Bula do Lipanon
Como Lipanon funciona?
Este medicamento atua reduzindo os níveis de colesterol e de triglicérides do sangue.
Tem ação na redução do colesterol total, do colesterol LDL, triglicérides totais e triglicérides ricos em lipoproteínas, substâncias estas comprovadamente prejudiciais ao sistema cardiovascular.
Sua ação é baseada na diminuição do colesterol ruim (LDL – low density lipoprotein, ou seja, lipoproteína de baixa densidade) e aumento do colesterol bom (HDL – high density lipoprotein, ou seja, lipoproteína de alta densidade).
O LDL favorece os processos de enrijecimento de veias e artérias, aumentando o risco cardiovascular, enquanto o HDL favorece o transporte das gorduras do organismo para serem consumidas pelo fígado e posteriormente eliminadas.
O tempo médio estimado para a efetiva ação terapêutica do medicamento é de aproximadamente 6 a 8 semanas.
Contraindicação do Lipanon
Este medicamento é contraindicado em pacientes que já apresentaram reações alérgicas ao fenofibrato ou a qualquer componente da fórmula do produto. Informe ao seu médico se você é alérgico à substância clofibrato.
É também contraindicado para pacientes com problemas no fígado (insuficiência hepática), e nos rins (insuficiência renal grave), incluindo cirrose biliar.
Como usar o Lipanon
Este medicamento deve ser ingerido por via oral, conforme orientado pelo seu médico.
Utilizar apenas por via oral.
O uso deste medicamento por outra via, que não a oral, pode causar a perda do efeito esperado ou mesmo promover danos ao seu usuário.
Posologia
Adultos
1 (uma) cápsula por dia, junto com a refeição principal.
A dose máxima diária recomendada é de 1 cápsula que equivale a 250mg/dia de fenofibrato.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar Lipanon?
Caso você esqueça de tomar uma dose deste medicamento, tome-o assim que lembrar.
Se for quase hora da dose seguinte, não tome a dose faltante, apenas tome a próxima dose no próximo horário.
Não dobre a dose para compensar a dose esquecida.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Lipanon
É recomendado o controle trimestral do nível de lípides (gorduras) sanguíneo, através de exames médicos regulares, especialmente durante o primeiro ano de tratamento.
Se após um período de 3 – 6 meses de tratamento e dieta adequada não houver evidência de redução satisfatória da concentração de lípides no sangue, deve-se avaliar a necessidade de terapia complementar ou de substituição do tratamento.
Atenção:
Este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de diabetes.
Interações medicamentosas
Interações medicamento-medicamento
Anticoagulantes orais:
O fenofibrato pode potencializar a ação dos anticoagulantes orais (acenocumarol, dicumarol, varfarina, femprocumona, fenindiona) aumentando, portanto, o risco de sangramentos.
Por isso, seu médico poderá reduzir a dose do anticoagulante para 30% da usual no início do tratamento, sendo depois ajustada gradualmente, se necessário.
Inibidores de HMG-CoA redutase:
A combinação deste medicamento com inibidores de HMG-CoA redutase (por exemplo, lovastatina, sinvastatina, pravastatina, fluvastatina, atorvastatina, cerivastatina) deve ser evitada.
Sequestradores de ácidos biliares:
O uso concomitante de fenofibrato e colestiramina pode resultar em redução significativa da absorção do fenofibrato.
Portanto, o fenofibrato deve ser tomado uma hora antes ou de 4 a 6 horas após a administração da colestiramina.
Imunossupressores:
Medicamento imunossupressor, utilizado para reduzir rejeição de órgãos transplantados (por exemplo, ciclosporina) pode ocorrer aumento dos níveis séricos de creatinina.
Hipoglicemiantes orais:
Pode ocorrer interação entre o fenofibrato e hipoglicemiantes orais (metformina, tolbutamida e glibenclamida/gliburída) quando forem tomados juntos.
O uso simultâneo de tolbutamida e fenofibrato pode aumentar o nível de fenofibrato no sangue.
Interações medicamento-alimento
O fenofibrato é pouco absorvido no estado de jejum.
Na presença de alimentos, mais de 90% da dose é absorvida.
Recomenda-se, portanto, que este medicamento seja tomado junto com a refeição principal.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Reações Adversas do Lipanon
O fenofibrato é geralmente bem tolerado.
