Ícone do siteBlog dr.consulta

Bula do Lobeat

Como o Lobeat funciona?


Lobeat contém o princípio ativo nebivolol que pertence a classe dos betabloqueadores seletivos de terceira geração. Nebivolol combina uma ação (bloqueio) seletiva no receptor beta 1-adrenérgico com uma ação de dilatação dos vasos, mediada pela L-arginina/NO (óxido nítrico).

Este medicamento previne o aumento da frequência cardíaca, controla a força de bombeamento do coração e também exerce uma ação de dilatação nos vasos sanguíneos, o que contribui para reduzir a pressão sanguínea.

No tratamento da hipertensão, a redução da pressão arterial pode ser vista após 1 a 2 semanas de tratamento. Ocasionalmente, o efeito ótimo só é atingido após 4 semanas.

Contraindicação do Lobeat

Lobeat não deve ser utilizado em

Pacientes alérgicos ao nebivolol ou a qualquer componente da formulação.

Lobeat também não deve ser utilizado se o paciente tiver uma ou mais das seguintes doenças

Como usar o Lobeat

Sempre tome Lobeat exatamente conforme orientação médica. Se você não tiver certeza, verifique com seu médico o modo e a quantidade a ser tomada

Lobeat pode ser tomado antes, durante ou depois da refeição. Se preferir, você pode tomá-lo fora das refeições. Os comprimidos devem ser administrados por via oral com um pouco de água.

  1. Tome seu medicamento uma vez ao dia, preferencialmente no mesmo horário do dia.
  2. Se você foi orientado pelo seu médico a tomar ¼ (um quarto) ou ½ (meio) comprimido por dia, consultar as instruções abaixo de como quebrar o comprimido de Lobeat 5 mg sulcado em cruz.
  3. Coloque o comprimido em uma superfície dura (por exemplo, uma mesa), com a face sulcada do comprimido em cruz virada para cima.
  4. Quebre o comprimido colocando o dedo indicador de ambas as mãos sobre a marca de quebra e pressionando o comprimido. (Figuras 1 e 2).

Figura 1.

Figura 2.

  1. O comprimido sulcado em cruz de Lobeat 5 mg é facilmente quebrado.
  2. Um quarto de comprimido é obtido através da quebra ao meio, da mesma forma anterior.
  3. A metade do comprimido sulcado em cruz de Lobeat 5 mg é facilmente quebrada em quatro. (Figuras 3 e 4).

Figura 3.


Figura 4.

Posologia do Lobeat


Tratamento para pressão arterial alta (hipertensão)

A dose usual é de 1 comprimido por dia. A dose deve ser tomada, preferencialmente, todo dia no mesmo horário.

Pacientes idosos e pacientes com doença no rim, irão usualmente começar o tratamento com ½ (meio) comprimido por dia.

Tratamento para insuficiência cardíaca

O tratamento será iniciado e supervisionado pelo seu médico.

O médico começará seu tratamento com ¼ (um quarto) de comprimido por dia. A dose deverá ser aumentada após 1-2 semanas para ½ (meio) comprimido por dia, e depois para 1 comprimido por dia e posteriormente para 2 comprimidos por dia até atingir a dose ideal para você. Seu médico irá prescrever a dose ideal para cada etapa e você deverá seguir com atenção a sua instrução.

A dose máxima recomendada é de 2 comprimidos (10 mg) por dia.

Você precisará ficar sob supervisão próxima de seu médico por 2 horas quando você começar o tratamento e toda vez que sua dose for aumentada.

Seu médico pode reduzir a sua dose se necessário.

Você não deve interromper o tratamento de repente, pois isto poderá levar a piora da insuficiência cardíaca (alteração da função cardíaca).

Pacientes com problemas sérios de rim não devem tomar este medicamento.

Seu médico pode decidir combinar o comprimido de Lobeat com outros medicamentos para tratar sua condição.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Lobeat?


