Os suplementos de ferro são indicados na prevenção e no tratamento da anemia por deficiência de ferro que resulta de uma dieta inadequada, má absorção, gravidez e/ou perda de sangue.
Como o Lomfer Xarope funciona?
O ferro é um componente essencial na função fisiológica da hemoglobina (pigmento encontrado nos glóbulos vermelhos do sangue, responsável pelo transporte de oxigênio).
São necessárias quantidades adequadas de ferro para a eritropoiese (formação dos glóbulos vermelhos do sangue) e a capacidade resultante de transportar oxigênio no sangue. O ferro tem uma função similar na produção de mioglobina (pigmento transportador de oxigênio no músculo) e também é necessário para o funcionamento de várias enzimas essenciais do organismo.
Quando se administra por via oral, em alimentos ou como suplementos, o ferro passa através das células mucosas no estado ferroso e se une à proteína transferrina. Esta forma de ferro é transportada do organismo à medula óssea para a produção de glóbulos vermelhos.
Contraindicação do Lomfer Xarope
Lomfer é contra-indicado para uso em pacientes com hipersensibilidade (alergia) aos sais de ferro ou a qualquer um dos componentes do produto.
Este medicamento é contra-indicado para uso nos seguintes casos:
- Anemias não acompanhadas por deficiência de ferro, como por exemplo, anemia hemolítica (anemia causada pela quebra anormal de glóbulos vermelhos na corrente sanguínea), anemia falciforme (anemia causada pela má-formação dos glóbulos vermelhos do sangue) e as anemias provocadas pelo chumbo, pois pode produzir armazenamento excessivo de ferro;
- Talassemias (doença hereditária que afeta o sangue, causando anemia);
- Hemocromatose ou Hemossiderose (doença em que ocorre depósito de ferro nos tecidos devido ao seu excesso no organismo), pois a sobrecarga de ferro já existente poderá aumentar;
- Hepatopatia aguda (súbita doença do fígado) e processos que impedem a absorção de ferro por via oral, como diarreias crônicas ou retocolite ulcerativa (doença que causa inflamação no intestino).
Categoria de risco na gravidez: A
Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.
Como usar o Lomfer Xarope
Lomfer xarope pode ser ingerido com o auxílio de líquidos ou suco de fruta a fim de amenizar o sabor.
Lomfer deve ser ingerido com o estômago vazio, 1 hora antes ou 2 horas depois das refeições.
Para evitar, reduzir ou eliminar o ferro que mancha os dentes, diluir as formas líquidas com água ou suco de fruta, e após o uso, escovar os dentes usando bicarbonato de sódio ou peróxido de hidrogênio (água oxigenada) a 3 %.
Posologia do Lomfer Xarope
Adultos
Tomar 1 colher das de chá – 5mL (50 mg de ferro elementar, equivalente a 357,14 % IDR), 1 vez ao dia, 1 hora antes das refeições, ou 2 horas após as refeições, ou a critério médico.
Crianças acima de 25 kg
Tomar 1 colher das de chá – 5mL (50 mg de ferro elementar, equivalente a 555,55 % IDR máxima), 1 vez ao dia, 1 hora antes das refeições, ou 2 horas após as refeições, ou a critério médico.
Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas sobre este medicamento, procure orientação do farmacêutico.
Não desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu médico ou cirurgião-dentista.
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Lomfer Xarope?
Em caso de esquecimento, não aumente a dose do medicamento. Use-o normalmente conforme a dose usual.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Precauções do Lomfer Xarope
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Observe as reações desagradáveis, contra-indicações e advertências e só faça uso do medicamento sob orientação médica.
Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.
Cuidados com a ingestão de Lomfer
Lomfer xarope pode ser ingerido com o auxílio de líquidos ou suco de fruta a fim de amenizar o sabor.
Lomfer deve ser ingerido com o estômago vazio, 1 hora antes ou 2 horas depois das refeições.
Para evitar, reduzir ou eliminar o ferro que mancha os dentes, diluir as formas líquidas com água ou suco de fruta, e após o uso, escovar os dentes usando bicarbonato de sódio ou peróxido de hidrogênio (água oxigenada) a 3 %.