Entretanto, como ocorre com todos os medicamentos, o fenofibrato pode causar, em alguns pacientes, efeitos indesejáveis.
Ao classificar a frequência das reações, utilizamos os seguintes parâmetros
- Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reações comuns
Prisão de ventre (obstipação) ou diarreia, indigestão (dispepsia), gases intestinais (flatulência), náuseas, vômitos, desconforto gástrico. Aumento das transaminases (enzimas do fígado).
Reações incomuns
Cefaleia (dor de cabeça), insônia, fadiga, tonturas, disfunção sexual (redução de libido, impotência), reações cutâneas (eritema – coloração avermelhada da pele), prurido (coceira), urticária (vergões vermelhos na pele), eczema (dermatite, inflamação na pele); fotossensibilização (aumento da sensibilidade da pele aos raios solares), queda capilar (alopecia).
Reações muito raras
Rompimento muscular, dores nas articulações (artralgias).
Algumas reações reversíveis com a descontinuação do tratamento
Mialgia difusa (dor muscular), sensibilidade dolorosa, fraqueza muscular; erupções na pele (rash cutâneo).
Até o momento, não se sabe se o uso do fenofibrato leva a maior propensão na formação de cálculos biliares; os pacientes devem ser acompanhados quanto à possibilidade desse evento adverso.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também à empresa através seu serviço de atendimento.
População Especial do Lipanon
Uso em crianças
A experiência em crianças é limitada.
Caso o produto seja considerado absolutamente necessário, a critério médico, e para crianças acima de 10 anos de idade, não deverá ser ultrapassada a dose de 5mg/kg/dia.
Uso durante a gravidez e amamentação
Os estudos não demostraram nenhuma malformação ou sinal de toxicidade para o feto, entretanto, as informações relativas ao uso de Lipanon durante a gravidez não são suficientes e não estão indicados para mulheres grávidas, exceto nos casos em que os riscos associados à doença do colesterol superem os riscos potenciais associados à droga.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Informe seu médico ou seu cirurgião-dentista se estiver amamentando.
Durante o período de aleitamento materno ou doação de leite humano, só utilize medicamentos com o conhecimento do seu médico ou cirurgião-dentista, pois alguns medicamentos podem ser excretados no leite humano, causando reações indesejáveis no bebê.
Composição do Lipanon
Cada cápsula contém
Fenofibrato* | 340 mg |
Excipiente** | 1 cápsula |
*Equivalente a 250mg de fenofibrato.
**Hipromelose, amido, carbonato de magnésio, talco, sacarose.
Superdosagem do Lipanon
Não existem relatos de superdoses nas doses recomendadas de fenofibrato.
Na eventualidade da ingestão acidental de doses muito acima das recomendadas, suspenda imediatamente a medicação e procure assistência médica. Não tome nenhuma medida sem antes consultar um médico.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.
Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Lipanon
Anticoagulantes orais:
O fenofibrato potencializa o efeito dos anticoagulantes e pode aumentar o risco de sangramentos. É recomendado que a dose dos anticoagulantes seja reduzida em um terço do inicio do tratamento e se necessário reajustar progressivamente a dose em função do INR (Índice Internacional Normalizado) monitorado.
Ciclosporina:
Alguns casos graves de danos das funções renais reversíveis foram relatados durante administração concomitante de fenofibrato e ciclosporina. Nestes pacientes a função renal deverá ser atentamente controlada e o tratamento com fenofibrato suspenso em caso de alterações importantes dos parâmetros laboratoriais.
Inibidores de HMG-CoA redutase e outros fenofibratos:
O risco de uma toxicidade muscular grave aumenta se o fenofibrato é utilizado em associação com os inibidores de HMG-CoA redutase ou outros fibratos. Esta associação deve ser utilizada com cuidado, e os pacientes deven ser monitorados de perto para sinais de toxicidade muscular.
Glitazonas:
Alguns casos de redução de colesterol HDL paradoxal reversível têm sido relatados durante administração concomitante de fenofibrato e glitazona. Portanto, é recomendado monitorar colesterol HDL se um destes componentes é adicionado ao outro e interromper um dos tratamentos se o colesterol HDL ficar muito baixo.
Enzimas do Citocromo P450:
Estudos in vitro utilizando microssomos hepáticos humanos indicam que o fenofibrato e o ácido fenofíbrico não são inibidores das isoformas de citocromo (CYP) P450 CYP3A4, CYP2D6, CYP2E1 ou CYP1A2. Eles são fracos inibidores da CYP2C19 e CYP2A6, e médios para moderados da CYP2C9 em concentrações terapêuticas.
