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Bula do Lovaton

– Crianças
– Pacientes com doença hepática grave.
– Hipersensibilidade à fórmula.

Como usar o Lovaton

Uso Oral

Adultos

– Iniciar com 20 mg por dia, em dose única.

– A dose máxima diária é de 80 mg.

Precauções do Lovaton

Miopatia/rabdomiólise

A Lovastatina (substância ativa), assim como outros inibidores da HMG-CoA reductase, ocasionalmente causa miopatia, manifestada como dor, sensibilidade ou fraqueza musculares com creatina quinase (CK) 10 x acima do limite superior de normalidade (ULN). A miopatia, algumas vezes, tem a forma da rabdomiólise com ou sem insuficiência renal aguda, secundária à mioglobinúria, e raras fatalidades ocorreram. O risco de miopatia é elevado em altos níveis de atividade inibitória de HMG-CoA reductase no plasma.

O risco de miopatia/rabdomiólise é elevado pelo uso concomitante de Lovastatina (substância ativa) com o que segue

Potentes inibidores de CYP3A4, por exemplo, itraconazol, cetoconazol, eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores da HIV protease ou nefazodona, particularmente com maiores doses de Lovastatina (substância ativa).

Medicamentos de diminuição de lipídio podem causar miopatia quando administrados isolados

Genfibrozila, outros fibratos ou doses de diminuição de lipídio (gt; 1g/dia) de niacina, particularmente com maiores doses de Lovastatina (substância ativa).

Outros medicamentos

Ciclosporina ou danazol, particularmente com maiores doses de Lovastatina (substância ativa).

Amiodarona ou verapamil

O risco de miopatia/rabdomiólise é elevado quando amiodarona ou verapamil é usado concomitantemente com maiores doses de um membro particularmente relacionado da classe de inibidor de HMG-CoA reductase.

Ácido fusídico

O risco de miopatia pode ser elevado quando ácido fusídico é usado concomitantemente com um membro particularmente relacionado da classe de inibidor de HMG- CoA reductase.

Assim como com outros inibidores da HMG-CoA redutase, o risco de miopatia/rabdomiólise é relacionado à dose.

Em um estudo clínico (EXCEL) no qual os pacientes foram cuidadosamente monitorados e alguns medicamentos de interação foram excluídos, houve um caso de miopatia entre 4933 pacientes randomizados para receber Lovastatina (substância ativa) a 20-40mg diariamente durante 48 semanas e 4 entre 1649 pacientes randomizados para receber 80mg diariamente.

Dosagem de Creatina Quinase (CK)

A Creatina Quinase (CK) não deve ser medida após exercício intenso ou na presença de qualquer causa alternativa plausível de aumento da CK já que isso torna difícil a interpretação dos resultados. Se as concentrações de CK forem significativamente elevadas na avaliação basal (gt; 5 X LSN), o exame deve ser repetido dentro de 5 a 7 dias, posteriormente, para confirmar os resultados.

Antes do tratamento

Todos os pacientes iniciando a terapia com Lovastatina (substância ativa), ou cuja dose de Lovastatina (substância ativa) está sendo elevada, devem ser aconselhados do risco de miopatia e deve-se pedir que relatem imediatamente qualquer dor, sensibilidade ou fraqueza musculares inexplicadas.

Cuidado deve ser tomado em pacientes com fatores de pré-disposição de rabdomiólise.

A fim de estabelecer um valor basal de referência, um nível de CK deve ser medido antes de iniciar um tratamento nas seguintes situações

Nessas situações, o risco de tratamento deve ser considerado em relação ao possível benefício, e monitoramento clínico é recomendado. Se um paciente tiver previamente apresentado um distúrbio muscular recebendo um fibrato ou uma estatina, o tratamento com um membro diferente da classe deve apenas ser iniciado com cuidado. Se os níveis de CK forem significativamente elevados na avaliação basal (gt; 5 x ULN), o tratamento não deve ser iniciado.

Enquanto estiver em tratamento

Se dor, fraqueza ou cãibras musculares ocorrerem enquanto um paciente estiver recebendo tratamento com uma estatina, seus níveis de CK devem ser medidos. Se esses níveis forem considerados, na ausência de exercício estrênuo, como sendo significativamente elevados (gt; 5 x ULN), tratamento deve ser interrompido. Se os sintomas musculares forem severos e causarem desconforto diário, mesmo se os níveis de CK forem lt; 5 x ULN, a descontinuação do tratamento pode ser considerada. Se houver suspeita de miopatia por qualquer outra razão, o tratamento deve ser descontinuado.

