- Infecções do trato respiratório inferior;
- Infecções urinárias, incluindo infecções complicadas;
- Infecções intra-abdominais;
- Infecções ginecológicas, incluindo infecções pós-parto;
- Infecções de pele e anexos;
- Meningite (inflamação das membranas do cérebro ou da medula espinhal);
- Septicemia (doença sistêmica causada pela propagação de microrganismos e suas toxinas através do sangue);
- Tratamento empírico, incluindo monoterapia inicial para infecções presumidamente bacterianas, em pacientes neutropênicos (com baixo número de neutrófilos no sangue);
- Infecções polimicrobianas (causadas por vários microrganismos), devido ao seu amplo espectro de atividade bactericida contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, aeróbicas e anaeróbicas, meropeném é eficaz para o tratamento de infecções polimicrobianas;
- Fibrose cística. Meropeném intravenoso tem sido utilizado eficazmente em pacientes com fibrose cística e infecções crônicas do trato respiratório inferior, tanto como monoterapia, quanto em associação com outros agentes antibacterianos. O patógeno não tem sido sempre erradicado nestes tratamentos.
Como Meropenem Tri-hidratado ABL Brasil funciona?
O meropeném é um antibiótico carbapenêmico para uso parenteral (administrado por via injetável).
O meropeném exerce sua ação bactericida através da interferência com a síntese da parede celular bacteriana. A facilidade com que penetra nas células bacterianas, seu alto nível de estabilidade a maioria das serinas betalactamases e sua notável afinidade pelas múltiplas proteínas ligantes de penicilina (PBPs) explicam a potente atividade bactericida de meropeném contra um amplo espectro de bactérias aeróbicas e anaeróbicas.
Contraindicação do Meropenem – ABL Brasil
Você não deve utilizar meropeném tri-hidratado se apresentar alergia ao meropeném ou carbonato de sódio anidro. Antes de iniciar o tratamento com meropeném tri-hidratado, informe seu médico se você tem reação alérgica a qualquer outro antibiótico, incluindo penicilinas, outros carbapenêmicos ou outros antibióticos betalactâmicos.
Como usar o Meropenem – ABL Brasil
Adultos
A faixa de dosagem é de 1,5 g a 6,0 g diários, divididos em três administrações.
Dose usual:
500 mg a 1 g, por administração intravenosa a cada 8 horas, dependendo do tipo e da gravidade da infecção, da suscetibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das condições do paciente.
Exceções:
- Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 1 g a cada 8 horas.
- Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 2 g a cada 8 horas.
Quando tratar-se de infecções conhecidas ou suspeitas de serem causadas por Pseudomonas aeruginosa, recomenda-se doses de pelo menos 1 g a cada 8 horas para adultos (a dose máxima não deve ultrapassar 6 g por dia, divididos em 3 doses) e doses de pelo menos 20 mg/kg a cada 8 horas para crianças (a dose máxima não deve ultrapassar 120 mg/kg por dia, divididos em 3 doses).
Testes regulares de suscetibilidade são recomendados no tratamento de infecções por Pseudomonas aeruginosa.
Meropeném tri-hidratado deve ser administrado como injeção intravenosa direta por aproximadamente 5 minutos ou por infusão intravenosa de aproximadamente 15 a 30 minutos. Há dados limitados sobre segurança disponíveis para apoiar a administração intravenosa direta de 40 mg/kg para crianças.
Adultos com doença renal
A dose deve ser reduzida em pacientes com clearance (depuração) de creatinina inferior a 51 mL/min, como esquematizado abaixo:
Clearance de Creatinina (mL/min) | Dose (baseada na faixa de unidade de dose de 500 mg a 2,0 g a cada 8 horas) | Frequência |
26 – 50 | 1 unidade de dose | A cada 12 horas |
10 – 25 | 1/2 unidade de dose | A cada 12 horas |
lt;10 | 1/2 unidade de dose | A cada 24 horas |
Meropeném tri-hidratado é eliminado através da hemodiálise e hemofiltração. Caso seja necessária a continuidade do tratamento com meropeném tri-hidratado, recomenda-se que no final do procedimento de hemodiálise o tratamento efetivo seja reinstituído na dosagem adequada baseada no tipo e gravidade da infecção.