Pacientes em coadministração de fenofibrato e CYP2C19, CYP2A6 e especialmente drogas metabolizadas por CYP2C9 com estreito índice terapêutico devem ser cuidadosamente monitorados, e se necessário o ajuste de dose dessas drogas é recomendado.
Ação da Substância Lipanon
Resultados de eficácia
A eficácia terapêutica do Fenofibrato (substância ativa) micronizado uma vez ao dia foi avaliada em estudos comparativos e não comparativos em pacientes com dislipidemia IIa, IIb, III ou IV e separadamente em pacientes com diabetes ou síndrome metabólica. A maioria dos estudos incluiu um período sem droga ou placebo em conjunção com controle dietético por 1 a 4 meses, antes do início da droga ativa.
Em estudo duplo-cego, controlado por grupo paralelo e placebo, 189 pacientes foram randomizados em 3 grupos: placebo, Fenofibrato (substância ativa) micronizado e Fenofibrato (substância ativa) não micronizado 100mg 3x/dia. Depois de 3 meses a análise “intent-to-treat” indicou sucesso (conforme avaliado pelo número de pacientes que experimentaram redução de colesterol gt; 15%) significativamente maior no grupo de Fenofibrato (substância ativa) micronizado (71,9%) do que com placebo em reduzir o colesterol total (-18%), LDL – colesterol (- 22%), triglicérides (-19%) e apolipoproteína B (-24%).
Os efeitos modificadores de lípidios do Fenofibrato (substância ativa) micronizado foram comparados com as estatinas disponíveis incluindo sinvastatina, lovastatina, pravastatina, e atorvastatina. Estes estudos incluíram duração de tratamento de 2 a 4 meses. Avaliação da mudança dos níveis de lipoproteínas no fim de cada estudo mostrou uma diminuição significativamente maior em comparação aos valores basais dos níveis de triglicérides com Fenofibrato (substância ativa) micronizado do que com qualquer estatina em pacientes com ambos os tipos IIa e IIb. O Fenofibrato (substância ativa) geralmente levou a um aumento maior em HDL colesterol, particularmente em pacientes do tipo IIb (até 34% com Fenofibrato (substância ativa) versus 11% com sinvastatina). Fenofibrato (substância ativa) micronizado foi geralmente menos efetivo na diminuição do LDL colesterol do que a sinvastatina 20mg e atorvastatina 10mg, mas teve uma eficácia similar à pravastatina 20 a 40mg e lovastatina 20mg.
O estudo FIELD, trouxe um melhor entendimento dos benefícios clínicos do Fenofibrato (substância ativa) além de representar um marco em relação aos estudos clínicos porque foi o maior estudo realizado em pacientes com diabetes tipo 2 (n=9795) e sem eventos cardiovasculares pregresso (7664, 78%) jamais antes estudados. Este estudo avaliou 9795 pacientes diabéticos, com um controle glicêmico geral bom, durante 5 anos, que tinham seus níveis de colesterol e de triglicérides normais ou próximos do normais, e, portanto, não haveria a necessidade de um tratamento hipolipemiante. O critério principal de avaliação foi verificar se o uso de Fenofibrato (substância ativa) reduziria o número de infartos do miocárdio (fatal ou não fatal). Como critério secundário avaliou-se outros acontecimentos cardiovasculares maiores como, por exemplo, acidente vascular cerebral (AVC), bem como todos os outros acontecimentos cardiovasculares. E, como critério terciário, analisou-se a progressão de doença renal, a necessidade de tratamento com laser de retinopatia (diabetes) e amputações.
O Fenofibrato (substância ativa) foi associado com 11% de redução no “end point” primário (primeiro infarto não fatal ou morte por doença coronariana) (P = 0,16). Os níveis substancialmente maiores de estatina usados no grupo placebo podem ter mascarado alguns efeitos benéficos do Fenofibrato (substância ativa). Porém, quando ajustado para o uso de estatinas, o Fenofibrato (substância ativa) foi associado com uma redução de 19% no “end point” primário (P = 0,01). Verificou-se também que o Fenofibrato (substância ativa) foi associado com uma redução significante de 11% nos eventos coronarianos totais (P = 0,35) e que, quando ajustado para o uso de estatinas, o Fenofibrato (substância ativa) foi associado com uma redução de 15% nos eventos coronarianos totais (P = 0,004). O Fenofibrato (substância ativa) reduziu significativamente os índices de infarto do miocárdio não fatal em 24% (P = 0,010), a revascularização coronariana em 21% (P = 0,003), os eventos microvasculares (progressão para albuminuria e necessidade de tratamento a laser para retinopatia). O Fenofibrato (substância ativa) foi geralmente bem tolerado mesmo em terapias concomitantes (mesmo na combinação Fenofibrato (substância ativa)-estatina).
