Bula do Isentress
Quando utilizado com outros medicamentos anti-HIV, Isentress pode reduzir a quantidade de HIV em seu sangue (chamada de ‘carga viral’) e aumentar o número de células CD4 (T). A redução da quantidade de HIV no sangue pode manter seu sistema imunológico saudável, de forma que ele possa ajudar a combater a infecção.
Isentress pode não causar esses efeitos em todos os pacientes.
O que é o HIV?
O HIV é um vírus que causa uma doença infecciosa que passa por contato sanguíneo (incluindo contato sexual) ou através dos fluidos corporais de uma pessoa infectada.
Isentress não é uma cura da infecção pelo HIV ou da AIDS. É muito importante que você esteja sob a supervisão de seu médico durante o tratamento com Isentress.
Isentress diminui a possibilidade de transmissão do HIV para outras pessoas?
Isentress não reduz a chance de transmissão do HIV a outras pessoas por meio do contato sexual, compartilhamento de agulhas ou ao serem expostas ao seu sangue. Continue a praticar sexo seguro. Utilize preservativos de látex ou poliuretano ou outros métodos de barreira para reduzir as chances de contato sexual com qualquer fluido corporal, como sêmen, secreções vaginais ou sangue. Nunca reutilize ou compartilhe agulhas.
Pergunte ao seu médico se tiver dúvidas sobre sexo seguro ou sobre como prevenir a transmissão do HIV para outras pessoas.
Como o Isentress funciona?
Isentress age contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV), que causa AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida). Isentress bloqueia a integrase do HIV, enzima necessária para o HIV produzir mais vírus. Isentress é utilizado em combinação com outros agentes antirretrovirais por pessoas infectadas pelo HIV para tratar adultos, adolescentes e crianças a partir de 2 anos de idade.
Contraindicação do Isentress
Não tome Isentressse for alérgico a qualquer um dos ingredientes de Isentress.
Como usar o Isentress
Tome Isentress exatamente conforme prescrição médica.
Tome Isentress duas vezes ao dia, por via oral, com ou sem alimentos.
Não modifique sua dose, nem troque entre o comprimido de 400 mg e os comprimidos mastigáveis, ou pare de tomar Isentress sem conversar antes com seu médico.
Posologia
Como as formulações não são iguais (não são bioequivalentes) não substitua os comprimidos mastigáveis pelo comprimido de 400 mg.
Adultos
Adultos tomam apenas um comprimido de 400 mg por vez.
Crianças e Adolescentes
Se a criança estiver tomando Isentress, o médico deverá decidir se a criança deve tomar o comprimido de 400 mg ou o comprimido mastigável e a dose correta baseada na idade e peso da criança.
O médico da criança irá lhe dizer quantos comprimidos ela deve tomar.
O comprimido mastigável de 100 mg é sulcado e pode ser dividido em metades iguais.
Não tome mais de 300 mg de comprimido mastigável duas vezes ao dia.
Isentress deve ser utilizado junto com outros medicamentos anti-HIV.
É muito importante tomar todos os seus medicamentos anti-HIV conforme receitado pelo médico e nos horários corretos. Isso pode ajudar a fazer com que os medicamentos ajam melhor, e também diminui a chance de que os medicamentos parem de combater o HIV (resistência ao medicamento).
Quando o suprimento de Isentress começar a ficar baixo, adquira mais com seu médico ou na farmácia.
Isso é muito importante, porque a quantidade de vírus em seu sangue pode aumentar se o uso do medicamento for interrompido, mesmo por um curto período de tempo. O HIV pode desenvolver resistência ao Isentress e com isso, tornar o tratamento mais difícil. Você não deve parar de tomar Isentress ou os outros medicamentos para HIV sem antes conversar com seu médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Isentress?
Caso você deixe de tomar alguma das doses, tome-a assim que lembrar. Caso não se lembre até o horário da próxima dose, deixe de tomar a dose que esqueceu e tome a dose seguinte como de costume. Não duplique a dose de Isentress.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Isentress
Informe ao seu médico se tem ou teve alguma alergia.
Atenção: o uso incorreto causa resistência do vírus da AIDS e falha no tratamento.
Reações Adversas do Isentress
Qualquer medicamento pode causar efeitos adversos, embora nem todas as pessoas possam apresentá-los. Nos estudos, os efeitos adversos foram geralmente leves e não fizeram com que os pacientes parassem de tomar Isentress. Os efeitos adversos relatados por pacientes que tomaram o medicamento foram semelhantes aos efeitos adversos ocorridos em pacientes que tomaram um comprimido que não continha nenhum medicamento (placebo).
Os efeitos adversos mais comuns (ocorreram em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento) são náuseas, dor de cabeça, diarreia, cansaço, inflamação das vias nasais e garganta, problemas para dormir, infecção do trato respiratório superior, tosse, febre e bronquite. Além disso, durante a comercialização do medicamento, foram relatados: depressão, pensamentos e ações suicidas, baixa contagem de plaquetas, desajeitamento e falta de coordenação, erupção cutânea com ou sem aumento de alguns glóbulos brancos, reações cutâneas graves e insuficiência hepática.