Se os sintomas resolverem-se e os níveis de CK retornarem ao normal, então, a reintrodução da estatina ou introdução de uma estatina alternativa pode ser considerada na dose mais baixa e com monitoramento de perto.

A terapia com Lovastatina (substância ativa) deve ser temporariamente interrompida alguns dias antes da cirurgia principal eletiva e quando qualquer condição médica ou cirúrgica principal ocorrer.

Consequentemente

  1. O uso de Lovastatina (substância ativa) concomitantemente com potentes inibidores de CYP3A4 (por exemplo, itraconazol, cetoconazol, eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores da HIV protease ou nefazodona) deve ser evitado. Se o tratamento com itraconazol, cetoconazol, eritromicina, claritromicina ou telitromicina for inevitável, a terapia com Lovastatina (substância ativa) deve ser suspensa durante o curso do tratamento. O uso concomitante com outros medicamentos marcados como tendo um potente efeito inibitório no CYP3A4 em doses terapêuticas deve ser evitado a menos que os benefícios da terapia combinada superem o risco elevado.
  2. A dose de Lovastatina (substância ativa) não deve exceder 20mg diariamente em pacientes recebendo medicação concomitante com ciclosporina, danazol, genfibrozila, outros fibratos ou doses de diminuição de lipídio (gt; 1g/dia) de niacina. O uso combinado de Lovastatina (substância ativa) com genfibrozila deve ser evitado a menos que o benefício da alteração adicional nos níveis lipídicos seja provável de superar o risco elevado dessa combinação medicamentosa. Os benefícios do uso de Lovastatina (substância ativa) em pacientes recebendo outros fibratos, niacina, ciclosporina ou danazol devem ser cuidadosamente ponderados contra os riscos dessas combinações medicamentosas. A adição de fibratos ou niacina à Lovastatina (substância ativa) tipicamente fornece pouca redução adicional no LDL-C, mas reduções adicionais de TG e aumentos adicionais no HDL-C podem ser obtidos. Combinações de fibratos ou niacina com baixas doses de Lovastatina (substância ativa) foram usadas sem miopatia em estudos clínicos pequenos, de curto prazo com monitoramento cuidadoso.
  3. A dose de Lovastatina (substância ativa) não deve exceder 40mg diariamente em pacientes recebendo medicação concomitante com amiodarona ou verapamil. O uso combinado de Lovastatina (substância ativa) em doses maiores de 40mg diariamente com amiodarona ou verapamil deve ser evitado a menos que o benefício clínico seja provável de superar o risco elevado de miopatia.
  4. Os pacientes recebendo ácido fusídico e Lovastatina (substância ativa) devem ser monitorados de perto. A suspensão temporária do tratamento com Lovastatina (substância ativa) pode ser considerada.
  5. Todos os pacientes iniciando a terapia com Lovastatina (substância ativa), ou cuja dose de Lovastatina (substância ativa) está sendo elevada, devem ser aconselhados do risco de miopatia e deve-se pedir que relatem imediatamente qualquer dor, sensibilidade ou fraqueza musculares inexplicadas. A terapia com Lovastatina (substância ativa) deve ser descontinuada imediatamente, se miopatia for diagnosticada ou suspeita. A presença desses sintomas e/ou um nível de CK gt; 10 vezes o limite superior de normalidade indica miopatia. Em muitos casos, quando os pacientes foram prontamente descontinuados do tratamento, os sintomas musculares e os aumentos de CK resolveram-se. Determinações de CK periódicas podem ser consideradas em pacientes começando terapia com Lovastatina (substância ativa) ou cuja dose está sendo elevada, mas não há garantia que esse monitoramento prevenirá miopatia.
  6. Muitos dos pacientes que desenvolveram rabdomiólise recebendo terapia com Lovastatina (substância ativa) tiveram histórico médicos complicados, incluindo insuficiência renal comumente como uma consequência de diabetes mellitus de muito tempo. Esses pacientes merecem monitoramento mais rigoroso. A terapia com Lovastatina (substância ativa) deve ser temporariamente interrompida alguns dias antes da cirurgia principal eletiva e quando qualquer condição médica ou cirúrgica principal ocorrer.