Um outro estudo mais recente, com o Fenofibrato (substância ativa), avaliou pacientes diabéticos tipo 2 que receberam tratamento com sinvastatina associado com placebo ou Fenofibrato (substância ativa). Neste estudo, não houve redução de desfechos cardiovasculares com a associação de Fenofibrato (substância ativa) à sinvastatina, no entanto os níveis basais de triglicérides não eram muito elevados, o que poderia justificar parte da perda de benefício com o fibrato. Análise de subgrupos deste estudo evidenciou que indivíduos com níveis de triglicérides acima de 204 mg/dL concomitante a níveis de HDL-C abaixo de 34 mg/dL apresentaram benefício como uso de Fenofibrato (substância ativa). Metanálise de 2010 comprovou redução de risco de evento cardiovascular global em 10% e coronariano em 13%, com o uso de fibratos.
Características farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
O Fenofibrato (substância ativa) é um derivado do ácido fíbrico cujos efeitos de modificação de lipídios relatados em seres humanos são mediados através da ativação dos Receptores Ativados da Proliferação de Peroxissomos (PPAR?).
Através da ativação do PPAR?, o Fenofibrato (substância ativa) aumenta a lipólise e a eliminação de partículas aterogênicas ricas em triglicerídeos do plasma por ativação da lipoproteína lipase e redução da produção da apoproteína CIII. A ativação do PPAR? também induz o aumento da síntese das apoproteínas AI e AII.
Os efeitos supramencionados do Fenofibrato (substância ativa) sobre as lipoproteínas levam a uma redução das frações de baixa densidade (VLDL e LDL) contendo a apoproteina B e um aumento das frações de lipoproteínas de alta densidade (HDL) contendo as apoproteinas AI e AII.
Além disso, pela modulação da síntese e do catabolismo das frações VLDL, o Fenofibrato (substância ativa) aumenta a depuração dos LDL e reduz a taxa de LDL menos densos. As taxas de LDL menos densos são frequentemente aumentados nos pacientes com risco de doença coronária (Perfil Lipídico Aterogênico). Nos estudos clínicos com o Fenofibrato (substância ativa), a redução do colesterol total foi de 20 a 25%, a dos triglicérides de 40 a 55% e a taxas de colesterol HDL aumentaram de 10 a 30%.
Nos pacientes hipercolesterolêmicos para os quais as taxas de colesterol LDL diminuíram de 20 a 35%, o efeito global sobre o colesterol leva a uma diminuição da relação colesterol total sobre colesterol HDL, colesterol LDL sobre colesterol HDL ou Apo B sobre Apo AI, que são todos os marcadores do risco aterogênico.
Os depósitos de colesterol extra-vasculares (xantomas tendinosos e tuberosos) podem regredir de modo importante ou até mesmo desaparecer totalmente quando de um tratamento com Fenofibrato (substância ativa).
Os pacientes que apresentam altas taxas de fibrinogênio e tratado com Fenofibrato (substância ativa) mostraram uma redução significativa deste parâmetro como aqueles apresentando taxas elevadas de Lp(a). Outros marcadores de inflamação, tais como a Proteína C-Reativa são reduzidos com o tratamento com Fenofibrato (substância ativa).
O efeito uricosúrico do Fenofibrato (substância ativa) leva a uma redução de aproximadamente 25% dos níveis de ácido úrico que deve ser um benefício adicional para os pacientes dislipidêmicos com hiperuricemia.
Um efeito antiagregante plaquetário do Fenofibrato (substância ativa) tem sido demonstrado em animais e num estudo clínico que colocou em evidência uma diminuição da agregação plaquetária provocada pelo ADP, o ácido araquidônico e epinefrina.