Não existe experiência com diálise peritoneal.
Adultos com doença hepática
Não é necessário ajuste de dose.
Idosos
Não é necessário ajuste de dose para idosos com função renal normal ou com valores de clearance de creatinina superiores a 50 mL/min.
Crianças
Para crianças acima de 3 meses de idade e até 12 anos, a dose intravenosa é de 10 a 40 mg/kg a cada 8 horas, dependendo do tipo e da gravidade da infecção, da suscetibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das condições do paciente. Em crianças com peso superior a 50 kg, deve ser utilizada a posologia para adultos.
Exceções:
- Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 20 mg/kg a cada 8 horas.
- Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 40 mg/kg a cada 8 horas.
Meropeném tri-hidratado deve ser administrado como injeção intravenosa direta por aproximadamente 5 minutos ou por infusão intravenosa de aproximadamente 15 a 30 minutos. Há dados limitados sobre segurança disponíveis para apoiar a administração intravenosa direta de 40 mg/kg para crianças.
Não há experiência em crianças com função renal alterada.
Reconstituição e Diluição
Atenção:
Frequentemente os hospitais reconstituem produtos injetáveis utilizando agulhas 40×12, que aumentam a incidência de pequenos fragmentos de rolha serem levados para dentro do frasco durante o procedimento. Agulhas 30×8 ou 25×8, embora dificultem o processo de reconstituição, têm menor probabilidade de carregarem partículas de rolhas para dentro dos frascos. Deve-se, no entanto, sempre inspecionar visualmente os produtos antes da administração, descartando-os se contiverem partículas.
Devem ser observados os cuidados e instruções específicas indicadas pelo fabricante do diluente durante o acoplamento da bolsa para infusão intravenosa realizado com diluente que não acompanha o produto.
Meropeném Tri-hidratado 500 mg (via intravenosa direta)
Reconstituição | |
Diluente | Água para injetáveis |
Volume | 10 mL |
Aparência da solução reconstituída | Incolor a amarelo claro |
Tempo de administração | Aproximadamente 5 minutos |
Agitar bem o frasco para a completa dissolução do produto. A concentração da solução final é de aproximadamente 50 mg/mL.
Meropeném Tri-hidratado 500 mg (infusão intravenosa)
Reconstituição | |
Diluente | Água para injetáveis |
Volume | 10 mL |
Aparência da solução reconstituída | Incolor a amarelo claro |
Diluição | |
Diluente | Cloreto de Sódio 0,9%; Glicose 5%; Glicose 10%; Solução de Ring er; Solução de Ringer Lactato; Bicarbonato de Sódio 5%; Glicose 5% e Cloreto de Sódio 0,9%; Glicose 5% e Cloreto de Sódio 0,2%; Cloreto de Potássio 0,15% em Glicose 5%; Bicarbonato de Sódio 0,02% em Glicose 5%; Glicose 5% em Nor mosol®-M; Glicose 5% em Solução de Ringer Lactato; Glicose 2,5% e Cloreto de Sódio 0,45%; Manitol 2,5%; Lactato de Sódio 1/6 N |
Volume | 100 mL |
Aparência da solução diluída | Incolor a amarelo claro |
Tempo de Infusão | Aproximadamente 15 a 30 minutos |
Agitar bem o frasco para completa dissolução do produto.
Meropeném Tri-hidratado 500 mg (infusão intravenosa – sistema fechado)
O frasco de meropeném tri-hidratado 500 mg deve ser acoplado ao sistema fechado de infusão conforme ilustrações abaixo.
Obs.: devem ser observados cuidados usuais para evitar contaminação na montagem do sistema fechado ilustrado a seguir.
- Abra o invólucro que recobre a bolsa estéril, rasgando no picote existente. Antes de utilizá-la aperte para verificar se há vazamento. Se houver, a bolsa deve ser descartada.
- Retire o flip-off do frasco. Faça assepsia da rolha com álcool 70%.