Efeitos hepáticos

Nos estudos clínicos iniciais, aumentos marcantes (a mais de 3 vezes o ULN) nas transaminases ocorreram em poucos pacientes, comumente aparecendo 3 a 12 meses após o início da terapia com Lovastatina (substância ativa), mas sem o desenvolvimento de icterícia ou outros sinais ou sintomas clínicos. Não há evidência de hipersensibilidade. Uma biopsia hepática foi realizada em um desses pacientes e mostrou leve hepatite focal. Alguns desses pacientes apresentaram testes de função hepática anormais antes da terapia com Lovastatina (substância ativa) e/ou consumiram quantidades substanciais de álcool. Em pacientes nos quais o medicamento foi interrompido ou descontinuado devido às transaminases elevadas, incluindo o paciente que foi submetido à biopsia hepática, os níveis de transaminase caíram lentamente aos níveis de pré-tratamento.

No estudo de 48 semanas, realizado em 8.245 pacientes, a incidência de aumentos marcantes (mais de 3 x LSN) nas transaminases séricas foi 0,1% para placebo, 0,1% para Lovastatina (substância ativa) 20 mg/dia, 0,9% para Lovastatina (substância ativa) 40 mg/dia e 1,5% para Lovastatina (substância ativa) 80 mg/dia.

Recomendou-se que os testes de função hepática fossem realizados antes do início da terapia em pacientes com um histórico de doença hepática ou quando, de outra forma, clinicamente indicado. Recomendou-se que os testes de função hepática fossem realizados em todos os pacientes antes do uso de 40mg ou mais, diariamente, e posteriormente quando clinicamente indicado.

Caso os níveis de transaminase sérica aumentassem para mais de três vezes o ULN, o risco potencial de continuar a Lovastatina (substância ativa) deve ser ponderado contra os benefícios esperados. As medições de transaminase devem ser repetidas prontamente; caso essas elevações sejam persistentes ou progressivas, o medicamento deve ser descontinuado.

Assim como com outros agentes de diminuição de lipídio, elevações moderadas (menos de três vezes o ULN) de transaminases séricas foram relatadas durante a terapia com Lovastatina (substância ativa). Essas alterações apareceram logo após o início da terapia com Lovastatina (substância ativa), foram comumente transitórias e não foram acompanhadas por nenhum sintoma; a interrupção do tratamento não foi necessária.

O medicamento deve ser usado com cuidado em pacientes que consomem quantidades substanciais de álcool e/ou têm um histórico de doença hepática. Doença hepática ativa ou elevações persistentes inexplicadas de transaminases séricas é uma contraindicação ao uso de Lovastatina (substância ativa).

Avaliações oftálmicas

Na ausência de qualquer terapia com medicamento, um aumento no predomínio de opacidades de cristalino com o tempo é esperado como um resultado do envelhecimento. Dados de longo prazo de estudos clínicos não indicam um efeito adverso de Lovastatina (substância ativa) nos cristalinos humanos.

Doença pulmonar intersticial

Casos excepcionais de doença pulmonar intersticial foram relatados com algumas estatinas, especialmente com terapia de longo prazo. Características presentes podem incluir dispneia, tosse não produtiva e deterioração na saúde geral (fadiga, perda de peso e febre). Se houver suspeita de que um paciente desenvolveu doença pulmonar intersticial, a terapia com estatina deve ser descontinuada.

Crianças e adolescentes

Em estudos controlados, não houve efeito detectável no crescimento ou maturação sexual em adolescentes do sexo masculino ou do comprometimento do ciclo mestrual em adolescentes do sexo feminino.

Adolescentes do sexo feminino devem ser aconselhadas sobre os métodos contraceptivos adequados durante o tratamento com Lovastatina (substância ativa), A Lovastatina (substância ativa) não foi adequadamente estudada em crianças pré-púberes ou em pacientes com menos de 10 anos de idade.

Idosos

Em um estudo controlado em pacientes idosos com mais de 60 anos de idade, a eficácia pareceu semelhante àquela observada na população como um todo, e não houve aumento aparente na frequência de achados adversos clínicos ou laboratoriais.

Hipercolesterolemia familiar homozigótica

Em pacientes com a rara hipercolesterolemia familiar homozigótica, a Lovastatina (substância ativa) foi menos eficaz, possivelmente porque esses pacientes não possuem receptores de LDL funcionais. A Lovastatina (substância ativa) parece ser mais provável de aumentar as transaminases séricas nesses pacientes homozigóticos.

Hipertrigliceridemia

A Lovastatina (substância ativa) possui apenas um efeito de diminuição de triglicéride moderado e não é indicada onde a hipertrigliceridemia for a anormalidade de maior preocupação (isto é, hiperlipidemia tipos I, IV e V).

