg após administração oral ou intramuscular.

Populações Especiais

Pacientes com insuficiência renal/hepática

A insuficiência hepática e a insuficiência renal leve não interferem significativamente na farmacocinética de Meloxicam (substância ativa). Pacientes com dano renal moderado tiveram a depuração total da droga significativamente aumentada. Em pacientes com falência renal terminal foi observada uma diminuição da ligação a proteínas. Na insuficiência renal terminal, o aumento do volume de distribuição pode resultar em uma maior concentração de Meloxicam (substância ativa) livre.

Idosos

Pacientes idosos do sexo masculino apresentaram parâmetros farmacocinéticos médios semelhantes aos de pacientes jovens também do sexo masculino. Pacientes idosas do sexo feminino mostraram aumento nos valores de AUC e tempo de meia-vida de eliminação mais longo comparados àqueles de pacientes jovens de ambos os sexos.

A depuração plasmática média no estado de equilíbrio foi discretamente menor nos indivíduos idosos do que a relatada nos indivíduos jovens.

Comprimidos

Farmacocinética

Absorção

Meloxicam (substância ativa) é bem absorvido pelo trato gastrintestinal, o que é refletido por uma alta biodisponibilidade ao redor de 90% após administração oral.

A extensão de absorção do Meloxicam (substância ativa) após administração oral não é alterada pela ingestão concomitante de alimento ou pelo uso de antiácidos inorgânicos. A linearidade da dose foi demonstrada após administração oral na faixa de dosagem de 7,5 mg a 15 mg.

A concentração plasmática máxima mediana é atingida dentro de 5 a 6 horas após a administração de uma única dose do comprimido de Meloxicam (substância ativa).

Após doses múltiplas, o estado de equilíbrio é obtido dentro de 3 a 5 dias. A administração única diária proporciona concentrações plasmáticas médias variando de 0,4 – 1,0 mcg/ml para doses de 7,5 mg e de 0,8 – 2,0 mcg/ml para doses de 15 mg, respectivamente (Cmín e Cmáx no estado de equilíbrio, correspondentemente).

A concentração plasmática máxima média de Meloxicam (substância ativa) no estado de equilíbrio é atingida dentro de 5 a 6 horas.

O tempo médio para o inicio da ação é de 80 a 90 minutos após a ingestão.

Distribuição

Meloxicam (substância ativa) liga-se fortemente às proteínas plasmáticas, principalmente à albumina (99%). Meloxicam (substância ativa) penetra no líquido sinovial onde atinge, aproximadamente, metade da concentração plasmática.

O volume de distribuição após administração de múltiplas doses orais de Meloxicam (substância ativa) (7,5 mg ou 15 mg) fica em torno de 16 litros, com coeficientes de variação entre 11 a 32%.

Biotransformação

Meloxicam (substância ativa) passa por extensa biotransformação hepática. Identificam-se na urina 4 diferentes metabólitos, todos farmacodinamicamente inativos.

O principal metabólito, 5’-carboximeloxicam (60% da dose), é formado pela oxidação de um metabólito intermediário 5’-hidroximetilmeloxicam, que também é excretado em menor quantidade (9% da dose).

Estudos in vitro sugerem que CYP 2C9 exerce um importante papel nessa via metabólica, com uma pequena contribuição da isoenzima CYP 3A4. A atividade da peroxidase do paciente é provavelmente responsável pelos outros 2 metabólitos, estimados em 16% e 4% da dose administrada, respectivamente.

Eliminação

Meloxicam (substância ativa) é excretado, predominantemente, na forma de metabólitos na mesma proporção na urina e nas fezes. Menos de 5% da dose diária é excretada de forma inalterada nas fezes, enquanto apenas traços do composto inalterado são excretados na urina.

A meia-vida de eliminação média varia entre 13 e 25 horas após administração oral.

A depuração plasmática total fica em torno de 7 – 12 ml/min, para doses únicas administradas oralmente.

Solução injetável 15mg

Farmacocinética

Absorção

Meloxicam (substância ativa) é completamente absorvido após administração i.m.

A biodisponibilidade relativa em relação à administração por via oral é de quase 100%. Dessa forma, não é necessário ajuste de dose na substituição do tratamento via i.m pela via oral.

Após a administração i.m de 15 mg, a concentração plasmática de pico (ao redor de 1,6-1,8 ?g/ml) é alcançada em, aproximadamente, 1h a 96 minutos. Foi demonstrada linearidade de dose após administração i.m. no intervalo de doses de 7,5 a 15 mg.

O tempo médio para o início da ação é de 80 a 90 minutos após a aplicação.

Distribuição

Meloxicam (substância ativa) liga-se fortemente às proteínas plasmáticas, principalmente à albumina (99%). Meloxicam (substância ativa) penetra no líquido sinovial onde atinge aproximadamente metade da concentração plasmática.

O volume de distribuição é baixo, aproximadamente 11 litros após administração i.m. ou i.v., e mostra variação da interindividual da ordem de 7 – 20%.

Biotransformação

Meloxicam (substância ativa) passa por extensa biotransformação hepática. Identificam-se na urina 4 diferentes metabólitos, todos farmacodinamicamente inativos.

O principal metabólito, 5’carboximeloxicam (60% da dose), é formado por oxidação de um metabólito intermediário 5’ hidroximetilMeloxicam (substância ativa), que também é excretado em menor quantidade (9% da dose).

Estudos in vitro sugerem que CYP 2C9 exerce um importante papel nessa via metabólica, com uma pequena contribuição da isoenzima CYP 3A4. A atividade da peroxidase do paciente é provavelmente responsável pelos outros 2 metabólitos, estimados em 16% e 4% da dose administrada.

Eliminação

Meloxicam (substância ativa) é excretado predominantemente na forma de metabólitos na mesma proporção na urina e nas fezes. Menos de 5% da dose diária é excretada de forma inalterada nas fezes, enquanto apenas traços do composto inalterado são excretados na urina.

A meia-vida de eliminação média varia entre 13 e 25 horas após administração i.m.

A depuração plasmática total fica em torno de 7 – 12 ml/min, para doses únicas administradas intravenosamente.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Movatec®.

Cuidados de Armazenamento do Inicox DP

Inicox dp deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15oC e 30oC), em sua embalagem original. Proteger da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características Físicas e Organolépticas

Comprimido amarelo claro, esférico, com uma face gravada Inicox e a outra sulcada. Livre de partículas estranhas. Odor característico.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Inicox DP

Venda sob prescrição médica

MS: 1.0390.0180
Farm. Resp:
Dra. Marcia Weiss I. Campos
CRF-RJ no 4499

Registrado por:

Farmoquímica S/A
Av. José Silva de Azevedo Neto, 200, Bloco 1, 1o andar, salas 101 a 104 e 106 a 108.
Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 33.349.473/0001-58

Fabricado por:

Farmoquímica S/A
Rua Viúva Cláudio, 300
Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 33.349.473/0003-10
Indústria brasileira

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