- Retire a tampa, rompendo o lacre para liberar o perfurador plástico da bolsa.
- Pressione o perfurar da bolsa no frasco.
- Rompa o cone do perfurador plástico para permitir a passagem do diluente para o frasco do produto.
- Faça o movimento de pressão com a bolsa nas posições A e B até que todo o produto se dissolva e retorne à bolsa de diluente.
- Rompa a borboleta através de movimento giratório.
- Instale o equipo para infusão intravenosa.
Atenção: o frasco deve ser mantido acoplado à bolsa. Isso garante o fechamento do circuito de infusão e o próprio frasco é o indicador do produto que está sendo administrado.
Reconstituição e Diluição (realizadas simultaneamente) | |
Diluente | Cloreto de Sódio 0,9% |
Volume | 100 mL |
Aparência da solução diluída | Incolor a amarelo claro |
Tempo de Infusão | Aproximadamente 15 a 30 minutos |
Meropeném Tri-hidratado 1 g (via intravenosa direta)
Reconstituição | |
Diluente | Água para injetáveis |
Volume | 20 mL |
Aparência da solução reconstituída | Incolor a amarelo claro |
Tempo de adminsitração | Aproximadamente 5 minutos |
Agitar bem o frasco para a completa dissolução do produto. A concentração da solução final é de aproximadamente 50 mg/mL.
Meropeném Tri-hidratado 1 g (infusao intravenosa)
Reconstituição | |
Diluente | Água para injetáveis |
Volume | 20 mL |
Diluição | |
Diluente | Cloreto de Sódio 0,9%; Glicose 5%; Glicose 10%; Solução de Ring er; Solução de Ringer Lactato; Bicarbonato de Sódio 5%; Glicose 5% e Cloreto de Sódio 0,9%; Glicose 5% e Cloreto de Sódio 0,2%; Cloreto de Potássio 0,15% em Glicose 5%; Bicarbonato de Sódio 0,02% em Glicose 5%; Glicose 5% em Nor mosol®-M; Glicose 5% em Solução de Ringer Lactato; Glicose 2,5% e Cloreto de Sódio 0,45%; Manitol 2,5%; Lactato de Sódio 1/6 N |
Volume | 100 mL |
Aparência da solução diluída | Incolor a amarelo claro |
Tempo de infusão | Aproximadamente 15 a 30 minutos |
Agitar bem o frasco para a completa dissolução do produto.
Meropeném Tri-hidratado 1 g (infusao intravenosa – sistema fechado)
O frasco de meropeném tri-hidratado 1 g deve ser acoplado ao sistema fechado de infusão conforme ilustrações acima.
Reconstituição/diluição (realizadas simultaneamente) | |
Diluente | Cloreto de Sódio 0,9% |
Volume | 100 mL |
Aparência da solução diluída | Incolor a amarelo claro |
Tempo de infusão | Aproximadamente 15 a 30 minutos |
O que devo fazer quando eu me esquecer de usar Meropenem Tri-hidratado ABL Brasil?
O esquema de doses será estabelecido por seu médico, que irá monitorar a administração adequada nos períodos determinados.
Precauções do Meropenem – ABL Brasil
Como acontece com outros antibióticos, pode ocorrer supercrescimento de microrganismos não-suscetíveis, sendo então necessárias repetidas avaliações de cada paciente.
Raramente, foi relatada a ocorrência de colite (inflamação do intestino) pseudomembranosa, assim como ocorre com praticamente todos os antibióticos. Desse modo, é importante considerar o diagnóstico de colite (inflamação do intestino) pseudomembranosa em pacientes que apresentem diarreia em associação ao uso de meropeném tri-hidratado. Informe seu médico se você teve diarreia grave decorrente do uso de outros antibióticos.
Pacientes com doença hepática
Informe seu médico se você tem problemas no fígado, pois pacientes portadores de alterações hepáticas devem ter a função do fígado monitorada durante o tratamento com meropeném tri-hidratado.
Pacientes com doença renal
Informe seu médico se você tem problemas nos rins. A dose de meropeném tri-hidratado pode precisar ser reduzida se os rins não estiverem funcionando adequadamente.