Propriedades farmacocinéticas
Fenofibrato (substância ativa) 160 mg, comprimidos revestidos de Fenofibrato (substância ativa) micronizado é suprabiodisponível (biodisponibilidade aumentada) comparado com o Fenofibrato (substância ativa) 200 mg cápsulas.
Absorção:
As concentrações plasmáticas máximas (Cmax) são obtidas de 4 a 5horas depois da administração oral. Em caso de tratamento continuo, estas concentrações são estáveis em qualquer indivíduo.
A administração concomitante de alimento aumenta a absorção do Fenofibrato (substância ativa).
Distribuição:
O ácido fenofibrico está fortemente ligado à albumina plasmática (mais de 99%).
Meia vida plasmática:
A meia vida de eliminação plasmática do ácido fenofibrico é da ordem de 20 horas.
Metabolismo e excreção:
Depois da administração oral, o Fenofibrato (substância ativa) é rapidamente hidrolisado pelas esterases e se torna o metabólito ativo ácido fenofíbrico. Não é possível detectar Fenofibrato (substância ativa) inalterado no plasma.
Fenofibrato (substância ativa) não é substrato para a CYP3A4. Não há envolvimento do metabolismo microssomal hepático. O medicamento é excretado essencialmente por via urinária. A eliminação do medicamento é quase completa em 6 dias. O Fenofibrato (substância ativa) é principalmente excretado sob a forma de ácido fenofibrico e de seus glucoronídeos conjugados. Nos pacientes idosos, a depuração plasmática aparente total não é modificada. Os estudos de cinética após administração de dose única e tratamento contínuo tem demonstrado a ausência de acumulação do medicamento.
O ácido fenofibrico não é eliminado pela hemodiálise.
Os efeitos do Fenofibrato (substância ativa) começam a ocorrer a partir da segunda semana de tratamento e são mantidos durante todo o tratamento.
Dados de segurança pré-clínica
Estudos de toxicidade aguda não trouxeram informações relevantes sobre a toxicidade específica do fenofibrato.
Em três meses de estudo não clínico em ratos com ácido fenofíbrico oral, o metabólito ativo do fenofibrato, a toxicidade músculo esquelética (particularmente para fibras musculares tipo I – ricas em miofibrilas de oxidação lenta) e degeneração cardíaca, anemia e diminuição do peso corporal foram verificados em níveis de exposição ? 50 vezes a exposição humana para a toxicidade do esqueleto e gt; 15 vezes para a cardiomiotoxicidade.
Úlceras reversíveis e erosões no trato gastrointestinal ocorreram em cães tratados durante 3 meses com exposições de aproximadamente 7 vezes a ASC clínica.
Os estudos de mutagenicidade sobre o fenofibrato se mostraram negativos. Em ratos e camundongos, foram observados tumores hepáticos com doses elevadas que foram atribuídas a uma proliferação dos peroxissomos. Estas manifestações são específicas de pequenos roedores e não foram observadas em outras espécies de animais. Isto é, sem consequência para a utilização terapêutica no homem.
Estudos nos camundongos, ratos e coelhos não revelaram nenhum efeito teratogênico. Efeitos embriotóxicos foram observados em níveis semelhantes aos da toxicidade materna. Uma prolongação do período de gestação e dificuldades durante o parto foi observada com doses elevadas. Não foram detectados efeitos na fertilidade em estudos de toxicidade reprodutiva não clínicos conduzidos com fenofibrato, No entanto, hipospermia reversível, vacuolização testicular e imaturidade dos ovários foram observados em estudos de toxicidade dose-repetida com ácido fenofíbrico em cachorros jovens.
Cuidados de Armazenamento do Lipanon
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30º C). Proteger da luz e umidade.
Validade do medicamento é de 36 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas
Lipanon apresenta-se em forma de cápsula gelatinosa dura, de cor natural/azul transparente, contendo microgrânulos brancos, de tamanho irregular, inodoros e sem sabor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Lipanon
Nº do Lote, Data de Fabricação e Prazo de Validade: Vide cartucho
Registro M.S. nº 1.7817.0095
Farm. Responsável:
Fernando Costa Oliveira
CRF-GO nº 5.220
Registrado por:
Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A.
Avenida Ceci, nº 282, Módulo I – Tamboré – Barueri – SP
CEP 06460-120
C.N.P.J.: 61.082.426/0002-07
Indústria Brasileira
Fabricado por:
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.
VPR 1 – Quadra 2-A – Módulo 4 – DAIA – Anápolis – GO
CEP 75132-020