Reações Adversas do Lomfer Xarope
Incidências mais frequentes
- Coloração escura nas fezes;
- Cãibras;
- Dor abdominal ou estomacal;
- Diarréia;
- Náuseas;
- Pirose (sensação de queimação no estômago que se entende até a garganta);
- Constipação intestinal (prisão de ventre);
- Vômitos.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Lomfer Xarope
Pacientes Idosos
Alguns pacientes idosos podem requerer uma ingestão de ferro maior que a normal para corrigir uma deficiência do mesmo, devido a sua capacidade para absorver ferro estar diminuída, pela redução de secreções gástricas (secreções do estômago).
Gravidez e lactação
Não há restrição de seu uso durante a gravidez ou lactação, desde que observada a posologia e conforme orientação médica. Recomenda-se a administração no segundo e terceiro trimestre da gravidez.
Categoria de risco na gravidez: A. Este medicamento pode ser utilizado durante a gravidez desde que sob prescrição médica ou do cirurgião-dentista.
Riscos do Lomfer Xarope
Não use este medicamento se você tem problemas gastrointestinais. |
Composição do Lomfer Xarope
Apresentações
Xarope contendo 50 mg de sulfato ferroso heptaidratado (correspondente a 10 mg de ferro elementar)
Frasco de vidro âmbar contendo 100 mL. Cartucho com 01 frasco.
Uso oral.
Uso adulto e pediátrico.
Composição
Cada mL de xarope contém
Sulfato ferroso* | 50 mg |
Veículos** | 1 mL |
*Correspondente a 10 mg de ferro elementar.
**Ácido cítrico, metilparabeno, propilparabeno, aroma de amora, sacarose, propilenoglicol e água deionizada.
Superdosagem do Lomfer Xarope
Havendo suspeita de superdosagem, contatar imediatamente o serviço de atendimento médico de urgência.
Os primeiros sinais de intoxicação aguda por ferro são:
- Diarréia, às vezes contendo sangue;
- Febre;
- Náuseas severas;
- Cãibras ou dor estomacal aguda;
- Vômitos severos contendo sangue.
Os primeiros sintomas podem ser evidenciados até 60 minutos ou mais. O tratamento deve ser realizado com urgência. Pode-se produzir um período de latência (sem sinais característicos) que dura entre 2 a 48 horas depois da ingestão entre as fases sintomáticas (com sintomas), quando o paciente parece melhorar.
Sinais tardios de intoxicação aguda são:
- Lábios, unhas e palmas das mãos de cor azulada;
- Sonolência, pele pálida, fria e úmida;
- Crises convulsivas;
- Cansaço e debilidade não habitual;
- Batimentos cardíacos fracos e inusualmente rápidos.
A superdose de ferro ingerido pode ser mortal, especialmente em crianças pequenas. O tratamento imediato é essencial. A intoxicação grave pode produzir-se em crianças pequenas pela ingestão de 18 a 24 mL de sulfato ferroso xarope (180 a 240 mg de ferro elementar). A superdosagem requer um tratamento médico imediato que deve completar-se o mais cedo possível após a ingestão. Depois de 1 hora, a excessiva absorção sistêmica de ferro e a possível erosão dos tecidos do estômago e intestino complicam procedimentos de evacuação e apoio. Os sintomas de superdosagem podem retardar-se de 10 a 60 minutos devido a inúmeros fatores.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.
Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Lomfer Xarope
Interação medicamento-medicamento
Medicamento | Efeito da interação |
Ácido acetohidroxâmico | Pode haver formação de quelatos com o ferro e possivelmente outros metais, provocando redução na absorção intestinal de ambos |
Antiácidos, suplementos de cálcio e medicamentos que contenham em sua formulação bicarbonatos, carbonatos, oxalatos ou fosfatos | Podem provocar a redução na absorção de ferro, assim como a pancreatina (enzima presente no pâncreas) ou a pancrelipase (repositor de enzimas do pâncreas) |
Penicilina | Pode provocar a diminuição dos efeitos terapêuticos da penicilina |
Tetraciclina | O ferro reduz os efeitos terapêuticos resultantes da tetraciclina de uso oral |
Vitamina E | Pode provocar danos na resposta hematológica em pacientes com anemia por deficiência de ferro. Doses elevadas de ferro podem aumentar a necessidade diária de vitamina E. Recomenda-se a observação dos pacientes com a administração de ambos |
Interação medicamento-substância química
Substância química | Efeito da interação |
Álcool | Pode provocar intoxicações; se em uso prolongado na forma férrica, pode ocorrer acúmulo hepático (acúmulo no fígado) |
Interações medicamento-exame laboratorial e não laboratorial
Exame laboratorial | Efeito da interação |
Prova de ortoluidina | A presença de suplementos de ferro pode provocar falsos resultados positivos |
Bilirrubina | Podem produzir valores falsamente elevados de bilirrubina |
Cálcio | Podem produzir valores falsamente diminuídos para a determinação sérica de cálcio |
Glucose oxidase | O sulfato ferroso pode dar falsos resultados negativos de glucose oxidase |
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Ação da Substância Lomfer Xarope
Resultados de Eficácia
Comprimido
Um estudo foi desenvolvido no Centro de Atenção à Mulher do Instituto Materno Infantil de Pernambuco, para avaliar a efetividade de três esquemas de tratamento utilizando Sulfato Ferroso (substância ativa) em gestantes anêmicas. Esse estudo foi em Recife, no período de maio de 2000 a dezembro de 2001. O ensaio clínico foi aleatório e cego do ponto de vista laboratorial, utilizando comprimidos de Sulfato Ferroso (substância ativa) para administração de 60 mg de ferro elementar. As gestantes foram alocadas em três grupos de tratamento, conforme a frequência de administração do ferro: uma vez por semana (n =48); duas vezes por semana (n =53); e uma vez ao dia (n =49). Foram comparadas as concentrações de hemoglobina, volume corpuscular médio e ferritina.(1)
Antes da intervenção, os grupos eram homogêneos e apresentaram as seguintes médias e desvios-padrão nas concentrações de hemoglobina: 10,2 ± 0,5 g/dL para o grupo que recebeu Sulfato Ferroso (substância ativa) uma vez por semana; 10,2 ± 0,6 g/dL para o grupo que recebeu Sulfato Ferroso (substância ativa) duas vezes por semana; e 10,1 ± 0,6 g/dL para o grupo que recebeu Sulfato Ferroso (substância ativa) uma vez ao dia. As médias de volume corpuscular médio foram, respectivamente: 88,5 ± 5,0; 87,6 ± 5,9; e 88,7 ± 5,1 fL. As medianas de ferritina foram 30,2; 37,1; e 52,9 ng/mL. Houve 27% de cura no esquema de uma vez por semana, 34% no grupo tratado duas vezes por semana e 47% no tratamento diário. Abandono do tratamento por queixa de diarréia ou dor epigástrica só foi observado no tratamento diário.(1)
Em conclusão, o tratamento diário com Sulfato Ferroso (substância ativa) continua sendo o mais eficaz.
Contudo, o tratamento com Sulfato Ferroso (substância ativa) duas vezes por semana é uma alternativa em caso de dificuldade de adesão ao tratamento diário.(1)
Segundo revisão bibliográfica realizada por Cardoso, M. A. amp; Penteado, M. V. C, o tratamento com ferro medicamentoso deve ser utilizado em todos os pacientes com diagnóstico clínico-laboratorial de anemia, uma vez que as modificações da dieta por si só não podem corrigir a anemia por deficiência de ferro (ADF). O tratamento de escolha é a administração oral de ferro. O Sulfato Ferroso (substância ativa) é o sal de escolha devido ao seu baixo custo e alta biodisponibilidade. A dose de tratamento depende da severidade da anemia.(2)
A suplementação com ferro como medida preventiva tem grande chance de sucesso quando dirigida a grupos específicos como gestantes e lactantes, lactentes e préescolares.