Não se espera que meropeném tri-hidratado afete a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas, mas é importante a avaliação do médico, pois foram relatados casos de dores de cabeça, parestesia e convulsões durante do uso do medicamento.
Informe seu médico se estiver tomando ácido valpróico, pois o uso concomitante com meropeném tri-hidratado pode reduzir os níveis sanguíneos desta medicação.
Informe seu médico se você estiver tomando probenecida. Não se recomenda a coadministração de meropeném tri-hidratado e probenecida.
Meropeném tri-hidratado foi administrado concomitantemente com muitos outros medicamentos sem interações adversas aparentes. Entretanto, não foram conduzidos estudos de interação com fármacos específicos, além do estudo com a probenecida.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Reações Adversas do Meropenem – ABL Brasil
Durante o tratamento com meropeném tri-hidratado podem ocorrer as seguintes reações adversas:
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam esse medicamento)
Trombocitemia (aumento do número de plaquetas no sangue), cefaleia (dor de cabeça), náusea, vômito, diarreia, aumento das enzimas hepáticas (transaminases séricas, fosfatase alcalina, desidrogenase láctica e aumento da gamaglutamiltransferase), exantema (manchas ou pápulas na pele), prurido (coceira), inflamação e dor no local da aplicação.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam esse medicamento)
Candidíase oral (infecções por fungos na boca) e vaginal (infecções por fungos na vagina), eosinofilia (aumento do número de eosinófilos no sangue), trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue), leucopenia (diminuição dos glóbulos brancos do sangue), neutropenia (diminuição do número de neutrófilos no sangue), parestesia (sensação de dormência), aumento da bilirrubina sanguínea, urticária (coceira na pele com vermelhidão) e tromboflebites (inflamação venosa com formação de trombo).
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam esse medicamento)
Convulsões e agranulocitose (ausência ou número insuficiente de glóbulos brancos/granulócitos no sangue).
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam esse medicamento)
Anemia hemolítica, angioedema (inchaço da pele, mucosas, vísceras e cérebro), manifestações de anafilaxia (reações alérgicas intensas), colite pseudomembranosa (inflamação no intestino), eritema multiforme (vermelhidão inflamatória da pele), Síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica com formação de erupções cutâneas nas mucosas) e necrólise epidérmica tóxica (degeneração da pele).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
População Especial do Meropenem – ABL Brasil
Uso pediátrico
A eficácia e a tolerabilidade em neonatos com idade inferior a 3 meses não foram estabelecidas. Portanto, meropeném tri-hidratado não é recomendado para uso abaixo desta faixa etária.
Uso durante a gravidez e lactação
A segurança de meropeném tri-hidratado na gravidez humana não foi estabelecida, apesar dos estudos em animais não terem demonstrado efeitos adversos no feto em desenvolvimento. Meropeném tri-hidratado não deve ser usado na gravidez, a menos que os benefícios potenciais para a mãe justifiquem os riscos potenciais para o feto, a critério médico.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Foram relatados casos de excreção de meropeném no leite materno. Meropeném tri-hidratado não deve ser usado em mulheres que estejam amamentando, a menos que os benefícios potenciais justifiquem o risco potencial para o bebê.
Você deve informar seu médico se estiver amamentando.
Composição do Meropenem – ABL Brasil
Apresentações
Meropeném tri-hidratado 500 mg:
Cada frasco-ampola contém 500 mg de meropeném na forma de pó para solução injetável. Embalagem contendo 10 frascos-ampola (sem diluente).
Meropeném tri-hidratado 1 g:
Cada frasco-ampola contém 1 g de meropeném na forma de pó para solução injetável.
Embalagem contendo 10 frascos-ampola (sem diluente).
Meropeném tri-hidratado 500 mg (sistema fechado de infusão):
Cada frasco-ampola contém 500 mg de meropeném na forma de pó para solução injetável.
Embalagem com 1 frasco-ampola acompanhado de 1 bolsa de diluente contendo 100 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9%.