Se você esquecer de tomar uma dose de Lobeat, mas lembrar um pouco depois da hora em que deveria ter tomado, tome esta dose diária como de costume. Mas, se um longo atraso ocorrer (por exemplo, várias horas) e o horário da próxima dose estiver perto, não tome a dose esquecida e tome a próxima dose programada, ou seja, a dose normal no horário usual. Não tome dose dupla. Evite esquecer novamente.

Se você parar de tomar Lobeat

Você deve sempre consultar seu médico antes de parar o tratamento com Lobeat para pressão arterial alta ou para insuficiência cardíaca crônica.

Você não deve parar o tratamento com Lobeat de repente, porque isto pode piorar temporariamente sua insuficiência cardíaca (alteração da função cardíaca). Se for necessário parar o tratamento de Lobeat para insuficiência cardíaca crônica, a dose diária deve ser reduzida gradualmente, através da divisão da dose, em intervalos semanais, sempre com a supervisão rigorosa do seu médico.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Lobeat

Informe ao seu médico se você apresenta ou desenvolveu um dos seguintes problemas

Você deverá ser regularmente monitorado pelo seu médico no começo de seu tratamento para insuficiência cardíaca (alteração da função do coração).

Este tratamento não deve ser interrompido abruptamente, a menos que seja claramente indicado e avaliado pelo seu médico.

Insuficiência renal

Em pacientes com insuficiência renal pode ser necessário o ajuste da dose.

Insuficiência hepática

A informação disponível sobre pacientes com insuficiência hepática ou com função hepática diminuída é limitada. Por isso, o uso de cloridrato de nebivolol nestes pacientes está contraindicado.

Este medicamento pode causar doping.

Atenção: Contém lactose.

Principais interações medicamentosas

Informe seu médico se você estiver tomando ou se recentemente tomou qualquer outro medicamento, incluindo medicamentos obtidos sem prescrição. Certos medicamentos não podem ser usados ao mesmo tempo, enquanto outros requerem alterações específicas (na dosagem, por exemplo).

Sempre informe seu médico se você está usando ou recebendo algum dos seguintes medicamentos em adição ao Lobeat

Todos estes medicamentos acima citados, assim como o Lobeat, podem influenciar na pressão arterial e/ou no funcionamento do coração.

Medicamentos para tratar o excesso de ácido do estômago ou úlcera (medicamentos antiácidos), por exemplo, cimetidina. Você deve tomar Lobeat durante uma refeição e o medicamento antiácido entre as refeições.

Principais interações com alimentos

Lobeat pode ser tomado durante as refeições ou com o estômago vazio. Tome o comprimido com um pouco de água.

Principais interações com testes laboratoriais

Não há relatos de relevância clínica do efeito do uso de nebivolol nos exames laboratoriais e eletrólitos no sangue.

Em estudos clínicos, o nebivolol foi associado a alguns casos de aumento de ácido úrico, porém sem relevância clínica ou estatística.

Não houve alterações da glicemia notável.

Em estudos clínicos, o nebivolol mostrou não causar qualquer alteração significativa dos triglicerídeos e do HDL, e em alguns estudos foram relatados uma redução dos triglicerídeos.

Informe ao seu médico ou cirurgião dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde. 

Reações Adversas do Lobeat

Como todos os medicamentos, Lobeat pode causar efeitos adversos, embora não sejam todas as pessoas que apresentarão esses efeitos.

Quando o Lobeat é usado para o tratamento de hipertensão arterial, os efeitos adversos possíveis são

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Dor de cabeça, tontura, cansaço, coceira ou formigamento não comum, diarreia, obstipação (prisão de ventre), náusea, dificuldade respiratória (falta de ar), edema (inchaço).

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Batimentos cardíacos lentos ou outros distúrbios cardíacos (abaixo de 60 batimentos /minuto), pressão arterial baixa, claudicação (dor, cansaço, câimbra, peso e fraqueza nas pernas), visão anormal, impotência, sentimento de depressão, dispepsia (dificuldades digestivas), gases no estômago ou intestino, vômito, erupção cutânea (vermelhidão ou inflamação da pele) e coceira, broncoespasmos (dificuldade de respiração como na asma) e pesadelos.