Em alguns pacientes com infecção avançada por HIV (AIDS), podem ocorrer sinais e sintomas de inflamação causados por infecções oportunistas quando um tratamento de combinação antirretroviral for iniciado. Em caso de sinais e sintomas de infecção, informe imediatamente seu médico.
Entre em contato imediatamente com seu médico se apresentar dor, sensibilidade ou fraqueza muscular inexplicada durante o tratamento com Isentress.
Entre em contato imediatamente com seu médico se desenvolver uma erupção cutânea. Reações cutâneas e reações alérgicas graves e potencialmente fatais foram relatadas em alguns pacientes que tomam Isentress.
Caso desenvolva algum efeito adverso não usual, ou caso algum efeito adverso demore a desaparecer ou piore, informe a seu médico.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova forma farmacêutica e nova concentração no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer reações adversas imprevisíveis ou desconhecidas. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
População Especial do Isentress
Gravidez e Amamentação
Em caso de gravidez, suspeita de gravidez ou se estiver amamentando, informe imediatamente ao seu médico. O uso de Isentress durante a gravidez ou amamentação não é recomendado.
Isentress não foi estudado em mulheres grávidas.
Recomenda-se que mulheres infectadas pelo HIV não amamentem seus bebês, em razão da possibilidade de que o bebê possa ser infectado pelo HIV por meio do leite materno. Converse com seu médico sobre a melhor maneira de amamentar seu bebê. Consulte seu médico antes de tomar qualquer medicamento.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Crianças
Para crianças com 12 anos ou mais estão disponíveis comprimidos de 400 mg de Isentress.
Para crianças com 6 a 11 anos de idade estão disponíveis comprimidos de 400 mg de Isentress ou comprimidos mastigáveis.
Para crianças com 2 a 5 anos de idade estão disponíveis comprimidos mastigáveis de Isentress.
Isentress não foi estudado em crianças com menos de 2 anos de idade.
Idosos
Estudos clínicos com Isentress não incluíram número suficiente de pacientes com 65 anos ou mais para determinar se eles respondem de forma diferente de pacientes mais jovens. Outras experiências clínicas relatadas não identificaram diferença de resposta entre pacientes idosos e jovens. Em geral, a seleção da dose para um paciente idoso deve ser feita com cautela, refletindo a frequência mais alta de insuficiência hepática, renal ou cardíaca e de doenças concomitantes ou outros tratamentos medicamentosos.
Dirigir ou Operar Máquinas
Foram relatados eventos adversos com Isentress que podem afetar sua capacidade de dirigir ou operar máquinas. A resposta individual a Isentress pode variar.
Composição do Isentress
Comprimidos Revestidos
Ingrediente ativo
Cada comprimido revestido de Isentress contém:
434,4 mg de raltegravir potássico (como sal), equivalente a 400 mg de raltegravir (sem fenol).
Ingredientes Inativos
Celulose microcristalina, lactose monoidratada, fosfato de cálcio dibásico, hipromelose, poloxâmer (contém 0,01% de hidroxitolueno butilado como antioxidante), estearil fumarato de sódio, estearato de magnésio, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, talco e óxido férrico preto.
Comprimidos Mastigáveis
Ingrediente Ativo
Cada comprimido mastigável de 25 mg contém:
27,16 mg de raltegravir potássico (como sal), equivalente a 25 mg de raltegravir (sem fenol).
Cada comprimido mastigável sulcado de 100 mg contém 108,6 mg de raltegravir potássico (como sal), equivalente a 100 mg de raltegravir (sem fenol).
Ingredientes Inativos
Cada comprimido mastigável de 25 mg e 100 mg contém os seguintes ingredientes inativos:
Hiprolose, sucralose, sacarina sódica, citrato de sódio diidratado, manitol, óxido férrico vermelho (somente comprimido de 100 mg), óxido férrico amarelo, glicirrizinato monoamônico, sorbitol, frutose, aroma natural e artificial (laranja, banana, e agente de mascaramento que contém aspartame), crospovidona, estearato de magnésio, estearil fumarato de sódio, etilcelulose 20 cP, hidróxido de amônio, cadeia média de triglicerídeos, ácido oléico, hipromelose 2910/6 cP e macrogol/PEG 400.
Superdosagem do Isentress
Se você tomar mais do que a dose prescrita de Isentress, entre em contato com seu médico.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Isentress
O raltegravir não é um substrato das enzimas do citocromo P450 (CYP) e não inibe (CI50gt;100 ?M) a CYP1A2, a CYP2B6, a CYP2C8, a CYP2C9, a CYP2C19, a CYP2D6 ou a CYP3A in vitro. Além disso, in vitro, o raltegravir não induziu a CYP3A4. Um estudo de interação medicamentosa com midazolam confirmou a baixa propensão do raltegravir para alterar a farmacocinética dos agentes metabolizados pela CYP3A4 in vivo pela demonstração da ausência de efeito significativo do raltegravir sobre a farmacocinética do midazolam, um substrato sensível à CYP3A4.