Diabetes Mellitus

Alguma evidência sugere que estatinas como uma classe aumentam a glicose sanguínea em alguns pacientes, com alto risco de diabetes futuras, podem produzir um nível de hiperglicemia onde cuidado formal com diabetes é adequado. Esse risco, entretanto, é superado pela redução no risco vascular com estatinas e, portanto, não deve ser uma razão para interrupção do tratamento com estatina. Os pacientes correndo risco (glicose em jejum 5,6 a 5,9mmol/L, IMC gt; 30kg/m2, triglicérides elevados, hipertensão) devem ser monitorados clínica e bioquimicamente de acordo com as diretrizes nacionais.

Gravidez e amamentação

A Lovastatina (substância ativa) é contraindicada para uso em mulheres grávidas. A segurança do medicamento para mulheres grávidas não foi estabelecida. Não foram realizados ensaios clínicos controlados com Lovastatina (substância ativa) em mulheres grávidas. Relatos raros de anomalias congênitas após a exposição intrauterina a inibidores da HMG-CoA redutase foram recebidos. No entanto, na análise de aproximadamente 200 mulheres grávidas expostas durante o primeiro trimestre de gestação à Lovastatina (substância ativa) ou a outro inibidor da HMG-CoA redutase, a incidência de anomalias congênitas foi comparável com a observada na população em geral.

Embora não haja evidências de que a incidência de anomalias congênitas ocorram durante a exposição à Lovastatina (substância ativa) ou a outro inibidor da HMG-CoA redutase, o tratamento materno com Lovastatina (substância ativa) pode reduzir os níveis fetais de mevalonato, que é um precursor da biossíntese do colesterol. A aterosclerose é um processo crônico e uma suspensão de medicamentos hipolipemiantes durante a gravidez deve ter pouco impacto a longo prazo quando associado a hipercolesterolemia primária. Por estas razões, a Lovastatina (substância ativa) não deve ser utilizada por mulheres grávidas, com suspeita de gravidez ou que pretendem engravidar. O tratamento com a Lovastatina (substância ativa) deve ser suspenso durante o período da gravidez ou até que seja comprovado que não há risco de gravidez.

Não se sabe se a Lovastatina (substância ativa) é excretada no leite materno. Como muitos medicamentos são excretados no leite humano, mulheres que tomam Lovastatina (substância ativa) não devem amamentar.

Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.

Capacidade de dirigir veículos e máquinas

A Lovastatina (substância ativa) tem pouca ou nenhuma influência na capacidade de dirigir veículos e usar máquinas. Entretanto, ao dirigir veículos ou operar máquinas, deve-se levar em consideração que tontura foi relatada raramente na experiência pós-comercialização.

Reações Adversas do Lovaton

A Lovastatina (substância ativa) é geralmente bem tolerada; para a maioria, os efeitos colaterais foram de natureza leve e transitória.

As reações adversos à Lovastatina (substância ativa) observadas nos estudos clínicos e na experiência pós-comercialização foram agrupados de acordo com a sua incidência.

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Flatulência, diarreia, constipação, náusea, dispepsia, tontura, visão embaçada, cefaleia, cãibras musculares, mialgia, erupções cutâneas e dor abdominal.

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Fadiga, prurido, boca seca, insônia, distúrbios do sono e disgeusia.

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Miopatia e rabdomiólise, aumentos marcantes e persistentes de transaminases séricas; elevações marcantes da CK sérica.

Uma síndrome de hipersensibilidade aparente foi raramente relatada, que incluiu uma ou mais das seguintes características

Anafilaxia, angioedema, síndrome semelhante à lúpus, polimialgia reumática, dermatomiosite, vasculite, trombocitopenia, leucopenia, eosinofilia, anemia hemolítica, ANA positivo, aumento de ESR, artrite, artralgia, urticária, astenia, fotossensibilidade, febre, rubor, calafrios, dispneia e mal-estar.

Reações reportadas sem incidência conhecida

Os seguintes efeitos colaterais adicionais foram relatados, uma vez que o medicamento foi comercializado

Hepatite, icterícia colestática, vômito, anorexia, parestesia, neuropatia periférica, disfunção da memória, distúrbios psíquicos incluindo ansiedade, depressão, disfunção erétil, alopecia, necrólise epidérmica tóxica e eritema multiforme, incluindo síndrome de Stevens-Johnson.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa do Lovaton

Interações de CYP3A4

A Lovastatina (substância ativa) é metabolizada pela CYP3A4, mas não possui atividade inibitória de CYP3A4; portanto, não é esperado afetar as concentrações plasmáticas de outros medicamentos metabolizados pela CYP3A4.