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Desmaio, piora de psoríase (uma doença de pele com mancha escamosa rosa).

Os efeitos adversos a seguir foram relatados em apenas alguns casos isolados durante o tratamento com Lobeat

Reação de hipersensibilidade

Reação alérgica em todo o corpo com erupção generalizada na pele.

Angioedema

Início rápido de inchaço, especialmente em volta dos lábios, olhos, ou da língua com possibilidade de dificuldade respiratória repentina.

Urticária (tipo de reação da pele de natureza alérgica ou não alérgica, caracterizada pelo aparecimento de uma erupção avermelhada, elevada e que causa coceira).

Com alguns bloqueadores beta-adrenérgicos foram ainda relatadas as seguintes reações adversas: alucinações, psicose, confusão, extremidades frias/cianóticas, fenômeno de Raynaud, olhos secos e toxicidade óculo-mucocutânea.

Em um estudo clínico para insuficiência cardíaca, os seguintes efeitos adversos foram observados

Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Batimentos cardíacos lentos e tontura.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Piora da insuficiência cardíaca, hipotensão postural (diminuição da pressão arterial com sensação de desmaio ao levantar-se), intolerância a este medicamento, bloqueio atrioventricular de primeiro grau (um tipo de doença de condução cardíaca leve que afeta o ritmo cardíaco) e inchaço nas pernas.

Os seguintes efeitos adversos foram identificados através de notificações espontâneas sem estimar sua frequência ou estabelecer uma relação causal com o uso de Lobeat

Função hepática anormal (função alterada do fígado), incluindo aumento de TGO, TGP e bilirrubina, edema pulmonar agudo (acúmulo de líquido nos pulmões), insuficiência renal aguda (função alterada dos rins), infarto do miocárdio, sonolência e trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue).

Informe ao seu médico, cirurgião dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.

População Especial do Lobeat

Gravidez

Categoria C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. 

Lactação

A amamentação não é recomendada durante a administração de nebivolol.

Crianças e adolescentes

Devido à falta de dados do uso deste produto em crianças e adolescentes, cloridrato de nebivolol não está indicado neste grupo de pacientes.

Geriatria (idosos)

Em pacientes idosos pode ser necessário o ajuste da dose.

Dirigir ou operar máquinas

Este medicamento pode causar vertigem ou fadiga. Se tiver um desses sintomas, não dirija ou opere máquinas.

Composição do Lobeat

Apresentações

Lobear comprimidos de 5 mg. Embalagens com 7 ou 30 comprimidos.

Via oral.

Uso adulto.

Composição

Cada comprimido de Lobeat 5 mg contém:

Cloridrato de nebivolol 5,45 mg (equivalente a 5 mg de nebivolol).

Excipientes:

lactose monoidratada, celulose microcristalina, estearato de magnésio, crospovidona, poloxaleno e povidona.

Superdosagem do Lobeat

Os sinais e sintomas mais frequentes da superdose de Lobeat são bradicardia (batimentos cardíacos muito baixos), hipotensão (pressão arterial baixa com possível desmaio), broncoespasmo (dificuldade de respiração como na asma) e insuficiência cardíaca aguda.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Lobeat

As interações seguintes são as geralmente aplicáveis aos antagonistas ?-adrenérgicos.

Associações não recomendadas

Antiarrítmicos de classe I (quinidina, hidroquinidina, cibenzolina, flecaínida, disopiramida, lidocaína, mexiletina, propafenona):

O efeito no tempo da condução atrioventricular pode ser potencializado e o efeito inotrópico negativo aumentado.

Antagonistas dos canais de cálcio tipo verapamil/diltiazem:

Influência negativa na contratilidade e condução aurículo-ventricular. A administração intravenosa de verapamil em pacientes tratados com ?-bloqueadores pode levar a uma hipotensão profunda e bloqueio atrioventricular. 