Da mesma maneira, o raltegravir não é um inibidor (CI50gt;50 ?M) das UDP-glicuronosiltransferases (UGTs) avaliadas (UGT1A1, UGT2B7) e não inibe o transporte mediado pela P-glicoproteína. Com base nesses dados, não se espera que Raltegravir (substância ativa) afete a farmacocinética dos medicamentos substratos dessas enzimas ou da P-glicoproteína (por exemplo, inibidores da protease, ITRNNs, metadona, analgésicos opioides, vastatinas, antifúngicos azois, inibidores da bomba de prótons, e agente[s] para o tratamento da disfunção erétil).
Com base nos estudos in vivo e in vitro, o raltegravir é eliminado principalmente pelo metabolismo via glicuronidação mediada pela UGT1A1.
A co-administração de Raltegravir (substância ativa) com medicamentos que são potentes indutores da UGT1A1, como a rifampicina (indutor de várias enzimas metabolizantes de fármacos), reduz as concentrações plasmáticas de Raltegravir (substância ativa). Deve-se ter cuidado ao se coadministrar Raltegravir (substância ativa) com rifampicina ou outros fortes indutores da UGT1A1. O impacto de outros potentes indutores de enzimas metabolizadoras de fármacos, como fenitoína e fenobarbital, sobre a UGT1A1 é desconhecido. Outros indutores menos potentes (por exemplo, efavirenz, nevirapina, rifabutina, glicocorticoides, erva-de-são- joão, pioglitazona) podem ser utilizados com a dose recomendada de Raltegravir (substância ativa).
A coadministração de Raltegravir (substância ativa) com medicamentos conhecidos por serem potentes indutores da UGT1A1 (por exemplo, atazanavir) aumenta os níveis plasmáticos de Raltegravir (substância ativa). No entanto, o aumento é discreto e o tratamento combinado com esses inibidores foi bem tolerado nos estudos clínicos, de forma que nenhum ajuste de dose é necessário.
A coadministração de Raltegravir (substância ativa) com medicamentos conhecidos por aumentarem o pH gástrico (p.ex., omeprazol) pode aumentar os níveis plasmáticos de Raltegravir (substância ativa) com base no aumento da solubilidade de Raltegravir (substância ativa) em pH mais alto.
Em indivíduos que receberam Raltegravir (substância ativa) em combinação com inibidores da bomba de prótons ou bloqueadores de H2 nos Protocolos 018 e 019, foram observados perfis de segurança comparáveis neste subgrupo em relação a indivíduos não recebendo inibidores da bomba de prótons ou bloqueadores da H2. Com base nestes dados, os inibidores da bomba de prótons ou bloqueadores da H2 podem ser coadministrados com Raltegravir (substância ativa) sem ajuste de dose.
Efeito do Raltegravir sobre a Farmacocinética de Outros Agentes:
Nos estudos de interação medicamentosa, o raltegravir não apresentou efeitos clinicamente significativos sobre a farmacocinética de contraceptivos hormonais, metadona, tenofovir, midazolam, lamivudina, etravirina, e darunavir/ritonavir. Em um estudo de interação medicamentosa de doses múltiplas, os valores de AUC de etinil estradiol e de norelgestromina foram de 98% e 114%, respectivamente, quando coadministrados com raltegravir em comparação com quando administrados sem raltegravir.
Em um estudo de interação medicamentosa de doses múltiplas, a AUC e as concentrações de vale do tenofovir coadministrado com o raltegravir foram de 90% e 87% dos valores obtidos com a monoterapia com o tenofovir. Em outro estudo de interação medicamentosa, a AUC do midazolam coadministrado foi 92% do valor obtido com o midazolam isoladamente. Em um estudo fase II, a farmacocinética da lamivudina foi semelhante em pacientes que receberam combinações com raltegravir versus com efavirenz.
Efeito de Outros Agentes sobre a Farmacocinética do Raltegravir:
Nos estudos de interação medicamentosa, atazanavir, efavirenz, ritonavir, tenofovir e tipranavir/ritonavir não apresentaram efeito clinicamente significativo sobre a farmacocinética do raltegravir. A rifampicina, forte indutora das enzimas metabolizadoras de medicamentos, causou redução dos níveis de vale do raltegravir. Todos os estudos de interação foram realizados em adultos. As interações medicamentosas encontram-se descritas adicionalmente na tabela abaixo.
Efeito de Outros Agentes sobre a Farmacocinética do Raltegravir
Ação da Substância Isentress
Resultados de eficácia
Adultos
Descrição dos Estudos Clínicos:
As evidências de eficácia durável de Raltegravir (substância ativa) baseiam-se nas análises dos dados de 96 semanas de 2 estudos randômicos, em andamento, duplo-cegos e controlados por placebo: BENCHMRK 1 e BENCHMRK 2 (Protocolos 018 e 019), compostos por pacientes adultos infectados por HIV- 1 já tratados com agentes antirretrovirais e na análise dos dados de 156 semanas de um estudo em andamento, randômico, duplo-cego, controlado com fármaco ativo, STARTMRK (P021).