Meropeném tri-hidratado 1 g (sistema fechado de infusão):
Cada frasco-ampola contém 1 g de meropeném na forma de pó para solução injetável.
Embalagem com 1 frasco-ampola acompanhado de 1 bolsa de diluente contendo 100 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9%.
Via intravenosa.
Uso adulto e pediátrico acima de 3 meses.
Composição
Meropeném 500 mg:
Cada frasco-ampola contém 570 mg de meropeném tri-hidratado equivalente a 500 mg de meropeném.
Meropeném 1 g:
Cada frasco-ampola contém 1140 mg de meropeném tri-hidratado equivalente a 1 g de meropeném.
Excipiente:
carbonato de sódio anidro.
Não contém conservantes ou outros aditivos.
Superdosagem do Meropenem – ABL Brasil
É improvável que ocorra a superdosagem intencional, embora a superdosagem possa ocorrer particularmente em pacientes com alteração renal. Experiências limitadas na pós-comercialização indicam que se ocorrer um efeito adverso decorrente de superdosagem será geralmente de gravidade leve e solucionado com a suspensão do tratamento ou redução da dose. O tratamento sintomático deve ser considerado.
Em indivíduos com função normal dos rins ocorrerá rápida eliminação renal.
Hemodiálise, se necessário, removerá meropeném tri-hidratado e seu metabólito.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação Medicamentosa do Meropenem – ABL Brasil
A probenecida compete com meropeném (substância ativa) pela secreção tubular ativa e, então, inibe a excreção renal do meropeném (substância ativa), provocando aumento da meia-vida de eliminação e da sua concentração plasmática.
Uma vez que a potência e a duração da ação de meropeném (substância ativa) dosado sem a probenecida são adequadas, não se recomenda a coadministração de meropeném (substância ativa) e probenecida.
O efeito potencial de meropeném (substância ativa) sobre a ligação de outros fármacos às proteínas plasmáticas ou sobre o metabolismo não foi estudado. No entanto, a ligação às proteínas é tão baixa que não se espera que haja interação com outros fármacos, considerando-se este mecanismo.
Foram relatadas reduções nas concentrações plasmáticas de ácido valpróico quando coadministrado com agentes carbapenêmicos resultando na diminuição de 60 – 100% dos níveis de ácido valpróico em aproximadamente dois dias.
Devido ao rápido início e ao prolongamento da redução da concentração a coadministração de meropeném (substância ativa) em pacientes estabilizados com ácido valpróico não é considerada gerenciável e deve ser evitada.
Meropeném (substância ativa) foi administrado concomitantemente com muitos outros medicamentos sem interações adversas aparentes. Entretanto, não foram conduzidos estudos de interação com fármacos específicos, além do estudo com a probenecida.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Ação da Substância Meropenem – ABL Brasil
Resultados da eficácia
O meropeném (substância ativa) é estável em testes de suscetibilidade que podem ser realizados utilizando-se os sistemas de rotina normal. Testes in vitro mostram que meropeném (substância ativa) pode atuar de forma sinérgica com vários antibióticos.
Demonstrou-se que meropeném (substância ativa), tanto in vitro quanto in vivo, possui um efeito pós-antibiótico contra micro-organismos gram-positivos e gram-negativos.
O meropeném (substância ativa) é ativo in vitro contra muitas cepas resistentes a outros antibióticos beta-lactâmicos. Isto é explicado parcialmente pela maior estabilidade às beta-lactamases.
A atividade in vitro contra cepas resistentes às classes de antibióticos não relacionadas, como aminoglicosídeos ou quinolonas, é normal.
A prevalência de resistência adquirida pode variar geograficamente e com o tempo para espécies selecionadas, e informações locais sobre resistências são importantes particularmente quando relacionadas ao tratamento de infecções graves.
Se necessário, deve-se procurar aconselhamento de um especialista quando a prevalência local da resistência é tal que a utilidade do agente em pelo menos alguns tipos de infecções é questionável.
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
O meropeném (substância ativa) é um antibiótico carbapenêmico para uso parenteral que é estável à deidropeptidase-I humana (DHP-I). O meropeném (substância ativa) é estruturalmente similar ao imipeném.