Anti-hipertensores de ação central (clonidina, guanfacina, moxonidina, metildopa, rilmenidina):

O uso concomitante de medicamentos anti-hipertensores de ação central pode agravar a insuficiência cardíaca devido a uma diminuição do tônus simpático central (redução da frequência cardíaca e débito cardíaco, vasodilatação). A suspensão abrupta, principalmente se for anterior à descontinuação do ?-bloqueador, pode aumentar o risco de hipertensão reativa. 

Associações que devem ser utilizadas com precaução

Antiarrítmicos de classe III (amiodarona):

O efeito no tempo da condução atrioventricular pode ser potencializado.

Anestésicos-halogenados voláteis:

O uso concomitante de antagonistas ?-adrenérgicos e de fármacos anestésicos pode reduzir a taquicardia reflexa e aumentar o risco de hipotensão. Como regra geral, evitar a interrupção brusca do tratamento com o ?-bloqueador. O anestesista deve ser informado sempre que o paciente estiver tomando cloridrato de nebivolol.

Fentanil:

O uso concomitante com bloqueadores beta-adrenérgicos pode resultar em hipotensão severa.

Insulina e antidiabéticos orais:

Embora o nebivolol não afete os níveis de glicose, o uso concomitante pode mascarar certos sintomas de hipoglicemia (palpitações, taquicardia).

Baclofeno (antiespástico), amifostina (antineoplásico):

O uso concomitante de anti-hipertensivos pode aumentar a queda da pressão arterial; desta forma a dose do anti-hipertensivo deve ser ajustada adequadamente. 

Associações a serem consideradas

Glicosídeos digitálicos:

O uso concomitante pode aumentar o tempo da condução atrioventricular. Ensaios clínicos com nebivolol não mostraram evidência clínica de interação. O nebivolol não influencia a cinética da digoxina.

Antagonistas do cálcio do tipo dihidropiridina (anlodipino, felodipino, lacidipino, nifedipino, nicardipino, nimodipino, nitrendipino):

O uso concomitante pode aumentar o risco de hipotensão, e não pode ser excluído um aumento do risco de uma posterior deterioração da bomba ventricular em pacientes com insuficiência cardíaca.

Antipsicóticos, antidepressivos (tricíclicos, barbitúricos e fenotiazinas):

O uso concomitante pode potencializar o efeito hipotensor dos beta-bloqueadores (efeito aditivo).

Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs):

Não produzem efeito na diminuição da pressão arterial produzida pelo nebivolol.

Agentes simpaticomiméticos:

O uso concomitante pode neutralizar o efeito dos antagonistas ?- adrenérgicos. Os agentes ?-adrenérgicos podem conduzir a uma atividade ?-adrenérgica não oposta dos agentes simpaticomiméticos com efeitos ? e ?-adrenérgicos (risco de hipertensão, bradicardia grave e bloqueio cardíaco).

Apesar de estudo pré-clínico demonstrar que o inibidor da fosfodiestarase tipo 5 sildenafila não potencializa as propriedades vasodilatadoras de nebivolol, até o momento recomenda-se que o uso concomitante deve ser evitado, porque pode resultar na redução da concentração do sildenafila no sangue e maior risco de hipotensão. 

Interações farmacocinéticas:

Uma vez que o metabolismo do nebivolol envolve a isoenzima CYP2D6, a coadministração de substâncias inibidoras desta enzima, nomeadamente a paroxetina, fluoxetina, tioridazina e quinidina, podem levar a um aumento dos níveis plasmáticos de nebivolol associado a um risco acrescido de bradicardia excessiva e de efeitos adversos.

A coadministração de cimetidina aumenta os níveis plasmáticos de nebivolol, sem alterar o efeito clínico. A coadministração de ranitidina não afeta a farmacocinética do nebivolol. Desde que cloridrato de nebivolol seja tomado com a refeição e os antiácidos entre as refeições, ambos os tratamentos podem ser prescritos simultaneamente.