Pacientes Já Tratados
BENCHMRK 1 e BENCHMRK 2 são estudos fase III para avaliar a segurança e a atividade antirretroviral de Raltegravir (substância ativa) 400 mg 2x/dia em combinação com um Tratamento Otimizado de Base (OBT), versus a OBT isoladamente, em pacientes infectados pelo HIV, com 16 anos de idade ou mais, com resistência documentada a pelo menos 1 fármaco de cada uma das 3 classes (ITRNs, ITRNNs, IPs) de tratamento antirretroviral. A distribuição randômica foi estratificada por grau de resistência ao IP (1 IP vs. gt;1 IP) e uso de enfuvirtida na OBT. Antes da distribuição randômica, a OBT foi selecionada pelo pesquisador com base no teste de resistência genotípica/fenotípica e no histórico anterior de ART.
A tabela 1 mostra as características demográficas entre os pacientes do braço Raltegravir (substância ativa) 400 mg 2x/dia e os pacientes do braço que recebeu placebo.
Tabela 1: Características no Período Basal
BENCHMRK 1 e 2 agrupados | Raltegravir (substância ativa) 400 mg 2xqdia + OBT | Placebo + OBT |
Sexo n (%) | ||
Masculino | 405 (87,7) | 210 (88,6) |
Feminino | 57 (12,3) | 27 (11,4) |
Raça n (%) | ||
Brancos | 301 (65,2) | 173 (73,0) |
Negros | 65 (14,1) | 26 (11,0) |
Asiáticos | 16 (3,5) | 6 (2,5) |
Hispânicos | 53 (11,5) | 19 (8,0) |
Outros | 27 (5,8) | 13 (5,5) |
Idade (anos) | ||
Mediana (mín., máx.) | 45,0 (16 a 74) | 45,0 (17 a 70) |
Contagem de Células CD4 | ||
Mediana (mín, máx), células/mm3 | 119 (1 a 792) | 123 (0 a 759) |
? 50 células/mm3, n (%) | 146 (31,6) | 78 (32,9) |
50 lt; e ? 200 células/mm3, n (%) | 173 (37,4) | 85 (35,9) |
RNA de HIV Plasmático | ||
Mediana (mín., máx.), log10 cópias/mL | 4,8 (2,3 a 5,9) | 4,7 (2,3 a 5,9) |
gt; 100.000 cópias/mL, n (%) | 165 (35,7) | 78 (32,9) |
Histórico de AIDS n (%) | ||
Sim | 427 (92,4) | 215 (90,7) |
Uso Anterior de ART, Mediana (1o trimestre, 3° trimestre) | ||
Anos de uso de ART | 10,1 (7,3 a 12,1) | 10,2 (7,9 a 12,4) |
Número de ARTs | 12,0 (9 a 15) | 12,0 (9 a 14) |
Coinfecção por Hepatite† n (%) | ||
Sem Hepatite B ou C | 385 (83,3) | 200 (84,4) |
Hepatite B apenas | 36 (7,8) | 7 (3,0) |
Hepatite C apenas | 37 (8,0) | 28 (11,8) |
Coinfecção por Hepatite B e C | 4 (0,9) | 2 (0,8) |
Estrato n (%) | ||
Enfuvirtida na OBT | 175 (37,9) | 89 (37,6) |
Resistente a ? 2 IPs | 447 (96,8) | 226 (95,4) |
†Positivo para antígeno de superfície da hepatite B ou positivo para anticorpo da hepatite C.
A tabela 2 compara as características dos pacientes sob Tratamento Otimizado de Base no período basal que receberam Raltegravir (substância ativa) 400 mg 2x/dia versus as características dos pacientes do braço de controle
BENCHMRK 1 e 2 agrupados | Raltegravir (substância ativa) 400 mg 2xqdia + OBT | Placebo + OBT |
Número de ARTs na OBT | ||
Mediana (mín., máx.) | 4,0 (1 a 7) | 4,0 (2 a 7) |
Número de IPs Ativos na OBT pelo Teste de Resistência Fenotípica† | ||
0 | 165 (35,7) | 96 (40,5) |
1 ou mais | 278 (60,2) | 137 (57,8) |
Escore de Sensibilidade Fenotípica (ESF)‡ | ||
0 | 67 (14,5) | 43 (18,1) |
1 | 144 (31,2) | 71 (30,0) |
2 | 142 (30,7) | 66 (27,8) |
3 ou mais | 85 (18,4) | 48 (20,3) |
Escore de Sensibilidade Genotípica (ESG)‡ | ||
0 | 116 (25,1) | 65 (27,4) |
1 | 177 (38,3) | 95 (40,1) |
2 | 111 (24,0) | 49 (20,7) |
3 ou mais | 51 (11,0) | 23 (9,7) |
† O uso de darunavir na OBT em pacientes que não haviam recebido darunavir foi contabilizado como um IP ativo.
‡ O Escore de Sensibilidade Fenotípica (ESF) e o Escore de Sensibilidade Genotípica (ESG) foram definidos como o total de ARTs orais na OBT aos quais um isolado viral do paciente apresentou sensibilidade fenotípica e sensibilidade genotípica, respectivamente, com base nos testes de resistência fenotípica e genotípica. O uso de enfuvirtida na OBT de pacientes que não haviam recebido enfuvirtida foi contabilizado como um fármaco ativo na OBT no ESG e no ESF. Da mesma maneira, o uso de darunavir na OBT em pacientes que não haviam recebido darunavir foi contabilizado como um fármaco ativo na OBT.