Para gestantes em áreas de baixa prevalência de anemia (Hb lt; 11 g/dl em menos de 20% das gestantes na segunda metade da gravidez), a dose preconizada pela OMS é de um comprimido de 60 mg de ferro elementar por dia. A suplementação deve ocorrer principalmente durante a segunda metade da gravidez.(2)
A necessidade de intervenções para o controle da prevalência da anemia ferropriva deve ser determinada pela magnitude da deficiência nutricional e pelo conhecimento de seus efeitos na qualidade de vida, morbidade e mortalidade. A abordagem mais usual é fornecer ferro suplementar a gestantes, nutrizes e lactentes em programas de assistência primária à saúde, reconhecidamente os grupos de maior vulnerabilidade.(2)
Um estudo foi realizado para determinar se a suplementação de ferro podia prevenir decréscimos no status de ferro e melhorar as medidas de desempenho físico e estado cognitivo em soldados mulheres durante o treinamento básico de combate (TBC). No estudo de 8 semanas randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, os soldados voluntários (n = 219) receberam cápsulas contendo 100 mg de sulfato de ferro (correspondente a 15 ± 0,2 mg de ferro elementar) ou placebo. Ensaios indicadores do status de ferro foram realizados pré e pós- treinamento básico de combate. O tempo de execução de duas milhas foi avaliado pós-treinamento básico de combate. O humor foi avaliado através de um questionário, Perfil dos Estados de Humor, pré e póstreinamento básico de combate.(3)
A participação no curso de treinamento básico de combate (TBC) teve efeito sobre o nível de ferro, como mostrado pela elevação do RDW (índice que indica a variação de tamanho das hemácias) – P lt;0,05 e do sTfR ( Receptor solúvel de tranferrina) – P lt;0,05. O RDW no grupo placebo aumentou de 16.1 ± 1.5 % para 16.8 ± 1.5 % e no grupo do ferro de 16.1 ± 1.6 % para 16.9 ± 1.6 %. O sTfR no grupo placebo aumentou de 21.8 ± 8.0 nmol/L para 27.2 ± 10.5 nmol/L e no grupo do ferro de 21.4 ± 9.0 nmol/L para 23.6 ± 9.6 nmol/L. A ferritina sérica foi reduzida (P lt;0,05) pós-TBC, porém a suplementação com ferro atenuou essa queda, pois no grupo placebo, os valores de ferritina eram 39.6 ± 30.7 ng/mL e diminuiram para 26.0 ± 18.3 ng/mL e no grupo tratado com ferro eram de 37.0 ± 29.4 ng/mL e dimuiram para 32.0 ± 22.1 ng/mL.(3) Em voluntários com ADF (Anemia por Deficiência de Ferro) no início da TBC, o tratamento com ferro teve um efeito benéfico, porque o tempo de execução médio foi de 110s mais rápido (P lt;0,001) no final do TBC no grupo tratado com ferro em comparação com os voluntários tratados com placebo (1081 ± 125s em comparação com 1191 ± 96s). A suplementação com ferro resultou em melhora (P lt;0,05) no vigor, de 10.8 ± 4.9 antes do tratamento para 13.1 ± 6.3 após o tratamento, sobre o Perfil dos Estados de Humor pós – TBC.(3)
Em conclusão, a suplementação com ferro atenuou o decréscimo nos indicadores do estado nutricional de ferro nos voluntários. Além disso, a suplementação de ferro mostrou-se ser benéfica para o humor e a performance física.(3)
Referências:
(1) Souza A. I. et al. Efetividade de três esquemas com Sulfato Ferroso para tratamento de anemia em gestantes. Rev Panam Salud Publica vol.15 no.5 Washington May 2004.
(2) Cardoso, M. A. amp; Penteado, M. V. C. Intervenções Nutricionais na Anemia Ferropriva. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, 10 (2): 231-240, abr/jun, 1994.
(3) McClung J. P. et al. Randomized, double-blind, placebo-controlled trial of iron supplementation in female soldiers during military training: effects on iron status, physical performance, and mood. Am J Clin Nutr. 2009 Jul;90(1):124-31. Epub 2009 May 27. PMID: 19474138 [PubMed – indexed for MEDLINE].