A associação de nebivolol com nicardipina aumenta ligeiramente os níveis plasmáticos de ambos os fármacos, sem alterar o efeito clínico. A coadministração de álcool, furosemida ou hidroclorotiazida não afetou a farmacocinética do nebivolol. O nebivolol não tem efeito sobre a farmacocinética e a farmacodinâmica da varfarina.

Principais interações com testes laboratoriais:

Não há relatos de relevância clínica do efeito do uso de nebivolol nos exames laboratoriais e eletrólitos no sangue.
Em estudos clínicos o nebivolol foi associado a alguns casos de aumento de ácido úrico, porém sem relevância clínica ou estatística.

Notavelmente, não houve alterações da glicemia.

Em estudos clínicos o nebivolol mostrou não causar qualquer alteração significativa dos triglicerídeos e do HDL, e em alguns estudos foram relatados uma redução dos triglicerídeos.

Interação Alimentícia do Lobeat

O cloridrato de nebivolol pode ser tomado com comida ou com o estômago vazio, mas é melhor tomar o comprimido com um pouco de água.

Ação da Substância Lobeat

Resultados de eficácia

Os efeitos hemodinâmicos do nebivolol foram avaliados em voluntários saudáveis e em pacientes com hipertensão.

O cloridrato de nebivolol aumentou significativamente a fração de ejeção ventricular esquerda, volume sistólico, débito cardíaco e volume diastólico final. O cloridrato de nebivolol diminuiu a resistência periférica e manteve o débito cardíaco por um volume sistólico aumentado.

O cloridrato de nebivolol possui um perfil exclusivo de tolerabilidade, caracterizado por um efeito modesto sobre a frequência cardíaca e sem efeito prejudicial sobre o desempenho ventricular esquerdo.

O cloridrato de nebivolol possui uma ótima razão vale-pico, possibilitando um efetivo controle da pressão arterial com dose única em 24 horas. A razão vale-pico do nebivolol é de 0,90, demonstrando que a maior parte do efeito hipotensivo ainda está presente 24 horas após a dose. O efeito hipotensivo do nebivolol segue o ritmo circadiano de pressão arterial, conforme monitorado por medidas ambulatoriais de pressão arterial.

O cloridrato de nebivolol reduz a pressão arterial diastólica e sistólica e a hipertrofia ventricular esquerda (LHV). Estudos em pacientes com insuficiência cardíaca crônica ou hipertrofia ventricular esquerda demonstram melhora no desempenho ventricular esquerdo sistólico e diastólico e aumento da capacidade de exercício. O nebivolol causa melhora hemodinâmica, tanto em pacientes hipertensos com insuficiência cardíaca diastólica, quanto em pacientes com cardiomiopatia dilatada.

A ação vasodilatadora de nebivolol é dependente de óxido nítrico, que pode ser responsável também pela melhora na capacidade de exercício.

Efeitos benéficos do nebivolol nos parâmetros hemodinâmicos foram obtidos também em pacientes com cardiomiopatia dilatada, independente da classe funcional. Nebivolol reduziu a frequência cardíaca e aumentou significativamente o volume sistólico e a fração de ejeção, ao passo que o débito cardíaco foi mantido.

O estudo SENIORS (Estudo dos Efeitos da Intervenção com nebivolol nos Desfechos e Re- hospitalização em Idosos com Insuficiência Cardíaca) avaliou o efeito do nebivolol na mortalidade e morbidade em pacientes idosos com insuficiência cardíaca independentemente da fração de ejeção. Nebivolol prolongou significantemente o tempo de ocorrência de mortes ou hospitalizações por motivos cardiovasculares.


Características farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas

O cloridrato de nebivolol contém o princípio ativo nebivolol, um medicamento com atividade cardiovascular que apresenta um duplo mecanismo de ação: é um ?-bloqueador de terceira geração, combinando um bloqueio seletivo de receptor ?1-adrenérgico com uma propriedade vasodilatadora, mediada pela L-arginina /NO (óxido nítrico).