Os resultados da 48a e da 96a semanas para os 699 pacientes distribuídos de forma randômica e que receberam a dose recomendada de Raltegravir (substância ativa) 400 mg 2x/dia dos estudos BENCHMRK 1 e 2 agrupados são mostrados na tabela 3.
O percentual (IC 95%) de pacientes que atingiram RNA de HIV lt;50 cópias/mL em função do tempo é apresentado na Figura 1.
As respostas virológicas na 96a semana por escore de sensibilidade genotípica e fenotípica no período basal são mostradas na tabela 4.
Troca de Pacientes Suprimidos de Lopinavir/Ritonavir para Raltegravir
Os estudos SWITCHMRK 1 amp; 2 avaliaram pacientes infectados por HIV recebendo tratamento supressor (RNA do HIV na triagemlt;50 cópias/mL; regime estável gt;3 meses) com lopinavir 200 mg/ritonavir 50 mg, 2 comprimidos duas vezes ao dia mais pelo menos 2 inibidores nucleosídeos de transcriptase reversa e os distribuíram de forma randômica na proporção de 1:1 para continuar com lopinavir/ritonavir 2 comprimidos duas vezes ao dia (n=174 e n=178, respectivamente) ou substituir lopinavir/ritonavir por raltegravir 400 mg duas vezes ao dia (n=174 e n=176, respectivamente). Os pacientes com histórico anterior de falha virológica não foram excluídos o número de tratamentos antirretrovirais anteriores não era limitado.
Esses estudos foram encerrados após a análise primária de eficácia na 24a semana porque não conseguiram demonstrar não-inferioridade do raltegravir versus lopinavir/ritonavir. Em ambos os estudos na 24a semana, a supressão do RNA de HIV para menos de 50 cópias/mL foi mantida em 84,4% do grupo raltegravir versus 90,6% do grupo lopinavir/ritonavir, (não completar= falha). Em pacientes que nunca apresentaram falha virológica antes da entrada no estudo, taxas de resposta virológica similares foram observadas nos grupos de raltegravir e de lopinavir/ritonavir.
Pacientes Nunca Expostos a Tratamento
O STARTMRK é um estudo Fase III para avaliar a segurança e a atividade antirretroviral de Raltegravir (substância ativa) 400 mg 2x/dia + entricitabina/tenofovir versus efavirenz + entricitabina/tenofovir em pacientes infectados por HIV nunca expostos a tratamento com RNA de HIV gt;5000 cópias/mL. A distribuição randômica foi estratificada por nível de triagem de RNA de HIV (?50.000 cópias/mL; e gt;50.000 cópias/mL) e por status de hepatite.
A tabela 5 mostra as características demográficas entre pacientes do grupo que recebeu Raltegravir (substância ativa) 400 mg 2x/dia e pacientes do grupo que recebeu efavirenz.
Os resultados da 48a e 156a semanas do STARTMRK são mostrados na Tabela 6.
Tabela 6: Resultados por Grupo de Tratamento até a 48a e 156a Semanas
A Figura 2 apresenta a proporção de pacientes com RNA de HIV plasmático lt;50 cópias/mL em função do tempo por grupo de tratamento. Os pacientes tratados com Raltegravir (substância ativa) atingiram supressão viral (RNA de HIV lt;50 cópias/mL) mais cedo que os que receberam EFV. Durante 156 semanas de tratamento, 75% do grupo que recebeu Raltegravir (substância ativa) 400 mg 2x/dia e 68% no grupo comparador atingiram RNA de HIV lt;50 cópias/mL (abordagem NC=F).
Os pacientes que receberam Raltegravir (substância ativa) atingiram supressão viral (RNA de HIV lt;50 cópias/mL) mais cedo que os que receberam efavirenz, ambos em combinação com entricitabina/tenofovir.
No estudo STARTMRK da terapia de combinação antirretroviral em pacientes nunca expostos a tratamento, Raltegravir (substância ativa) com entricitabina/tenofovir demonstrou eficácia virológica e imunológica consistente em relação ao efavirenz com entricitabina/tenofovir por meio de dados demográficos e fatores prognósticos basais, incluindo: nível basal de RNA de HIV plasmático gt;100.000 cópias/mL, células CD4 basais ?50 células/mm3, grupos demográficos (incluindo idade, sexo, região e raça), com status de coinfecção por hepatites (hepatite B e/ou C) e subtipos virais (comparando clade não B com um grupo clade B).
Observou-se eficácia consistente de Raltegravir (substância ativa) em todos os subtipos de HIV, com 88,0% (162/184) e 94,0% (47/50) dos pacientes com subtipos B e não B, respectivamente, atingindo RNA de HIV lt;50 cópias/mL na 156a semana (abordagem FO).
Durante 144 semanas de terapia, Raltegravir (substância ativa) demonstrou efeitos mínimos sobre os níveis lipídicos séricos com pequenos aumentos de colesterol total e de colesterol LDL e redução dos níveis séricos de triglicérides. O grupo tratado com efavirenz apresentou alteração média significativamente maior em relação ao período basal dos níveis de colesterol total, triglicérides, colesterol não HDL, e colesterol LDL. Aumentos modestos de HDL foram observados em ambos os grupos, significativamente maiores para efavirenz.