O meropeném (substância ativa) exerce sua ação bactericida através da interferência com a síntese da parede celular bacteriana. A facilidade com que penetra nas células bacterianas, seu alto nível de estabilidade a maioria das serinas betalactamases e sua notável afinidade pelas múltiplas proteínas ligantes de penicilina (PBPs) explicam a potente atividade bactericida de meropeném (substância ativa) contra um amplo espectro de bactérias aeróbicas e anaeróbicas.
As concentrações bactericidas estão geralmente dentro do dobro da diluição das concentrações inibitórias mínimas (CIMs).
Mecanismos de resistência
A resistência bacteriana ao meropeném (substância ativa) pode ser resultado de um ou mais fatores:
- Redução da permeabilidade da membrana externa das bactérias gram-negativas (devido à produção reduzida de porinas);
- Redução da afinidade dos PBPs alvos;
- Aumento da expressão dos componentes da bomba de efluxo;
- Produção de beta-lactamases que possam hidrolisar os carbapenêmicos.
Em algumas regiões foram relatados agrupamentos localizados de infecções devido à resistência bacteriana a carbapenêmicos.
A suscetibilidade ao meropeném (substância ativa) de um dado clínico isolado deve ser determinada por métodos padronizados.
As interpretações dos resultados dos testes podem ser realizadas de acordo com as doenças infecciosas locais e diretrizes de microbiologia clínica.
O espectro antibacteriano do meropeném (substância ativa) inclui as seguintes espécies, baseadas na experiência clínica e nas diretrizes terapêuticas.
Espécies comumente suscetíveis: Aeróbios gram-positivos
Enterococcus faecalis (note que E. faecalis pode naturalmente apresentar suscetibilidade intermediária), Staphylococcus aureus (apenas cepas suscetíveis à meticilina: estafilococos resistentes à meticilina, incluindo o MRSA [S. aureus resistente à oxacilina] são resistentes ao meropeném (substância ativa)), Staphylococcus, incluindo espécies Staphylococcus epidermidis (apenas cepas suscetíveis à meticilina: estafilococos resistentes à meticilina, incluindo o MRSE [S. epidermidis resistentes à meticilina] são resistentes ao meropeném (substância ativa)), Streptococcus agalactiae (Streptococcus grupo B), grupo Streptococcus milleri (S. anginosus, S. constellatus e S. intermedius), Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes (streptococcus grupo A).
Espécies comumente suscetíveis: Aeróbios gram-negativos
Citrobacter freundii, Citrobacter koseri, Enterobacter aerogenes, Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca; Morganella morganii, Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Serratia marcescens.
Espécies comumente suscetíveis: Anaeróbios gram-positivos
Citrobacter freundii, Citrobacter koseri, Enterobacter aerogenes, Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca; Morganella morganii, Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Serratia marcescens.
Espécies comumente suscetíveis: Anaeróbios gram-negativos
Clostridium perfringens, Peptoniphilus asaccharolyticus, Peptostreptococcus species (incluindo P. micros, P anaerobius, P. magnus).
Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser um problema: Aeróbios gram-positivos
Enterococcus faecium (E. faecium pode apresentar naturalmente suscetibilidade intermediária mesmo sem mecanismos de resistência adquiridos).
Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser um problema: Aeróbios gram-negativos
Acinetobacer species, Burkholderia cepacia, Pseudomonas aeruginosa.
Organismos inerentemente resistentes: Aeróbios gram-negativos
Stenotrophomonas maltophiliae espécies de Legionella.
Outros organismos inerentemente resistentes
Chlamydophila pneumoniae, Chlamydophila psittaci, Coxiella burnetii, Mycoplasma pneumoniae.
A literatura médica publicada descreve suscetibilidade ao meropeném (substância ativa) in vitro de várias outras espécies de bactérias. No entanto, o significado clínico desses achados in vitro é incerto.
Aconselhamento sobre o significado clínico dos achados in vitro deve ser obtido a partir de doenças infecciosas locais, com especialistas em microbiologia clínica local e com diretrizes profissionais locais.