O nebivolol é um racemato de dois enantiômeros, d-nebivolol (ou SRRR-nebivolol) e l-nebivolol (ou RSSS-nebivolol). É um fármaco que alia duas atividades farmacológicas: 

Doses únicas e repetidas de nebivolol reduzem a frequência cardíaca e a pressão arterial em repouso e durante o exercício, tanto em indivíduos normotensos como em pacientes hipertensos. O efeito anti- hipertensivo é mantido durante o tratamento crônico.

Em doses terapêuticas, o nebivolol é desprovido de antagonismo alfa-adrenérgico.

Durante o tratamento agudo e crônico com nebivolol em pacientes hipertensos, a resistência vascular sistêmica é diminuída. Apesar da redução da frequência cardíaca, a redução do débito cardíaco durante o repouso e o exercício pode ser limitada devido a um aumento do volume de ejeção. A relevância clínica destas diferenças hemodinâmicas, quando comparadas com outros antagonistas dos receptores ?1, não está completamente estabelecida.

Em pacientes hipertensos, o nebivolol aumenta a resposta vascular mediada pelo NO (óxido nítrico) à acetilcolina (ACh) que é reduzida em pacientes com disfunção endotelial.

Nebivolol difere dos ?-bloqueadores clássicos devido à sua alta seletividade por ?1-adrenoceptores. Nebivolol é um agente ?1-bloqueador competitivo e altamente seletivo. A cardiosseletividade do nebivolol foi avaliada in vitro por estudos de ligação à ?1 e ?2 em comparação com outros agentes ?- bloqueadores. A seletividade por ?1 reside no d-enantiômero, ao passo que o l-enantiômero mostrou a mais baixa afinidade e nenhuma seletividade pelos ?1-receptores. A alta seletividade pelos receptores ?1- adrenérgicos do nebivolol foi também demonstrada pela relação de ligação de receptores ?2/?1, muito maior do que para muitos outros agentes ?–bloqueadores. No miocárdio humano, a seletividade por ?1 do nebivolol foi superior ao do bisoprolol, metoprolol e carvedilol. No miocárdio ventricular esquerdo humano deficiente, a potência inotrópica negativa do nebivolol foi menor do que a do metoprolol e carvedilol.

Experiências “in vitro” e “in vivo” em animais mostraram que o nebivolol não tem atividade simpaticomimética intrínseca.

Experiências “in vitro” e “in vivo” em animais mostraram que em doses farmacológicas o nebivolol não apresenta ação estabilizadora da membrana. 

Em voluntários saudáveis, o nebivolol não diminui a capacidade de exercício, um conhecido efeito colateral dos ?-bloqueadores que pode alterar a qualidade de vida.

A elevada ?1-seletividade do nebivolol é responsável por seus efeitos desprezíveis na resistência das vias aéreas em seres humanos.

Nebivolol possui efeito vasodilatador mediado pelo óxido nítrico; isto foi demonstrado “in vitro” e “in vivo”, em voluntários saudáveis e pacientes hipertensos. Nebivolol influi favoravelmente na complacência arterial e possui efeito positivo sobre a pressão de pulso.

A administração oral de nebivolol leva a uma vasodilatação dependente do endotélio em indivíduos saudáveis (estudo clínico) e em pacientes com hipertensão essencial, condição clínica caracterizada por disfunção endotelial com disponibilidade de NO basal reduzida e estimulada. A vasodilatação induzida por nebivolol também foi demonstrada pela diminuição na resistência vascular sistêmica observada em diversos estudos hemodinâmicos em pacientes com hipertensão ou doença cardíaca.

Propriedades farmacocinéticas

Ambos os enantiômeros do nebivolol são rapidamente absorvidos após administração oral, atingindo concentração plasmática de pico no período de 1?2 -2 horas após a ingestão. A absorção de nebivolol não é afetada pelos alimentos; o nebivolol pode ser dado durante ou fora das refeições.

O nebivolol é extensamente metabolizado, parcialmente em hidroxi-metabólitos ativos. O nebivolol é metabolizado através de hidroxilação alicíclica e aromática, N-desalquilação e glucuronidação; além disso, formam-se glucuronidos dos hidroxi-metabólitos. O metabolismo do nebivolol por hidroxilação aromática é condicionado pelo CYP450 2D6 (CYP2D6) dependente do polimorfismo genético oxidativo.