Pacientes Pediátricos
2 a 18 anos de idade
O estudo IMPAACT P1066 é um estudo aberto e multicêntrico Fase I/II para avaliar o perfil farmacocinético, a segurança, a tolerabilidade e a eficácia de raltegravir em crianças infectadas pelo HIV. Este estudo admitiu 126 crianças e adolescentes de 2 a 18 anos de idade já tratados. Os pacientes foram estratificados por idade, admitindo adolescentes primeiramente e, então, crianças mais jovens, sucessivamente.
Os pacientes receberam a formulação de comprimidos de 400 mg (6 a 18 anos de idade) ou a formulação de comprimidos mastigáveis (2 a 11 anos de idade). O raltegravir foi administrado a um regime de base otimizado.
O estágio de definição da dose inicial incluiu avaliação farmacocinética intensiva. A seleção da dose foi baseada na obtenção de exposição plasmática similar de raltegravir e concentração de vale conforme observado em adultos, e segurança aceitável de curto prazo. Após a seleção da dose, outros pacientes foram admitidos para avaliação da segurança, tolerabilidade e eficácia prolongada. Dos 126 pacientes, 96 receberam a dose recomendada de Raltegravir (substância ativa).
Esses 96 pacientes tinham idade mediana de 13 (faixa de 2 a 18) anos, 51% eram do sexo feminino, 34% caucasianos e 59% negros. No período basal, o nível médio plasmático de RNA de HIV-1 era de 4,3 log10 cópias/mL, a contagem mediana de células CD4, de 481 células/mm3 (intervalo: 0 – 2361) e a % mediana de CD4 era de 23,3% (intervalo: 0 – 44).
No geral, 8% apresentaram níveis plasmáticos basais de RNA de HIV-1 gt;100.000 cópias/mL e 59% apresentaram classificação clínica de CDC HIV categoria B ou C. A maioria dos pacientes havia utilizado anteriormente pelo menos um ITRNN (78%) ou um IP (83%).
Noventa e três (97%) pacientes com 2 a 18 anos de idade completaram 24 semanas de tratamento (3 descontinuaram por falta de adesão ao tratamento). Na 24a semana, 72% atingiram redução ?1 log10 RNA de HIV em relação ao período basal ou lt;400 cópias/mL; 54% atingiram RNA de HIV lt;50 cópias/mL. O aumento médio da contagem de CD4 (porcentagem) do período basal até a 24a semana foi de 119 células/mm3 (3,8%).
Setenta e dois (95%) pacientes com 6 a 18 anos de idade completaram 48 semanas de tratamento (4 descontinuaram por falta de adesão ao tratamento). Na 48a semana, 77% atingiram redução ?1 log10 RNA de HIV em relação ao período basal ou lt;400 cópias/mL; 56% atingiram RNA de HIV lt;50 cópias/mL. O aumento médio da contagem de CD4 (porcentagem) do período basal até a 48a semana foi de 155 células/mm3 (4,7%).
Características farmacológicas
Raltegravir (substância ativa) é um inibidor da integrase, enzima responsável pela transferência do filamento de DNA viral do HIV, ativo contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV-1).
Mecanismo de Ação:
O raltegravir inibe a atividade catalítica da integrase do HIV, uma enzima decodificada pelo HIV e necessária para a replicação viral. A inibição da integrase evita a inserção ou integração covalente do genoma do HIV no genoma da célula hospedeira durante a fase inicial da infecção. Os genomas do HIV que não conseguem se integrar, não conseguem dirigir a produção de novas partículas infecciosas virais e dessa forma, a inibição da integração impede a propagação da infecção viral. O raltegravir não inibiu de forma significativa as fosforiltransferases humanas, incluindo as polimerases ?, ?, e ? do DNA.
Absorção – Adultos:
O raltegravir é rapidamente absorvido em jejum com Tmáx de aproximadamente 3 horas após a dose. A AUC e a Cmáx do raltegravir aumentam de forma proporcional com a dose no intervalo de dose de 100 mg a 1.600 mg. A C12h do raltegravir aumenta proporcionalmente com a dose no intervalo de dose de 100 a 800 mg e aumenta um pouco menos que proporcionalmente com a dose no intervalo de dose de 100 mg a 1.600 mg. Com a administração duas vezes ao dia, o estado de equilíbrio farmacocinético é atingido rapidamente, aproximadamente nos primeiros 2 dias de administração. Existe pouco ou nenhum acúmulo de AUC e de Cmáx e evidências de discreto acúmulo de C12h. A biodisponibilidade absoluta do raltegravir ainda não foi estabelecida.
Em pacientes que recebem monoterapia com 400 mg duas vezes ao dia, a exposição ao raltegravir foi caracterizada por uma AUC0-12h média geométrica de 14,3 ?M?h e C12h de 142 nM.