Potentes inibidores de CYP3A4 (abaixo) aumentam o risco de miopatia através da redução da eliminação de Lovastatina (substância ativa).

Interações com medicamentos hipolipemiantes que podem causar miopatia quando administrados isolados

O risco de miopatia também é aumentado pelos seguintes medicamentos hipolipemiantes que não são potentes inibidores de CYP3A4, mas que podem causar miopatia quando administrados isolados: genfibrozila, outros fibratos ou doses hipolipemiantes (?1 g/dia) de niacina.

Outras interações medicamentosas

Ciclosporina ou danazol

O risco de miopatia/rabdomiólise é elevado pela administração concomitante de ciclosporina ou danazol particularmente com maiores doses de Lovastatina (substância ativa).

Amiodarona ou verapamil

O risco de miopatia/rabdomiólise é elevado quando amiodarona ou verapamil é usado concomitantemente com doses maiores de um membro particularmente relacionado da classe de inibidor da HMG-CoA redutase.

Ácido fusídico

O risco de miopatia pode ser elevado quando ácido fusídico é usado concomitantemente com um membro particularmente relacionado da classe de inibidor de HMG-CoA redutase.

Derivados de cumarina

Quando a Lovastatina (substância ativa) e derivados de cumarina são administrados concomitantemente, o tempo de protrombina (TP) pode ser elevado em alguns pacientes. Recomendou-se que em pacientes tomando anticoagulantes, o TP seja determinado antes do início de Lovastatina (substância ativa) e com frequência suficiente durante a terapia inicial para assegurar que nenhuma alteração significativa ocorra. Uma vez que um TP estável tenha sido documentado, os TPs podem ser monitorados em intervalos comumente recomendados para pacientes recebendo anticoagulantes de cumarina.

Se a dose de Lovastatina (substância ativa) for alterada, o mesmo procedimento deve ser repetido. A terapia com Lovastatina (substância ativa) não foi associada com sangramento ou com alterações no tempo de protrombina em pacientes que não tomam anticoagulantes.

Interação Alimentícia do Lovaton

Suco de grapefruit contém um ou mais componentes que inibem a CYP3A4 e pode aumentar os níveis plasmáticos de medicamentos metabolizados pela CYP33A4. O efeito do consumo típico (um copo de 250 mL diariamente) é mínimo (aumento de 34% na atividade inibitória da HMG-CoA redutase plasmática ativa conforme medida pela área sob a curva de concentração-tempo) e sem relevância clínica.

Entretanto, quantidades muito grandes (mais de 1 L diariamente) aumentam significativamente o nível plasmático da atividade inibitória da HMG-CoA redutase durante a terapia com Lovastatina (substância ativa) e devem ser evitadas.

Ação da Substância Lovaton

Resultados da eficácia

A Lovastatina (substância ativa) foi utilizada no tratamento de 20 pacientes portadores de hipercolesterolemia primária durante 16 semanas, sendo as quatro iniciais sob uso de placebo e 12 semanas de tratamento ativo com Lovastatina (substância ativa) 20 a 40 mg ao dia. Análise de variância mostrou ao final do tratamento ativo reduçöes estatisticamente significativas (P 0,01) para colesterol total (27%) e LDL-colesterol (33%). As alterações de HDL- colesterol e triglicerídeos não atingiram significância estatística. Näo foram observadas alteraçöes clínicas, laboratoriais, nem efeitos colaterais significativos durante a duraçäo do tratamento.

Giannini e cols conduziram um estudo duplo-cego para comparar a eficácia e segurança da Lovastatina (substância ativa) em relação à pravastatina em doses crescentes, em 48 pacientes com hipercolesterolemia (LDL-colesterol gt;160mg/dL após 7 semanas de placebo). Os pacientes foram randomizados em dois grupos iguais e acompanhados por 18 semanas. As doses iniciais de Lovastatina (substância ativa) e pravastatina foram 20 e 10 mg, respectivamente, e poderiam ser dobradas após 6 e 12 semanas, de acordo com o alvo desejado de LDL- colesterol. Ao final do período placebo e na 6a, 12a e 18a semanas foram avaliados em relaçäo aos dados clínicos e aspectos laboratoriais, compreendendo perfil lipídico (CT, TG, HDL-colesterol e LDL-colesterol); enzimas (AST, ALT, CPK, gama-GT, fosfatase alcalina); dados bioquímicos (ureia, creatinina, bilirrubinas, ácido úrico, glicose); hematológico completo e urina tipo I.