Gotas
Um ensaio de campo randomizado, com crianças de 6 a 12 meses de idade, foi realizado com o objetivo de avaliar a efetividade da suplementação universal profilática com Sulfato Ferroso (substância ativa), em administração diária ou semanal, na prevenção da anemia em lactentes. As crianças foram atendidas em unidades básicas de saúde do município do Rio de Janeiro, em 2004-2005. Foram formadas três coortes concorrentes com suplementação universal com Sulfato Ferroso (substância ativa) com grupos: diário (n=150; 12,5mg Fe/dia), semanal (n=147; 25mgFe/semana) e controle (n=94). A intervenção durou 24 semanas e foi acompanhada por ações educativas promotoras de adesão. A concentração de hemoglobina sérica foi analisada segundo sua distribuição, média e prevalência de anemia (Hblt;110,0 g/L) aos 12 meses de idade. A avaliação da efetividade foi realizada segundo intenção de tratar e adesão ao protocolo, utilizando-se análises de regressão múltipla (linear e de Poisson).(1)
Os grupos mostraram-se homogêneos quanto às variáveis de caracterização. A intervenção foi operacionalizada com sucesso, com elevada adesão ao protocolo em ambos os grupos expostos a ela, sem diferença estatística entre eles. Após ajuste, somente o esquema diário apresentou efeito protetor. Na análise por adesão, o esquema diário apresentou evidente efeito dose-resposta para média de hemoglobina sérica e prevalência de anemia, não sendo observado nenhum efeito protetor do esquema semanal.(1)
Portanto, apenas o esquema diário de suplementação universal com Sulfato Ferroso (substância ativa) dos 6 aos 12 meses de idade foi efetivo em aumentar a concentração de hemoglobina sérica e em reduzir o risco de anemia. (1)
Segundo revisão bibliográfica realizada por Cardoso, M. A. amp; Penteado, M. V. C, o tratamento com ferro medicamentoso deve ser utilizado em todos os pacientes com diagnóstico clínico-laboratorial de anemia, uma vez que as modificações da dieta por si só não podem corrigir a anemia por deficiência de ferro (ADF). O tratamento de escolha é a administração oral de ferro. O Sulfato Ferroso (substância ativa) é o sal de escolha devido ao seu baixo custo e alta biodisponibilidade. A dose de tratamento depende da severidade da anemia.(2)
A suplementação com ferro como medida preventiva tem grande chance de sucesso quando dirigida a grupos específicos como gestantes e lactantes, lactentes e préescolares.
Crianças com baixo peso ao nascer (lt; 2,5 kg) apresentam velocidade de crescimento pós-natal maior; por isso, recomenda-se 2 mg de ferro elementar/kg de peso/dia a partir do segundo mês de idade. Para crianças em idade escolar, se a prevalência de ADF apresentar magnitude importante, o serviço de saúde em assistência primária e os professores poderão fornecer doses diárias de 30 a 60 mg de ferro elementar/dia, dependendo da idade e do peso da criança.(2)
A necessidade de intervenções para o controle da prevalência da anemia ferropriva deve ser determinada pela magnitude da deficiência nutricional e pelo conhecimento de seus efeitos na qualidade de vida, morbidade e mortalidade. A abordagem mais usual é fornecer ferro suplementar a gestantes, nutrizes e lactentes em programas de assistência primária à saúde, reconhecidamente os grupos de maior vulnerabilidade.(2)
Um estudo foi realizado com o objetivo de determinar a situação de ferro das crianças que consumiam mingau cozido em água com adição de Sulfato Ferroso (substância ativa). Um total de 234 crianças, com idades entre 6-12 meses, foram recrutados na República Popular Democrática da Coreia (RPDC Coreia do Norte) e divididos aleatoriamente em grupo ferro (Fe) e grupo placebo. No início do estudo, não havia diferenças significativas entre os dois grupos no que diz respeito à concentração de hemoglobina (Grupo Fe com Hb = 111 ± 10.4 e grupo placebo com Hb = 111 ± 10.0) e na prevalência de anemia. O grupo Fe recebeu mingau de arroz fortificado com 10 mg de ferro (como Sulfato Ferroso (substância ativa)) por dia, adicionada à água em que o arroz era cozido e o grupo placebo recebeu cereal nãofortificado por 6 meses.(3)
Após a intervenção, a concentração média de hemoglobina no grupo Fe foi significativamente maior do que no grupo controle (grupo Fe 118 g/L e grupo placebo 110 g/L; plt;0,001). A prevalência de crianças com anemia no grupo Fe foi significativamente menor em comparação com os do grupo placebo (grupo Fe com 24% e no grupo placebo com 48%; p lt;0,001). Os valores de ferritina sérica foram significativamente diferentes no final do estudo (Grupo Fe com 40,7 K/L e grupo placebo com 26,8 K/L; plt;0,001). A proporção de crianças com anemia ferropriva (Hb lt; 110 g/L, Ferritina Sérica lt; 12 mcg/L) no grupo Fe foi significativamente menor em comparação com os do grupo placebo (p lt;0,001).(3) Em conclusão, a adição de Sulfato Ferroso (substância ativa) reduziu a prevalência de anemia ferropriva de lactentes na RPDC, sem reações adversas. Esta fortificação simples seria apropriada como um programa nacional na RPDC e em outros países.(3)
Em outro estudo objetivou-se testar a terapêutica com doses profiláticas de sulfato ferroso no combate à anemia carencial ferropriva, em 620 crianças de 4 a 36 meses de idade, atendidas em duas unidades de saúde do Município de São Paulo, Brasil. As crianças foram submetidas a coleta de sangue para dosagem de hemoglobina. Em seguida, foi prescrita dosagem de 12 mg/dia de ferro elementar, por 30 dias.