Propriedades Farmacocinéticas
Em pacientes saudáveis a meia-vida de eliminação de meropeném (substância ativa) é de aproximadamente 1 hora; o volume de distribuição médio é de aproximadamente 0,25L/kg e a depuração média é de 239mL/min. a 500mg caindo para 205mL/min. a 2g.
Doses de 500, 1.000 e 2.000mg de meropeném (substância ativa) em uma infusão de 30 minutos resulta em picos de concentração plasmática de aproximadamente 23?g/mL para dose de 500mg; 49?g/mL para dose de 1g e 115?g/mL após dose de 2g, que corresponde a valores de AUC de 39,3, 62,3 e 153?g.h/mL, respectivamente. Após infusão por 5 minutos os valores de concentração máxima (Cmáx) são 52 e 112?g/mL após doses de 500 e 1.000mg, respectivamente.
Quando doses múltiplas são administradas a indivíduos com função renal normal, em intervalos de 8 horas, não há ocorrência de acúmulo de meropeném (substância ativa).
Um estudo com 12 pacientes com meropeném (substância ativa) 1.000mg administrado a cada 8 horas para infecções abdominais pós- cirurgia demonstrou um Cmáx e tempo de meia-vida comparáveis como os de pacientes normais, porém apresentou maior volume de distribuição (27L).
Distribuição
A ligação de meropeném (substância ativa) às proteínas plasmáticas foi de aproximadamente 2% e foi independente da concentração. O meropeném (substância ativa) tem boa penetração na maioria dos tecidos e fluidos corporais, incluindo pulmões, secreções brônquicas, bile, líquor, tecidos ginecológicos, da pele, fáscia, músculo e exsudado peritoneal.
Metabolismo
O meropeném (substância ativa) é metabolizado por hidrólise do anel beta-lactâmico gerando um metabólito microbiologicamente inativo. In vitro o meropeném (substância ativa) apresenta uma reduzida suscetibilidade para hidrólise por deidropeptidase-1 (DHP-I) humana comparada ao imipeném e não é requerida a coadministração de um inibibor de DHP-I.
Eliminação
O meropeném (substância ativa) é primariamente excretado pelos rins; aproximadamente 70% (50% – 70%) da dose é excretada inalterada em 12 horas. Mais de 28% é recuperado como metabólito microbiologicamente inativo. A eliminação fecal representa 2% da dose. A depuração renal medida e efeito da probenecida mostram que o meropeném (substância ativa) sofre filtração e secreção tubular.
Insuficiência renal
Distúrbios renais resultam em um aumento da AUC (área sob a curva) plasmática e do tempo de meia-vida. Há aumentos da AUC de 2,4 vezes em pacientes com distúrbios renais moderados (CrCL 33 – 74mL/min), aumento de 5 vezes em pacientes com distúrbios renais graves (CrCL 4 – 23mL/min) e aumento de 10 vezes em pacientes que fazem hemodiálise (CrCL lt; 2mL/min) quando comparado com pacientes saudáveis (CrCL gt; 80mL/min).
A AUC do metabólito microbiologicamente inativo de anel aberto foi também consideravelmente maior em pacientes com distúrbios renais. São necessários ajustes de dose em indivíduos com disfunção renal moderada ou grave.
O meropeném (substância ativa) é eliminado por hemodiálise com depuração aproximadamente 4 vezes maior que em pacientes anúricos.
Insuficiência hepática
Um estudo em pacientes com cirrose alcoólica não demonstrou na farmacocinética de meropeném (substância ativa) efeitos relacionados à doença no fígado após doses repetidas.
Adultos
Os estudos farmacocinéticos realizados em pacientes não demonstraram diferenças significativas de farmacocinética versus indivíduos saudáveis com função renal equivalente.
A população modelo desenvolvida a partir dos dados de 79 pacientes com infecção intra-abdominal ou pneumonia mostraram que dependem do volume central sobre o peso e da depuração da creatinina e da idade.