Efeito da Presença de Alimentos sobre a Absorção Oral:
Raltegravir (substância ativa) pode ser administrado com ou sem alimentos. O raltegravir foi administrado independentemente da presença de alimentos nos estudos pivotais de segurança e eficácia em pacientes infectados pelo HIV. O efeito do consumo de refeições com baixo, moderado e alto teor de gorduras sobre a farmacocinética de estado de equilíbrio do raltegravir foi determinado em voluntários saudáveis.
A administração de doses múltiplas de raltegravir após uma refeição de teor moderado de gorduras não afetou a AUC do raltegravir em um grau clinicamente significativo com um aumento de 13% em relação ao estado de jejum. A C12hr do raltegravir foi 66% maior e a Cmáx foi 5% maior após uma refeição com teor moderado de gorduras em comparação com o estado de jejum.
A administração de raltegravir após uma refeição com alto teor de gorduras aumentou a AUC e a Cmáx em aproximadamente 2 vezes e aumentou a C12hr em 4,1 vezes. A administração do raltegravir após uma refeição com baixo teor de gorduras diminuiu a AUC e a Cmáx em 46% e a 52%, respectivamente; a C12hr ficou basicamente inalterada. A presença de alimentos parece aumentar a variabilidade farmacocinética em relação ao estado de jejum.
Distribuição – Adultos:
O raltegravir apresenta taxa de ligação a proteínas plasmáticas de aproximadamente 83% no intervalo de concentração de 2 a 10 ?M. O raltegravir atravessa prontamente a placenta de ratas, porém não penetrou o cérebro em grau perceptível.
Metabolismo e Eliminação – Adultos:
A meia-vida terminal aparente do raltegravir é de aproximadamente 9 horas, com uma meia-vida de fase ? mais curta (~1 hora) respondendo pela paior parte da AUC. após a administração de uma dose oral de raltegravir radiomarcado, aproximadamente 51% e 32% da dose foram excretados nas fezes e urina, respectivamente.
Nas fezes, apenas o raltegravir estava presente, e a maioria provavelmente era derivada da hidrólise do glicuronídeo de raltegravir na bile, conforme observado nas espécies pré-clínicas. Dois componentes, raltegravir e glicuronídeo de raltegravir, foram detectados na urina e responderam por cerca de 9% e 23% da dose, respectivamente.
A principal entidade circulante era o raltegravir, representando aproximadamente 70% da radioatividade total; a radioatividade restante no plasma foi atribuída ao glicuronídeo de raltegravir. Estudos que utilizaram inibidores químicos seletivos da isoforma e as UDP- glicuronosiltransferases (UGT) expressas pelo cDNA mostram que a UGT1A1 é a principal enzima responsável pela formação do glicuronídeo de raltegravir. Assim, os dados indicam que o principal mecanismo de clearance do raltegravir em humanos é a glicuronidação mediada por UGT1A1.
Características em Pacientes
Sexo:
Um estudo sobre a farmacocinética do raltegravir foi realizado em homens e mulheres jovens adultos saudáveis. Além disso, em uma análise composta dos dados farmacocinéticos de 103 indivíduos saudáveis e 28 pacientes com HIV que receberam monoterapia com raltegravir administrada em jejum foi avaliada se haveria alguma diferença de resposta recorrente do sexo. Essa hipótese também foi avaliada em uma análise da farmacocinética populacional (PK) dos dados de concentração de 80 indivíduos saudáveis e pacientes com HIV que recebem apenas raltegravir ou raltegravir em combinação com outros fármacos, na presença ou não de alimentos. Não houve nenhuma diferença farmacocinética clinicamente importante decorrente do sexo. Não é necessário nenhum ajuste de dose.
Idade:
O efeito da idade (18 anos ou mais) sobre a farmacocinética do raltegravir foi avaliado na análise composta e na análise de farmacocinética populacional. Não houve efeito clinicamente significativo decorrente da idade sobre a farmacocinética do raltegravir. Não é necessário ajuste de dose.
Pacientes Pediátricos:
Com base em um estudo de comparação de formulação em voluntários adultos saudáveis, o comprimido mastigável possui maior biodisponibilidade oral em comparação com o comprimido de 400 mg. Neste estudo, a administração do comprimido mastigável com uma refeição com alto teor de gorduras levou à redução média de 6% da AUC, redução de 62% da Cmáx, e aumento de 188% da C12h em comparação com a administração em jejum.
A administração do comprimido mastigável com uma refeição de alto teor de gorduras não afeta a farmacocinética do raltegravir em um grau clinicamente significativo e o comprimido mastigável pode ser administrado independentemente da presença de alimentos.
As doses recomendadas a crianças e adolescentes infectados com HIV com 2 a 18 anos de idade resultou em perfil farmacocinético de raltegravir similar ao observado em adultos recebendo 400 mg duas vezes ao dia. A tabela 7 mostra os parâmetros farmacocinéticos do comprimido de 400 mg (6 a 18 anos de idade) e do comprimido mastigável (2 a 11 anos de idade).
A farmacocinética do raltegravir em crianças com menos de 2 anos não foi estabelecida.
Raça:
O efeito da raça sobre a farmacocinética do raltegravir foi avaliado na análise composta. Não houve efeito clinicamente significativo da raça sobre a farmacocinética do raltegravir. Não é necessário nenhum ajuste de dose.