A biodisponibilidade oral do nebivolol é, em média, de 12% nos metabolizadores extensivos ou normais (MEs) e é virtualmente completa (100%) nos metabolizadores pobres (MPs). Nebivolol é extensamente metabolizado no fígado, particularmente para um hidróxi-metabólito ativo; 

A hidroxilação aromática é deficiente nos MPs e ativa nos EMs. No regime estacionário e para a mesma dose, o pico da concentração plasmática do nebivolol inalterado é cerca de 23 vezes mais elevado nos metabolizadores fracos do que nos metabolizadores extensos. Quando se considera o fármaco inalterado e os metabólitos ativos, a diferença dos picos das concentrações plasmáticas é de 1,3 a 1,4 vezes.

Apesar das diferenças farmacocinéticas entre os fenótipos, farmacodinâmica e efeitos terapêuticos similares são observados. Portanto não é necessário recomendação de dose especial para baixos metabolizadores.

Nos metabolizadores extensivos ou normais, a meia-vida de eliminação dos enantiômeros do nebivolol é em média 10 horas. Nos metabolizadores pobres é cerca de 3-5 vezes mais longa. Nos metabolizadores extensivos, os níveis plasmáticos do enantiômero RSSS são ligeiramente mais elevados do que os do enantiômero SRRR.

Nos metabolizadores pobres esta diferença é maior. Nos metabolizadores extensivos ou normais a meia-vida de eliminação dos hidroxi-metabólitos de ambos os enantiômeros é, em média, 20 horas e é duas vezes mais longa nos metabolizadores lentos.

Na maioria dos indivíduos (metabolizadores extensivos ou normais) o regime estacionário dos níveis plasmáticos é atingido em 24 horas para o nebivolol e em poucos dias para os hidroxi-metabólitos. As concentrações plasmáticas são proporcionais às doses entre 5 e 30 mg. A farmacocinética do nebivolol não é afetada pela idade.

No plasma, ambos os enantiômeros do nebivolol estão predominantemente ligados à albumina. A ligação às proteínas plasmáticas é de 98,1% para o SRRR-nebivolol e de 97,9% para o RSSS- nebivolol.

Uma semana após a administração de 15 g de nebivolol, 38% da dose é excretada pela urina e 48% pelas fezes. A excreção urinária de nebivolol inalterado é inferior a 0,5% da dose, tanto em metabolizadores extensivos quanto nos pobres.

A farmacocinética de medicamento inalterado em pacientes com doença renal moderada-severa foi semelhante àquela em sujeitos de pesquisa saudáveis; entretanto, o aumento da concentração plasmática dos enantiômeros mais os metabólitos hidroxilados sugerem limitar a dose a 2,5 mg uma vez ao dia.

Dados de segurança pré-clínica

Os estudos pré-clínicos não revelam riscos especiais, conforme os estudos convencionais de potencial genotóxico e carcinogênico.

Cuidados de Armazenamento do Lobeat

Mantenha Lobeat em temperatura ambiente (15 a 30ºC) e protegido da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características organolépticas

Os comprimidos de Lobeat são redondos, brancos e sulcados em cruz em um dos lados. Eles podem ser partidos em quatro partes iguais.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Lobeat

MS: 1.0553.0378.

Farm. Resp.:

Ana Paula Antunes Azevedo
CRF-RJ no 6572.

Registrado por:

Abbott Laboratórios do Brasil Ltda.
Rua Michigan, 735
São Paulo – SP
CNPJ: 56.998.701/0001-16.

Importado por:

Actavis Farmacêutica Ltda.
Rio de Janeiro – Brasil.

Encapsulado por:

Mylan Laboratories S.A.S.
Châtillon-sur-Chalaronne – França.

Fabricado e embalado por:

Specifar S.A.
Agia Varvara – Grécia.

Venda sob prescrição médica.

Sair da versão mobile