As duas drogas determinaram reduçöes significativas de CT e LDL-colesterol com as menores doses de uso clínico, acentuadas com aumento progressivo das doses. Essas respostas contudo foram sempre significativamente maiores para Lovastatina (substância ativa), para todas as doses utilizadas. Näo foram observados efeitos adversos que exigissem interrupçäo de tratamento para ambas as drogas.

A eficácia da Lovastatina (substância ativa) no tratamento da hipercolesterolemia não controlada através de dieta foi avaliada em 87 pacientes em um estudo aberto, multicêntrico realizado na Venezuela, durante 8 semanas. A dose de 20 mg por dia, administrada por via oral com o jantar, reduziu de forma significativa as concentrações do colesterol total em 27,6%, e do LDL-colesterol em 34,6%. Não foram observadas alterações significativas nas concentrações de HDL-colesterol e triglicerídeos. A tolerabilidade ao tratamento foi excelente, com eventos adversos reportados em menos de 4,5% dos casos: cólicas abdominais, erupção cutânea e mialgia. Não foi necessário suspender a droga em qualquer paciente devido a eventos adversos.

Características Farmacológicas

A Lovastatina (substância ativa) é a forma inativa de lactona do correspondente ácido hidroxílico aberto, um potente inibidor da síntese endógena do colesterol sendo, portanto, um agente redutor do colesterol.

Propriedades farmacodinâmicas

Após a absorção gastrintestinal a Lovastatina (substância ativa) é rapidamente hidrolisada para o hidroxiácido aberto, um inibidor competitivo da 3-hidroxi-3-metilglutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase, uma enzima que catalisa uma etapa precoce e limitante na biossíntese do colesterol. Como resultado, em estudos clínicos, a Lovastatina (substância ativa) reduziu as concentrações plasmáticas de colesterol total, LDL- colesterol e VLDL-colesterol.

Adicionalmente, a Lovastatina (substância ativa) aumentou modestamente o HDL-colesterol e reduziu modestamente os triglicérides plasmáticos. A forma ativa da Lovastatina (substância ativa) é um inibidor específico da HMG-CoA redutase, a enzima que catalisa a conversão de HMG-CoA para mevalonato. Em virtude dessa conversão ser uma etapa precoce na biossíntese do colesterol, não se espera que a terapia com a Lovastatina (substância ativa) cause acúmulo de esteróis potencialmente tóxicos. Além disso, a HMG-CoA é rapidamente metabolizada de volta a acetil-CoA, que participa de muitos processos biossintéticos do organismo.

Em estudos com animais, após doses orais, a Lovastatina (substância ativa) demonstrou alta seletividade pelo fígado, onde atinge concentrações substancialmente mais altas do que nos demais tecidos. A Lovastatina (substância ativa) é largamente extraída na primeira passagem pelo fígado, seu local primário de ação, com subsequente excreção da droga pela bile. A Lovastatina (substância ativa) foi estudada no tratamento de hipercolesterolemia primária, quando a dieta apenas foi insuficiente. A Lovastatina (substância ativa) foi altamente eficaz na redução do LDL-colesterol e colesterol total, nas formas de hipercolesterolemia heterozigótica familiar e não-familiar, e na hiperlipidemia mista, quando o colesterol elevado era preocupante.

Observou-se marcante resposta em duas semanas, e a resposta terapêutica máxima ocorreu em 4 a 6 semanas. A resposta foi mantida enquanto durou a terapia. Quando a terapia com a Lovastatina (substância ativa) foi interrompida, o nível de colesterol total retornou aos níveis anteriores ao tratamento. A Lovastatina (substância ativa) foi eficaz na hipercolesterolemia primária não-complicada de pacientes com diabetes do tipo 1 bem controlado ou diabetes do tipo 2. As reduções dos lípides plasmáticos foram semelhantes às relatadas em populações não-diabéticas. O controle da glicose não foi afetado adversamente. Em estudos clínicos, a Lovastatina (substância ativa) retardou a progressão da aterosclerose coronariana, com ou sem terapia concomitante com colestipol.

Propriedades farmacocinéticas

Os estudos mostraram os seguintes resultados

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