Crianças
A farmacocinética em adolescentes e crianças com infecção, a doses de 10, 20 e 40mg/kg apresentou valores de Cmáx aproximados aos dos valores em adultos nas doses de 500, 1.000 e 2.000mg, respectivamente.
A comparação demonstrou farmacocinética consistente entre as doses e os tempos de meia-vida semelhante a dos adultos para todos os pacientes, menos os mais novos (lt; 6 meses t 1?2 1,6 horas). As depurações médias do meropeném (substância ativa) foram 5,8mL/min/kg (6 – 12 anos), 6,2mL/min/kg (2 – 5 anos), 5,3mL/min/kg (6 – 23 meses) e 4,3mL/min/kg (2 – 5 meses).
Aproximadamente 60% da dose é excretada na urina em até 12 horas como meropeném (substância ativa) e mais de 12% como metabólito. As concentrações de meropeném (substância ativa) no líquido cefalorraquidiano das crianças com meningite são de aproximadamente 20% dos níveis plasmáticos corrente embora haja uma variabilidade individual significante.
A farmacocinética de meropeném (substância ativa) em neonatos requerendo tratamento antiinfeccioso apresentou aumento da depuração em neonatos com cronologia ou idade gestacional maior, com uma média de tempo de eliminação de 2,9 horas.
A simulação de Monte Carlo baseada no modelo de população PK demonstrou que o regime de dose de 20mg/kg a cada 8 horas atingiu 60% T gt; CIM para P. aeruginosa em 95% dos neonatos prematuros e em 91% dos neonatos não prematuros.
Idosos
Estudos farmacocinéticos em pacientes idosos saudáveis (65 – 80 anos) demonstraram redução da depuração plasmática correlacionada com a redução da depuração da creatinina associada à idade e com a pequena redução da depuração não-renal.
Não é necessário o ajuste de dose em pacientes idosos, exceto em casos de distúrbios renais moderados a graves.
Dados de segurança pré-clínica
Estudos em animais indicam que meropeném (substância ativa) é bem tolerado pelos rins.
Evidência histológica de dano tubular renal foi observado em camundongos e em cães apenas em doses de 2.000mg/kg e em doses superiores.
O meropeném (substância ativa) é geralmente bem tolerado pelo Sistema Nervoso Central (SNC). Foram observados efeitos apenas com doses muito altas de 2.000mg/kg ou mais.
A DL50 IV de meropeném (substância ativa) em roedores é superior a 2.000mg/kg. Em estudos de doses repetidas de até 6 meses de duração foram observados apenas efeitos secundários, incluindo um pequeno decréscimo nos parâmetros dos glóbulos vermelhos e um aumento no peso do fígado em cães, com dose de 500mg/kg.
Não houve evidência de potencial mutagênico nos 5 testes realizados e nenhuma evidência de toxicidade reprodutiva, incluindo potencial teratogênico, em estudos nas doses mais altas possíveis em ratos e macacos (o nível de dose sem efeito de uma pequena redução no peso corpóreo F1 em rato foi 120mg/kg).
Não houve evidência de suscetibilidade aumentada ao meropeném (substância ativa) em animais jovens em comparação com animais adultos.
A formulação intravenosa foi bem tolerada em estudos em animais. A formulação intramuscular causou necrose reversível no local da injeção.
O único metabólito de meropeném (substância ativa) teve um perfil similar de baixa toxicidade em estudos em animais.
Cuidados de Armazenamento do Meropenem – ABL Brasil
Meropeném tri-hidratado deve ser conservado em temperatura ambiente (15oC a 30oC). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Estabilidade
Aparência do pó seco | Branca |
Estabilidade | As soluções de meropeném tri-hidratado devem ser preparadas imediatamente antes do uso e o produto não deve ser misturado ou adicionado a soluções que contenham outros fármacos. Soluções de meropeném tri-hidratado não devem ser congeladas |
Dizeres Legais do Meropenem – ABL Brasil
MS – 1.5562.0019
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CRF-SP no 63.058
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Rod. Professor Zeferino Vaz, SP – 332, km 135 – Cosmópolis – SP
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Venda sob prescrição médica.
Só pode ser vendido com retenção da receita.