Observouse que 25% dos menores de 6 meses apresentaram níveis de hemoglobina inferiores a 11,0 g/dl. As maiores ocorrências de anemia foram detectadas entre os de 9 e 23 meses de idade (50,0%).
Decorrido o prazo, apenas 37,4% das crianças com anemia e 52,4% das não anêmicas retornaram para reavaliação. Das 299 que foram reavaliadas, somente 157 (52,5%) receberam a medicação corretamente. A frequência de hemoglobinas inferiores a 9,5 g/dl caiu de 17,1% no início do estudo, para 8,1% ao final da intervenção. Por outro lado, o percentual de crianças com hemoglobinas superiores a 12,0 g/dl subiu de 13,4%, para 33,4%. As que receberam a suplementação férrica de forma correta registraram queda nos índices de anemia sensivelmente maior que a observada naquelas suplementadas de forma incorreta.
Concluiu-se que a terapêutica com doses profiláticas de Sulfato Ferroso (substância ativa) mostrou-se eficiente na recuperação dos níveis de hemoglobina.(4)
Referências:
(1) Engstrom E. M. et al. Efetividade da suplementação diária ou semanal com ferro na prevenção da anemia em lactentes. Revista de Saúde Pública, vol.42 no.5 São Paulo Oct. 2008 Epub Aug 08, 2008.
(2) Cardoso, M. A. amp; Penteado, M. V. C. Intervenções Nutricionais na Anemia Ferropriva. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, 10 (2): 231-240, abr/jun, 1994.
(3) Rim H.Y. MD, et al. Effect ofiron fortification of nursery complementary food on iron status of infants in the DPRKorea. Pac J Clin Nutr 2008;17 (2):264-269.
(4) Torres M.A.A. et al. Terapêutica com doses profiláticas de Sulfato Ferroso (substância ativa) como medida de intervenção no combate à carência de ferro em crianças atendidas em unidades básicas de saúde. Revista de Saúde Pública, vol.28 no.6 São Paulo Dec. 1994.
Xarope
Segundo revisão bibliográfica realizada por Cardoso, M. A. amp; Penteado, M. V. C, o tratamento com ferro medicamentoso deve ser utilizado em todos os pacientes com diagnóstico clínico-laboratorial de anemia, uma vez que as modificações da dieta por si só não podem corrigir a anemia por deficiência de ferro (ADF). O tratamento de escolha é a administração oral de ferro. O Sulfato Ferroso (substância ativa) é o sal de escolha devido ao seu baixo custo e alta biodisponibilidade. A dose de tratamento depende da severidade da anemia.(1)
A suplementação com ferro como medida preventiva tem grande chance de sucesso quando dirigida a grupos específicos como gestantes e lactantes, lactentes e préescolares.
Para crianças em idade escolar, se a prevalência de ADF apresentar magnitude importante, o serviço de saúde em assistência primária e os professores poderão fornecer doses diárias de 30 a 60 mg de ferro elementar/dia, dependendo da idade e do peso da criança.(1)
A necessidade de intervenções para o controle da prevalência da anemia ferropriva deve ser determinada pela magnitude da deficiência nutricional e pelo conhecimento de seus efeitos na qualidade de vida, morbidade e mortalidade. A abordagem mais usual é fornecer ferro suplementar a gestantes, nutrizes e lactentes em programas de assistência primária à saúde, reconhecidamente os grupos de maior vulnerabilidade.(1)
Um estudo foi realizado em 118 crianças com anemia ferropriva (IDA), com idade variando entre 1-6 anos, para comparar a eficácia e efeitos colaterais do Complexo Polymaltose Ferro (IPC) em relação ao Sulfato Ferroso (substância ativa) (SF) em preparações convencionais para tratamento da anemia ferropriva (AF). Os indivíduos foram randomizados para receber terapia oral com um IPC (Grupo A, n = 59) ou SF oral (Grupo B, n = 59), todos receberam ferro elementar em três doses separadas de 6 mg/kg/dia. Cento e seis crianças puderam completar o estudo, sendo 53 em cada grupo.(2)
Na maioria dos casos, em ambos os grupos A e B mostraram aumento da hemoglobina após o tratamento. Nenhuma mudança foi observada na Hb em 7,6% (n = 4) das crianças do grupo A e 1,9% (n = 1) do Grupo B. Onze (20,75%) casos apresentaram diminuição da hemoglobina no Grupo A, enquanto nenhum caso apresentou diminuição na hemoglobina no grupo B. Os efeitos colaterais gastrintestinais foram 2,5 vezes mais comum no grupo SF em relação ao grupo IPC (grupo IPC = 4 (7,6%) e grupo SF = 9 (17,0%)). Entretanto, um conjunto de queixas residuais foram mais comuns no grupo do IPC em relação ao grupo FS em um mês de seguimento (grupo IPC = 16 (30.8%) e grupo SF = 2 (3.8%)).(2)
Portanto, as crianças que receberam Sulfato Ferroso (substância ativa) tinham maior nível de hemoglobina, e menos queixas residuais, em comparação com aqueles que haviam recebido polymaltose complexo de ferro. Esse estudo sugere que o Sulfato Ferroso (substância ativa) tem uma melhor resposta clínica e menos efeitos adversos significativos durante o tratamento da anemia ferropriva em crianças.(2)
Referências:
(1) Cardoso, M. A. amp; Penteado, M. V. C. Intervenções Nutricionais na Anemia Ferropriva. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, 10 (2): 231-240, abr/jun, 1994.
