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Mola Hidatiforme, você já ouviu falar sobre esse tipo de gravidez?

A gravidez de mola, também conhecida como gravidez molar ou mola hidatiforme, é uma complicação rara e pouco conhecida da gestação. Essa condição impede o desenvolvimento correto do embrião e frustra a realização do sonho da maternidade.

Preparamos este post para esclarecer as principais dúvidas que cercam a gravidez de mola. Acompanhe!

Por que a gravidez de mola hidatiforme ocorre?

No processo normal de fertilização, um óvulo é fecundado por um espermatozoide. Cada uma dessas células germinativas possui 23 cromossomos, de forma que o embrião formado possui um conjunto de 46 cromossomos.

A gravidez molar ocorre quando alguma das células envolvidas na fertilização — materna ou paterna — apresenta um número anormal de cromossomos ou um núcleo celular inativo. A partir dessas anomalias, é possível identificar dois tipos de molas hidatiformes.

Mola hidatiforme completa – MHC

Na MHC, um óvulo desprovido de núcleo ativo é fecundado, de forma que todos os cromossomos são de origem paterna. Com isso, não há a formação de elementos fetais e ocorre uma intensa proliferação do trofoblasto, estrutura que, posteriormente, forma a placenta.

O trofoblasto aumentado apresenta componentes vesiculares característicos do problema. Além disso, há uma intensa produção de gonadotrofinas (hormônios protéicos produzidos pela glândula pituitária) e os enjoos se tornam mais frequentes.

Mola hidatiforme parcial (ou incompleta) – MHP

Na MHP, um óvulo normal é fecundado por dois espermatozóides ou por um único espermatozóide com 46 cromossomos. Nesse caso, há formação de um embrião, porém ele é inviável.

Como a gravidez molar é descoberta?

acompanhamento pré-natal precoce permite a identificação da mola hidatiforme antes mesmo de surgirem os primeiros sinais do problema. Alguns sintomas da gravidez molar incluem:

O diagnóstico da mola é feito por meio de ultrassonografia e pode ser corroborado pela dosagem sanguínea do hormônio beta-hCG. Muitas vezes, ocorre o abortamento espontâneo e o diagnóstico só é feito após a análise laboratorial do material eliminado.

Qual é o tratamento para a gravidez de mola?

O tratamento da gravidez molar consiste na eliminação completa da mola por meio de aspiração do conteúdo uterino. Para verificar se todas as células anormais foram removidas, a paciente deve monitorar semanalmente os níveis de beta-hCG no sangue até obter três dosagens negativas em sequência.

Caso os índices do hormônio se mantenham elevados, pode ser necessário realizar uma segunda intervenção.

Quais são as possíveis complicações da gravidez molar?

A MHC é a forma mais comum de mola — e também a que apresenta mais chance de evoluir para a doença trofoblástica gestacional persistente.

Trata-se de uma condição em que as células anormais permanecem no corpo e podem se espalhar para outros tecidos fora do útero. Mesmo quando ocorre metástase e as células da mola atingem outros alvos, o tratamento quimioterápico ainda apresenta um ótimo prognóstico. 

É possível engravidar após uma gestação molar?

Na maior parte dos casos, é possível engravidar normalmente no futuro, já que a gestação molar não causa danos permanentes no corpo. Porém, é preciso ter paciência.

Após as dosagens negativas de beta-hCG, é preciso aguardar de seis meses a um ano antes de retomar as tentativas de engravidar. Nesse período, o uso de métodos contraceptivos de barreira (camisinha ou diafragma) são os mais indicados.

A partir do que vimos aqui, podemos concluir que a gravidez de mola não é uma condição previsível. Por isso, o acompanhamento médico deve ser iniciado tão logo a gravidez seja descoberta ou, ainda, durante a fase de planejamento. O diagnóstico precoce aliado ao tratamento rápido fornece ótimas chances de recuperação.

Assim, se você está grávida ou planejando conceber um bebê, entre em contato conosco e agende uma consulta com um de nossos médicos.

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