Índice de Massa Corporal (IMC):
A análise composta avaliou o efeito do IMC na farmacocinética do raltegravir. Não houve efeito clinicamente significativo do IMC na farmacocinética do raltegravir em adultos.
Além disso, nenhum efeito clinicamente significativo do peso corporal na farmacocinética do raltegravir foi identificado na análise da farmacocinética populacional. Não é necessário nenhum ajuste de dose.
Insuficiência Hepática:
O raltegravir é eliminado principalmente por glicuronidação no fígado. Um estudo da farmacocinética do raltegravir foi realizado em pacientes adultos com insuficiência hepática moderada. Além disso, a insuficiência hepática foi avaliada na análise farmacocinética composta.
Não houve diferença farmacocinética clinicamente importante entre os pacientes com insuficiência hepática moderada e os indivíduos saudáveis. Não é necessário nenhum ajuste de dose para pacientes com insuficiência hepática leve a moderada. O efeito da insuficiência hepática grave sobre a farmacocinética do raltegravir não foi estudado.
Insuficiência Renal:
O clearance renal do fármaco inalterado é uma via de eliminação de menor importância. Um estudo da farmacocinética do raltegravir foi realizado em pacientes adultos com insuficiência renal grave. Além disso, a insuficiência renal foi avaliada na análise farmacocinética composta.
Não houve diferenças farmacocinéticas clinicamente compostas entre os pacientes com insuficiência renal grave e os indivíduos saudáveis. Não é necessário nenhum ajuste de dose. Como o grau em que o Raltegravir (substância ativa) pode ser dialisável é desconhecido, deve-se evitar a administração prévia de uma sessão de diálise.
Polimorfismo da UGT1A1:
Não há evidências de que os polimorfismos comuns da UGT1A1 alterem a farmacocinética do raltegravir em uma extensão clinicamente significativa. Em uma comparação de 30 indivíduos adultos com genótipo *28/*28 (associado à atividade reduzida da UGT1A1) com 27 indivíduos adultos com genótipo tipo selvagem, a razão média geométrica (IC 90%) da AUC foi de 1,41 (0,96, 2,09).
Farmacodinâmica
Microbiologia:
O raltegravir em concentrações de 31 ? 20 nM resultou em inibição de 95% (CI95) da disseminação viral (em relação a uma cultura não tratada infectada por vírus) em culturas de células linfóides T humanas infectadas com a linhagem de célula adaptada HIV-1 variante H9IIIB.
Além disso, o raltegravir em concentrações de 6 a 50 nM resultou em inibição de 95% da disseminação viral em culturas de células mononucleares de sangue periférico humano ativadas por mitógeno infectadas por isolados clínicos primários diversos de HIV-1, incluindo isolados de 5 subtipos não-B, e isolados resistentes a inibidores da transcriptase reversa e a inibidores da protease.
Em um ensaio de infecção de ciclo único, o raltegravir inibiu a infecção de 23 isolados de HIV representando 5 subtipos não-B e 5 formas recombinantes circulantes com valores CI50 variando de 5 a 12 nM. O raltegravir também inibiu a replicação de um isolado de HIV-2 quando avaliado em células CEMx174 (CI95= 6 nM).
Foi observada atividade antirretroviral aditiva a sinérgica quando células linfóides T humanas infectadas com H9IIIB variante do HIV-1 foram incubadas com o raltegravir em combinação com inibidores nucleosídeos análogos da transcriptase reversa (zidovudina, zalcitabina, estavudina, abacavir, tenofovir, didanosina ou lamivudina); inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa (efavirenz, nevirapina ou delavirdina); inibidores da protease (indinavir, saquinavir, ritonavir, amprenavir, lopinavir, nelfinavir ou atazanavir); ou com o inibidor de entrada do HIV em células (enfuvirtida).
Resistência ao Medicamento:
As mutações observadas na HIV-1 integrase que contribuíram para a resistência ao raltegravir (desenvolvida tanto in vitro como em pacientes tratados com o raltegravir) geralmente incluíram substituição tanto em Q148 (alterado para H, K, ou R) como em N155 (alterado para H) acrescida de uma ou mais mutações adicionais (por exemplo, L74I/M, E92Q, E138A/K, G140A/S, ou V151I). A substituição aminoácida no Y143C/H/R é outra via de resistência ao raltegravir.
Os vírus recombinantes com uma única mutação primária (Q148H, K ou R, ou N155H) apresentaram capacidade de replicação e sensibilidade reduzidas ao raltegravir in vitro. As mutações secundárias diminuem ainda mais a sensibilidade ao raltegravir e algumas vezes agiram como mutações compensatórias para capacidade de replicação viral.
Eletrofisiologia Cardíaca:
Em um estudo randômico, controlado com placebo e cruzado, 31 indivíduos saudáveis receberam uma dose única oral supraterapêutica de 1.600 mg de raltegravir e placebo. Não houve efeito sobre o intervalo QTc. Os picos das concentrações plasmáticas de raltegravir foram aproximadamente 4 vezes mais altos dos que os picos das concentrações após uma dose de 400 mg.
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