(2) Bopche A. V. et al. Ferrous Sulfate Versus Iron Polymaltose Complex for Treatment of Iron Deficiency Anemia in Children. Indian Pediatrics. Vol. 46, October 17, 2009. Published online 2009 April 15. PII:S097475590700648-2.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Lomfer.
Características Farmacológicas
Mecanismo de Ação
O ferro é um componente essencial na função fisiológica da hemoglobina; são necessárias quantidades adequadas de ferro para a eritropoiese e a capacidade resultante de transportar oxigênio no sangue. O ferro tem uma função similar na produção de mioglobina e também serve como co-fator de várias enzimas essenciais. Quando se administra por via oral, em alimentos ou como suplementos, o ferro passa através das células mucosas no estado ferroso e se une à proteína transferrina. Esta forma de ferro é transportada do organismo à medula óssea para a produção de glóbulos vermelhos.
Farmacocinética
A absorção de ferro aumenta quando os depósitos estão vazios ou quando aumenta a produção de glóbulos vermelhos. Entretanto, elevadas concentrações de ferro diminuem a absorção.
Nas formas farmacêuticas orais, a absorção se comporta da seguinte forma:
- Pessoas com deficiência de ferro: absorve de 20 a 30%, sendo a quantidade aproximadamente proporcional ao grau de deficiência;
- Pessoas sem deficiência de ferro: absorve-se de 3 a 10% do ferro ingerido. A absorção se processa principalmente no duodeno e jejuno proximal e é maior quando o ferro é ingerido com o estômago vazio. A absorção é mais eficaz quando o ferro encontra-se em sua forma ferrosa, do que quando está na forma férrica. Quando se administra com alimentos, a quantidade de ferro absorvida pode reduzir em 1/2 a 1/3 da dose ingerida com o estômago vazio. A união à proteína é muito elevada, cerca de 90% (hemoglobina-elevada; mioglobina, enzimas e transferrina-baixa e hemossiderinabaixa).
Não existe um sistema fisiológico de eliminação para o ferro e este pode acumular-se no organismo em quantidades tóxicas, entretanto, diariamente perdem-se pequenas quantidades de ferro, algumas vezes no suor, leite materno (0,5 a 1,0 mg/dia); sangue menstrual e urina.
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Lomfer.
Cuidados de Armazenamento do Lomfer Xarope
Conservar o produto em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da umidade.
Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de sua fabricação.
Após aberto, manter o frasco bem fechado, em sua embalagem original.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas
O xarope de Lomfer apresenta coloração amarela com sabor e odor característico de sulfato ferroso.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Lomfer Xarope
Reg. MS – 1.0504.0005
Farmacêutica Responsável:
Maria Angelina Nardy Mattos
CRF-MG nº 10.437
Laboratórios Osório de Moraes Ltda.
Av. Cardeal Eugênio Pacelli, n.° 2281
Cep.: 32.210–001
Cidade Industrial – Contagem – MG
CNPJ: 19.791.813/0001-75
Indústria Brasileira
Atendimento ao Consumidor:
DDG: 0800 031 0844
Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas procure orientação médica.